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O RACISMO E A MÍDIA: o preconceito na sociedade midiática e seu impacto no Brasil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES - CCHLA 
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – RADIALISMO
 
FRANCISCO EWERTON ALEIXO DA SILVA
 O RACISMO E A MÍDA: 
o preconceito na socidade midiática e seu impacto no Brasil 
Natal - RN
2016 
FRANCISCO EWERTON ALEIXO DA SILVA
 O RACISMO E A MÍDA: 
o preconceito na socidade midiática e seu impacto no Brasil 
Projeto referente à terceira unidade da disciplina
de Pesquisa em Comunicação, do curso de Radialismo,
 da UFRN - Universiade Federal do Rio Frande do Norte.
Orientador: Prof. Dr. Itamar de Morais Nobre
Natal – RN
2016
RESUMO
	Ao analisarmos o conteúdo histórico do povo negro no Brasil e no mundo, fica evidente a existência de uma dívida historica recorrente do preconceito, dos maus tratos e da falta de respeito para com as pessoas de cor negra. Leis e projetos já foram criados para estreitar a relação do branco com o preto, mas ainda estamos longe de erradicar totalmente o racismo do país. Essa não é uma tarefa fácil para quem busca o mínimo de igualdade de raças, tampouco para quem sente-se ameaçado por achar que os negros não merecem nenhum tipo de vantagem apenas por ter a cor da pele que tem. Há necessidade de uma discussão maior, e parte do mundo está aberta a isso. Ao retratarmos desse assunto nos meios de comunicação, isso pode facilicar, como pode dificultar o entendimento do que o racismo pode representar na sociedade Nesse contexto, o trabalho aqui apresentado, visa mostrar e ampliar a forma de ajudar a quem tanto sofreu durante muitos anos, e mesmo após ter se tornado crime, o racismo continua forte e presente no cotidiano da sociedade brasileira, mesmo com campnhas em massa ocorrendo nas TV's, rádios, jornais, revistas que circulam todo dia e mais recente, na internet, onde é mais fácil detectar pessoas racistas. É fundamental que haja diálogo, conversas e principalmente luta pela igualde, pois enquanto o preconceito for mais forte do que a vontade de lutar, os negros serão rebaixados, vidas serão perdidas, e o racismo nunca terá um fim.
SUMÁRIO
	Resumo	
	1. Introdução.............................................................................................5
	2. Justificativa...........................................................................................7
	3. Objetivo...............................................................................................10
	3.1 Objetivo geral....................................................................................10
	3.2 Objetivos específicos.........................................................................10
	4. Fundamentação teórica........................................................................10
	5. Metodologia........................................................................................12
	6. Cronograma........................................................................................13
	Referências.............................................................................................14
	INTRODUÇÃO
	Habitamos em um mundo que vive de aparências. Ao serem perguntados sobre o modelo padrão de beleza das pessoas, a resposta é unânime: o europeu. Isso é estampado, em TV's, revistas, e demais meios de comunicação existentes nos dias de hoje, e a mídia, de certa forma, sempre foi muito coninvente com tudo isso, e ao passo que ajuda no combate ao racismo, pouco mostra as mudanças necessárias para o fim desse preconceito que assola o Brasil há anos. Fato esse comprovado pelas famílias ricas que dominam a mídia nacional desde os seus primórdios. O racismo poderia ser facilmente esquecido com uma boa educação e adoção do meios docentes (Moore, 2007). No entanto, esses meios nãos parecem tão fáceis, caso contrário, a palavra racismo nem existir mais entre os povos do Brasil e do mundo.
	
