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Jurisdição e ação

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Jurisdição e ação 
Direito Processual Civil 
Professora: Juliana Elir 
 
Direito Processual Civil 
Teoria e Questões comentadas 
Prof(a). Juliana Elir 
 
Prof(a). Juliana Elir 2 de 67 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- Jurisdição: conceito e características .............................................. 3 
2- Equivalentes jurisdicionais .............................................................. 5 
3- Arbitragem ...................................................................................... 6 
4- Princípios da Jurisdição ................................................................... 7 
4.1- Territorialidade ............................................................................. 8 
4.2- Investidura ................................................................................... 9 
4.3- Indelegabilidade .......................................................................... 10 
4.4- Inafastabilidade .......................................................................... 10 
4.5- Princípio do juiz natural ................................................................ 12 
5- Limites da jurisdição nacional ....................................................... 13 
5.1- Cooperação jurídica internacional ................................................... 14 
5.1.1- Auxílio direto ............................................................................ 15 
5.1.2- Carta rogatória ......................................................................... 16 
5.1.3- Homologação de sentença estrangeira e concessão de exequatur à carta 
rogatória .......................................................................................... 17 
6- Ação .............................................................................................. 20 
6.1- “Condições da ação” .................................................................... 22 
6.2- Elementos da ação....................................................................... 24 
6.3- Classificação da ação ................................................................... 24 
7- Questões Comentadas ................................................................... 27 
8- Lista de exercícios ......................................................................... 51 
9- Gabarito ........................................................................................ 66 
10- Referencial Bibliográfico .............................................................. 67 
 
 
 
Jurisdição: conceito, características e classificação. Equivalentes 
jurisdicionais. Arbitragem. Princípios. Limites da jurisdição nacional. 
Cooperação internacional. Ação. 
Direito Processual Civil 
Teoria e Questões comentadas 
Prof(a). Juliana Elir 
 
Prof(a). Juliana Elir 3 de 67 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Conforme definição de Daniel Amorim, “a jurisdição pode ser entendida 
como a atuação estatal visando à aplicação do direito objetivo ao caso concreto, 
resolvendo-se com definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com 
tal solução a pacificação social”1. 
Temos como características principais da jurisdição: 
• Una: o Brasil adotou o sistema inglês, no qual toda e qualquer questão 
pode ser levada ao Poder Judiciário. Não há uma jurisdição 
administrativa, que analisa com exclusividade os atos administrativos, 
como ocorre no sistema francês; 
• Substitutividade: há substituição da vontade das partes pela decisão 
de um terceiro imparcial (heterocomposição); 
• Ultima ratio: função jurisdicional é secundária, devendo atuar apenas 
em último caso, quando não há mais possibilidade de solução do conflito 
pelas próprias partes; 
• Imperatividade: é uma manifestação de poder, com imposição de uma 
decisão por um terceiro; 
• Inevitabilidade: as partes submetem-se à decisão proferida pelo 
terceiro. Situação de sujeição, independentemente da vontade das 
partes; 
• Criatividade: ao aplicar a norma jurídica ao caso concreto, há uma 
inovação no mundo jurídico. Cria-se uma norma jurídica aplicada ao caso 
concreto; 
• Insuscetibilidade de controle externo: a jurisdição é controlada pela 
própria jurisdição. Dá a solução final para os problemas; 
• Definitividade: torna uma decisão indiscutível e imutável (coisa 
julgada). 
 
Vamos praticar? Vejamos como o tema já foi cobrado em prova: 
1- (Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE 
– TRF 1 – 2017) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir. A jurisdição 
é divisível. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
1 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único .8. ed. – 
Salvador: Ed. JusPodivm, 2016. p. 80. 
1- Jurisdição: conceito e características 
Direito Processual Civil 
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Resolução: 
 O item está ERRADO, pois a jurisdição é uma e indivisível. O Brasil 
adotou o sistema inglês, no qual toda e qualquer questão pode ser levada ao 
Poder Judiciário. Não há uma jurisdição administrativa ou contencioso 
administrativo, que analisa com exclusividade os atos administrativos, como 
ocorre no sistema francês. Há, sim, divisão de competências. 
 F 
 
2- (Analista Judiciário - Área Direito – FCC – TJ/PA – 
2009 - adaptada) Jurisdição é 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que 
regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, 
estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância obrigatória. 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de dizer 
o direito no caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o 
Estado a solução de um conflito de interesses. 
Resolução: 
O conceito de jurisdição é o descrito na letra “c”. 
 C 
 
 A doutrina apresenta algumas classificações da jurisdição: a) jurisdição 
penal e civil; b) jurisdição inferior e superior, além das classificações 
apresentadas nos esquemas a seguir: 
 
Quanto à 
existência ou 
inexistência do 
conflito a ser 
resolvido pelo 
Poder 
Judiciário:
Jurisdição contenciosa
Jurisdição voluntária
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 Equivalentes jurisdicionais são formas não-jurisdicionais de resolução de 
conflitos. São passíveis de revisão por não terem caráter de definitividade. 
São equivalentes jurisdicionais: 
 
 
 Autotutela é a resolução de conflitos pela imposição da vontade de uma 
parte. É o que em linguagem popular chamamos de “fazer justiça com as 
próprias mãos” ou abuso de poder, quando exercida pelo Estado. Em regra, é 
vedada pelos ordenamentos jurídicos. Existem exceções, tais como, legítima 
defesa, estado de necessidade, direito de greve, direito de retenção. 
Autocomposição é a forma de resolução de conflitos pela vontade das 
partes, através do sacrifício total ou parcial de interesses próprios em favor de 
interesses alheios. Pode ser realização pela negociação direta, sem a 
participação de um terceiro ou com a participação de um terceiro, como ocorre 
na medição e na conciliação. O sistema processual brasileiro incentiva a 
autocomposição. Existem vários artigos no CPC/15 e inclusive uma seção 
dedicada aos conciliadores e mediadores judiciais, além de leis específicas sobre 
o tema. O estímulo à autocomposição foi incluído no capítulo normas 
fundamentais do processo civil: 
Quanto à 
competência e 
matéria a ser 
apreciada:
Jurisdição 
comum
Estadual
Federal
Jurisdição 
especial
Trabalhista
Eleitoral
Militar
EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
AUTOTUTELA AUTOCOMPOSIÇÃO
SOLUÇÃO 
ESTATAL NÃO-
JURISDICIONAL 
DE CONFLITOS
ARBITRAGEM2- Equivalentes jurisdicionais 
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Art. 1º. § 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução 
consensual dos conflitos. 
§ 3° A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual 
de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores 
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo 
judicial. 
 
 Não se preocupe com maiores detalhes sobre o tema. No momento 
oportuno estudaremos com mais profundidade esta matéria. 
A solução estatal não-jurisdicional de conflitos é uma forma 
heterocompositiva de solução de conflitos por um tribunal administrativo. Não 
é jurisdicional por lhe faltar as características de definitividade e de 
insuscetibilidade de controle externo. Podemos citar como exemplos: Tribunal 
Marítimo, Tribunal de Contas, Agências Regularas e CADE – Conselho 
Administrativo de Defesa Econômica. 
Atenção!!! A arbitragem é considera por alguns autores como 
equivalente jurisdicional e por outros autores como atividade 
jurisdicional. O importante é que você leia com atenção todas as questões e 
veja qual a posição adotada pela banca. Aqui, iremos tratar a arbitragem como 
atividade jurisdicional, pois este foi o posicionamento adotado pela banca 
CESPE recentemente. 
 
