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DIRETRIZES DE ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO E PAISAGISTICO PARA CONCEPÇÃO DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA, ARTE, CULTURA E APRENDIZADO, UM ESPAÇO DEDICADO AO CONTRA TURNO ESCOLAR NA CIDADE DE ANTÔNIO CARLOS/SC Camilla Espezim* Arquiteta e Urbanista, Julia Fiuza Cercal, Mestre** 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização e descrição do tema O tema se trata de estudo preliminar para a instalação de um centro de convivência, arte, cultura e aprendizado, criando assim a sigla (CCACA), uma adequação e novo termo para as chamadas casa de serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, que resulta em um espaço dedicado ao contra turno escolar, para crianças a adolescentes que estejam matriculado no ensino infantil, fundamental e médio das escolas municipais e públicas da cidade. São espaços públicos que são disponibilizados com o apoio da secretaria de educação, e secretaria de serviço social, para a criança tenha acesso a atividades de contra turno da escola para fortalecimento e reforço das matérias escolares, mas também um espaço para realização de atividades de lazer, onde são oferecidos a essas crianças e adolescentes espaços de socialização, fortalecimento de vínculos com pessoas da mesma idade, esportes e manter elas empolgadas e bem estruturadas para a vida escolar. Nestes locais, eles têm a liberdade de se reunir livremente, com a finalidade de socializarem e, através deste contato, construírem juntas, espaços de trabalho, lazer, cultura, entretenimento e inclusão social. 1.2 Problemáticas/Relevância A relevância da instalação de um CCACA na cidade de Antônio Carlos tem a mesma importância que uma escola tem para uma cidade, a potência que o reforço escolar tem, aplicado para contra turno da escola é gigantesca, fazendo com que os alunos com dificuldades maiores tenham apoio para evolução e alunos que já tenham um desempenho bom, desenvolvam já desde criança especialidades incentivados e aprimorados naquilo que gostam e se identificam, isso é criar adultos melhores e com maior facilidade de crescimento e desenvolvimento pessoal, e com adultos de melhor desempenho, consequentemente a cidade e seu desenvolvimento será melhor. O incentivo a arte e cultura e a convivência social também tem um peso muito grandioso na formação do cidadão, é algo que se deve promover em qualquer cidade, isso é um ponto crucial para a inclusão social da população. Com mais educação, arte e cultura, especialmente, para crianças de escolas públicas, que não tem condição de pagar por melhorias escolares e muito menos por atividades extra curriculares é pensar não somente nas crianças e sim no futuro de um bem maior, na população e seu futuro no geral. É também consolidar um novo polo de convivência entre crianças e adolescentes do local e fora do seu ambiente de estudo. Educação é sempre o melhor caminho. 1.3 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Este artigo tem como objetivo propor diretrizes para anteprojeto de implantação de uma CCACA (Centro de Cultura, Arte, Convivência e Aprendizado) na cidade de Antônio Carlos, SC, visando proporcionar as crianças do ensino público municipal, um local de uso exclusivo para desenvolvimento de atividades que contribuam para o lazer, crescimento pessoal e cultural e de reforços escolares, no seu contra turno escolar. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ESTUDAR: A história dos Centros de convivências, e de aprendizados de contra turno escolar desde o seu surgimento, em outras cidades e a história do local onde será desenvolvido o ante projeto; IDENTIFICAR: A cultura do local, público alvo, suas preferências de atividades e as necessidades de arte e cultura e aprendizado do local e das proximidades e as problemáticas do local de intervenção; DETERMINAR: Os fatores para o ante projeto arquitetônico, partido arquitetônico, conceito geral do CCACA e tudo o que vai ser oferecido e disponibilizado para uso das escolas públicas municipais neste local; PROPOR: diretrizes para ante projeto de acordo com todas as necessidades encontradas e leis locais, com um projeto inovador, que agregue a cidade e as escolas municipais do local 1.4 JUSTIFICATIVA A cidade de Antônio Carlos, escolhida para a implantação deste estudo preliminar de ante projeto arquitetônico, o CCACA (Centro de Cultura, Arte, Convivência e Aprendizado) aplicado para receber alunos da rede municipal de ensino da cidade, que hoje nas SEIS escolas municipais ainda não existe um local que seja única exclusivamente para utilização de contra turno, para reforço escolar e atividades de arte e cultura e convivência da criança e do adolescente. A prefeitura atualmente já Disponibiliza diversas atividades extra curriculares, como esportes no geral, ginastica ritma, música, dança, e também aulas de reforços. Porém as mesmas são ofertadas nas escolas já existentes e nos seus respectivos ginásios, fazendo com que as escolas sedam espaços para essas atividades e acontecimentos no horário de rotina escolar, limitando assim espaços que poderiam ser utilizados para salas de aulas a mais, e novos alunos estudarem, visto que hoje existe um problema de vagas limitadas nas escolas municipais, fazendo assim com que amplifique as escolas com a não utilização dessas salas, que hoje, estão sendo ocupadas por essas atividades de contra turno, fazendo crescer o número de vagas e direcionando essas atividades em um local adequado e que seja um polo de encontro dessas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino, fazendo com que esse complexo de apoio a educação e lazer da criança e do adolescente potencialize sua ação sobre a vida do Aluno e da cidade que será feita essa implantação. 1.5 METODOLOGIA DO TRABALHO Metodologia do tipo exploratória e descritiva. Explorar com o estudo de caso para proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo, necessitando desencadear um processo de investigação para que se identifique as características essenciais para realização de um anteprojeto adequado. E descritiva para estudar profundamente e analisar, observar, registrar e correlacionar aspectos (variáveis) que envolvem fatos e características do local estudado, sua tipologia e necessidades. 