	Embora sejam concessões públicas, os meios de comunicação no Brasil são administrados como bens patrimoniais de natureza familiar. São gerenciados por elites descendentes dos grupos sociais que, no passado histórico do país, sempre gozaram de privilégios (inclusive o de formular e legitimar enunciados sobre o Outro e de difundi-los nos espaços de afirmação dos discursos sociais, a literatura científica e ficcional, entre eles) e que perpetuam, agora, através de aparatos tecnológicos cada vez mais sofisticados, mitos e estereó- tipos ainda fortemente presentes no imaginário coletivo (BORGES, 2012). Sendo assim, é correto afirmar que a mídia apenas representa seu padrão de beleza étnico e repassa através de seus meios comunicativos que apenas um tipo de beleza é o melhor: o deles.
	Esse projeto tenta esclarecer e abordar o racismo em forma de combate a esse preconceito que sempre se fez presente e forte no Brasil, mesmo com campanhas de extrema importância para o país, com ajuda de leis, que nem sempre são favoráveis ao movimento negro, pelo contrário, marginaliza cada vez mais os negros, e enaltecem os brancos. É fato que parte da mídia mais atrapalha do que ajuda. A mídia (especialmente o jornalismo) escreve sobre a história, referenciada nos fatos do cotidiano, valorizando arquivos, estatuindo continuidades ou descontinuidades que permitem constituir um discurso sobre algo. Não será o racismo arquivo e dispositivo ou equipamento que permite uma certa escrita sobre o negro ou o afro-descendente ? (FRANCISCO, 1998). 
	Ao abordar o assunto racismo na mídia, fica claro o quão o preconceito se faz presente na vida do povo brasileira, ainda mais hoje sendo retratado como “liberdade de expressão”, ou simplesmente “minha opinião”. Um dos meios que mais sofre com isso sem resquícios de dúvida é a internet. Essa ferramente que tanto ajuda as pessoas, pode denegrir a imagem de muita gente, cmo já tem feito ultimamente, e sendo exposto quase todos os dias em perfis como Facebook e Twitter, onde pessoas relatam seus preconceitos sofridos diariamente, e também, perfis fake, que se utilizam dessa ferramenta para diminuir pessoas, e enaltecerem seus egos exarcebados. Apesar de já existirem punições para crimes cibernéticos específicos de racismo, as pessoas parecem não se intimidarem, muito menos dar-se conta do que estão fazendo. Humilham da pior maneira e convardemente aquele que elas acham que são diferentes e inferiores.
	Dessa forma, não foi difícil observar que outros meios de comunicação também agem da mesma maneira, mesmo que indiretamente. Ora, se nos informamos e formamos majoritariamente pelo que é emitido pelos sistemas midiáticos, o que podemos depreender dos discursos sobre o negro e a mulher negra, veiculados por programas televisivos e radiofônicos, peças e anúncios publicitários, jornais impressos e eletrônicos, novelas e congêneres? (BORGES, 2012).
	Contudo, isso não podemos afirmar que a culpa para o racismo e o preconceito existentes devam ser creditados apenas à mídia. O ser humano tende a ser social e também forma suas opiniões por meio de suas escolhas e daquilo que acredita ser correto para ele. Nesse aspecto, a fase mais importante é a de formação de um indivíduo, ainda na infância, como destaca Thompson (1998):
“Os primeiros processos de socialização na família e na escola são, de muitas maneiras, decisivos para o subseqüente desenvolvimento do indivíduo e de sua autoconsciência. Mas não podemos perder de vista o fato de que, num mundo cada vez mais bombardeado por produtos das indústrias da mídia, uma nova e maior arena foi criada para o processo de autoformação.” (Thompson, 1998). 
 