 
 A arbitragem é uma forma heterocompositiva de resolução de conflitos. 
As partes escolhem um terceiro imparcial de confiança mútua que irá decidir a 
situação. 
 A lei nº 9.307/96 dispõe sobre a arbitragem no Brasil. O CPC/15 em seu 
art. 1º, coloca a arbitragem no capítulo das normas fundamentais do processo 
civil: 
Art. 1º. § 1º. É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
 
Vejamos algumas características da arbitragem no direito brasileiro: 
• Possibilidade de escolha do direito material a ser aplicado ao caso; 
• Pode ser árbitro qualquer pessoa física e capaz, de confiança das partes; 
• A sentença arbitral produz efeito imediato, não necessitando de 
homologação judicial; 
3- Arbitragem 
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• O CPC/15 reconhece a sentença arbitral como título executivo judicial no 
art. 515, VII, o que também é previsto no art. 31 da lei de arbitragem; 
• Possibilidade de reconhecimento e execução de sentenças arbitrais 
produzidas no exterior; 
• Pode ser utilizada pela administração pública direta e indireta para dirimir 
conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis; 
• Controle judicial apenas da validade, não podendo adentrar o mérito da 
decisão; 
• Faz coisa julgada material; 
• Caso seja necessária execução forçada da decisão, é necessário que se 
recorra ao Poder Judiciário. 
 
Atenção!!! No REsp 1.189.050, a quarta turma do STJ decidiu que é 
possível a arbitragem em contrato de adesão desde que o procedimento tenha 
sido iniciado pelo consumidor ou tenha sido ratificado por ele. O fornecedor fica 
vinculado à instituição da arbitragem, mas não o consumidor. 
3- (Analista de Gestão – Julgamento – CESPE – 
TCE/PE – 2017) Com relação à jurisdição e ao poder jurisdicional, julgue o 
próximo item. No direito brasileiro, a arbitragem deve ser qualificada como um 
equivalente jurisdicional. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
 A questão é polêmica, pois há na doutrina corrente que entende que a 
arbitragem é equivalente jurisdicional e outra que diz que a arbitragem é 
atividade jurisdicional. A banca CESPE entendeu pela segunda corrente, 
considerando o item ERRADO. Entendo que a questão deveria ter sido anulada. 
 F 
 
Alguma dúvida? Não hesite em me procurar no fórum de dúvidas. 
 
 
 
 Vejamos agora alguns princípios da jurisdição: 
 
4- Princípios da Jurisdição 
Direito Processual Civil 
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O princípio da territorialidade refere-se aos limites territoriais para o 
exercício da jurisdição. De acordo com o art. 16 do CPC/15, os juízes possuem 
jurisdição dentro do território nacional. 
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em 
todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. 
 
Por uma questão de organização, existem regras de competência 
territorial, que serão estudas oportunamente. Assim, os juízes possuem 
autoridade dentro dos limites do território da sua jurisdição. 
O CPC/15 mitigou esse princípio como podemos perceber em alguns 
artigos. Os artigos 60 e 255 tratam de comarcas próximas: 
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, comarca, 
seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo prevento 
estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. 
Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se 
situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá 
efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras 
e quaisquer outros atos executivos. 
 
PRINCÍPIOS 
DA 
JURISDIÇÃO
TERRITORIALIDADE
INVESTIDURA
INDELEGABILIDADEINAFASTABILIDADE
JUIZ NATURAL
4.1- Territorialidade 
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Além disso, com a evolução da tecnologia, o CPC/15 trouxe a 
possibilidade de depoimento pessoal e oitiva de testemunha por meio 
videoconferência ou outro recurso tecnológico. 
Art. 385. § 3º. O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, 
seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo 
poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso 
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que 
poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução 
e julgamento. 
Art. 453. § 1º. A oitiva de testemunha que residir em comarca, seção 
ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá 
ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico 
de transmissão e recepção de sons e imagens em tempo real, o que 
poderá ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução e 
julgamento. 
§ 2º. Os juízos deverão manter equipamento para a transmissão e 
recepção de sons e imagens a que se refere o § 1º. 
 
 
Segundo Daniel Amorim, “é natural que o Poder Judiciário, ser inanimado 
que é, tenha a necessidade de escolher determinados sujeitos, investindo-os do 
poder jurisdicional para que representem o Estado no exercício concreto da 
atividade jurisdicional”2. 
O mesmo autor afirma que, no Brasil, os juízes podem ser investidos do 
poder jurisdicional de três formas: 
• concurso público (art. 93, I, da CF/88); 
• indicação pelo Poder Executivo, por meio do quinto constitucional (art. 94 
da CF/88); 
• para composição do Supremo Tribunal Federal (art. 101 da CF/88). 
 
 
Veja como o tema já foi cobrado em concurso: 
 
2 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único .8. ed. – Salvador: Ed. JusPodivm, 
2016. p. 124 
4.2- Investidura 
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4- (Técnico Judiciário – Administrativa – CESPE – STJ 
– 2018) A respeito da jurisdição, julgue o item que se segue. Entre os princípios 
que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina que o juiz 
exerça a atividade judicante dentro de um limite espacial sujeito à soberania do 
Estado. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O item está ERRADO, pois apresenta o conceito do princípio da 
territorialidade. O princípio da investidura implica a necessidade de que ajurisdição seja exercida pela pessoa legitimamente investida na função 
jurisdicional, de acordo com as formas previstas na Constituição. 
 F 
 
 
Não se pode delegar o exercício da função jurisdicional. Não pode o juiz 
escusar-se de decidir uma causa que lhe distribuída, além de não poder delegar 
suas funções a outra pessoa ou órgão. 
Atenção!!! Existe a possibilidade de se delegar outros poderes judiciais, 
tais como poder instrutório, diretivo e de execução das decisões. Isso não 
implica em delegação da função ou poder jurisdicional. Como exemplo, podemos 
citar o art. 102, l, “m” da CF/88: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, 
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais. 
 
 
O princípio da inafastabilidade da jurisdição está previsto no art.5º, XXXV 
da CF/88, bem como no art. 3º do CPC. 
Tradicionalmente, o referido princípio era associado ao direito de ingresso 
em juízo, de dirigir-se ao Poder Judiciário para mover uma ação judicial. 
Atualmente, o princípio recebeu uma nova leitura e tem abrangido, além da 
garantia ao acesso ao Poder Judiciário (acesso à Justiça), uma garantia de 
4.3- Indelegabilidade 
4.4- Inafastabilidade 
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outorga a quem tiver razão, de uma tutela jurisdicional efetiva, adequada e 
tempestiva. 
Tutela efetiva é a tutela que satisfaz. É a tutela que implementa o direito 
no mundo da vida. Já a tutela adequada é aquela “compatível e aderente aos 
interesses em jogo no processo e capaz de fazer justiça com observância dos 
valores presentes nas normas de direito material”3. Por fim, a tutela tempestiva 
é aquela prestada em prazo razoável, “compatível com a complexidade da 
causa, a urgência na obtenção da tutela e a conduta manifestada pelas partes 
no processo – sempre com a preocupação de obstar os males corrosivos dos 
direitos representados pelo tempo-inimigo”. 4 
5- (Defensoria Pública - DPE/AP – FCC - 2018) Não 
se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. Esse é o 
princípio da: 
a) inclusão obrigatória, decorrente da dignidade humana e do mínimo 
existencial, tratando-se de princípio constitucional e, simultaneamente, 
infraconstitucional do processo civil. 
b) vedação a tribunais de exceção ou do juiz natural, tratando-se apenas de 
princípio constitucional do processo civil. 
c) legalidade ou obrigatoriedade da jurisdição, tratando-se apenas de 
princípio infraconstitucional do processo civil. 
d) reparação integral do prejuízo, tratando-se de princípio constitucional e 
também infraconstitucional do processo civil. 
e) inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, 
princípio constitucional e infraconstitucional do processo civil. 
Resolução: 
O preceito constitucional assim enunciado: “a lei não excluirá da apreciação 
do poder judiciário lesão ou ameaça a direito”, diz respeito ao princípio 
constitucional do processo civil da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional, art. 
5º, XXXV, CF, com previsão também no CPC/15, em seu art.3º. 
 E 
 