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 O QUE É E QUAL A HISTÓRIA DOS CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CONTRA TURNO ESCOLAR Centros de convivências e de fortalecimento de vínculo e contra turno escolar, que se reúnem no mesmo local, é um espaço criado em conjunto com a secretaria de educação e secretaria de assistência social, para assegurar melhor o estatuto da criança e do adolescente na lei n° 8069/90 aprovada desde do ano de 1990, para que crianças em situações de risco e matriculadas em escolas públicas, tenham acesso a mais educação, convivência de qualidade, lazer, até mesmo acesso a alimentação saudável no contra turno escolar. O Surgimento deste tipo de local, se deu devido a crianças em situações de negligencia de pais ou até mesmo a situação em que vive, como por exemplo não ter familiares para ajudar a cuidar no horário em que a criança não está na escola, mas os pais ainda se encontram no trabalho. Sendo assim, meados da década de 80 e 90, devido à grande quantidade e aumento de problemas gerados por crianças nessa situação, soltas nas ruas nos seus horários de contra turno, como bagunça em locais públicos, pequenos furtos, e até mesmo envolvimento com droga e álcool e também trabalho infantil, o governo viu a necessidade de fazer um levantamento e pesquisas para a resolução do problema. Nessa análise, junto com a observação da lei, que hoje continua em vigor, “lei que foi regularizada e tipificada na secretaria de assistência social” ¹, e também no programamais educação, programa que visa reforços escolares e apoio a alunos com dificuldades e também para aqueles com maior engajamento nas escolas, na secretaria de educação, visando um serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, lei que garante a criança e adolescente uma vida com proteção integral, chegou à conclusão que grande parte do problema se resolveria com a realização de atividades produtivas em contra turnos escolares para essas crianças e adolescentes, e ainda o participação e chamada dos pais com atendimento social, fazendo com que o fortalecimento de vínculos e a convivência entre as crianças e adolescentes se expandisse para a comunidade e atingisse ainda mais a meta de reconfigurar a rotina, a educação e o psicológico daquela criança/adolescente e com isso mudando o rumo do futuro delas e da comunidade que ali vivem. E assim, foi aberto o primeiro centro de convivência e contra turno escolar, visando a aplicação da lei, que diz que a criança e ao adolescente tem direito de ter acesso ao lazer, a cultura e a arte, entre outros em horários complementares e integralmente. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (Artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA. p1. 1990) 2.2 A HISTÓRIA DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA E CONTRA TURNOS NO BRASIL Todas essas políticas de atendimento, surgiram devido a referência de que políticas para atendimento de criança e adolescente em situação de risco, eram sempre pensadas e com a estratégia de controle do menor, e repressão. Conforme foi surgindo os problemas, tanto quanto problemas maiores, dessas crianças em situação de risco, causar risco a sociedade, com revolta e falta de bons sentimentos gerados pela falta de atenção e assistência básica, como também o trabalho infantil, devido que muitos eram desafortunados e não podiam frequentar as escolas devido ao trabalho, surgiu então a primeira lei a atender esse tipo de situação de vulnerabilidade, chamada de código de menores do ano de 1927, no qual seu direcionamento era de correção e disciplina, que traziam em sua filosofia métodos para proteger a criança e ao adolescente, mas muito mais proteger a sociedade desse tipo de cidadão que devido a toda a situação previamente falada, já tinha pré-tendência a entrar pra criminalidade. Nessa época o governo então criou programas nas escolas e centros de abandonos de criança, geralmente casa lar, internatos, onde se tinha maior controle social e o critério para atendimento era um bom ou mal comportamento da criança e adolescente, gerando esse tipo de “proteção” apenas para as crianças que tinham mal comportamento, incluindo crianças que não iam a escola devido ao trabalho infantil. Quando o código de menores no ano, de 1927, foi lançado, não agradou muito alguns empresários, já que com a lei foi proibido o trabalho para crianças menores de 12 anos e também aos menores de 14 que não tivesse concluído o primário e além disso também foi proibido o trabalho perigoso e noturno para menores de 18 anos. Porém o governo encaminhou e direcionou essas crianças mesmo assim ao trabalho, criando um programa que profissionalizava crianças e adolescentes, mascarando o que poderia ser um programa de assistência e apoio psicológico para um crescimento saudável e alegre, para um programa profissionalizante, e de acordo com FALEIROS, (1995, p. 64) o estado: (...) cria as Escolas de Aprendizes e Artífices do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio em 1909, justificadas tanto pelo ‘aumento da população das cidades’ como para habilitar os filhos dos desfavorecidos da fortuna com o indispensável preparo técnico e profissional. Criando esse tipo de remanejo em cima de um programa de proteção a criança e adolescente, o governo direciona os reais interesses e necessidades das mesmas, focando em interesses privados, e dando força ao tipo de situação de exclusão social e incentivando a continuidade desse tipo de problema. No decorrer dos anos, esse tipo de assistência foi recebendo muitas críticas e denúncias devido a maus tratos, desvio de dinheiro e má administração, desta maneira o serviço nacional de assistência ao menor (SAM) acaba e então em 1964 foi criado a fundação nacional do bem estar do menor (FUNABEM), visando melhorias, porém ainda se caracterizava com estratégias de repressão e autoritarismo. Em 1979, foi feita uma revisão no código de menores de 1927, que reforçou politicas autoritárias, que tratavam todos como menores infratores. Nesta época aumentou o trabalho infantil. [...] “as condições sociais ficam reduzidas à ação dos pais ou do próprio menor, fazendo-se da vítima um réu e tornando a questão ainda mais jurídica e assistencial, dando-se ao juiz o poder de decidir sobre o que seja melhor para o menor: assistência, proteção ou vigilância.” (FALEIROS, 1995, p.81). Quando nos anos 80, mudou o cenário político, para democrático, abriu se os olhos para novas políticas de educação e visão social, antes com caráter corretivo agora com caráter educativo. Em 1989 com a convenção mundial das nações unidas, discutiram o direito da criança e do adolescente, o que fez o mundo ver com outros olhos o tipo de educação social que se estava tendo. Com isso em 1990 foi fundado o estatuto da criança e do adolescente ( ECA ), que formalizou a ideia de proteção INTEGRAL, para crianças e adolescentes, banindo todo o tipo de trabalho infantil e consolidando o tipo de atendimento para somente educacional, convivência e fortalecimento de vínculo com a escola e família do mesmo. Ali se criou secretarias de conselho e de assistência e cuidados desta lei, o conselho tutelar e os conselhos estaduais e municipais da criança e do adolescente, que se configuram em fiscalização e cuidado com a aplicação do estatuto conforme o mesmo. 