	O racismo é, e sempre será um assunto polêmico, e que desagrada boa parte da população do país, que é mais de sua metade, negra. O importante aqui é informar da forma mais correta possível a influência que a mídia pode trazer ao tratar o racismo como algo que banal, muitas vezes desvalorizando e desconhecendo os negros, e enaltacendobrancos, que por sua vez, merecem todo respeito, assim como todo brasileor. Sendo assim, o intuito dessa pesquisa é mostrar que o negro pode e deve ter poder de voz em todos os âmbitos da comunicação, pois só assim, teremos vez e voz em um país que anda cada vez mais para o retrocesso.
	Não basta dizer que é contra, ou ter apenas essa opínião. É necessário buscar melhorias, lutar pela igualdade de raça, e sem dúvidas buscar o respeito que se faz tão preciso em dias em que a sociedade brasileira é cada vez mais machista, homofóbica e racista. A voz do negro precisa ser ouvida e cada vez mais ser mais forte para combater o preconceito que hoje faz-se tão presente no Brasil. Lutar sempre, desistir jamais.
	2 JUSTIFICATIVA
	A sociedade tem uma dívida histórica com a população negra de todo o mundo. Não é fácil banir um preconceito quando ele já foi colocado como normal há muito tempo atrás. Fato disso é a violência recorrente do racismo diário que acontece mundialmente junto à comunidade negra. Por isso, esse é um projeto, onde analisa-se de que forma o preonceito racial pode chegar a um fim, adquirindo conhecimento. Desenvolvermos um papel que de certa forma vai contribuir para o saber dos mais jovens e atrair conhecimento para os mais velhos. 
	Nos livros história e na própria escola aprendemos desde cedo que a escravidão fez parte de uma época que muitas pessoas tentam e querem esquecer. No entanto, fica cada vez mais claro que essa é uma realidade bem distante de acontecer, tampouco queremos que aconteça, pois a sociedade tem sua culpa em ter explorado por tanto tempo seus iguais. Hoje, com os avanços da tecnologia da mídia, e enfatizando a internet, a discussão sobre o racismo tomou conta das redes sociais, e para sermos mais exatos, o Facebook foi um dos grandes colaboradores para esses diálogos.
	A rede social onde todos têm voz e vez já foi palco de grandes demonstrações de racismo, tanto de anônimos, quanto de pessoas famosas, que por diversas vezes foram xingados e humilhados. Analisamos que a educação vem de berço, e consequentemente as opiniões formadas dentro de casa também. Por esse motivo, se alguém coloca na cabeça de seu filho, que ele dever agir e pensar de tal forma, ele , por se espelhar em seu familiar, agirá da mesma maneira. Na escola há uma outra batalha e se fazer: mostrar aos alunos e desconstruir certas informações, ou mostrar para ele que o racismo de nada contrubui às pessoas. Por esse motivo, fica cada vez mais claro que educar da menira correta desde pequeno é o ideal para formalizaçã de um cidadão que crescerá e atingirá seus príncipios da melhor maneira possível, sem nenhum tipo de preconceito.
	Um dos grandes motivos para a realização desse projeto, foi a necessidade de mostrar para a sociedade, e principalmente, aos mais jovens que o preconceito racial não acabou, ele está apenas vestido de “opinião” para demonstrar ódio às pessoas. “Ninguém é melhor que ninguém por causa da cor da pele. Além disso, a discriminação, o ódio, a intolerância e a violência são atitudes que devem ser repudiadas pela sociedade, em nome do respeito à dignidade humana. Entretanto, somente há algum tempo a temática da discriminação racial na escola tem sido discutida, com mais ênfase.”(MORAES, 2013). Escolas e universidades têm em suas obrigações acabar com qualquer tipo de preconceito , que venha denegrir a imagem de alguém, sendo ele negro, homossexual, etc., no entanto, existem poucos trabalhos e pesquisas que possam dar voz, ou mesmo abordar o assunto de forma clara, precisa e ágil, pois existem muitas pessoas sofrendo com isso até hoje. 
	Como a juventude de hoje está muito mais interessada na internet do que na TV, campanhas via sites e redes sociais são precisas em um momento que em pleno século XXI, exista racismo. Por esse motivo, torna-se tão necesário analisarmos o racismo mais a fundo, para que a intolerância e o ódio sejam combatidos de forma que atinja a muito mais gente, e que negros e brancos possam ser respeitados. De certo modo, já existem campanhas de combate ao racismo, e também a qualquer outro tipo d e preconceito. 
	A cor da pele sempre foi um impecilho em todos os sentidos para muitas pessoas. Ao analisarmos empiricamente tais situações, percebemos que no dia a dia , o racismo sempre esteve presente na sociedade. Muitas pessoas ao passarem por alguém de pele mais escura, simplesmente escondem seu telefone celular, ou seguram com mais força sua bolsa, temendo algum tipo de atitude por parte daquele que apenas está ao seu lado. É justamente certos tipos de atitudes como essas que precisam acabar e ser extinguida totalmente da vida da população. O negro que passa por esse tipo de situação sente-se rebaixado, e mais uma vez é visto como bandido, periférico e que não merecia estar naquele mesmo ambiente que a outra pessoa. 
	“O exercício é simples: feche os olhos. Imagine que uma pessoa está à sua frente, ameaçadora, e anuncia um assalto. Agora, uma pergunta: qual a cor e o sexo do infrator (a)? São raras as vezes nas quais a pele escura e o sexo masculino não compõem o tipo que está materializado em nosso imaginário. “ (MORAES, 2013). Exerícios como esses tornam cada vez mais o imaginário do ser humano falho e preconceituoso. Seria óbvio imaginar que o assaltante poderia ser negro, pois no inconsciente daquele, o negro sempre foi visto como o pobre e necessitado.
	Ao levarmos para o lado midiático fica cada vez mais fácil denominar esse fator. Quantos negros existem em papéis de televisão de destaque? Quantos jornalistas, radialistas negros são reconhecidos pelo seu trabalho? Em relação a programas de entretenimento como novela, o homem negro é o motorista do patrão rico e branco, ou a mulher negra é empregada, ou babá da mulher rica e branca que venceu na vida. Os papéis nunca se invertem.
	Infelizmente, o negro está abaixo não só nas ficções, mas na sua vida real. Por esse motivo, faz-se necessário a busca para que isso acabe, e o fim do preconceito racial é a única saída para finalizar de vez com o racismo no país, e fora dele. No entanto, é complexo fazer o outro entender que o que ele diz não é uma opinião , e sim, racismo. Não é fácil fazer , ou tentar dizer a alguém que o que ele diz é errado, principalmente fazê-lo mudar de ideia. Quando alguém toma algum partido por algo que acredita dificilmente mudará de ideia, mesmo que aquilo seja errado, ou transpareça algum tipo de preconceito.
	Ao analisarmos o mundo midíatico , isso fica cada vez mais claro. “Sob esse ponto de vista, a padronização e fixação dos enunciados midi- áticos em categorias predeterminadas é um empreendimento necessário, pois possibilita que os programas sejam formatados em modalidades relativamente estáveis, capazes de favorecer a “decodificação”. Há uma rede emaranhada que constitui a produção e a recepção, o que demanda a criação de sistemas de orientações, expectativas e convenções que circulam entre a indústria, os sujeitos espectadores e o texto.” (BORGES, 2012). A partir dessa percepção, podemos ver claramente que sempre existiu um padrão de beleza em que para a midia, é a única beleza que se encaixa na s produções. Tendo em vista que isso não conduz com a realidade brasileira, a começar pelo que se é denominado de “belo”, ou seja, a típica beleza europeia que se destaca no país, e não a verdadeiramente brasileira. 
	Poucas obras de conho nacional destacam personalidades negras, e se destacam, é como algo inferior, tais como motoristas, empregadas domésticas e escravos. Isso precisa ser combatido, e o negro necessita dar seu grito de liberdade definitiva para acabar de vez com o racismo que está impregnado no Brasil. “Os contrários à sua escolha argumentaram que ilustrar uma reportagem a partir de um negro poderia “causar um ruído na mensagem”. Os receptores “estranhariam” a presença de uma família de afrodescendentes como personagem principal de uma “história comum”. (FERRO, 2012). São atitudes como essas, quefazem desse projeto uma necessidade pessoal de mostrar a verdadeira opinião do brasileiro a respeito do que quer, e o que não quer ver na televisão. Por muitas vezes, fica claro a necessidade de abordar temas que causem um impacto verdadeiramente preciso para que as pessoas enxerguem o que está diante dos seus olhos e que constantemente é ignorado, ou pelo velho costume de já ser assim, deixar passar despercebido que tratamos de um problema grave presente na sociedade nos dias hoje, e que se nada for feito para acabar definitivamente com o racismo, sofreremos graves problemas mais a frente. “Experiências como essa, que não foram poucas, me levaram a investigar a problemática presença do negro na mídia brasileira em meu trabalho de conclusão de curso, cujo título dá nome a este artigo .” (FERRO, 2012). Ficou evidente para o próprio autor a necessidade de mudar , pondo em seu trabalho um tema que precisa ser discutido todos os dias. Apesar disso, já foi analisado que existem poucas obras sobre o racismo, e principalmente englobando a midia como uma das princpais armas de racismo presentes no Brasil.
	São necessários mais trabalhos, mais propagandas, mais estudos e muito mais divulgação do que é o racismo e o que sofre toda uma sociedade com algo que nada lhes faz bem. Buscar da melhor forma, com campanhas que provem que o racismo precisa ser definivamente banido do Brasil, e de todos os lugares do mundo. Entender que o outro é igual não o tornará infeior a ele, e sim, seu semelhante. Campanhas publicitárias por parte de governates estaduais e federais poderia ser uma grande arma de combate ao racismo, se fosse posto em prática de forma precisa , fazendo chegar em todos os âmbitos da sociedade, pois marginalizar o pobre e preto, é fácil, difícil é fazer o rico e branco entender que todos somos iguais.
	3 OBJETIVOS
	