 
 
 
3 DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria do novo processo civil. São Paulo: Malheiros, 2016. p.55. 
4 Idem. 
Direito Processual Civil 
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O princípio do juiz natural consiste na exigência de que os atos de 
exercício da jurisdição sejam realizados por juízes instituídos pela própria 
Constituição e competentes segundo a lei. 
Tal exigência pode ser desdobrada em três características: 
a) os julgamentos devem ser realizados por juiz e não por outras pessoas 
ou servidores. Segundo a Constituição Federal, os juízes são os 
integrantes dos órgãos elencados no art. 92; 
b) o órgão judiciário competente para julgamento deve ser preexistente, 
sendo vedados eventuais tribunais de exceção instituídos depois de 
configurado o litígio (art.5º, inc. XXXVII); 
c) o juiz deve ser investido de competência, segundo determinado pela 
Constituição e pela lei (art.5º, inciso III). 
 
 
Em uma perspectiva objetiva, o princípio consagra duas garantias 
básicas: proibição de juízo ou tribunal de exceção (art.5, XXXVII, da CRFB) e 
respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência (art.5, 
LIII, da CRFB). 
Sob um viés subjetivo, o princípio encerra a garantia de imparcialidade. 
Assim, todos os juízes e demais servidores públicos deverão agir com vistas à 
justa composição do litígio e não voltados a interesses ou vantagens 
particulares. 
 
 
Princípio do 
juiz 
natural
Julgamento por juiz
Preexistência do 
orgão julgador
Juiz 
constitucionalment
e competente
4.5- Princípio do juiz natural 
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O Capítulo I do Título II do CPC/15 trata dos limites da jurisdição 
nacional. Neste ponto, conseguimos determinar se o Brasil tem jurisdição (ou 
competência) ou não em determinados casos, como examinaremos a seguir. 
Os artigos 21 e 22 do CPC/15 apresentam as hipóteses em que o Brasil 
tem competência para processar e julgar determinadas ações. Ressalte-se que 
aqui a competência não é exclusiva do Brasil: 
 
 
Já o art. 23 do CPC/15 apresenta as hipóteses de competência exclusiva 
da autoridade judiciária brasileira. 
 
Compete à 
autoridade 
judiciária 
brasileira 
processar e 
julgar as ações 
em que o réu, qualquer que seja a 
sua nacionalidade, estiver 
domiciliado no Brasil
considera-se domiciliada no 
Brasil a pessoa jurídica 
estrangeira que nele tiver 
agência, filial
ou sucursal
em que no Brasil tiver de ser 
cumprida a obrigação
em que o fundamento seja fato 
ocorrido ou ato praticado no 
Brasil
de alimentos, quando
o credor tiver domicílio ou 
residência no Brasil
o réu mantiver vínculos no 
Brasil, tais como posse ou 
propriedade de bens, 
recebimento de renda ou 
obtenção de benefícios 
econômicos
decorrentes de relações de 
consumo, quando o consumidor 
tiver domicílio ou residência no 
Brasil
em que as partes, expressa ou 
tacitamente, se submeterem à 
jurisdição nacional
Compete à autoridade judiciária brasileira, 
com exclusão de qualquer outra
conhecer de ações 
relativas a imóveis
situados no Brasil
em matéria de sucessão 
hereditária, proceder à 
confirmação de 
testamento particular e 
ao inventário e à partilha 
de bens situados no 
Brasil
ainda que o autor da 
herança seja de 
nacionalidade estrangeira
ou tenha domicílio fora do 
território nacional
em divórcio, separação 
judicial ou dissolução 
de união estável, 
proceder à partilha de 
bens situados no 
Brasil
ainda que o titular seja de 
nacionalidade estrangeira 
ou tenha domicílio fora do 
território nacional
5- Limites da jurisdição nacional 
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Continua o CPC/15, no art. 24, dispondo que a ação proposta perante 
tribunal estrangeiro não induz litispendência e não impede a que a autoridade 
judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, 
ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos 
bilaterais em vigor no Brasil. Por outro lado, a pendência de causa perante a 
jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira 
quando exigida para produzir efeitos no Brasil. 
O art. 25 do CPC/15 apresenta ressalva quanto a competência da 
autoridade judiciária brasileira. 
Art. 25.Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento 
e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro 
exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência 
internacional exclusiva previstas neste Capítulo. 
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o. (eleição de foro 
que oportunamente será estudada) 
 
 
 Vejamos agora os artigos referentes à cooperação jurídica internacional. 
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de 
que o Brasil faz parte e observará: 
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado 
requerente; 
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes 
ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos 
processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; 
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas 
na legislação brasileira ou na do Estado requerente; 
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos 
pedidos de cooperação; 
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades 
estrangeiras. 
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá 
realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. 
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação 
de sentença estrangeira. 
5.1- Cooperação jurídica internacional 
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§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de 
atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as 
normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. 
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central 
na ausência de designação específica. 
 
 
Atenção!!! O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado 
se configurar manifesta ofensa à ordem pública. 
A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira 
dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença 
estrangeira, de acordo com o art. 960 e seguinte do CPC/15. 
 
 
O auxílio direto é utilizado quando a medida não decorrer diretamente de 
decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de 
delibação no Brasil. O órgão estrangeiro encaminhará à autoridade central 
solicitação de auxílio direto, cabendo ao Estado requerente assegurar a 
autenticidade e a clareza do pedido. 
A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas 
congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela 
tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo 
Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado. 
A cooperação 
jurídica 
internacional
terá por objeto
citação, intimação e notificação judicial e 
extrajudicial
colheita de provas e obtenção de informações
homologação e cumprimento de decisão
concessão de medida judicial de urgência
assistência jurídica internacional
qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não 
proibida pela lei brasileira
5.1.1- Auxílio direto 
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No caso de não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade 
central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. 
Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o 
encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida 
solicitada. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando 
for autoridade central. 
Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida 
apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade 
jurisdicional. 
Veja no esquema abaixo quais são os objetos do auxílio direto: 
 
 
 
A carta rogatória é o pedido feito para que órgão jurisdicional estrangeiro 
pratique ato de cooperação jurídica internacional. 
 As características da carta rogatória estão no quadro abaixo: 
 