2.3 CLASSIFICAÇÕES DE ATENDIMENTO, TIPO, CARACTERISCAS E PROVISÕES DE AMBIENTE FÍSICO Em 1990 com a criação e autenticação do estatuto da criança e do adolescente, foi dado novas normativas e tipificação de atendimento nesses centros de convivência e fortalecimento de vínculos, gerando um atendimento uniforme conseguindo atingir a demanda. Dentre todas as especificações de casas e centros de serviços sócios assistenciais no governo, onde existe três tipos de complexidade, serviço de proteção social básica que é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), o especial de média complexidade que é o serviço de proteção e atendimento especializado a famílias e indivíduos(PAEFI), e o especial de alta complexidade. Os centros de contra turno estão inseridos No serviço de proteção e atendimento integral a família, de básica complexidade, e se enquadra na subcategoria de serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (SCFV). Segundo a secretaria especial do atendimento social o serviço de convivência e fortalecimento de vínculo tem 3 categorias, a de 0 a 6 anos, onde o serviço é focado junto com a família e sociedade, sem oferecimento de convívio diário e sim assistência e prevenção de ocorrência de violência familiar ou descaso. A descrição para o atendimento de 6 a 15 anos tem como foco o serviço de convivência, abrindo espaço para o contra turno escolar, para melhor formação de cidadania. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e adolescentes com deficiência, retirados do trabalho infantil ou submetidos a outras violações, cujas atividades contribuempara re-significar vivências de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social. MDS, 2009 (Livro de tipificação nacional. P. 16) Tem também a categoria de 15 a 17 anos, que é o mesmo seguimento da categoria dos 06 ao 15, porem com foco direcionável a fortalecimento junto a escola, e direcionamento e apoio ao jovem para escolhas profissionais e fortalecendo a ideia do jovem na sociedade, reforçando o poder da educação, levando em consideração as pluralidade e singularidade do jovem. Esses locais já tem um pré estabelecimento de espaço físico adequado que é preciso ter para se encaixar na categoria de assistência social e receber os benefícios do governo e se manter aberta, tendo como qualificação do mesmo diante de seguimento dos critérios e adequação das salas previamente estipuladas, tais como recepção, sala(s) de atendimento individualizado, sala(s) de atividades coletivas e comunitárias, sala para atividades administrativas, instalações sanitárias, com adequada iluminação, ventilação, conservação, privacidade, salubridade, limpeza e acessibilidade em todos seus ambientes, de acordo com as normas da ABNT e de acordo com a cartilha de acolhimento institucional de criança e adolescente, que já é especificada de acordo com as leis direcionadas para esse campo, o espaço ainda tem que atender as especialidades e diferença de idade dos frequentadores, principalmente nas atividades educativas, lazer e convivência, não fazendo com que atividades infantis sejam realizadas aos maiores ou atividades de adolescentes sejam oferecidas para crianças, e como forma de padronizar esse tipo de atendimento e convivência social, a cartilha apresenta os espaços e o mínimo de metragem quadrada para cada tipo de ambiente, sabendo que nesse tipo de local o máximo de atendimento é 25 alunos por turma, conforme a tabela 1: Tabela 1 – Infraestrutura e espaço mínimo para abrigos institucionais direcionados a crianças e adolescentes. MDS, 2009 (Livro de tipificação nacional.) AMBIENTE CARACTERISTÍCAS E DIMENÇÕES MINÍMAS Sala estar ou similar Espaço suficiente para usuários e profissionais que ali atuam 1m° por usuário; Sala de jantar /copa Atender usurários e profissionais Pode estar anexado a outra área, como cozinha 1m² por usuário; Ambiente de estudo Pode anexar ao quarto, aumentando 3,25m² por usuário. Banheiro Tem que existir 01 lavatório, 01 vaso sanitário e 01 chuveiro a cada 6 usuários (um masculino e outro feminino) O mesmo número para profissionais(podendo ser de uso comum) Pelo menos um banheiro de cada acessível . Cozinha Tem que conter espaço suficiente para o preparo do alimento para o número total de usuários, pensando nos equipamentos necessários e profissionais da área. Em média 7,5m² a cada 25 usuários Área de serviço Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para guardar equipamentos, objetos e produtos de limpeza e propiciar o cuidado com a higiene do abrigo; Sala equipe técnica 18m² Sala de cultura e atividades 40m² MDS, 2009 (Livro de tipificação nacional.) Além dessas medidas e direcionamentos mínimos, deve ser ainda implantado elementos que garantem a acessibilidade de todos, tanto quanto o cuidado com a salubridade dos ambientes, visando sempre uma boa iluminação e ventilação. Muito dessas normas não se adequam a lei e regras de cartilha de atendimento do SCFV que visa um trabalho todo diferenciado garantido por faixa etária e respeitando os ciclos de vida, já que tamanhos de mobiliário são diferentes em para cada faixas etária e ainda que apesar da Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais (2009) apenas falar sobre questões mais estratégicas dos espaços, não é disponibilizado nada sobre o que refere à qualidade dos ambientes, como a distribuição do espaço e seus mobiliários, as formas de ajudar a melhorar o espaço com elementos arquitetônicos como cores e formas, o que auxiliam muito no desenvolvimento psicológico do usuário, fazendo também com que a falta deles também tenha um impacto e negativo sobre a criança e ao adolescente, fazendo com que se engaje menos e o programa não alcance os objetivos pretendidos. MDS, 2009 (Livro de tipificação nacional.) 2.4 TIPO DE USUARIO ESPECIFICADO E O SUGERIDO ESPECIFICADO: Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à fome – MDS (BRASIL- a, 2010), o SCFV para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos atendem, em especial: Crianças e adolescentes encaminhados pela Proteção Social Especial, com prioridade para aqueles retirados do trabalho infantil; Crianças e adolescentes com deficiência; Crianças e adolescentes cujas famílias são beneficiárias de programas de transferência de renda; Crianças e adolescentes de famílias com precário acesso a renda e a serviços públicos. SUGERIDO: Segundo as atividades realizadas hoje na cidade escolhida para implantação do centro de convivência, arte, cultura e aprendizado (CCACA), que são atividades no contra turno escolar, aulas de reforço e atividades de lazer e esportivas já hoje realizadas, são direcionadas: Todos os alunos da rede pública da cidade de Antônio Carlos, que se implica; No caso, todas as crianças e adolescentes da cidade, pois na cidade não existe rede particular de ensino, não somente crianças em situação de risco. 