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2016218_222723_FECUNDAÇÃO

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FERTILIZAÇÃO
PROF. ESP. MAIRKON A.SOARES
	O desenvolvimento humano começa com a fertilização;
	A Fertilização é uma seqüência complexa de “eventos moleculares coordenados”;
	O local usual da fertilização é a ampola da tuba uterina.
 
	Espermatozóides são capacitados no útero ou na trompa uterina, são removidas as capas de glicoproteínas da membrana plasmática e proteínas seminíferas da superfície do acrossoma.
	A sede usual de fertilização é a ampola - Tuba uterina.
*
Útero
	Forma de um cone cujo vértice é inferior
	Parte superior é o fundo e a inferior é o colo
	ENDOMÉTRIO - Mucosa endocervical e endometrial de EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES CILIADO E NÃO CILIADO
	MIOMÉTRIO - Tecido muscular liso
	PERIMÉTRIO - Membrana serosa, tecido epitelial pavimentoso simples
Fisiologia
O QUE É MENSTRUAÇÃO?
 Menstruação é a descamação do endométrio quando não há fecundação. Essa descamação faz parte do ciclo reprodutivo da mulher e acontece todo mês. O corpo feminino se prepara para a gravidez, e quando isso não ocorre, o endométrio (membrana interna do útero) se desprende.
CICLO MENSTRUAL
	1º dia do ciclo o endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado começa a descamar, denominado menstruação
	Hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo.
	Amadurecimento dos folículos ovarianos
	
	 Secreção de estrógeno pelo folículo em desenvolvimento
	 Concentração alta de estrógeno inibe secreção de FSH e estimula a secreção de LH pela hipófise / concentração alta de estrógeno estimula o crescimento do endométrio.
	 Concentração alta de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias)
	 Alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo ou amarelo no folículo ovariano
	 Corpo lúteo inicia a produção de progesterona
	 Estimula as glândulas do endométrio a secretarem seus produtos
	 Aumento da progesterona inibe produção de LH
	 Corpo lúteo regride e reduz concentração de progesterona
 Menstruação
FASES DA MENSTRUAÇÃO
FASE FOLICULAR (MENSTRUO + PROLIFERATIVA): começa com o início do sangramento menstrual e leva em média 15 dias.
Durante essa fase, o hormônio estrogênio faz com que o endométrio cresça. O endométrio começa a se desenvolver para receber um embrião se a mulher engravidar. O aumento do (FSH) hormônio folículo estimulante, estimula o crescimento dos folículos ovarianos. Cada folículo contém um óvulo, no final da fase folicular do ciclo menstrual, apenas um único folículo permanecerá ativo.
FASE OVULATÓRIA:
Dura de 1 a 3 dias e culmina na ovulação.
A ovulação é o que acontece quando um óvulo maduro é liberado pelo folículo ovariano na tuba uterina, durante seu ciclo menstrual. Pode acontecer de dois desses óvulos amadurecer no mesmo mês. 
O aumento do hormônio LH provoca a ovulação. 
Leva cerca de três ou quatro dias para o óvulo chegar até o útero. Se for para ocorrer a fertilização, isso deverá ocorrer dentro de 24 horas da ovulação, senão o óvulo irá se degenerar. 
FASE LÚTEA (SECRETIVA):
Dura aproximadamente 13 dias e termina com o início do sangramento menstrual.
Depois da ovulação, o folículo se torna uma estrutura produtora de hormônios chamada corpo lúteo. As células do corpo lúteo produzem estrogênio e grandes quantidades de progesterona, sendo que este último hormônio estimula o desenvolvimento da camada interna uterina em preparação para o óvulo fertilizado. Se você não engravida, o corpo lúteo se degenera cerca de duas semanas após a ovulação.
CORPO LÚTEO
 O corpo lúteo, também conhecido como corpo amarelo, é uma estrutura endócrina temporária existente nas fêmeas de mamíferos, relacionada com a produção do hormônio progesterona, necessário para manutenção da gravidez.
 O corpo lúteo é produzido pela alta taxa de LH com o objetivo de nutrir o óvulo, caso não ocorra a fecundação ele se degrada e se transforma em corpo albino. 
CÓLICAS MENSTRUAIS (DISMENORREIA)
Cólica menstrual, ou dismenorreia, é uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado.
Mais ou menos 50% das mulheres sentem cólicas menstruais em alguma fase da vida.
A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Primária, quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio, e secundária, quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.).
Transporte do ovócito
Na ovulação o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano e do ovário junto com o líquido folicular 
Durante a ovulação, a extremidade da trompa uterina com fímbrias adere ao ovário
As fímbrias varrem o ovócito secundário para o infundíbulo da tuba uterina, após passa para a ampola da tuba em direção ao útero
Teca externa
Teca interna
Corona radiata
Cumulus oophurus
Granulosa
Antro
Folículo secundário
Folículo maduro
	Ovócito secundário
	Imóvel, grande recoberto por:
	Zona pelúcida – camada de glicoproteínas e glicosaminoglicanos (polissacarídeos).
	Corona radiata – camadas de células foliculares.
	Teca folicular – cápsula de tecido conjuntivo. 