AUXÍLIO DIRETO
terá os seguintes 
objetos
obtenção e prestação de informações sobre o 
ordenamento jurídico e sobre processos 
administrativos ou jurisdicionais findos ou 
em curso
colheita de 
provas
salvo se a medida for adotada 
em processo, em curso no 
estrangeiro, de competência 
exclusiva de autoridade 
judiciária brasileira
qualquer outra medida judicial ou 
extrajudicial não proibida pela lei brasileira
além dos casos 
previstos em 
tratados de que o 
Brasil faz parte
Carta Rogatória
• Procedimento perante o STJ
• Jurisdição contenciosa
• Garantias do devido processo legal
• Defesa: discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que produza 
efeitos no Brasil
• Vedação à revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela 
autoridade judiciária brasileira
5.1.2- Carta rogatória 
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Desde a EC 45/2004, a competência originária para processar e julgar a 
homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur 
(cumprimento, execução) às cartas rogatórias é do STJ. 
A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira 
dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença 
estrangeira, de acordo com o art. 960 e seguintes do CPC/15. 
A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação 
de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo 
disposição em sentido contrário de lei ou tratado. 
Em relação a decisão interlocutória estrangeira (incluída medida de 
urgência), poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória. Em se 
tratando de medida de urgência concedida sem ouvir o réu, o contraditório deve 
ser proporcionado posteriormente. O juízo sobre a urgência da medida compete 
exclusivamente à autoridade jurisdicional prolatora da decisão estrangeira. 
Quando dispensada a homologação para que a sentença estrangeira 
produza efeitos no Brasil, a decisão concessiva de medida de urgência 
dependerá, para produzir efeitos, de ter sua validade expressamente 
reconhecida pelo juiz competente para dar-lhe cumprimento, dispensada a 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Pode ser homologada a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não 
judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional. A decisão estrangeira 
poderá ser homologada parcialmente. 
A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e 
realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão 
estrangeira. 
Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal 
quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à 
autoridade brasileira. 
O esquema abaixo apresenta os requisitos indispensáveis à 
homologação da decisão: 
 
5.1.3- Homologação de sentença estrangeira e concessão de 
exequatur à carta rogatória 
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Atenção!!! O CPC/15 prevê a possibilidade de homologação de decisão 
arbitral estrangeira. Esta obedecerá ao disposto em tratado e em lei, 
aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do CPC/15. 
A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, 
independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Competirá a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em caráter principal 
ou incidental,quando essa questão for suscitada em processo de sua 
competência. 
O cumprimento de decisão estrangeira far-se-á perante o juízo federal 
competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para 
o cumprimento de decisão nacional. 
 Vamos ver duas questões bem interessantes sobre a matéria: 
6- (Analista judiciário – área judiciária – 
CONSULPLAN – TRF2 – 2017) O Novo Código de Processo Civil de 2015, Lei 
Federal nº 13.105, trouxe consideráveis aprofundamentos em relação à 
cooperação jurídica internacional e aos instrumentos que a viabilizam. Sobre o 
tema proposto, assinale a alternativa correta. 
a) O auxílio direto é via útil ao órgão estrangeiro interessado para requerer 
quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais não proibidas pela lei brasileira. 
b) Não poderá ser objeto de auxílio direto a obtenção e prestação de 
informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou 
jurisdicionais findos ou em curso. 
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ser proferida por autoridade competente
ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia
ser eficaz no país em que foi proferida
não ofender a coisa julgada brasileira
estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a 
dispense prevista em tratado
não conter manifesta ofensa à ordem pública
não ser hipótese de competência exclusiva da autoridade 
judiciária brasileira
Para a concessão do exequatur às 
cartas rogatórias serão 
observados estes pressupostos e 
o art. 962, § 2º do CPC/15.
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c) Apenas quando houver prévio tratado de cooperação jurídica bilateral 
celebrado entre o Brasil e o país requerente será possível a prática de atos de 
cooperação jurídica internacional em território nacional. 
d) O Superior Tribunal de Justiça, no juízo de delibação da carta rogatória, pode 
rever o mérito do pronunciamento judicial estrangeiro para adequá-lo com as 
normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. 
Resolução: 
De acordo com o CPC/15, temos que: 
A alternativa “a” está CORRETA: 
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, 
o auxílio direto terá os seguintes objetos: 
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei 
brasileira. 
 
A alternativa “b” está INCORRETA: 
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, 
o auxílio direto terá os seguintes objetos: 
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico 
e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso. 
 
A alternativa “c” está INCORRETA, pois na ausência de tratado, a 
cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, 
manifestada por via diplomática. 
A alternativa “d” está INCORRETA, pois é vedada, em qualquer hipótese, 
a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade 
judiciária brasileira. 
 A 
7- (Advogado – FUMARC – Câmara de Conceição do 
Mato Dentro – 2016) Em relação aos limites da jurisdição nacional prevista 
no Novo CPC, é CORRETO afirmar: 
a) A ação proposta perante tribunal estrangeiro induz litispendência e obsta a 
que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe 
são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais 
e acordos bilaterais em vigor no Brasil. 
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b) Compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento 
da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em 
contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. 
c) Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em 
que, no Brasil, tiver de ser cumprida a obrigação. 
d) Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, 
julgar as ações em que o credor tiver domicílio ou residência no Brasil. 
Resolução: 
De acordo com o CPC/15: 
a) INCORRETA 
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz 
litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira 
conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as 
disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais 
em vigor no Brasil. 
b) INCORRETA 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento 
e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro 
exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
c) CORRETA 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as 
ações em que: 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação. 
d) INCORRETA, pois competência não é exclusiva. 
 C 
Tudo certo até aqui? Não fique com dúvidas. Qualquer coisa, pode me 
procurar no fórum de dúvidas. 
 
 
 Utilizando o conceito de Scarpinella Bueno, “a ação só pode ser 
compreendida como o direito subjetivo público ou, mais que isso, o direito 
fundamental de pedir tutela jurisdicional ao Estado-juiz, rompendo a inércia do 
6- Ação 
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Poder Judiciário, e de atuar, ao longo do processo, para a obtenção daquele 
fim”5. 
 Existem algumas teorias acerca da natureza jurídica da ação. Vamos 
estudá-las a partir dos ensinamentos de Daniel Amorim6: 
• Teoria imanentista ou civilista: “o direito de ação é considerado o próprio 
direito material em movimento, reagindo a uma agressão ou a uma 
ameaça de agressão.”. 
• Teoria concreta da ação: “criada por Wach na Alemanha. Primeira teoria 
que fez a distinção entre direito de ação e direito material. O direito de 
ação é um direito do indivíduo contra o Estado, com o objetivo de 
obtenção de uma sentença favorável, e ao mesmo tempo um direito 
contra o adversário, que estará submetido à decisão estatal e aos seus 
efeitos jurídicos”. 
• Teoria abstrata do direito de ação: “consequência das teorias criadas por 
Degenkolb e Plósz, incorpora o entendimento assimilado pela teoria 
concreta de que direito de ação e direito material não se confundem. E 
vai além, ao afirmar que o direito de ação é independente do direito 
material, podendo existir o primeiro sem que exista o segundo. O direito 
de ação, portanto, é o direito abstrato de obter um pronunciamento do 
Estado, por meio da decisão judicial. Para os defensores dessa teoria, o 
direito de ação é abstrato, amplo, genérico e incondicionado, não 
existindo nenhum requisito que precise ser preenchido para sua 
existência”. 
• Teoria eclética: atribui-se a Liebman a sua criação. “Pode ser entendida 
como uma teoria abstrata com certos temperamentos. Para a teoria 
eclética, o direito de ação não se confunde com o direito material, 
inclusive existindo de forma autônoma e independente. Não é, 
entretanto, incondicional e genérico, porque só existe quando o autor tem 
o direito a um julgamento de mérito (é irrelevante se favorável ou 
desfavorável), sendo que esse julgamento de mérito só ocorre no caso 
concreto quando alguns requisitos são preenchidos de forma a possibilitar 
ao juiz a análise da pretensão do autor. A teoria eclética defende que a 
existência do direito de ação não depende da existência do direito 
material, mas do preenchimento de certos requisitos formais chamados 
de ‘condições da ação’”. É a teoria adotada pelo CPC/15, apesar de 
 
5 BUENO, Cassio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil. Vol. único. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
p.69 
6 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direitoprocessual civil – Volume único .8. ed. – 
Salvador: Ed. JusPodivm, 2016. p.183 e segs. 
 