2.5 A ARQUITETURA ESCOLAR E COMO ELA AJUDA NO DESENVOLVIMENTO DO APRENDIZADO Toda área escolar, tem como o objetivo ser um polo de ambientes que disseminem conhecimento, e para o conhecimento ser propagado de melhor maneira, o ambiente físico também contribui, e muito, pra isso. Assim como a moradia precisa ter conforto e segurança, o ambiente de trabalho ser inspirador e motivacional, o ambiente de ensino também precisa ter elementos arquitetônicos que faça do ambiente seguro, confortável, atrativo e que estimule a criatividade e motive os alunos a aprenderem com felicidade e maior facilidade e com isso a arquitetura escolar é mais um recurso a ser usado para escolas formarem alunos com mais vontade de aprender e consequentemente de viver e se tornarem adultos mais confiantes. O ambiente escolar deve ser limpo, arejado, bem equipados, onde demonstre as pessoas que é um local amado e bem cuidado, e a reciprocidade sera instalada no aluno sem muito esforço, por que quando se ama um local, você quer manter esse ambiente o melhor possível. Os alunos precisam se sentir acolhidos e amar aquele lugar. E como se ama um lugar? Em geral tem algo estético (…) a qualidade da construção (…) – Arquiteta Doris Kowaltowski, em reportagem de Casa Vogue. As dimensões dos espaços são de extrema importância, o aluno deve se sentir confortável para realização de diferentes atividades, e os locais devem ser específicos para isso. Por exemplo, onde é local para leitura, deve ser confortável e aconchegante, mas o ambiente para realização de atividades físicas deve ser amplo e arejado, assim como todos os ambientes deve ser pensado nas cores vibrantes e contato com a natureza, que é algo muito estimulante para crianças e adolescentes e deve ser incluído sempre que possível, e sempre diferenciando ambientes por idade, pois as atividades mudam e se diferem entre as idades. 3. REFERÊNCIAL PROJETUAL As referências projetuais a seguir serão apresentadas diretamente e indiretamente. O estudo de caso direto consta em análises presenciais, a partir de visitas in loco e observação não participativa, realizadas na instituição RECRIA, localizado no bairro Praia João Rosa, Biguaçu, Santa Catarina. O estudo de caso indireto foi realizado atravésde pesquisa de referenciais programáticos, conceituais, volumétricos, organizacionais e estruturais, citando um exemplo de cada e direcionando quais referenciais se adequariam melhor na proposta apresentada pela autora. 3.1 ESTUDO DE CASO DIRETO: SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULO (RECRIA) O estudo de caso direto foi realizado na instituição de serviço de convivência e fortalecimento de vínculos (RECRIA), através da análise dos pontos positivos e negativos da edificação será possível propor diretrizes de anteprojeto arquitetônico de um espaço de contra turno escolar, onde crianças e adolescentes irão frequentar e conviver entre si, e fortalecer os vínculos estudantis e reforço escolar. O recria foi escolhido como estudo de caso, por se tratar de um ambiente que recebe alunos no seu contra turno escolares, apesar de receber alunos somente em situação vulnerável, que não é a proposta da autora, que propõe que todos os alunos da rede escolar do município frequente, é sim um espaço dedicado ao contra turno escolar de crianças e adolescentes. Nesse espaço além de oferecer uma dedicação ao reforço escolar, é também garantido a recreação e atividades extra curriculares, e promovem um impacto muito positivo na vida da criança e do adolescentes ali recepcionados. Com isso, serão apresentados estudos da edificação do RECRIA. Uma edificação com layout que não foi idealizado para a atividade realizada, sem mobiliário adequado, é inexistente também o estudo de formas e de conforto ambiental, sem muito incentivo a criatividade e o lúdico e atividades e salas não setorizadas por idade. Para realização deste estudo de caso foram realizadas pesquisas exploratórias, leitura espacial, visitas in loco, e observação não participativa. Além de imagens para melhor compreensão das áreas, obtidas pela autora, a qual foi observadora não participante. O recria foi criado em Biguaçu no ano de 2003 no bairro rio caveiras, onde ficou até 2017, mas por se tratar de uma casa alugada, o proprietário rescindiu o contrato e a mudança de local teve que acontecer, para onde se localizada hoje, que também se trata de uma casa alugada, que foi adequada para a instituição funcionar. Esse tipo de local é idealizado para melhorar a vida da criança e do adolescente em situação vulnerável, e essa situação é analisada junto com assistência social e secretária de educação, que observam crianças na escola, investigam e consequentemente entram em contato com os pais e disponibilizam a vaga. Esse seria o cenário pré-determinado por lei e o almejado, porém o funcionamento é restrito, pois existe muito mais crianças necessitadas do uso deste espaço, do que é usufruído hoje, devido à falta de vagas oferecidas, o espaço é pequeno e a demanda é enorme. Então é concentrado os piores casos de vulnerabilidade, e é selecionado para fazer parte do programa de contra turno. A localização do RECRIA foi pensada por questões urbanísticas, onde o bairro que está instalado, é o com maior incidência de vulnerabilidade de crianças e adolescentes. É também localizado atrás do CRAS, onde é feita a seleção de crianças para serem contempladas com uma vaga para o contra turno escolar. (Imagem 01) De acordo com a coordenadora geral do CRAS/RECRIA, Francine Adriano o ambiente foi projetado conforme a necessidade, e por se tratar de uma casa, foi adequada com separação de salas em divisórias feita madeira e PVC, essas divisórias foram pensadas de acordo com as atividades realizadas e oferecidas pelo RECRIA. O Recria hoje realiza atividades de contra turno escolar, convivência e recreação, de alunos de (06) seis anos até (17) dezessete anos, e os alunos são divididos por categoria de idade, sendo unidos por 3 anos de diferença, a turma dos 06,07 e 08 anos, a outra turma de 09, 10 e 11, outra de 12, 13 e 14, e a última com os alunos de 15 16 e 17 anos. Assim os alunos conseguem ter atividades direcionadas para seus interesses e de também de acordo com as turmas escolares, facilitando o trabalho do professor que ajuda no reforço escolar. A coordenadora Francine Adriano ainda informa que o cenário ideal seria realmente dividir por turma escolar e não por idade, pois facilitaria ainda mais no desenvolvimento das atividades extra curriculares e no direcionamento de reforço escolar para as respectivas turmas, porém por uma questão de espaço e quantidade de colaboradores e a falta de verba e investimento do governo, a melhor opção foi a junção de turmas por idade categorizadas. Entrar no RECRIA é ter a sensação que o local não foi almejado e criado para o que ali é realizado (imagem 02), é observar que foram feitas adequações de acordo com o financeiro e não de acordo com a necessidade. Mas apesar da estrutura não ser a ideal, as atividades realizadas são sempre com muito capricho pelos colaboradores, e além disso os pais estão sempre dispostos a ajudar em um novo evento para as crianças e adolescentes, o que é muito importante para as crianças. A colaboração dos pais é de extrema importância para as crianças e adolescentes que utilizam o contra turno escolar do recria, pois como são minorias usufruindo de um serviço de contra turno, e por saberem que foram direcionados