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FERTILIZAÇÃO PROF. ESP. MAIRKON A.SOARES O desenvolvimento humano começa com a fertilização; A Fertilização é uma seqüência complexa de “eventos moleculares coordenados”; O local usual da fertilização é a ampola da tuba uterina. Espermatozóides são capacitados no útero ou na trompa uterina, são removidas as capas de glicoproteínas da membrana plasmática e proteínas seminíferas da superfície do acrossoma. A sede usual de fertilização é a ampola - Tuba uterina. * Útero Forma de um cone cujo vértice é inferior Parte superior é o fundo e a inferior é o colo ENDOMÉTRIO - Mucosa endocervical e endometrial de EPITÉLIO CILÍNDRICO SIMPLES CILIADO E NÃO CILIADO MIOMÉTRIO - Tecido muscular liso PERIMÉTRIO - Membrana serosa, tecido epitelial pavimentoso simples Fisiologia O QUE É MENSTRUAÇÃO? Menstruação é a descamação do endométrio quando não há fecundação. Essa descamação faz parte do ciclo reprodutivo da mulher e acontece todo mês. O corpo feminino se prepara para a gravidez, e quando isso não ocorre, o endométrio (membrana interna do útero) se desprende. CICLO MENSTRUAL 1º dia do ciclo o endométrio bem desenvolvido, espesso e vascularizado começa a descamar, denominado menstruação Hipófise aumenta a produção de FSH, que atinge a concentração máxima por volta do 7º dia do ciclo. Amadurecimento dos folículos ovarianos Secreção de estrógeno pelo folículo em desenvolvimento Concentração alta de estrógeno inibe secreção de FSH e estimula a secreção de LH pela hipófise / concentração alta de estrógeno estimula o crescimento do endométrio. Concentração alta de LH estimula a ovulação (por volta do 14º dia de um ciclo de 28 dias) Alta taxa de LH estimula a formação do corpo lúteo ou amarelo no folículo ovariano Corpo lúteo inicia a produção de progesterona Estimula as glândulas do endométrio a secretarem seus produtos Aumento da progesterona inibe produção de LH Corpo lúteo regride e reduz concentração de progesterona Menstruação FASES DA MENSTRUAÇÃO FASE FOLICULAR (MENSTRUO + PROLIFERATIVA): começa com o início do sangramento menstrual e leva em média 15 dias. Durante essa fase, o hormônio estrogênio faz com que o endométrio cresça. O endométrio começa a se desenvolver para receber um embrião se a mulher engravidar. O aumento do (FSH) hormônio folículo estimulante, estimula o crescimento dos folículos ovarianos. Cada folículo contém um óvulo, no final da fase folicular do ciclo menstrual, apenas um único folículo permanecerá ativo. FASE OVULATÓRIA: Dura de 1 a 3 dias e culmina na ovulação. A ovulação é o que acontece quando um óvulo maduro é liberado pelo folículo ovariano na tuba uterina, durante seu ciclo menstrual. Pode acontecer de dois desses óvulos amadurecer no mesmo mês. O aumento do hormônio LH provoca a ovulação. Leva cerca de três ou quatro dias para o óvulo chegar até o útero. Se for para ocorrer a fertilização, isso deverá ocorrer dentro de 24 horas da ovulação, senão o óvulo irá se degenerar. FASE LÚTEA (SECRETIVA): Dura aproximadamente 13 dias e termina com o início do sangramento menstrual. Depois da ovulação, o folículo se torna uma estrutura produtora de hormônios chamada corpo lúteo. As células do corpo lúteo produzem estrogênio e grandes quantidades de progesterona, sendo que este último hormônio estimula o desenvolvimento da camada interna uterina em preparação para o óvulo fertilizado. Se você não engravida, o corpo lúteo se degenera cerca de duas semanas após a ovulação. CORPO LÚTEO O corpo lúteo, também conhecido como corpo amarelo, é uma estrutura endócrina temporária existente nas fêmeas de mamíferos, relacionada com a produção do hormônio progesterona, necessário para manutenção da gravidez. O corpo lúteo é produzido pela alta taxa de LH com o objetivo de nutrir o óvulo, caso não ocorra a fecundação ele se degrada e se transforma em corpo albino. CÓLICAS MENSTRUAIS (DISMENORREIA) Cólica menstrual, ou dismenorreia, é uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina, substância que faz o útero contrair para eliminar o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião), em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado. Mais ou menos 50% das mulheres sentem cólicas