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não utilizar o termo “condições da ação” e de retirar a possibilidade 
jurídica do pedido como requisito para se postular em juízo. 
• Teoria da asserção ou teoria dela prospettazione: “para essa corrente 
doutrinária a presença das condições da ação deve ser analisada pelo juiz 
com os elementos fornecidos pelo próprio autor em sua petição inicial, 
sem nenhum desenvolvimento cognitivo. Em síntese conclusiva, o que 
interessa para fins da existência das condições da ação para a teoria da 
asserção é a mera alegação do autor, admitindo-se provisoriamente que 
o autor está dizendo a verdade. Aprofundada a cognição, a ausência 
daquilo que no início do processo poderia ter sido considerado uma 
condição da ação passa a ser matéria de mérito, gerando uma sentença 
de rejeição do pedido do autor (art. 487, I, do Novo CPC), com a geração 
de coisa julgada material. A teoria ora analisada tem ampla 
aceitação no Superior Tribunal de Justiça”. 
8- (Técnico Judiciário – Administrativa - CESPE – STJ 
– 2018) Julgue o item a seguir, a respeito das ações no processo civil. 
A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define 
ação como um direito autônomo e abstrato, independente do direito subjetivo 
material, condicionada a requisitos para que se possa analisar o seu mérito. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
 O item está CERTO, pois define trata exatamente da definição da teoria 
eclética da ação. 
 V 
 
 
 O CPC/73 apresentava as três condições da ação (Liebman) no art. 267, 
VI, sendo causa de extinção do processo “quando não concorrer qualquer das 
condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o 
interesse processual”. 
No entanto, o CPC/15 aboliu tanto a expressão “condições da ação”, 
quanto a possibilidade jurídica do pedido. “Ocorre, porém, que o próprio 
Liebman reformulou seu entendimento original, passando a defender que a 
possibilidade jurídica estaria contida no interesse de agir, de forma que ao final 
6.1- “Condições da ação” 
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de seus estudos restaram somente duas condições da ação: interesse de agir e 
legitimidade”7. Dispõe o art. 17 do CPC/15: 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
 
Interesse e legitimidade passaram a ser estudados com o pressupostos 
processuais. Em relação a possibilidade jurídica do pedido, ainda que não esteja 
presente de forma expressa no CPC/15, pode ser analisada pelo juiz à luz do 
interesse de agir ou ainda em relação ao próprio mérito, conforme o caso 
concreto. 
9- (Titular de Serviços de Notas e de Registros - 
Remoção – CONSULPLAN – TJ/MG – 2017) Com relação à função 
jurisdicional (jurisdição e ação), as assertivas abaixo estão corretas, EXCETO: 
a) A impossibilidade jurídica é uma das condições da ação. 
b) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território 
nacional. 
c) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
d) Ninguém poderá pleitear em nome próprio direito alheio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Resolução: 
A alternativa “a” está INCORRETA. Os termos “condições da ação” e 
possibilidade jurídica do pedido, anteriormente previstos no art. 267, VI, do 
CPC/73 foram abolidos do CPC/15 
A alternativa “b” está CORRETA, conforme previsão do art. 16 do 
CPC/15: 
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em 
todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. 
A alternativa “c” está CORRETA, de acordo com o art. 17 do CPC/15 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
A alternativa “d” está CORRETA, conforme regra geral trazida pelo art. 
18 do CPC/15: 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo 
quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
 
7 NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil – Volume único .8. ed. – Salvador: Ed. 
JusPodivm, 2016. p. 193. 
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 A 
 
 
 São elementos da ação: partes, causa de pedir e pedido. 
 
• Partes 
São os sujeitos da relação jurídico processual. Partes principais que são aquelas 
que formulam ou têm contra si pedido formulado (autor e réu nas ações de 
conhecimento, exequente e executado nas execuções; requerente e requerido 
nas ações cautelares), e partes auxiliares (coadjuvantes), como o assistente 
simples. 
 
• Causa de Pedir 
São os fatos e fundamentos jurídicos do pedido, razões de fato e de direito que 
embasam o pedido. Subdivide-se em: a) causa de pedir remota ou fática: 
relaciona-se com o fato; b) causa de pedir próxima ou jurídica: relaciona-se 
com as consequências jurídicas desse fato, ou seja, a valoração do fato pela 
norma jurídica. 
 
• Pedido 
É o que se espera, a pretensão, a conclusão da exposição dos fatos e 
fundamentos jurídicos constantes na petição inicial. É o resultado da valoração 
do fato pela norma jurídica -, a qual constitui a pretensão material formulada. 
Desdobra-se em: a) pedido imediato: providência ou o “tipo de tutela” 
jurisdicional solicitada pelo autor; b) pedido mediato: bem jurídico pretendido. 
 
 
Elementos da Ação
Partes sujeitos
Causa de Pedir
fatos e fundamentos 
jurídicos do pedido
Pedido pretensão
6.2- Elementos da ação 
6.3- Classificação da ação 
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 Comumente, as ações são classificadas em: 
• Conhecimento - reconhecimento de um direito. Pode ser: 
a) Declaratória: limitam-se à declaração da existência ou inexistência de 
uma relação jurídica ou um direito aplicável. Dispõe o CPC/15: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
 
b) Constitutiva: visam à criação de situações jurídicas novas ou à extinção 
ou à modificação de situações jurídicas preexistentes. 
c) Condenatória: além da declaração do direito, pretende-se a criação de 
condições concretas para sua efetivação, objetivando a condenação do 
réu a prestar uma obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar 
quantia. 
c.1) Executiva em sentido amplo: utilizam-se medidas de coerção direta, 
independentemente da vontade do réu. Ex.: busca e apreensão. 
c.2) Mandamental: utilizam-se medidas de coerção indireta, para que o 
réu cumpra a obrigação. Ex.: multa coercitiva. 
• Execução - satisfação de um direito. 
• Cautelar - assegurar resultado útil no plano processual. 
 
Classificação 
das ações
Conhecimento -
reconhecimento de 
um direito
Declaratória
Constitutiva
Condenatória 
Executiva em 
sentido amplo
MandamentalExecução - satisfação
de um direito
Cautelar - assegurar
resultado útil no plano 
processual
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Encerramos nosso conteúdo de hoje aqui! 
A aula continua com as questões comentadas e com uma lista de todas 
as questões para que você possa refazê-las. É muito importante o estudo 
através de questões para fixaçãodo conteúdo. 
Não se esqueça ler os artigos do CPC/15 que estão nesta aula. 
Continue firme, rumo à aprovação. 
 
