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MONITORIA DIREITO CIVIL I GABRIELLA GUIMARÃES MOITA GABRIELLAMOITA@OUTLOOK.COM CAPACIDADE • De direito (art. 1 do CCB): sinônimo de personalidade. • De fato (arts. 3 e 4 do CCB): aptidão para exercer por si só os fatos da vida. • CONCEITO: • É a capacidade do indivíduo exercer seus direitos civis atingida aos 18 anos ou mediante emancipação. CAPACIDADE DE FATO • É a medida de personalidade; pode ser adquirida por: 1. Idade: todos nascem absolutamente incapazes e seguem assim até os 16 anos i. Art. 3: Incapacidade ABSOLUTA= plena impossibilidade de agirem validamente em relação aos atos da vida que lhe digam respeito sem que haja a presença de um REPRESENTANTE. Ex.: menores de 18 anos. ii. Art. 4: Incapacidade RELATIVA = instância intermediária entre a incapacidade absoluta e a capacidade plena. Objetivo: proteger pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade (presumida pela idade). Ex. Usuários de substâncias entorpecentes e indivíduos maiores de 16 e menores de 18 anos. Redução da capacidade do sujeito ocorre pela interdição. 2. Emancipação (art. 5 do CCB) I. Ato irrevogável dos pais ou dos tutores junto ao juiz; II. Pode ocorrer pela concessão dos pais, por meio jurídico quando o menor estiver sob tutela ou em virtude de dispositivo legal; III. Casamento, concurso público, renda própria, pela colação de grau em curso de ensino superior; ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA LEI N. 13.146/2015 • Promove a inclusão das pessoas com deficiência e propicia a igualdade. • Regula os indivíduos com deficiências de ordem física, mental e/ou intelectual, as quais interferem tão somente na capacidade de ordem física, mas não na jurídica. • O art. 6 da Lei alterou o pressuposto de capacidade ao afirmar que todos os indivíduos maiores de 18 anos são absolutamente capazes. • Curatela e Interdição possuem o mesmo princípio, afinal, se um indivíduo estiver sob curatela, sua vontade poderá ser suprimida, ou seja, de acordo com o parágrafo único do art. 11 da Lei, a vontade do incapaz poderá ser desconsiderada ou suprimida pelo curador ou pelo juiz. DIREITOS DE PERSONALIDADE PROTEGEM O MODO DE SER DA PESSOA NAS MAIS DIVERSAS DEMONSTRAÇÕES • Conferem proteção integral (física, intelectual e psíquica) ao indivíduo • Ex. Direito à vida, à saúde, ao corpo; à autoria científica e literária; direito à imagem e à privacidade. • Principais características: I. Inatos II. Indisponíveis III. Absolutos IV. Extrapatrimoniais V. Vitalícios VI. Imprescritíveis DIREITO AO NOME • Nome é um aspecto relevante para fins de identificação, bem como um direito resguardado por um dever. • Proteção do uso do nome (arts. 16, 17 e 18 do CCBR) LIBERDADE DE EXPRESSÃO x LIMITES DO USO DO NOME • Pseudônimo (art. 19 do CCBR) é um falso nome adotado pelo indivíduo para identificar-se. Ex. Anitta = pseudônimo; Larissa = nome. • O nome deve ser confortável para o sujeito. • Alterar o sobrenome é mais complicado por tratar-se de forma mais taxativa de identificação. ALTERAÇÃO DO NOME LEI N. 6.015/1973 DO NOME ➢ Exposição ao ridículo ➢ Erro gráfico evidente ➢ Inclusão do apelido público notório ➢ Pela adoção ➢Homonímia depreciativa = nome igual ao de outra pessoa que cause transtornos/depreciação DO SOBRENOME ➢Adoção ➢Casamento ➢Desfazimento do casamento ➢União estável ou homoafetiva ➢Acréscimo do sobrenome do padrasto ou da madrasta ➢ Lei de proteção à testemunha • DOMICÍLIO ART. 70 DO CCBR: RESIDÊNCIA COM INTENÇÃO DEFINITIVA ART. 72 DO CCBR: DOMICÍLIO PROFISSIONAL ▪ ESPÉCIES: I. Legal ou Necessário (art. 76/CCBR): Lugar onde o sujeito reside permanentemente. i. Presidiário: local em que cumpre a pena ii. Incapaz: casa dos representantes iii. Servidor público: Lugar permanente das funções iv. Servidor militar: lugar onde serve ou a sede de comando v. Servidor marítimo: local de matrícula da embarcação • Sede jurídica da pessoa; • Onde exerce a prática habitual de seus atos e negócios jurídicos; ▪ IMPORTÂNCIA: onde a pessoa pode ser contatada para responder suas obrigações PESSOA JURÍDICA • Grupo humano criado na forma da lei com objetivos comuns. • São dotadas de personalidade jurídica própria e autonomia patrimonial. • REQUISITOS PARA CONSTITUIÇÃO: I. Vontade humana criadora; II. Observância das condições legais; III. Licitude de seus atos. ▪ REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA (art. 45 do CCBR): I. Só ocorre a partir da inscrição do ato constitutivo no registo; II. Autorização necessária: bancos, seguradoras, planos de saúde FATOS JURÍDICOS MATÉRIA DA G2 FATOS JURÍDICOS FATOS DA VIDA NATURAL QUE POSSUEM PREVISÃO NORMATIVA • Primeiro vêm os fatos, depois vem a norma jurídica • Os fatos são acolhidos pelas normas e valorados positiva ou negativamente pelas normas. • Suporte fático: é o fato ou o conjunto de fatos descritos pela norma que servem de base para a sua incidência na vida dos sujeitos. • ESQUEMA BÁSICO DA NORMA JURÍDICA: 1. Suporte fático: descrição de um fato 2. Preceitos: consequências jurídicas que a norma atribui ao fato por ela descrito PLANOS DO MUNDO DO DIREITO • Existência: elementos de concretude do suporte fático • Validade: direito civil é passível de analogia (ex. Casamento homoafetivo e união estável) • Eficácia: aplicabilidade no dia a dia VALIDADE ART. 104 DO CCBR • Requer: I. Agente capaz e legítimo Capaz: plenamente capaz, emancipado, assistido ou representado Legítimo: relação de domínio e titularidade entre o sujeito e o objeto do negócio II. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável Lícito: de acordo com a lei e com a moralidade Possível: I. Física absoluta: única incapacidade que anula um contrato (ex. Por 2L de água num recipiente de 500mL) II. Física Relativa: (in)capacidade restrita ao sujeito (ex. Falar mandarim) III. Jurídica: cláusula contratual que limita ou impossibilita determinada ação. Determinado (identificado no ato do contrato) ou determinável (compra e venda de bens futuros) III. Forma prescrita ou não defesa em lei (forma prevista em lei ou ao menos não proibida) VALIDADE ARTS. 107 E 108 DO CCBR • ART. 107: Todos os contratos são existentes, entretanto sua validade depende da não- anulação existente por limitação legal. • ART. 108: O contrato verbal sobre um contrato de compra e venda de um bem imóvel superior a 30 salários mínimos do país existe, entretanto não é válido porque de acordo com o art. 108 do CC é impreterível a este a presença de escritura pública. VALIDADE A validade contratual implica na validade do momento em que foi realizado. Em certos casos, para determinados objetos do contrato é exigido contrato formal (por escrito) para que esse seja válido. VALIDADE Capacidade de produzir efeitos duradouros e irremovíveisTodo contrato já nasce válido ou inválido CONTRATO INVÁLIDO • Não tem força para produzir efeitos duradouros; • Os efeitos por ele produzidos devem ser removidos • Ato nulo existe, basta considerar que a existência precede a nulidade. ART. 104: Ato inválido pode produzir efeitos, entretanto estes não serão duradouros e irremovíveis, mas sim passíveis de anulação. ATO NULO ART. 166 DO CCB • É nulo o negócio jurídico quando: • I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; • II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; • III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; • IV - não revestir a forma prescrita em lei; • V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; • VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; • VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. NULO COMO SE NUNCA TIVESSE EXISTIDO • Nos termos jurídicos, o ato não produz efeitos. Entretanto, em termos práticos/reais, o contrato produz efeitos que serão desfeitos. • Só haverá indenização para os casos em que não puder se desfazer os efeitos produzidos (art. 182) Podeser decretado ex officio, isto é, sem que haja a provocação ao juiz, podendo a parte declarar que o ato é nulo e cabendo ao juiz analisar e reconhecer a nulidade sem provocação. ANULÁVEL ART. 171 DO CCB • Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: • I - por incapacidade relativa do agente; • II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. ANULÁVEL DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO • Caracterizado pelos defeitos do negócio jurídico, os atos anuláveis, assim como os atos nulos, poderão retroagir. • Uma vez inválido, o contrato não produzirá mais efeitos, sendo aqueles até então produzidos invalidados por caracterizarem defeitos. • Efeitos removíveis e não duradouros. EFEITOS EFICÁCIA FATORES ANULÁVEL VÁLIDO Em determinado momento não terá mais aptidão para produzir efeitos em decorrência de um defeito do negócio jurídico CONDIÇÃO EFEITO FUTURO E INCERTO 1. SUSPENSIVA: Contrato foi estabelecido, mas um de seus efeitos será futuro e incerto, tendo seu efeito suspendido, mesmo sendo válido. Ex. não haver aula de zumba por ainda não ter 10 alunos matriculados. 2. RESOLUTIVA: Se ocorrer o evento futuro e incerto, o contrato acaba, isto é, os efeitos do contrato serão atingidos. Ex. A cede para B 10 livros até este ser aprovado na OAB. B é aprovado na OAB. Resolve- se o contrato. TERMO EVENTO FUTURO E CERTO • As partes podem subordinar o início ou o fim da produção dos efeitos do contrato a um evento futuro e certo. • As partes acórdão sobre a venda de determinado produto, estabelecendo o valor e a quantidade e resolvendo o contrato com o cumprimento da obrigação, a qual terá prazo definido. • Ex. Contrato de compra e venda de sacas de arroz. DEFEITOS E VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO VÍCIOS NO CONSENTIMENTO • Para que o contrato se forme, deve haver manifestação de vontade de ambas as partes. (Ex. Vontade de comprar um café e o bar ter vontade de vendê-lo) • A validade implicará vontade perfeita, ou seja, vontade pura que não sofra interferências internas ou externas, razão pela qual é impreterível examinar como formou-se a vontade. (Ex. Ser vítima de coação; querer comprar um telefone e receber oferta de telefone falso) ERRO OU IGNORÂNCIA ART. 138 DO CCB • Ocorre a falsa percepção da realidade, devendo ser sempre espontâneo e de boa-fé; • Caso seja induzido configura coação; • Não há má-fé no erro. • A interferência pode ser interna, isto é , o objeto cumpre o que propõe, mas a concepção é contrária. Ex. Compra caneta azul acreditando ser vermelha. ERRO OU IGNORÂNCIA PARA INVALIDAR • Art. 139. O erro é substancial quando: • I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; • II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; • III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. ERRO OU IGNORÂNCIA PARA INVALIDAR • Substancial: a falsa percepção da realidade (erro) é razão determinante para a manifestação da vontade. • O erro pode incidir sobre: a) A natureza do ato negocial b) Objeto não pretendido c) Qualidade essencial do obejeto d) Qualidade essencial da pessoa RAZÃO