3.1 GERAL
Analisar a representação do racismo na mídia brasileira, no que se refere ao âmbito da TV e internet, mostrando formas de combate ao preconceito racial.
3.2 ESPECÍFICO
- Averiguar como a mídia poderá combater o racismo no Brasil.
- Diagnosticar por quais maneiras de diálogo poderá se fazer com a sociedade para extinguir seus preonceitos.
	4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	O projeto que aqui encontra-se em desenvolvimento, faz parte da disciplina de Pesquisa em Comunição, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Trata-se de um projeto de pesquisa em que foi proposto aos alunos um tema de sua escolha, que deveria ser pesquisado e após a pesquisa, realizar o referido projeto, partindo do modelo posto na disciplina virutal para a prática da pesquisa realizada. O tema escolhido para esse projeto foi o Racismo e Mída, onde abordaremos o que a prática do racismo na mídia pode causar à sociedade brasileira, e consequentemente pondo em prática seus preconceitos já tão ultrapassados, antigos e retrográdos.
	Como nos diz Moraes (2013, p. 36), “É claro que a criação de estatutos e leis, fundamentais para empoderar e legitimar direitos da população negra, não pode, por si só, modificar uma realidade repleta de desigualdades. É preciso que o texto materialize-se em ação que se torne realidade no (...) cotidiano dos afrodescendentes.” Por esse motivo, é necessário uma série de diálogos e campanhas que abordem o racism o da forma correta para que se tornem de vez um passado que não precisemos relembrar, senão como algo do passado. Visto a necessidade de tais obras, no âmbito midiático tais campanhas seriam perfeitamente bem colocadas, pois como fala Sandra Almada (2012, p.28) “O racismo midiático brasileiro é tão ostensivo que não poupou do estarrecimento nem o premier italiano Silvio Berlusconi, um experiente empresário da área da comunicação. “A TV brasileira mais se parece com a de um país anglo-saxão”, disse Berlusconi aos jornalistas, depois de desligar o aparelho de televisão do hotel e ir passear pelas ruas de uma metrópole do país. O que ele identificava era o gap, a distância, a dicotomia entre a identidade multirracial real da sociedade brasileira e a identidade virtual forjada pelos mídias.” Sendo bem clara, ao explicar que a TV passa algo que não condiz com sua realidade.
	Sandra (2012) mostra claramente que o telespectador não se sente representado pelo que vê, e muitas vezes vê forçadamente, pois apesar de muitas emissoras, todas aparentam ser o velh mais do mesmo. Partindo para a análise de Carança (2012, p. 154), “Inicialmente restrita ao âmbito acadêmico, a reflexão sobre o papel da imprensa e dos meios de comunicação com relação ao racismo ganhou, nos últimos anos, um espaço maior na agenda do movimento negro, a partir do momento em que percebeu que o jornalismo pode ser um instrumento poderoso, tanto para o reforço ou a produção de preconceito quanto para a promoção da igualdade.” O autor mostra a mudança, ainda que pouca dos meios de comunicação, no que se refere ao racismo, enfatizando o jornalismo cmo prática que pode mudar a percepção das pessoas sobre o que é o racismo, como já foi citado antes, que os meios de comunicação têm poder e voz para extinguir o preconceito.
	