	Função - crescimento vasos sanguíneos = sustentação nutritiva para desenvolvimento folículo
	Citoplasma – abundante de grânulos vitelinos – para nutrição do embrião na 1ª semana.
Transporte do espermatozóide
Do seu local de armazenagem, no epidídimo a na ampola do ducto deferente, os espermatozóides são transportados para a uretra por meio de contrações peristálticas da capa muscular do ducto deferente
Cerca de 200 a 600 milhões de espermatozóides são depositados no colo do útero, atravessam o canal cervical, o útero e as trompas
Somente 200 espermatozóides alcançam o sítio de fertilização
	Espermatozóide maduro
	Célula móvel, microscópica constituída por:
	Cabeça – núcleo haplóide, acrossoma – organela com + 10 tipos de enzimas = hialuronidase e acrosina - utilizadas para penetrar na corona radiata e na zona pelúcida do ovócito;
	Cauda – 3 segmentos: peça intermediária, principal e final (contém mitocôndrias = produção ATP)
Maturação dos espermatozóides
	Espermatozóides recém ejaculados não são capazes de fecundar o ovócito. É preciso um período de condicionamento que dura cerca de 7 horas, num processo chamado de capacitação. 
	Eles são capacitados no útero ou na trompa uterina, são removidas as capas de glicoproteínas e proteínas seminíferas da superfície do acrossoma
Maturação dos espermatozóides
Parede do útero
*
Óvulo rodeado de espermatozóide
Folículo maduro – ovócito secundário, zona pelúcida e corona radiata formada de células foliculares
Fertilização 
	É a seqüência de eventos que se inicia com o contato entre espermatozóides e um ovócito secundário e termina com a fusão dos núcleos e a mistura dos cromossomos paternos e maternos.
Fases da Fertilização
Fase 1: Passagem do espermatozóide através da corona radiata.
Fase 2: Penetração na zona pelúcida.
Fase 3: Fusão das membranas celulares do ovócito e do espermatozóide.
Fases da Fertilização
Fusão das membranas celulares do ovócito e do espermatozóide.
Núcleo do espermatozóide contendo cromossomos
Acrossomo contendo enzimas
Membrana plasmática do espermatozóide
Perfurações na parede do acrossomo
Enzimas rompendo a zona pelúcida
Espermatozóide no citoplasma do ovócito sem membrana plasmática
Resultado da Fertilização
Término da segunda divisão celular.
Formação do pró-núcleo feminino e masculino
Pró-núcleos masculinos e femininos entram em contato.
Zigoto
Restauração do núcleo diplóide de cromossomos.
	Os sintomas de fecundação do óvulo, chamado cientificamente de nidação, podem incluir:
- Ligeiro corrimento rosado;
- Leve cólica abdominal.
	Os sintomas de fecundaçãopodem passar despercebidos. 
Resultados da Fertilização
	O gameta do pai determina o sexo do embrião, determinação primária do sexo.
Cerca de 30 horas após a fertilização 
O zigoto (enquanto atravessa a tuba uterina) → se divide em duas células conhecidas como blastômeros (início da clivagem).
Formação do embrião
	 Fecundação;
	 Segmentação ou Clivagem;
	 Blastulação;
	 Gastrulação;
	 Neurulação. 
Processos fundamentais 
	 Multiplicação celular: divisão mitótica;
	 Crescimento celular: 
Zigoto: 0,0000003g;
Feto (9 meses): + 3 Kg.
	 Especialização celular: forma vários tipos celulares ( muscular, nervosa, etc.)
Clivagem 
	 A partir da primeira divisão mitótica, inicia-se o desenvolvimento embrionário;
	Formação de blastômeros;
	Formação da mórula (bola maciça de células)
Clivagem
	 O vitelo é uma proteína encontrada no ovo e tem a função de nutrir o embrião;
	 Zigoto:
Pólo vegetativo: muito vitelo (dificulta a divisão);
Pólo animal: pouco vitelo (facilita a divisão).
Clivagem do zigoto e formação do blastômero
Primeira divisão, 2 células
Clivagem – formação de mórula / blastocísto 
8 células
4o dia
Formação do Blastocisto
Cerca de 4 dias após a fertilização surgem espaços entre os blastômeros centrais, que se enchem de líquido proveniente da cavidade uterina, a mórula penetra no útero.
FORMAÇÃO DA BLÁSTULA
Primeira Semana
Ruptura da zona pelúcida
1a semana
A zona pelúcida desaparece e o blastocisto aumenta de tamanho e prende-se ao endométrio pelo pólo embrionário cerca de seis dias após a fertilização. A implantação do blastocisto começa no fim da primeira semana e termina no final da segunda semana.
Primeira Semana
Massa celular interna
Trofoblasto
Parede do útero - Endométrio
Primeira Semana
Massa celular interna
Citotrofoblasto
Hipoblasto
Cavidade uterina
7o dia
	O trofoblasto começa a proliferar e se transforma em:
	Citotrofoblasto
	Sinciciotrofoblasto
	Sincício é uma massa celular na qual não se pode divisar limite celular, é altamente invasiva, e invade o estroma endometrial.