CONCLUSÃO 
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10- (Juiz do Trabalho Substituto – TRT4 – 2016 – adaptada) Julgue o 
item a seguir: 
São condições da ação, conforme previsão expressa, e, portanto, matéria de 
ordem pública, sobre as quais o Juiz deve se pronunciar de ofício, a legitimidade 
de parte, o interesse processual e a possibilidade jurídica do pedido. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O item está ERRADO. Segundo SCARPINELLA, "O CPC de 2015 aboliu, 
a um só tempo, a nomenclatura 'condições da ação' e a 'possibilidade jurídica 
do pedido' como um dos pontos sobre os quais deverá o magistrado se debruçar 
para viabilizar quem, autor ou réu, é merecedor de tutela jurisdicional". 
(SCARPINELLA BUENO, Cassio. Manual de Direito Processual Civil. Editora 
Saraiva. São Paulo, 2016. p. 71) 
 F 
 
11- (Advogado - SERCTAM – Prefeitura de Quixadá – 2016). Marque a 
alternativa correta. 
a) O processo começa por iniciativa da parte e sempre se desenvolve por 
impulso oficial. 
b) A Lei nº 13.105/2015, novo CPC, consagra o princípio da promoção pelo 
Estado da solução por autocomposição, ou seja, uma política pública de solução 
de litígios, entendimento que já era adotado pelo Conselho Nacional de Justiça 
– CNJ, especialmente na Resolução nº 125/2010. 
c) A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e 
membros do Ministério Público, porém, tais métodos só poderão ser utilizados 
até a audiência de saneamento do processo. 
d) Não compete ao Estado promover a solução consensual dos conflitos. 
e) Com fundamento no princípio da duração razoável do processo, o juiz 
pode proferir decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente 
ouvida. 
Resolução: 
A letra “a” está ERRADA. O erro está na locução “sempre”. De acordo 
com o art. 3º do CPC, “o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve 
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
7- Questões Comentadas 
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A letra “b” está CORRETA. O princípio da promoção pelo Estado da 
solução por autocomposição é consagrado pelo CPC, no §2º, do art. 3º, assim 
como na Resolução nº 125 de 29 de novembro de 2010 do CNJ. 
Por sua vez, a letra “c” também está ERRADA. Não há um limite 
processual para o uso da conciliação, mediação ou outros métodos de solução 
consensual de conflitos. Eles poderão ser utilizados em qualquer fase do 
processo. Nesse sentido é o §3º, do art. 3º, do CPC: “A conciliação, a mediação 
e outros métodos de solução consensual de conflito deverão ser estimulados por 
juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, 
inclusive no curso do processo judicial”. 
Na mesma direção, a letra “d” está completamente ERRADA. A assertiva 
viola o estabelecido no §2º do art. 3º do CPC, que diz que “O Estado promoverá, 
sempre que possível, a solução consensual do conflito”. 
Por fim, a letra “e” está ERRADA. De fato, o juiz pode, excepcionalmente, 
proferir decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. 
Trata-se de uma exceção ao princípio do contraditório (art. 9º, parágrafo único, 
do CPC), que visa dar maior efetividade ao processo, sem estar diretamente 
relacionada ao princípio da duração razoável do processo que diz respeito a 
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 B 
 
12- (Advogado – FUNCAB – FUNANSG – 2015) A respeito da garantia 
constitucional contida no princípio do juiz natural, é correto afirmar que: 
a) Permite a existência e a criação de tribunais de exceção. 
b) A competência do juiz ao caso concreto pode ser instituída após a 
ocorrência do fato que gerou o processo. 
c) Aplica-se somente às hipóteses de competência absoluta. 
d) A prerrogativa de foro em razão do interesse público viola o princípio do 
juiz natural. 
e) Aplica-se somente às hipóteses de competência relativa. 
Resolução: 
Em uma perspectiva objetiva, o princípio consagra duas garantias 
básicas: proibição de juízo ou tribunal de exceção (art.5, XXXVII, da CRFB) e 
respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência (art.5, 
LIII, da CRFB). 
Sob um viés subjetivo, o princípio encerra a garantia de imparcialidade. 
Assim, todos os juízes e demais servidores públicos deverão agir com vistas à 
justa composição do litígio e não voltados a interesses ou vantagens 
particulares. 
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As regras de distribuição da competência são expressão material do juiz 
natural, pois servem para estabelecer critérios prévios, objetivos, gerais e 
aleatórios para a identificação do juízo que será responsável pela causa. 
Nessa direção, são proibidos o poder de comissão (criação de juízos 
extraordinários) e o de avocação (alteração das regras predeterminadas de 
competência). 
Por outro lado, não viola o princípio do juiz natural a criação de varas 
especializadas de competência determinada por prerrogativa de função, a 
instituição de Câmaras de Recesso em tribunais. Tais situações resultam de 
regras gerais, abstratas e impessoais. Tão pouco a possibilidade de prorrogação 
da competência, nos casos em que a competência for relativa, conforme 
determina o art.43 do CPC. 
Logo, a resposta certa é a letra “C”. 
 C 
 
13- (Técnico Judiciário – Área Judiciária – CESPE – TJ/SE – 2014) No 
que se refere à jurisdição, ação, processo e procedimento e aos princípios 
constitucionais aplicáveis ao processo civil, julgue os itens subsequentes. 
De acordo com o princípio do juiz natural, segundo o qual as demandas 
jurisdicionais devem ser julgadas por órgão judicial previamente estabelecido, 
é vedada a criação de juízos ou tribunais de exceção. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O enunciado está CERTO. Em uma perspectiva objetiva, o princípio 
consagra duas garantias básicas: proibição de juízo ou tribunal de exceção 
(art.5, XXXVII, da CRFB) e respeito absoluto às regras objetivas de 
determinação de competência (art.5, LIII, da CRFB). 
Sob um viés subjetivo, o princípio encerra a garantia de imparcialidade. 
Assim, todos os juízes e demais servidores públicos deverão agir com vistas à 
justa composição do litígio e não voltados a interesses ou vantagens 
particulares. 
 V 
 
14- (Analista Judiciário – Área Judiciária – CESPE – STJ – 2018) Com 
referência às normas fundamentais do processo civil, julgue o item a seguir. 
Não cabe ao Estado promover a solução consensual de conflitos: ela depende 
unicamente de iniciativa privada e deverá ser realizada entre os 
jurisdicionados. 
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( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O item está ERRADO, pois é o oposto do que dispõe o art. 3º, §2º e 3º 
do CPC/15: 
Art. 3º: Não se excluirá da apreciação jurisdicional, lesão ou ameaça a 
direito. 
§2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos 
conflitos. 
§3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual 
de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores 
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo 
judicial. 
 F 
 
15- (Agente Público – FGV – TCE/BA – 2013) Antônio, famoso cantor da 
região de Milagrópolis, mata um desafeto ao términode um show, gerando 
grande repercussão local. Em razão de sua popularidade, Antônio tem seu 
processo distribuído para o TJCM (Tribunal para Julgamento de Cantores de 
Milagrópolis), criado após a ocorrência dos fatos esquivando- se, assim, do 
julgamento pelo Tribunal do Júri. A dinâmica dos fatos revela inequívoca 
violação a um fundamental princípio do Direito Processual brasileiro. Assinale a 
alternativa que revela o princípio que, de forma direta e específica, foi violado 
pelos fatos acima narrados. 
a) Princípio da Ampla Defesa. 
b) Princípio do Contraditório. 
c) Princípio do Juiz Natural. 
d) Princípio da Lealdade Processual. 
e) Princípio da Inafastabilidade do Controle Jurisdicional. 
Resolução: 
Em uma perspectiva objetiva o princípio do juiz natural, consagra duas 
garantias básicas: proibição de juízo ou tribunal de exceção (ou seja, os 
critérios de competência devem ser objetivos, impessoais e estabelecidos 
previamente aos fatos - art.5, XXXVII, da CRFB) e respeito absoluto às regras 
objetivas de determinação de competência (art.5, LIII, da CRFB). 
Sob um viés subjetivo, o princípio encerra a garantia de imparcialidade. 
Assim, todos os juízes e demais servidores públicos deverão agir com vistas à 
justa composição do litígio e não voltados a interesses ou vantagens 
particulares. 
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 C 
 
16- (Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal – FCC – 
TRF5 – 2017) Acerca da jurisdição e da ação, 
a) carece de interesse o autor da ação que se limita a pleitear a declaração da 
autenticidade de documento. 
b) é permitido pleitear direito alheio em nome próprio, independentemente de 
autorização normativa, desde que demonstrado interesse. 
c) é inadmissível a ação meramente declaratória caso tenha ocorrido a violação 
do direito. 
d) o interesse do autor pode se limitar à declaração do modo de ser de uma 
relação jurídica. 
e) havendo substituição processual, ao substituído não será admitido intervir 
como assistente litisconsorcial. 
Resolução: 
A alternativa “a” está INCORRETA e a alternativa “d” está CORRETA, 
de acordo com o disposto no art. 19 do CPC/15. Lembre-se que o CPC/15 não 
mais utiliza o termo carência da ação: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento". Afirmativa 
incorreta. 
 