a esse uso, por questões sociais, isso acaba criando um aspecto ruim no psicológico da criança, o que se rompe quando os pais ou responsáveis se integram e participam, o que acontece com a maioria. IMAGEM 01 – LOCALIZAÇÃO ZONEAMENTO Fonte: Google Earth, adaptado pela autora (2019) IMAGEM 02 – FACHADA FRONTAL E ENTRADA Fonte: Google Earth, adaptado pela autora (2019) O local conta somente com estacionamento privativo de 4 vagas, que também é colocada à disposição do CRAS, os usuários e também pais que deixam os alunos, usam também a rua como estacionamento, já que a quantidade de vagas é limitada e em horários de picos de transição não suporta o que deveria. Porém seu acesso é facilitado devido que fica próximo da BR 101, também das escolas públicas que os alunos do RECRIA frequentam e do centro da cidade, facilitando o acesso de vários ENTRADA CRAS ENTRADA RECRIA CRAS RECRIA BR 101 RUA JOÃO MARTINIANO RODRIGUES bairros e também conseguindo receber crianças fora do bairro onde está localizada. (Imagem3) (Tabela 01) Tabela 01 – Distâncias RECRIA IMAGEM 03 – ZONEAMENTO ENTORNO - RECRIA Fonte: Google Earth, adaptado pela autora (2019) A casa que tem estrutura convencional, é de origem residencial e para uso do RECRIA, foi feita adaptações para seu uso institucional. Localizada em uma área de uso misto comercial e residencial, mas com limites para uso comercial, já que não é possível a LOCALIZAÇÃO DISTÂNCIA BR 101 0,250 m CENTRO CIDADE 2,7km ESCOLA JB 2,7km ESCOLA EMÉRITA 2,02km ESCOLA GODINHO 2,54km ESCOLA ELOISA 0,800m instalação de empresas maiores, por se tratar de sua maioria residencial, o comercio é direcionado para residência, gerando conforto e comodidade para os moradores, e empresas grandes gerariam impacto negativo. Nessa zona é de predominância o uso de gabarito até 2 pavimentos, porém é encontrado uma escola com 3 pavimentos na rua do recria. De acordo com a coordenadora Francine Adriano, e também de acordo com a secretária de planejamento da cidade, o local foi adaptado para o uso do RECRIA, mas em nenhum momento foi pensado sobre a questão de conforto ambiental e sustentabilidade. Em nenhum momento pensaram nem ao menos na questão de entrada de ventilação e luz natural, ignorando as premissas básicas de posicionamento solar e ventos (imagem 04) IMAGEM 04 – MAPA SOLAR E ESTUDO DOS VENTOS – RECRIA Fonte: Google Earth, adaptado pela autora (2019) A instituição ocupa 3 edificaçõesem um mesmo terreno, e para chegar até o local, não tem acessibilidade nas ruas, não seguindo as normas. O projeto e o local estão em funcionamento desde 2017, quando foi alugada a casa para acomodar o RECRIA E CRAS, a casa já estava com essas três edificações no terreno, e só fizeram algumas modificações no quesito decorativo, onde fizeram fachada e pintaram salas e pátio e também fecharam alguns espaços para torna-los salas de aula e de atividades e aproveitarem melhor o espaço da melhor maneira dentro das condições. Ou seja, não há nenhuma especificação arquitetônica que tenha sido feita direcionada para esse tipo de instituição. O quadro a seguir (quadro 1) apresentará os ambientes existentes no RECRIA, sua localização no mapa mental e descrição de cada um e imagens feitas pela a autora. QUADRO 01 – ESPECIFICAÇÃO DE AMBIENTES ESTUDO DE CASO DIRETO (CONTINUA) ZONEAMENTO AMBIENTE DESCRIÇÃO IMAGEM PÁTIO INTERNO e ALIMENTAÇÃO Pátio para brincar e fazer atividades coberto; Refeitório onde as crianças e adolescentes sentam para se alimentar; Imagem 05 COZINHA / SERVIÇO DE ENTREGA DE MERENDA E DESPENSA Local para preparação de comida, armazenamento e entrega de merenda; Imagem 06 SALAS DE AULA DE ATIVIDADES DE REFORÇO ESCOLAR 4 salas de aulas iguais (mudando decoração) para reforço escolar; Imagem 07 DEPOSITO Deposito para guardar materiais de esporte e limpeza; Imagem 08 CIRCULAÇÃO VERTICAL EXTERNA E UNICA Escada de acesso ao segundo pavimento do RECRIA; Imagem 09 PÁTIO EXTERNO/ QUADRA Área coberta de grama, com um campo de futebol e área para realização de atividades descoberta; Imagem 09 BANHEIROS CRIANÇAS E ADOLESCENTES Banheiro crianças e adolescentes Imagem 10 QUADRO 01 – ESPECIFICAÇÃO DE AMBIENTES ESTUDO DE CASO DIRETO (CONTINUAÇÃO) AMBIENTES 2° PAVIMENTO ATIVIDADE DESCRIÇÃO IMAGEM SALA DE ORIENTADORA SOCIAL Onde a orientadora social atende; Imagem 11 SALA DE INFORMATICA Sala onde é oferecido aulas de informática para os alunos Imagem 12 SALA DE LEITURA Onde é guardado os livros e também um ambiente para ler; Imagem 13 BANHEIRO FUNCIONÁRIOS Banheiro funcionários Imagem 14 FONTE: AUTORA (2019) SALA DE ARTES Sala onde é realizado atividades relacionado a arte e criatividade; Imagem 15 FONTE: AUTORA (2019) SALA CORDENAÇÃO DO RECRIA Sala onde fica a coordenadora do recria; Imagem 16 FONTE: AUTORA (2019) SALA DE ARMAZENAMENTO DE ROUPAS Sala onde guarda roupas usadas e que são distribuídas e usadas nas crianças com mais necessidades; Imagem 17 FONTE: AUTORA (2019) Salas pouco convidativas, não especificas e sem direcionamento de atividade por idade, todas elas tem o mesmo tamanho e com carteiras de diferentes tamanhos para adequação de idade, salas com pouca iluminação natural e sem conforto térmico. Os espaços não estimulam a permanência dos usuários. Após as visitas técnicas e analise da autora, pode se concluir que o ambiente não é adequado a atividade ali realizada, não seguindo padrões e normas de acessibilidade e tendo apenas mínimo do que é preciso para se manter aberta e realizando a atividade que ali é feita. As cores usadas nas salas são todas iguais e sem colorido. Os moveis são quebrados e muito mal cuidados, o que não é de responsabilidade de quem coordena o local, pois os moveis já vem usados e o governo informa sempre que lhe é questionado que não tem verba para comprar novos. Apesar da estrutura do local não ser nada adequada e agradável, é possível ver que mesmo nessas condições, a vida das crianças e adolescentes que ali frequentam muda muito e pra melhor, e com isso só prova que um espaço dedicado para atividades mesmo que não tendo ambiente apropriado, consegue transformar o dia a dia da criança, porém segundo a pesquisa feita através de observação não participativa, as crianças percebem a falta de investimento do governo, e sabem bem o que é bom e/ou ruim, sabem que poderiam ter algo muito melhor estruturado e elaborado para o RECRIA. Em sua maioria, as crianças e adolescentes se sentem melhores e se comportam melhor quando estão fazendo atividades de recreação ao ar livre e atividades que estimulem a sua criatividade. Já a perspectiva do usuário profissional, que exerce sua profissão como professor e também a parte administrativa e de serviços de limpeza e cozinha, admitem que a estrutura desagrada e muito, que afeta a produção de atividades diferentes, e se limitam na hora de estimular a criatividade e a convivência dos alunos. Os profissionais dizem que o ponto positivo é poder mudar a vida de uma criança compartilhando atenção e o feedback que elas dão em cima disso, demonstrando sempre gratidão e amor. E ainda ressaltam que o que mais as incomoda na estrutura física do local, é a falta de arborização no espaço aberto, que é onde as crianças mais gostam de estar e realizar atividades. 