menstruais em alguma fase da vida. A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Primária, quando a causa é o aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio, e secundária, quando resultante de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.). Transporte do ovócito Na ovulação o ovócito secundário é expelido do folículo ovariano e do ovário junto com o líquido folicular Durante a ovulação, a extremidade da trompa uterina com fímbrias adere ao ovário As fímbrias varrem o ovócito secundário para o infundíbulo da tuba uterina, após passa para a ampola da tuba em direção ao útero Teca externa Teca interna Corona radiata Cumulus oophurus Granulosa Antro Folículo secundário Folículo maduro Ovócito secundário Imóvel, grande recoberto por: Zona pelúcida – camada de glicoproteínas e glicosaminoglicanos (polissacarídeos). Corona radiata – camadas de células foliculares. Teca folicular – cápsula de tecido conjuntivo. Função - crescimento vasos sanguíneos = sustentação nutritiva para desenvolvimento folículo Citoplasma – abundante de grânulos vitelinos – para nutrição do embrião na 1ª semana. Transporte do espermatozóide Do seu local de armazenagem, no epidídimo a na ampola do ducto deferente, os espermatozóides são transportados para a uretra por meio de contrações peristálticas da capa muscular do ducto deferente Cerca de 200 a 600 milhões de espermatozóides são depositados no colo do útero, atravessam o canal cervical, o útero e as trompas Somente 200 espermatozóides alcançam o sítio de fertilização Espermatozóide maduro Célula móvel, microscópica constituída por: Cabeça – núcleo haplóide, acrossoma – organela com + 10 tipos de enzimas = hialuronidase e acrosina - utilizadas para penetrar na corona radiata e na zona pelúcida do ovócito; Cauda – 3 segmentos: peça intermediária, principal e final (contém mitocôndrias = produção ATP) Maturação dos espermatozóides Espermatozóides recém ejaculados não são capazes de fecundar o ovócito. É preciso um período de condicionamento que dura cerca de 7 horas, num processo chamado de capacitação. Eles são capacitados no útero ou na trompa uterina, são removidas as capas de glicoproteínas e proteínas seminíferas da superfície do acrossoma Maturação dos espermatozóides Parede do útero * Óvulo rodeado de espermatozóide Folículo maduro – ovócito secundário, zona pelúcida e corona radiata formada de células foliculares Fertilização É a seqüência de eventos que se inicia com o contato entre espermatozóides e um ovócito secundário e termina com a fusão dos núcleos e a mistura dos cromossomos paternos e maternos. Fases da Fertilização Fase 1: Passagem do espermatozóide através da corona radiata. Fase 2: Penetração na zona pelúcida. Fase 3: Fusão das membranas celulares do ovócito e do espermatozóide. Fases da Fertilização Fusão das membranas celulares do ovócito e do espermatozóide. Núcleo do espermatozóide contendo cromossomos Acrossomo contendo enzimas Membrana plasmática do espermatozóide Perfurações na parede do acrossomo Enzimas rompendo a zona pelúcida Espermatozóide no citoplasma do ovócito sem membrana plasmática Resultado da Fertilização Término da segunda divisão celular. Formação do pró-núcleo feminino e masculino Pró-núcleos masculinos e femininos entram em contato. Zigoto Restauração do núcleo diplóide de cromossomos. Os sintomas de fecundação do óvulo, chamado cientificamente de nidação, podem incluir: - Ligeiro corrimento rosado; - Leve cólica abdominal. Os sintomas de fecundaçãopodem passar despercebidos. Resultados da Fertilização O gameta do pai determina o sexo do embrião, determinação primária do sexo. Cerca de 30 horas após a fertilização O zigoto (enquanto atravessa a tuba uterina) → se divide em duas células conhecidas como blastômeros (início da clivagem). Formação do embrião Fecundação; Segmentação ou Clivagem; Blastulação; Gastrulação; Neurulação. Processos fundamentais Multiplicação celular: divisão mitótica; Crescimento celular: Zigoto: 0,0000003g; Feto (9 meses): + 3 Kg. Especialização celular: forma vários tipos celulares ( muscular, nervosa, etc.) Clivagem A partir da primeira divisão mitótica, inicia-se o desenvolvimento embrionário; Formação de blastômeros; Formação da mórula (bola