As alternativas “b” e “e” estão INCORRETAS, conforme previsão do art. 
18 do CPC/15: 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo 
quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá 
intervir como assistente litisconsorcial. 
 
A alternativa “c” está INCORRETA, de acordo com o que dispõe a lei 
processual no art. 20 do CPC/15: 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
 D 
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17- (Juiz Substituto – VUNESP – TJ/MS – 2015) É possível a existência 
de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral? 
a) Sim, porque a atividade jurisdicional estatal deve prevalecer sobre a decisão 
arbitral. 
b) Não, porque a atividade arbitral não tem natureza jurídica compatível para 
aplicação das normas processuais. 
c) Não, porque independentemente da natureza da câmara arbitral, inexiste 
previsão legal para tanto. 
d) Sim, porque a atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem tem natureza 
jurisdicional. 
e) Sim, porque embora a atividade arbitral não tenha natureza jurisdicional, não 
é possível admitir dois entes julgadores. 
Resolução: 
 O CPC/15 previu expressamente a arbitragem como forma de prestação 
jurisdicional em seu art. 3°: 
Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. 
§ 1º. É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2º. O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual 
dos conflitos. 
 
A sentença arbitral é título executivo judicial, conforme previsto no art. 
515, VII do CPC/15. 
 Lembre-se de que existem duas correntes: a que considera a arbitragem 
como equivalente jurisdicional e a que considera a arbitragem como jurisdição. 
Imagine a seguinte situação: A empresa X ingressa com uma ação judicial 
em face do prestador de serviços Y. E prestador de serviços Y inicia o 
procedimento arbitral. Tanto o árbitro, quanto o juiz podem se declarar 
competentes ou incompetentes para o julgamento. Há, portanto, possibilidade 
de conflito de competência entre juízo estatal e arbitral. 
 D 
 
18- (Procurador Legislativo – IDECAN – Câmara de Aracruz/ES – 2016 
- adaptada) Sobre o tratamento que o Novo Código de Processo Civil dá à 
aplicação das normas processuais, julgue a afirmativas a seguir. 
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A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas 
as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos 
internacionais de que o Brasil seja parte. 
Resolução: 
 A afirmativa está CORRETA, conforme disposto no art. 13 do CPC/15: 
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais 
brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em 
tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja 
parte. 
 V 
 
19- (Procurador Previdenciário – IBEG – IPREV – 2017) Sobre a 
Jurisdição e a Ação, assinale a alternativa incorreta. 
a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território 
nacional. 
b) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
c) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento jurídico. 
d) Não é admitida ação meramente declaratória nos casos em que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
e) O interesse do autor pode limitar-se à declaração de autenticidade de um 
documento. 
A alternativa “a” está CORRETA, conforme disposto no art. 16 do 
CPC/15: 
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em 
todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. 
 
A alternativa “b” está CORRETA, de acordo com o art. 17, do CPC/15: 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e 
legitimidade". 
 
A alternativa “c” está CORRETA, pois dispõe, expressamente, o art. 18 
do CPC/15: 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo 
quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
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A alternativa “d” está INCORRETA, de acordo com o disposto no art. 20 
do CPC/15: 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
 
A alternativa “e” está CORRETA, pois é o que dispõe o art. 19 do CPC/15: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
 D 
 
20- (Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE – TRF1 – 2017) 
A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir. 
São inerentes à jurisdição os princípios do juiz natural, da improrrogabilidade e 
da indelegabilidade. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
De acordo com o estudado nesta aula, você certamente sabe que esses 
são princípios da jurisdição.O princípio do juiz natural consiste na exigência de que os atos de 
exercício da jurisdição sejam realizados por juízes instituídos pela própria 
Constituição e competentes segundo a lei. 
O princípio da improrrogabilidade ou territorialidade diz que o Estado-juiz 
deve exercer a jurisdição dentro dos limites fixados pela lei. 
Não se pode delegar o exercício da função jurisdicional. Não pode o juiz 
escusar-se de decidir uma causa que lhe distribuída, além de não poder delegar 
suas funções a outra pessoa ou órgão. 
 V 
 
21- (Técnico do Ministério Público - Notificações e Atos Intimatórios 
– FGV – MPE/RJ – 2016) No tocante à inércia, uma exceção a tal 
característica da jurisdição, de acordo com a legislação processual vigente, é a: 
a) interdição; 
b) reintegração de posse de imóvel público; 
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c) restauração de autos; 
d) anulação de contrato administrativo; 
e) nulidade de casamento. 
Resolução: 
A regra é a de que os órgãos jurisdicionais somente devem atuar 
mediante provocação de algum interessado. Exceção a esse princípio encontra-
se Art. 712 do CPC/15: 
Art. 712. Verificado o desaparecimento dos autos, eletrônicos ou não, 
pode o juiz, de ofício, qualquer das partes ou o Ministério Público, se for 
o caso, promover-lhes a restauração. 
 C 
 
22- (Analista de Projetos Organizacionais - Jurídica – IESES – ALGÁS 
- 2017) Segundo a Lei 13.105/2015, podemos afirmar sobre a jurisdição e da 
ação: 
a) Não é admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a 
violação do direito. 
b) Havendo substituição processual, o substituído não poderá intervir como 
assistente litisconsorcial. 
c) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território 
nacional segundo as disposições do Código de Processo Civil regulamentado pela 
Lei 13.105/2015. 
d) Para postular em juízo é facultativo ter interesse e legitimidade. 
Resolução: 
a) INCORRETA, segundo previsto no art. 20 do CPC/15: 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
b) INCORRETA, conforme disposto no art. 18 do CPC/15: 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo 
quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Parágrafo único. Havendo 
substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente 
litisconsorcial. 
c) CORRETA, pois é o que dispõe o art. 16 do CPC/15: 
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em 
todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. 
d) INCORRETA, de acordo com o que dispõe o art. 17 do CPC/15: 
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Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
 C 
 
23- (Procurador do Estado – CESPE – PGE/AM – 2016) A respeito das 
normas processuais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte. 
O novo CPC reconhece a competência concorrente da jurisdição internacional 
para processar ação de inventário de bens situados no Brasil, desde que a 
decisão seja submetida à homologação do STJ. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
 O item está ERRADO, pois trata-se de competência exclusiva da 
autoridade jurisdicional brasileira, de acordo com o art. 23 do CPC/15: 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de 
qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de 
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no 
Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira 
ou tenha domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, 
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja 
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território 
nacional. 
 F 
 