DETERMINANTE ERRO OU IGNORÂNCIA PARA INVALIDAR • Exemplo de qualidade essencial do objeto ou da pessoa: • Ex1: Casal combina que terá filhos e a mulher se submete a inúmeros tratamentos para fertilidade. Após anos tentando, descobre que o marido havia realizado vasectomia anos antes de se conhecerem. • R. Nesse caso pode haver a anulação do casamento, isto é, a pessoa passa a ser solteira. Este aspecto pode refletir em alguns aspectos na separação dos bens. ANULAÇÃO DO CASAMENTO: volta a ser solteira DIVÓRCIO: Passa a ser divorciada ERRO OU IGNORÂNCIA PARA INVALIDAR • RECONHECIBILIDADE (Teoria da confiança): • A outra parte precisa ter condições para perceber o eqívoco aheio. • A comprovação é muito difícil. • O valor do objeto pode indicar o erro. • ERROS DE DIREITO PODEM SER RAZÕES PARA INVALIDAR/ANULAR O FEITO • Ex. Filhos imaginam que renunciando a herança do falecido pai a mesma será destinada à mãe, entretanto esta vai para os netos. • R. Podem anular por ser erro de direito. DOLO ATO ILÍCITO • Sendo o dolo inexistente, caracteriza-se o erro • Há má-fé comprovada • Tem intuito de enganar • Expediente astucioso (manobra ardilosa): ex. Apresentar um certificado falso comprovando que o anel é de ouro. DOLO ESPÉCIES DO DOLO I. ESSENCIAL (art. 145) • Quando o equívoco/erro induzido é a razão de ser do negócio; quando recai sobre a vontade • Ex. Venda de produtos falsificados II. ACIDENTAL (art. 146) • Quando a compra ocorreria de qualquer forma mas tem seu preço aumentado devido alguma característica mentirosa. • Ex. Queria comprar um relógio e me mentem que é de ouro e por isso eu pago mais; • Ex. Queria um cachorro e, no ato da compra, dizem ser castrado e em razão disto eu pago mais. III. DOLO DE TERCEIRO (art. 148) • Se a parte beneficiada conhecia ou devesse conhecer, é anulado o contrato, caso contrário, não. • Ex. Baixar a km do carro de alguém e esse alguém, sem saber, vende o carro. Perdas e danos; Não se anula a compra mas se indeniza os prejudicados DOLO REQUISITOS DO DOLO ➢Comportamento enganoso; ✓ATIVO: dolo por ação (certificado da doença) ✓PASSIVO: dolo por omissão (omissão da doença) ➢Ânimo de enganar; ➢Produção de equívoco na vítima; ➢Equívoco produzido como causa do ato COAÇÃO ART. 151 DO CCB • Ato de violência • Ato ilícito COAÇÃO ESPÉCIES I. ABSOLUTA/ FÍSICA (vis absoluta) • Não há vontade do indivíduo em realizar o contato. Se comprovada, ocorre a inxistência do contrato. • Ex. Alguém pega a mão e obriga o sujeito a assinar. II. RELATIVA/ MORAL (vis compulsiva) • Efetuada com base em chantagem; há vício na vontade; • Ex. Chantageiam o fulano a entregar o apartamento sob pena de ter segredo revelado III. COAÇÃO DE TERCEIRO (art. 154 e 155) • Se a parte beneficiada conhecia ou deveria conhecer Depende da intensidade da violência. A absoluta pressupõe a inexistência de escolha COAÇÃO EFEITOS I. O sujeito que foi coagido a constituir o negócio jurídico pode buscar a anulabilidade deste negócio. II. É reconhecido o direito a perdas e danos, mesmo quando não for autorizada a invalidade e o desfazimento dos atos praticados. COAÇÃO PARA SER CAUSA DE ANULAÇÃO • Provenha de outra pessoa; • Represente ameaça de dano; • Mal ameaçado seja injusto, iminente (próximo a ocorrer), e grave (art. 152: considerar os aspectos pessoais da vítima) • Seja causa eficiente da realização do negócio (só fez o contrato por estar sob coação) Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela Art. 153: Ameaça justa: ameaçar alguém de exercer um direito normal. Ex. Pague o que me deve ou vou te processar. ESTADO DE PERIGO SALVAR-SE DE GRAVE PERIGO –ART. 156/CCB • Para salvar a si ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. • ELEMENTOS: ✓Negócio jurídico desigual; ✓Mal iminente ou grave; ✓ Bem ameaçado: pessoa ou alguém próximo; ✓ Vontade movida pelo "salvar-se"; ✓ Conhecimento da outra parte. ESTADO DE PERIGO SALVAR-SE DE GRAVE PERIGO –ART. 156/CCB ▪ CONSEQUÊNCIAS: Anulação do contrato, correção do contrato. • EXEMPLO: • Mãe sofrendo de um mal que não é coberto pelo plano de saúde e exige cirurgia imediata, razão pela qual a filha, em desespero e visando preservar a vida de sua mãe, recorre ao procedimento particular que custará R$50 mil reais (ela tem conhecimentode que há locais mais baratos, no entanto sabe que não terá tempo para se locomover com sua mãe). Após concluída a cirurgia, ela poderá entrar em juízo e apresentar todas as razões pelas quais anuiu o contrato, podendo requerer a devolução da diferença presente entre o procedimento particular de R$ 50 mil reais e o procedimento no hospital mais barato. LESÃO ART. 157-CCB • Pode surgir em negócios jurídicos onerosos (dispendiosos) e bilaterais. Ao se estabelecer vantagens e desvantagens entre as partes envolvidas, pode nascer um desequilíbrio entre as prestações. Há lesão toda vez que uma parte assumir uma prestação manifestamente desproporcional à prestação da outra parte. • Caso nasça durante contrato, isto é, contrato se torne desproporcional, utilizar-se-á do previsto no art. 317 do CCB para que seja revisto. •Inexperiência ou premente necessidade. Ex. Aceitar valores muito baixos que serviriam para melhorar a situação econômica. LESÃO PRESSUPOSTOS • Concomitante ao nascimento do negócio jurídico; • Negócio bilateral e oneroso; • Prestação manifestamente desproporcional – pressuposto objetivo; • Premente necessidade (o sujeito precisa daquele negócio, sob pena de ter algum prejuízo econômico) ou inexperiência - pressuposto subjetivo. LESÃO SOLUÇÃO ✓ Recisão contratual ou revisão do contrato; ✓ Convalidação, isto é, a correção do vício a fim de transformar o negócio inválido em válido - tendo em vista que todo negócio anulável é passível de convalidação - tornando-o passível de gerar efeitos e ser um negócio jurídico perfeito. ESTADO DE PERIGO ➢ Risco pessoal; ➢ Conhecimento da outra parte LESÃO ➢ Danos patrimoniais; ➢ Objetiva: não pressupõe conhecimento da outra parte Contrato nasce desequilibrado FRAUDE CONTRA CREDORES REDUÇÃO PATOLÓGICA DE PATRIMÔNIO - ART. 158/CCB ▪ Reduzir o patrimônio de forma que não possua lucro; tornar-se insolvente = dever mais do que possui. ▪ Pressupostos: ➢ Preexistência de uma relação obrigacional, na qual o sujeito devedor deve pagar sua dívida ao credor (credor quirográfario: aquele que não tem garantias reais (ex. hipoteca) sobre o patrimônio do devedor). • O salário do indivíduo e o local onde reside, bem como seus instrumentos de trabalho são impenhoráveis, não podendo as penas atingirem tais patrimônios. FRAUDE CONTRA CREDORES SOLUÇÃO ▪ Desfazimento dos atos praticados pelo devedor caso haja a fraude. ▪ Somente o credor quirográfario pode desfazer o contrato, devendo este ingressar em juízo com uma ação pauliana visando desfazer os negócios que geraram insolvência. ▪ No caso de PENHORA os bens de onde o sujeito tira o sustento ou reside não podem ser retirados dele. Entretanto, os bens HIPOTECADOS podem ser retirados do devedor, uma vez que foram dados, por ele, em garantia. ▪ Scientia fraudis (art. 159 do CCB) - atos a título oneroso (venda): O conhecimento do scientia fraudis só é exigido em casos de venda de patrimônio em que o devedor sabia que era uma ação fraudulenta. DIFERENÇAS ENTRE FRAUDE CONTRA CREDOR E À EXECUÇÃO FRAUDE CONTRA CREDOR • Anulável: atinge o plano