3.2 ESTUDO DE CASO INDIRETO: INSTITUIÇÃO EDUCATIVA RURAL SIETE VUELTAS O estudo de caso indireto, foi realizado fazendo pesquisa online. Localizada na Colômbia, e com 1776m², no ano de 2015 foi implantado a instituição educativa rural na cidade de San Juan de Urabá pelo escritório de arquitetura plan:B. De terreno plano, e com a paisagem semi árida, e para substituir edifício que estavam abandonados no local, em volta a uma área aberta de quadras de futebol, uma edificação pré moldada em polígonos, com circulações na parte interior do bloco e um vazio central que ajuda na ventilação e luz natural, também com fachadas simples e usadas para ventilação cruzada e iluminação natural (imagem 18) (imagem 19) IMAGEM 18 – CENTRO DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA RURAL Fonte: archdaily - adaptado pela autora (2019) IMAGEM 19 –FACHADA FRONTAL E ELEMENTOS QUE FACILITAM VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAL DA INSTITUIÇÃO EDUCATIVA RURAL Fonte: archdaily - adaptado pela autora (2019) Construída toda por bloco de concreto armado e perfurados e com cobertura metálica em vigas, nesse formado visual superior em polígono (imagem 20) todas as salas do térreo ficaram com ventilação cruzada. Completado com uma cobertura metálica em ângulo com aberturas laterais e com telhas intercaladas com transparência (imagem 21), e com as paredes todas com blocos vazados, iluminação natural é excelente e de extrema qualidade. (Imagem 22) IMAGEM 20 – FORMATO VISUAL SUPERIOR E ILUMINAÇÃOVENTILAÇÃO CRUZADA Fonte: archdaily - adaptado pela autora (2019) IMAGEM 21 – ESTRUTURA METALICA E TELHAS TRANSPARENTES Fonte: archdaily - adaptado pela autora (2019) IMAGEM 22 – TODAS AS PAREDES DE BLOCOS VAZADOS Fonte: archdaily - adaptado pela autora (2019) Com o projeto com acessibilidade e banheiros adaptados (imagem 23), a edificação é inclusiva como tem que ser, e os locais de convivência e recreação são idealizados para serem bem arejados e com muita ventilação, devido ao clima do local.(imagem 24) IMAGEM 23 – BANHEIROS ADAPTADOS Fonte: archdaily - (2019) IMAGEM 24 – ÁREA DE CONVIVÊNCIA/ALIMENTAÇÃO E RECREAÇÃO Fonte: archdaily (2019) Um projeto muito bem planejado e desenvolvido todo pensado na questão sustentável e ventilação natural e cruzada, devido ao clima muito quente e também por se tratar de uma instituição rural e com verba reduzida para execução e também para ser mantida. Todas as pesquisas feitas são sempre de resultados muito positivos para o que diz respeitoda estrutura e funcionamento da edificação. 3.3. REFERENCIAIS PROJETUAIS Essas referências projetuais apresenta projetos selecionados como referenciais programático, conceitual, organizacional, volumétrico e estrutural (quadro 02), como forma de direcionar a proposta do ante projeto a ser realizado pela a autora. QUADRO 02 – ÁREA DE CONVIVÊNCIA/ALIMENTAÇÃO E RECREAÇÃO REFERENCIA FICHA TÉCNICA DESCRIÇÃ O IMAGEM PROGRAMÁTICO MORADIAS INFANTINS Localização : Formoso do Araguaia - Tocantins Ano de Projeto: 2017 Aleph Zero, Rosenbaum Com incentivo as técnicas construtivas locais e resgate cultural da beleza indígena, e feito para crianças indígenas, todo feito de madeira e totalmente sustentável (imagem 25 e 26) Fonte: archdaily (2019) CONCEITUAL BIBLIOTECA MAYA SOMAYA- SHARDA SKOL Localização: Kopargaon, Maharashtra, Índia Ano de projeto :2018 Sameep Padora & Associates Biblioteca localizada entre os dois edifícios da escola, seu conceito foi parecer uma extenção do ambiente formal da escola e servir também como passagem; (imagem 27 e 28 ) Fonte: archdaily (2019) ORGANIZACIONAL ESCOLAS QUE INOVAM Localização: Santos, São Paulo Ano de projeto:2018 AUA Arquitetos Programa de organização escolar, realizada em diversas escolas de Santos, onde se implementou em cada uma delas uma biblioteca e estudioteca. Usando mobiliário adequado e cores vibrantes. (imagem 29 e 30) Fonte : archdaily (2019) VOLUMÉTRICO Escola South Harbor Localização: Støberigade, 2450 København, Dinamarca Ano de projeto:2015 JJW Arkitekter Com espaços de convivência para todos os lados dessa escola, e muitas formas de circulação, sua volumetria é toda em efeitos platôs de jardins, escadas e rampas; (imagem 31 e 32) Fonte: archdaily (2019) ESTRUTURAL Complexo Escolar Germaine Richier Localização: 9 Avenue Jean Prat, 34070 Montpellier, França Ano de projeto: 2018 MDR Architectes 4 blocos retangulares, dispostos de lados contrários, e com 3 andares, com muito espaço livre e sobre pilotis no 1° pavimento, dando a impressão de peças encaixáveis e modulares (imagens 33 e 34) Fonte: archdaily (2019) Fonte: Autora (2019) Os projetos arquitetônicos apresentados no quadro 02, como referenciais projetuais, tem o conceito contemporâneo de escolas, e transformam o espaço antes monótono de estudo para ambientes extremamente criativos e de interação, pensado no conforto ambiental, layouts adequados e muito dinamismo escolar. Todas as referenciais projetuais foram analisadas e estudadas, e serão levadas em consideração na hora da concepção da proposta, e aplicadas nas diretrizes arquitetônicas e paisagísticas do centro de convivência, arte, cultura e reforço escolar, na cidade de Antônio Carlos/SC. 4.0 PROPOSTA Para o desenvolvimento da proposta de anteprojeto, é primeiro escolhido o lote e suas justificativas da escolha. Será feita analise de condicionantes legais e físicas, e também abordado questões históricas e infraestrutura do bairro e do terreno. 4.1. ANALISE DO LOTE O local escolhido, que pertence ao bairro Centro, possui uma localização ótima para instalação de uma instituição de ensino voltada para o contra turno escolar, devido que fica entre as 2 maiores escolas da região. (Imagem 35). Esse terreno também fica localizado na área central da cidade, facilitando o acesso também de bairros mais afastados, e consequentemente ajudando na prospectarão de alunos de todas as escolas e não somente as principais. E com metragem total de 25503m². IMAGEM 35 – LOCALIZAÇÃO DE ANTONIO CARLOS E TERRENO ESCOLHIDO Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) O nome da cidade foi uma homenagem ao estadista brasileiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, político mineiro com grande atuação na Revolução de 1930. O bairro é o Centro da cidade, onde praticamente acontece tudo na cidade, pois bairros mais afastados são de pouca habitação e sem crescimento comercial até então, apenas com pequenos comércios de venda alimentícia. O povoamento da cidade é de colonização alemã, com pouco mais de 10 mil habitantes. Sua cultura alemã ainda muito enraizada e valorizada e cultura em sua maioria católica. Antes da chegada dos alemães ao Alto Biguaçu, cidade vizinha a Antônio Carlos, onde portugueses e negros já habitavam