24- (Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento – 
CONSULPLAN – TJ/MG – 2017) Quanto ao exercício da função jurisdicional 
pelo Estado-Juiz e no que se refere à jurisdição e ação, é INCORRETO afirmar: 
a) Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
b) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando 
autorizado pelo ordenamento jurídico; em havendo substituição processual, o 
substituído será excluído do feito, não lhe cabendo intervir como assistente 
litisconsorcial. 
c) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da 
inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica, da autenticidade ou da 
falsidade de documento. 
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d) É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a 
violação do direito. 
Resolução: 
a) CORRETA, conforme disposto no art. 17 do CPC/15: 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
b) INCORRETA, de acordo com o parágrafo único do art. 18 do CPC/15: 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo 
quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá 
intervir como assistente litisconsorcial. 
c) CORRETA, de acordo com o art. 19 do CPC/15: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
d) CORRETA, pois é o que dispõe o art. 20 do CPC/15. 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
 B 
 
25- (Advogado – IADES – CRF/DF – 2017 - adaptada) Sobre jurisdição, 
competência e cooperação internacional, à luz do Novo Código de Processo Civil 
(NCPC), assinale a alternativa correta. 
a) A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro 
interessado à autoridade judiciária, com exclusividade, cabendo ao Estado 
requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. 
b) Cabe auxílio direto quando a medida decorrer diretamente de decisão de 
autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no 
Brasil. 
c) O ato de apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de 
atividade jurisdicional compete ao juízo estadual do lugar em que deva ser 
executada a medida. 
d) Quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato 
internacional, arguida pelo réu na contestação, o processamento e o julgamento 
da ação não competem à autoridade judiciária brasileira. Todavia, tal restrição 
à jurisdição nacional não se aplica aos casos de competência internacional 
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exclusiva, como nos casos relativos a imóveis situados no território da República 
Federativa do Brasil. 
Resolução: 
a) INCORRETA, de acordo com o disposto no art. 29 do CPC/15: 
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão 
estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado 
requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. 
b) INCORRETA, conforme dispõe o art. 28 do CPC/15: 
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente 
de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a 
juízo de delibação no Brasil. 
c) INCORRETA, de acordo com o que dispõe o art. 34 do CPC/15: 
Art. 34. Competeao juízo federal do lugar em que deva ser executada 
a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande 
prestação de atividade jurisdicional. 
e) CORRETA, de acordo com o que dispõe o art. 25, caput, c/c §1º, do CPC/15: 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento 
e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro 
exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na 
contestação. 
§1º. Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência 
internacional exclusiva previstas neste Capítulo. 
São hipóteses de competência internacional exclusiva as contidas no art. 
23 do CPC/15: 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de 
qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de 
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no 
Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira 
ou tenha domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, 
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja 
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território 
nacional. 
 D 
 
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26- (Promotor Substituto – MPE/PR -2016 - adaptada) Sobre a 
jurisdição, a ação e o processo no Código de Processo Civil de 2015, assinale a 
alternativa correta: 
a) São condições da ação, de acordo com o Código de Processo Civil de 2015, o 
interesse de agir, a legitimidade das partes e a possibilidade jurídica do pedido, 
e a ausência de uma justifica a extinção do feito por carência de ação em 
qualquer fase do processo. 
b) Traço marcante do Código de Processo Civil de 2015 é a busca pela tutela 
efetiva de direitos, de modo que a possibilidade de o autor requerer apenas a 
declaração de existência ou inexistência de relação jurídica não é mais 
recepcionada pela jurisdição civil. 
c) Para além das cartas precatórias, os juízos poderão formular entre si pedido 
de cooperação para prática de qualquer ato processual, o qual prescinde de 
forma específica. 
d) Cabe ao Supremo Tribunal Federal expedir cartas rogatórias para órgãos 
judiciais estrangeiros. 
Resolução: 
a) INCORRETA - Os termos condições da ação, carência da ação e possibilidade 
jurídica do pedido não estão previstos no CPC/15. O art. 17 do CPC/15 diz que 
para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. A possibilidade 
jurídica do pedido não é mais considerada uma condição da ação desde a 
entrada em vigor da nova lei processual. 
b) INCORRETA, de acordo com o CPC/15: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; 
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
c) CORRETA, de acordo com o CPC/15: 
Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, 
especializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdição, 
inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíproca 
cooperação, por meio de seus magistrados e servidores. 
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de cooperação para 
prática de qualquer ato processual. 
Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente 
atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: 
I - auxílio direto; 
II - reunião ou apensamento de processos; 
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III - prestação de informações; 
IV - atos concertados entre os juízes cooperantes. 
d) INCORRETA, de acordo com o CPC/15: 
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal 
de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as 
garantias do devido processo legal. 
 C 
 
27- (Promotor Substituto – MPE/PR – 2016 - adaptada) Sobre as 
normas fundamentais do Processo Civil e os temas de jurisdição e ação, assinale 
a alternativa correta: 
a) A Constituição da República Federativa do Brasil serve, para o Direito 
Processual Civil, como critério de validade, sem influenciar a interpretação dos 
dispositivos legais; 
b) A atuação da jurisdição depende da constatação de lesão a direito, sem se 
cogitar sobre uma atuação preventiva em casos de ameaças a direitos; 
c) De acordo com o Código de Processo Civil de 2015, postular em juízo requer 
interesse de agir, legitimidade de parte e possibilidade jurídica do pedido; 
d) O interesse do autor pode ser limitar à declaração do modo de ser relação 
jurídica, ainda que não exista pedido de condenação ou de reparação de dano. 
Resolução: 
a) INCORRETA, pois a Constituição é parâmetro de validade para todas as 
normas jurídicas. 
b) INCORRETA, conforme previsto na CF/88: 
Art. 5º, XXXV. A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão 
ou ameaça a direito. 
c) INCORRETA, pois a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser prevista 
no CPC/15: 
considerada uma das condições da ação pelo novo Código de Processo Civil: " 
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. 
d) CORRETA, pois é o que dispõe o art. 19 do CPC/15: 
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação 
jurídica; II - da autenticidade ou da falsidade de documento. 
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha 
ocorrido a violação do direito. 
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 D 
 
28- (Advogado – FUNECE – UECE – 2017) Assinale a opção que completa 
corretamente as lacunas do seguinte dispositivo legal: 
“O procedimento da carta _______________1 perante o Superior Tribunal de 
Justiça é de jurisdição _______________ 2 e deve assegurar às partes as 
garantias do devido processo legal”. 
a) rogatória¹; voluntária² 
b) rogatória¹; contenciosa² 
c) precatória¹; contenciosa² 
d) precatória¹; voluntária² 
Resolução: 
De acordo com o art. 36 do CPC/15: 
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal 
de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as 
garantias do devido processo legal. 
 B 
 
29- (Procurador do Estado – CESPE – PGE/AM – 2016) A respeito das 
normas processuais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte. 
Segundo as regras contidas no novo CPC, a legitimidade de parte deixou de ser 
uma condição da ação e passou a ser analisada como questão prejudicial. Sendo 
assim, tal legitimidade provoca decisão de mérito. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O item está ERRADO. Apesar do termo condição da ação não estar 
presente no CPC/15, pode-se dizer que a legitimidade das partes continuou 
sendo considerada como uma condição da ação, razão pela qual, estando 
ausente, leva à extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 485, VI, 
CPC/15). 
 F 
 
30- (Técnico Judiciário – Administrativa – CESPE – STJ – 2018) A 
respeito da jurisdição, julgue o item que se segue. 
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O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja processado ou 
sentenciado por outra que não a autoridade competente, visa coibir a criação 
de tribunais de exceção. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Resolução: 
O item está CERTO. Em uma perspectiva objetiva, o princípio consagra 
duas garantias básicas:

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