	Abordagens como essas, fazem desses autores conhecedores de suas palavras, faz-se necessário reconhecê-los como grandes, pois exercem muito bem sua sabedoria, expondo seus modos a forma correta de adquirir tais conhecimentos.
	Levando em consideração pelo que já foi dito no referido projeto, passamos a ter cada vez mais certeza do poder da midia brasileira sobre a sociedade e como ela pode interferir na opinião publica. Como nos fala Sátira Pinheiro Machado (2012):
“Se a identidade ganha maior valor, servindo de referência, é estabelecida uma hierarquia em relação à diferença que denota a identidade como norma daquilo que somos num contraponto àquilo que não somos, pois somos o outro diferente.” (MACHADO, 2012, p. 206).
	5 METODOLOGIA
	Torna-se fundamental alisarmos os métodos e as metodoligias para chegarmos as formas de como todo o processo de pesquisa estendeu-se no decorrer do tempo. Para tomarmos conhecimento verdadeiramente daquilo que pesquisamos, precisamos estudar e estar dentro do mundo da pesquisa, ou seja, ser aquilo e estar o mais próximo daquilo que se quer pesquisar. Faz-se necessário a busca correta e concreta do seu modo de pesquisa e as necessidades que foram percorridas no meio do caminho, para de fato chegarmos ao ponto final da pesquisa, atingindo resultados primorosos e conhecimentos fartos.
	De acordo com Gerhardt (2009), podemos abordar:
“Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. As razões que levam à realização de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em razões intelectuais (desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer) e razões práticas (desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficaz).” (Gerhardt, 2009, p. 12).
	Desse modo, para analisarmos o método a que se propôs a realização dessa pesquisa, levou-se um determinado tempo para recolhimento de informações a respeito do racismo dentro do nosso país e mais certamente, na mídia, oncde incrivelmente isso não deveria existir. Torna-se necessária a opinião de estudantes e profissionais, negros, ou não, sobre o que se passa no mundo midiático no que se refere ao racismo. Faz-se necessário entrevistas em escolas, universidades, e em empresas de comunicação, e principalmente em livros que fale sobre o racismo nos meios de comunicação como metodologia, para obtermos um resultado preciso sobre o racismodentro da mídia, e seu impacto na sociedade brasileira.
	Sendo assim, o resultado é unânime: existe racismo na mídia. “Os estudos concernentes à mídia convencem-nos de que este tem sido um “território” interditado às populações negras e, também, um espaço de constante criação de estereótipos. Se levarmos em consideração que as mídias formam/ produzem opiniões, e não somente informam/ reproduzem (sobre) fatos, podemos inferir que aimagem de negros e negras que se quer incutida ou ratificada no imaginário social ainda tem sido, com grande frequência, a daquele(a) que ocupa o “lugar a menos”. (BORGES, 2012, p.36). Esse fato representa o que faz toda a mídia nacional, o negro é peça descartadas nos noticiários, comerciais, novelas, etc.
	Com isso, analisamos que os métodos utilzados para a realização da pesquisa foi de extrema importância para alcançarmos o resultado esperado, e a satisfação necessária para a conclusão de uma pesquisa bem realizada. Fazendo presente a realidade dos fatos com a coleta de dados, torna-se precisa e ágil a pesquisa sobre o racismo no país, que se não tomar uma atitude, sofrerá grandes impactos no futuro, principalmente por parte das mídias, que no momento, pouco fazem para exterminar de vez esse preconceito do Brasil.
	