da validade; • Exige ação pauliana; • Se configura antes que haja demanda judicial FRAUDE À EXECUÇÃO • Ineficaz: atinge o plano da eficácia • Não a exige ação pauliana; o juiz reconhece nos autos •Após demanda judicial em relação ao débito FRAUDE À EXECUÇÃO: Processo de Conhecimento: Credor coloca suas contas a exame do juiz, para provar que o devedor não pagou o que devia. Sentença contra o devedor transita em julgado Título executivo extrajudicial Processo de execução Devedor aliena bem a terceiro: fraude à execução SIMULAÇÃO (ART. 167 – CCB) DECLARAÇÃO ENGANOSA DE VONTADE ▪ Sempre bilateral; ocorre quando as partes, em conluio (acordo), declaram algo diferente de sua intenção. ▪ Declaração disconforme com a vontade. SIMULAÇÃO ESPÉCIES ▪ ABSOLUTA: Nessa hipótese há apenas a aparência de um negócio (contrato), pois, na realidade, não há nenhum contrato. ▪ RELATIVA: Há dois negócios, o que se mostra (e não se quer) e o que se esconde (o que as partes querem). O primeiro é o simulado, o segundo, o dissimulado. Ex. A e B simulam uma doação quando, na verdade, realizam uma compra e venda. A doação é o negócio simulado e, a compra e venda, o que se dissimulou. • AD PERSONAM: O negócio é real, entretando as partes são fictícias. São os negócios celebrados por intermédio de "laranjas". O negócio é nulo. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS SUBJETIVOS Direitos subjetivos a uma prestação: são os direitos cujo bem da vida se alcança mediante o cumprimento de uma obrigação, que pode ser de dar, fazer, ou não fazer. Nesses direitos se identifica o sujeito ativo (titular do direito) e o sujeito passivo (que deve prestar algo). Nos direitos a uma prestação, surge a figura da pretensão, consistente na possibilidade de exigir em juízo a obrigação devida. Pretensão só nasce quando o direito é violado (ex. dívida vence dia 15. Se não for paga até o dia do vencimento (15), nascerá, no dia 16, a pretensão). ART. 205 e 206 : prazo legal para a extinção da pretensão/prescrição. PRESCRIÇÃO AFETA A PRETENSÃO. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA Direitos potestativos: há casos em que o direito confere a um sujeito o poder de afetar a esfera jurídica do outro sem que este nada possa fazer a não ser sujeitar-se. Ex. Demissão Decadência: direito potestativo não exercidos no prazo fixado. Ex. Devolução/ troca de aparelhos. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO E DISTINÇÃO ✓PRESCRIÇÃO: Extinção da pretensão Se perde a possibilidade de exigir a obrigação em juízo, mas não se perde o direito. ✓DECADÊNCIA: Extingue o direito Se perde o direito potestativo; fulmina o direito propriamente dito. Ex. Perda do direito de exigir a garantia de objetos após decorrido o tempo contratual. DECADÊNCIA fulmina o DIREITO. PRESCRIÇÃO fulmina o direito de EXIGIR o direito PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO A interrupção é quando um prazo, que estava correndo, para de correr por conta de uma ação. Caso esse prazo volte a correr, começará a ser contado novamente; Conta-se do zero. Entretanto, existem causas que interrompem, suspendem ou adiam o início da contagem do prazo, por exemplo, o credor ser absolutamente incapaz. No caso da suspensão, o prazo que estava correndo fica suspenso até que se resolva o motivo que provocou a suspensão. Após isso, o prazo voltará a contar de onde parou. PRESCRIÇÃO OU DECADÊNCIA PRAZO ❖ INTERROMPIDO: art. 202 do CCB = zera ❖ADIADO: art. 198 do CCB = não se inicia a contagem do prazo ❖ SUSPENDIDO: art. 197 do CCB = pausa a contagem e, ao retomá-la, procede-se a contagem de onde parou.
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