a região foi então no ano de 1830 que alguns alemães, comandados por João Henrique Schöeting, desbravaram a planície do Rio do Louro, bairro hoje da cidade, e deram início a efetiva colonização das terras que viriam compor o município de Antônio Carlos. A história conta que dez famílias iniciaram a colonização, primeiro em Louro e mais tarde em Rachadel e Santa Maria, que são outros bairros atuais da cidade. O município de Antônio Carlos foi criado em 6 de novembro de 1963, desmembrado de Biguaçu. Os imigrantes eram originários do estado alemão da Renânia - Palatinado, especialmente do altiplano Hunsrück. Haviam sido instalados na primeira colônia germânica de Santa Catarina, São Pedro de Alcântara, local de solo árduo e impróprio para a agricultura. Por isso, foram em buscas de novos recantos e encontraram as planícies próximas ao rio Biguaçu. O maior legado deixado pelo imigrante alemão foi a força destemida para o trabalho nas terras de Antônio Carlos. Seus descendentes construíram ao longo do Século XX um patrimônio cultural bastante expressivo. Mantiveram os principais costumes e ergueram o município com ordem e determinação. Além de muito trabalho e dedicação a agriculturas, criaram muitos eventos festivos relacionados com a agricultura que hoje são referenciais estaduais, como a festa da hortaliça, que todos os anos é recebido pessoas de todas as partes do estado para contemplação de um desfile de carros alegóricos feitos totalmente com verduras e legumes plantados e cultivados pelos próprios moradores, assim como muita comida e música típica alemã. Nos últimos 10 anos a cidade teve o maior crescimento, aumentando o número de habitantes em 6mil, contendo hoje cerca de 12mil habitantes, espalhadas por toda a extensão, mas concentrando-se mais na parte central da cidade. A cidade foi escolhida devido que já existe uma demanda de contra turno escolar, os pais trabalham o dia inteiro e os filhos da maioria já ficam na escola em tempo integral para realização de atividades extra curriculares e reforço escolar, além disso, o terreno fica central as duas maiores escolas da região, onde se concentram o maior número de alunos e usuários da futura edificação educacional. (Imagem 36) IMAGEM 36 – LOCALIZAÇÃO DO TERRENO Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) A cidade de Antônio Carlos tem muita vegetação e preservada, é uma cidade que pensa no meio ambiente e no futuro com crescimento programado. O terreno escolhido é Plano e com muita mato rasteiro, na beira do terreno tem a passagem do rio e no entorno tem muita vegetação de diversos tamanhos (imagem37). Nas proximidades as edificações são mais densas, mantendo a forma geral de até 2 pavimentos (imagem 38). IMAGEM 37 – ÁREA VERDE DO ENTORNO DO TERRENO Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) IMAGEM 38 – MAPA DE GABARITOS/ALTURA DAS EDIFICAÇÕES DO ENTORNO Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) O terreno está inserido e zoneado como uso institucional, porém no seu entorno é de uso misto,com predominância de uso residencial (imagem 39), e seu uso comercial é de favorecimento ao uso familiar. IMAGEM 39 – MAPA DE GABARITOS DOS USOS E OCUPAÇÃO DO SOLO Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) O transito da cidade de Antônio Carlos é basicamente feita por uma via apenas arterial, e várias pequenas coletoras, a SC vinda de Biguaçu, Rua Daniel Petri, com fluxo intenso, contem ciclovia e a maioria do percurso com calçada para pedestre, Porém a rua coletora que vai até o terreno, Rua são Francisco, é sem estrutura nenhuma, de chão batido e sem calçamento ou ciclovia. O acesso é rápido e simples, devido que fica a 50m da rua principal da cidade e também 45m do ponto de ônibus. (Imagem 40, 41 e 42) IMAGEM 40 – MAPA DE GABARITO EQUIPAMENTOS Fonte: Google Earth – editado pela Autora (2019) IMAGEM 41 E 42 – MAPA DE GABARITO EQUIPAMENTOS Fonte: Autora (2019) Todas as ruas são bastantes usadas pelos moradores, a geral, e as coletoras de dentro dos bairros, devido a cidade ser pequena e poucos habitantes, todos circulam bastante entre as ruas no geral, não somente carros como os pedestres e ciclistas, que é bastante incentivado na cidade o uso de bicicleta e surte bastante efeito, já que é muito comum ver pessoas andando de bicicleta pelas ruas. Tudo fica muito próximo ao terreno, a praça principal do centro, outras escolas, prefeitura, posto de saúde, e pequenos comércios, como mercado, bar, papelaria e comercio de uso de computador, intente e impressão (Tabela 02). TABELA 02 – DISTÂNCIAS DO TERRENO E PONTOS REFERENCIAIS Local de chegada Distância Praça Principal da cidade 1,18km Prefeitura 1km Posto de saúde 1,50km Mercado 2,3km Papelaria 1,2km Lan House 200m Com uma paleta de cores em sua maioria em tons verdes e terrosos, as cores que se destacam do terreno se encaixa perfeitamente com a proposta a ser apresentada. O marco histórico da região é as igrejas mais antigas e de muita importância pra comunidade, que em sua maioria é católica. Mas o maior deles é a igreja central, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, localizada bem na praça de Antônio Carlos, criada em 1958. (imagem 43) IMAGEM 43 – MARCO URBANO Fonte: Site da Prefeitura de Antônio Carlos (2019) O terreno está localizado em uma área que já está zoneada como institucional, além de ficar a menos de 200m das principais escolas, e consequentemente bastante próximo da maior porcentagem de usuários, é um terreno plano, de fácil acesso para todos os bairros da cidade. E diante das condicionantes apresentadas na análise do lote acima e no levantamento de referências, juntamente com o estudo de condicionantes climáticas, que serão apresentadas com a proposta a seguir, foi decidido por esse lote para aplicação do estudo para implantação de um Centro de Convivência, arte, cultura e aprendizado, um espaço para contra turno escolar, onde a autora conclui que o terreno é propício para a instalação desse tipo de edificação e com bastantes benefícios de localização. 