	6 CRONOGRAMA
	PERÍODO
	ANO: 2017.1
	ANO: 2017.2
	ATIVIDADES
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	1º
 TRI
	2º 
TRI
	3º 
TRI
	4º 
TR
	DISCIPLINAS DA GRADUAÇÃO
	x
	x
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	PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
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	ESCOLHA DO TEMA
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	ELOBORAR PESQUISA
	
	
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	EXPLORAR TEMA
	
	
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	CONTATO COM PARTICIPANTES
	
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	EXECUÇÃO DA PESQUISA
	
	
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	RACISMO NO BRASIL (DADOS)
	
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	RACISMO NA MÍDIA (DADOS)
	
	
	
	
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	ANÁLISE DO RACISMO
	
	
	
	
	
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	NEGRO E PERIFERIA
	
	
	
	
	
	
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	INTERNET E RACISMO
	
	
	
	
	
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	PROJETO CONCLUÍDO
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	REFERÊNCIAS
FRANCISCO, Dalmir. Imprensa e Racismo no Brasil (1988/1998): a construção mediática do negro na imprensa escrita brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ / ECO, 2000, 280p. il. Tese. Doutorado. 
Mídia e racismo / Roberto Carlos da Silva Borges e Rosane Borges (orgs.). - Petrópolis, RJ : DP et Alii ; Brasília, DF : ABPN, 2012. 
Moore, Carlos. Racismo e sociedade: novas bases espistemológicas para entender o racismo – belo horizonte -: mazza ediçoes, 2007.
Disponível em:<www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=3052&id_coluna=80> Acesso em: <29.11.16> 
THOMPSON, John B. A Mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. 
MORAES, Fabiana. No país do racismo institucional : dez anos de ações do GT Racismo no Brasil MPPE / Fabiana Moraes ; Coordenação Assessoria Ministerial de Comunicação Social do MPPE, Grupo de Trabalho sobre Discriminação Racial do MPPE - GT Racismo. Recife: Procuradoria Geral de Justiça, 2013. 
Disponível em:<http://www.ceert.org.br/noticias/comunicacao-midia-internet/9480/novo-estudo-confirma-sub-representacao-negra-nas-novelas-da-tv-globo>. Acesso em:<04.12.16>
Dispinível em:<http://observatoriodaimprensa.com.br/caderno-da-cidadania/_ed721_o_racismo_na_televisao/>. Acesso em:<05.12.16>
Métodos de pesquisa / [organizado por] Tatiana Engel Gerhardt e Denise Tolfo Silveira ; coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

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