	Conclui-se a nidação
Resumindo…
Fecundação
12 horas
1célula
24 horas
2 células
45 horas
4 células
72 horas
16 células
Dia 13
Dia 14
Dia 21
A Gastrulação
	É o processo de divisão e migração celular que termina na formação da Gástrula;
	Estrutura que apresenta os folhestos germinativos
Formação da gástrula
	 Formação dos folhetos embrionários; (Formação do arquêntero;
	 Formação do blastóporo:
PROTOSTÔMIOS: blastóporo origina a boca primitiva;
DEUTEROSTÔMIOS: blastóporo origina o ânus primitivo. 
Organogênese
	O três folhetos germinativos se organizando e formando as estruturas dos animais.
Organogênese
	O três folhetos germinativos se organizando e formando as estruturas dos animais.
Destino dos folhetos embrionários
Ectoderme
Tecido mais externo do animal
Epiderme, e anexos
Epiblasto
Sistema nervoso central
Encéfalo e medula
Neuroblasto
Destino dos folhetos embrionários
Mesoderme
Mesômero
(mediano)
(Sitema urogenital)
Epímero
(dorsal)
Hipômero
(ventral)
Dermátomo
(Camada interna
da pele)
Miótomo
(musculatura estriada)
Esclerótomo
(Esqueleto axial)
Espancnopleura
(miocárdio, endocárdio
Endotélio e músc. liso
Somatopleura
(Pericárdio, ossos
Músculos)
Destino dos folhetos embrionários
Endoderme
Revestimentos internos do tubo digestivo
Bexiga urinária
Aparelho respiratório
NEURULAÇÃO
- Processos que envolvem a formação da placa neural e pregas neurais, além da formação do tubo neural. Estes processos são finalizados na quarta semana do desenvolvimento embrionário. Neste processo, o embrião pode ser chamado de nêurula.
Formação da nêurula
Anteriormente: 
Placa neural (ectoderma): forma o tubo nervoso;
Formação da notocorda
Formação do celoma => mesoderma
Surgimento do somito
Nêurula.
A Neurulação
	É a fase de formação do tubo neural;
	A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma embrionário e quem induz este processo é a notocorda . 
	A notocorda é uma estrutura maciça de células do mesoderma que se localiza logo abaixo do tubo nervoso. 
	Ela está relacionada com o suporte do tubo nervoso, além disso, define o eixo corporal do embrião.
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
	Os anexos embrionários são estruturas que se originam dos folhetos germinativos e que, entre outras funções, protegem e nutrem o embrião. Eles desaparecem durante o desenvolvimento e não estão presentes nos adultos:
Saco vitelínico
Alantoide
Âmnio
Córion
Placenta 
Formação dos anexos embrionários
Garantem o normal desenvolvimento da criança 
Âmnios
Cavidade amniótica
Córion
Cavidade uterina
Parede uterina
Cordão umbilical
Placenta
Funções da Placenta
Artéria materna
Veia materna
Sangue materno
Vilosidades coriónicas
Veia fetal
Artérias fetais
Cordão umbilical
Âmnion
É uma fina membrana que delimita uma bolsa repleta de líquido. O líquido amniótico que tem por funções: 
·         Evitar o ressecamento do embrião 
·         Proteger contra choques mecânicos. 
Córion
É uma membrana fina que envolve os outros anexos embrionários, é o mais externo. 
Junta-se com o alantóide para formar o alantocórion com função respiratória em aves e répteis. 
Saco vitelínico
	Presente nos peixes, répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco, revestida externamente pela mesoderme e, internamente, pela endoderme. 
	Sua principal função é armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do embrião. 
	Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a placenta assume a função de nutrição do embrião
Alantoide
	Ocorre nos répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco ou vesícula, ligada a parte posterior do intestino do embrião. Assim como o saco vitelínico, o alantoide é formado pela mesoderme e endoderme.
	Sua principal função é remover e armazenar excretas produzidas pelo metabolismo do embrião.
Funções da placenta
	Realizar trocas respiratórias entre o organismo materno e o organismo fetal
	Realizar as trocas nutritivas e metabólicas entre mãe e filho
	Produzir hormônios
	Transmitir ao feto alguns anticorpos
	Mascarar o embrião em relação a anticorpos de defesa da mãe 
Cordão umbilical
	Origina-se a partir do pedúnculo embrionário. Procede como estrutura de comunicação entre o embrião e a placenta. Longo, mais ou menos cilíndrico, encerra três grossos vasos: uma veia (que conduz sangue arterial) e duas artérias (que conduz sangue venoso). 
Principais etapas da vida
Período embrionário & Período fetal
Período embrionário
5 semanas
7 semanas
6 semanas
Período fetal
9 semanas
13 semanas
17 semanas
21 semanas
36 semanas
30 semanas
25 semanas
Período fetal
O Parto
Cordão umbilical
Placenta
Útero
Cervix
Vagina
Placenta
Cordão umbilical
	MOORE, Keith L. ; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Básica. 5. ed. Guanabara Koogan, 2000.453 p.
pólo 
embrionário
massa celular 
interna
trofoblasto

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