4.2 CARACTERIZAÇÃO DA PROPOSTA Esse capítulo final, apresentara o conceito e partido do anteprojeto arquitetônico e paisagístico do Centro de Convivência, Arte, Cultura e Aprendizado, um espaço de contra turno escolar, na cidade de Antônio Carlos/SC. Nesse mesmo capítulo, será disponibilizado o programa de necessidades do CCACA, o zoneamento da proposta, a setorização os ambientes e seus pré-dimensionamentos e sistemas sustentáveis e de conforto ambiental que serão aplicados e suas técnicas construtivas. Para o conceito do projeto, foi escolhido a integração e inclusão social. Com esse conceito, a edificação pretende ser um marco para a comunidade, valorizando o entorno com uma praça pública extensa e aberta, onde marca um novo ponto de encontro da cidade, onde todos os alunos de todas as escolas vão se encontrar para entrar no CCACA. O ponto de partida é integração e inclusão, integração entre alunos, entre escolas, entre pais e a comunidade, integrar e incluir tudo isso e ainda assim ser um espaço utilizado não somente nos dias de semana como CCACA, mas também para o lazer da comunidade. Como o CCACA se trata de um espaço de contra turno escolar, e por lidar com crianças e adolescentes, seria inviável a proposta de mantê-lo público e aberto a comunidade e a qualquer pessoa, sendo assim, o partido se deu por conexão. Conexão de duas praças enormes, uma dentro do CCACA e outra fora, as duas conectadas por circulação verde dentro do edifício, a de fora pública, a de dentro privada. As duas conversam entre si, no quesito desenho de vista superior, arborização e equipamentos urbanos. O quadro a seguir contém as informações de um programa de necessidades para o anteprojeto, também com pré-dimensionamento de ambientes, separados por o que é público(verde) e o que é privado(vermelho), também setorizando a parte de serviço e administrativa(azul). (QUADRO 03) QUADRO 03 – PROGRAMA DE NECESSIDADE E PRÉ DIMENSIONAMENTO (CONTINUA) Fonte: Autora (2019) QUADRO 03 – PROGRAMA DE NECESSIDADE E PRÉ DIMENSIONAMENTO (CONTINUAÇÃO) Fonte: Autora (2019) QUADRO 03 – PROGRAMA DE NECESSIDADE E PRÉ DIMENSIONAMENTO (CONTINUAÇÃO) Fonte: Autora (2019) Seguido da tabela geral de áreas e m² por cada pavimento (tabela 04). Pavimento Área construída fechada (m²) Área construída aberta (m²) Total 1° Pavimento 5.500m² 3400m² 8900m² 2° Pavimento 5,310m² 950m² 6220m² Com área total de 15160m² e ambientes divididos em quatro blocos dispostos, sendo um deles administrativo, o outro das salas de aulas, refeitórios e pátio coberto, onde os alunos terão o convívio, o bloco das quadras esportivas e o outro com a biblioteca pública que será projetada sobre pilotis e mantendo um espaço aberto em baixo para exposições e eventos da comunidade no geral, conectado à praça pública. O Organofluxograma (imagem 44), distribui os ambientes da edificação por público privado e serviço. Assim como no programa de necessidade, é destacado por cor, sendo público verde, privado vermelho e serviços em azul. IMAGEM 44 - ORGANOFLUXOGRAMA Fonte: Autora (2019) Depois dos estudos de condicionantes climáticas do lote (imagem 45 e 46), e tendo concluído o programa de necessidades e o organofluxograma, é possível estabelecer os estudos de zoneamento (imagem 47 E 48). Determinando a posição dos ambientes para obter conforto térmico e acústico. Os ambientes foram dispostos a 4 blocos separados e espalhados no terreno e apenas com uma entrada principal e outra de serviço. IMAGEM 45 – ANALISE CLIMÁTICA Fonte: Autora (2019) IMAGEM 46 – ANALISE CLIMÁTICA Fonte: Autora (2019) IMAGEM 47 – ZONEAMENTO 1° PAVIMENTO Fonte: Autora (2019) IMAGEM 48 – ZONEAMENTO 1° PAVIMENTO Fonte: Autora (2019) Desde a fundação, toda a etapa da construção dessa edificação, envolvera muito estudo e dedicação, para ser uma obra racional, sustentável e econômica, desde da sua obra até o seu mantimento, sendo ecologicamente correta, contendo captação de agua da chuva com reaproveitamento em usos de sanitários, de serviço de limpeza e rega dos jardins na praça. Além de serviço de fossa séptica que trata até 90% das agua, que volta limpa pro meio ambiente, através do sistema biodigestor com tanque de raízes. Estrutura pré-moldada, com vãos livres, com pé direito duplo e uso de circulação apenas com grandes rampas e divisórias de tijolos sustentáveis, esquadrias de aço que não enferrujam e tem uma longa vida, ventilação cruzada com o uso de circulação aberta e uso de brises motorizadose moveis, para regular o vento que entra e quando necessário e ajudando também na iluminação natural, uso de madeiras certificadas vão garantir o certificado leed de sustentabilidade. A arquitetura da edificação será feita com o intuito de máximo de aproveitamento de eficiência energética, com a utilização de brises na fachadas para obter melhor sombreamento, energia totalmente solar, e com o uso de espelhos d´agua para amenizar o calor no verão e ajudar na irrigação dos jardins criando um clima propicio. Muitos espaços abertos, vãos livres, esquadrias grandes e altas e com muita vegetação e espaços de recreação. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho final de graduação tem como objetivo avaliar os conhecimentos obtidos durante todo o curso pela a autora, e aprofundar a exploração de um tema especifico. Tema especifico que teve por escolha da autora, diretrizes de um anteprojeto arquitetônico e paisagístico de uma instituição de ensino, um Centro de Convivência, arte, cultura e aprendizado (CCACA), dado como último trabalho, exigidos a formandos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estácio de Sá - SÃO JOSÉ/SC. Não se pode negar a importância deste trabalho para a formação acadêmica da autora, formação de produção especifica e aprofundada e organizada e traduzida em um modelo especifico. Durante o trabalho, a dificuldade foi de conseguir um espaço que me recebesse para o estudo de caso direito, onde não pude realizar entrevistas e questionários com os usurários, somente observação não participativa. A realização dos contra turnos escolares, sejam ele disponibilizados pela secretaria de assistência social, ou vinculadas as próprias escolas e até mesmo as particulares, funcionam como inspiração para o futuro da educação no país, impulsionando os usuários a contemplarem a vivência na escola de um outro ponto de vista, e não somente aquele regime fechado de aulas dentro de salas. Nessa perspectiva social, o avanço da criança e do adolescente que tem acesso ao contra turno escolar e atividades de recreação, convivência e atividades extra curriculares, é extremamente positivo. Esse trabalho de conclusão, tende através de projeto arquitetônico e paisagístico, definir uma ligação entre o ambiente e a atividade que será realizada no local, promovendo criatividade e a atenção para atividade destinada. Local para encontro, recreação, atividades direcionadas e reforço escolar, onde o aluno aprende e se diverte, saindo do modelo tradicional de escola e gerando um novo conceito de contra turno escolar. 5. REFERÊNCIAS MINISTÉRIO DA CIDADANIA https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipi ficacao.pdf PREFEITURA MUNICIPAL DE ANTONIO CARLOS https://www.antoniocarlos.sc.gov.br/legislacao/index/index/codMapaItem/33804 PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO DO SUL (REFERENCIA DO ESTADO EM SCFV) http://www.saofranciscodosul.sc.gov.br/e/assistencia-social#.XQEu3xZKjIV PREFEITURA DISTRITO FEDERAL http://www.df.gov.br/servico-de-convivencia-e-fortalecimento-de-vinculos-scfv/ https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipificacao.pdf https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipificacao.pdf https://www.antoniocarlos.sc.gov.br/legislacao/index/index/codMapaItem/33804 http://www.saofranciscodosul.sc.gov.br/e/assistencia-social#.XQEu3xZKjIV http://www.df.gov.br/servico-de-convivencia-e-fortalecimento-de-vinculos-scfv/
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