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Guerra da Cisplatina

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Guerra da Cisplatina
 Introdução:
 Luta entre o Brasil e a Argentina pela posse da Banda Oriental, atual Uruguai. A guerra estende-se de 1825 a 1828. Pertencente ao Vice-Reinado do Prata que se havia tornado independente da Espanha em 1816, o território é anexado ao Brasil em 1821, com o nome de Província Cisplatina.
Desenvolvimento: 
 Localizada na entrada do estuário do Prata, a Cisplatina (ou Banda Oriental) é uma área estratégica para brasileiros e argentinos em relação ao controle da navegação e do comércio de toda a bacia platina. O Brasil tenta mantê-la como província do Império. A Argentina pretende retomá-la ou, pelo menos, recuperar o controle político sobre ela. No confronto com o Brasil, a Argentina alia-se aos patriotas uruguaios liderados por Juan Antônio Lavalleja e Fructuoso Rivera. Com o apoio do governo de Buenos Aires, eles conseguem desembarcar tropas em território da Cisplatina e marchar para Montevidéu. Cercam a capital e proclamam a independência uruguaia em 1825. A oposição ao Governo de D. Pedro I cresceu a partir de dois acontecimentos: a morte de D. João VI que levantou a questão da sucessão do trono português e a guerra contra as Províncias Unidas do rio da Prata (futura Argentina), que resultou na perda da Província Cisplatina. Esta região, antes denominada Banda Oriental do Uruguai, havia sido conquistada por campanha militar em 1817, quando da permanência da Corte no Rio de Janeiro, durante o governo do príncipe-regente. Após inúmeras manifestações protestos e desentendimentos políticos ocorridos na região da Cisplatina submetida por invasão reuniu-se um Congresso, em agosto de 1825, que proclamou sua separação do Brasil e a incorporação às Províncias Unidas do rio da Prata. 
 Este acontecimento deflagrou uma guerra desastrosa, a partir de dezembro de 1825, entre as partes envolvidas. D. Pedro I sustentou esta guerra, pois a política do Brasil em relação ao restante do continente era no sentido de dificultar a formação de grandes países. Por outro lado, a anexação da Cisplatina fortalecia as Províncias Unidas, que passavam a controlar toda a bacia do rio da Prata e seu estuário. Tendo em vista as dificuldades de comunicação terrestre, o bloqueio da área fluvial dificultava os contatos com as áreas localizadas no oeste de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e sudoeste de Mato Grosso. Isto poderia ameaçar a unidade e a estabilidade do Império e a do imperador. Surgiam outros problemas na área das relações internacionais durante a guerra contra as Províncias Unidas do Prata. Inglaterra e França entendiam que o bloqueio do porto de Buenos Aires, pela Marinha imperial, causaria enormes prejuízos a seus interesses comerciais na região. O conflito arrastava os dois principais compradores da Inglaterra na América do Sul para uma crise de proporções imprevisíveis. As perdas humanas também afligiam a Inglaterra já que grande parte dos oficiais das duas Marinhas em guerra, assim como a tripulação, era composta por ingleses. Comentava-se também que Simon Bolivar, líder da Independência da América espanhola, iria propor uma intervenção nos países em guerra por julgar que a Monarquia brasileira representava, na América, os interesses recolonizadores da Santa Aliança. Para a Inglaterra era imprescindível, comercialmente falando, que a navegação no Prata se mantivesse aberta. Apesar da mediação inglesa a guerra prolongou-se durante três anos, sem resultados definitivos, mas com grandes perdas para os dois países em luta. Nas preocupações do Governo inglês incluía-se a necessidade de impedir que os dois contendores, ou até mesmo um deles, se voltassem para os Estados Unidos da América em busca de ajuda. Se isto viesse a ocorrer, os Estados Unidos receberiam vantagens comerciais, o que prejudicaria os comerciantes ingleses que teriam os seus negócios diminuídos, especialmente em Buenos Aires. Assim, mediar o caso tinha grande importância, e por conta disto os diplomatas ingleses em Buenos Aires e no Rio de Janeiro sugeriram a mediação da Inglaterra. Consta, inclusive, que o ministro inglês Canning entendia que esta mediação “significaria uma aproximação entre o Velho e o Novo Mundo. ”
Considerações finais:
 A guerra gerou muitas mortes e gastos financeiros para o império. Derrotado, o Brasil teve que reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai. Entre 1827 e 1828, enquanto crescem as dificuldades brasileiras, aumenta a intervenção diplomática inglesa. A posição britânica prevalece, e, em 27 de agosto de 1828, Brasil e Argentina reconhecem a independência do Uruguai. O conflito estava atrapalhando os interesses da Inglaterra, pois esses três países estavam deixando de comprar os produtos industrializados ingleses para gastar com a guerra. Desse modo, a Inglaterra interferiu no conflito e decidiu: o Uruguai seria um país independente (ou seja, não seria nem do Brasil, nem da Argentina). A derrota enfraquece o imperador e fortalece os adversários, que exigem sua renúncia.
Referências:
Fonte: www.multirio.rj.gov.br
 www.exuperyjau.com.br/colegiomarista.org.br
www.geocities.com