maciça de células) Clivagem O vitelo é uma proteína encontrada no ovo e tem a função de nutrir o embrião; Zigoto: Pólo vegetativo: muito vitelo (dificulta a divisão); Pólo animal: pouco vitelo (facilita a divisão). Clivagem do zigoto e formação do blastômero Primeira divisão, 2 células Clivagem – formação de mórula / blastocísto 8 células 4o dia Formação do Blastocisto Cerca de 4 dias após a fertilização surgem espaços entre os blastômeros centrais, que se enchem de líquido proveniente da cavidade uterina, a mórula penetra no útero. FORMAÇÃO DA BLÁSTULA Primeira Semana Ruptura da zona pelúcida 1a semana A zona pelúcida desaparece e o blastocisto aumenta de tamanho e prende-se ao endométrio pelo pólo embrionário cerca de seis dias após a fertilização. A implantação do blastocisto começa no fim da primeira semana e termina no final da segunda semana. Primeira Semana Massa celular interna Trofoblasto Parede do útero - Endométrio Primeira Semana Massa celular interna Citotrofoblasto Hipoblasto Cavidade uterina 7o dia O trofoblasto começa a proliferar e se transforma em: Citotrofoblasto Sinciciotrofoblasto Sincício é uma massa celular na qual não se pode divisar limite celular, é altamente invasiva, e invade o estroma endometrial. Conclui-se a nidação Resumindo… Fecundação 12 horas 1célula 24 horas 2 células 45 horas 4 células 72 horas 16 células Dia 13 Dia 14 Dia 21 A Gastrulação É o processo de divisão e migração celular que termina na formação da Gástrula; Estrutura que apresenta os folhestos germinativos Formação da gástrula Formação dos folhetos embrionários; (Formação do arquêntero; Formação do blastóporo: PROTOSTÔMIOS: blastóporo origina a boca primitiva; DEUTEROSTÔMIOS: blastóporo origina o ânus primitivo. Organogênese O três folhetos germinativos se organizando e formando as estruturas dos animais. Organogênese O três folhetos germinativos se organizando e formando as estruturas dos animais. Destino dos folhetos embrionários Ectoderme Tecido mais externo do animal Epiderme, e anexos Epiblasto Sistema nervoso central Encéfalo e medula Neuroblasto Destino dos folhetos embrionários Mesoderme Mesômero (mediano) (Sitema urogenital) Epímero (dorsal) Hipômero (ventral) Dermátomo (Camada interna da pele) Miótomo (musculatura estriada) Esclerótomo (Esqueleto axial) Espancnopleura (miocárdio, endocárdio Endotélio e músc. liso Somatopleura (Pericárdio, ossos Músculos) Destino dos folhetos embrionários Endoderme Revestimentos internos do tubo digestivo Bexiga urinária Aparelho respiratório NEURULAÇÃO - Processos que envolvem a formação da placa neural e pregas neurais, além da formação do tubo neural. Estes processos são finalizados na quarta semana do desenvolvimento embrionário. Neste processo, o embrião pode ser chamado de nêurula. Formação da nêurula Anteriormente: Placa neural (ectoderma): forma o tubo nervoso; Formação da notocorda Formação do celoma => mesoderma Surgimento do somito Nêurula. A Neurulação É a fase de formação do tubo neural; A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma embrionário e quem induz este processo é a notocorda . A notocorda é uma estrutura maciça de células do mesoderma que se localiza logo abaixo do tubo nervoso. Ela está relacionada com o suporte do tubo nervoso, além disso, define o eixo corporal do embrião. ANEXOS EMBRIONÁRIOS Os anexos embrionários são estruturas que se originam dos folhetos germinativos e que, entre outras funções, protegem e nutrem o embrião. Eles desaparecem durante o desenvolvimento e não estão presentes nos adultos: Saco vitelínico Alantoide Âmnio Córion Placenta Formação dos anexos embrionários Garantem o normal desenvolvimento da criança Âmnios Cavidade amniótica Córion Cavidade uterina Parede uterina Cordão umbilical Placenta Funções da Placenta Artéria materna Veia materna Sangue materno Vilosidades coriónicas Veia fetal Artérias fetais Cordão umbilical Âmnion É uma fina membrana que delimita uma bolsa repleta de líquido. O líquido amniótico que tem por funções: · Evitar o ressecamento do embrião · Proteger contra choques mecânicos. Córion É uma membrana fina que envolve os outros anexos embrionários, é o mais externo. Junta-se com o alantóide para formar o alantocórion com função respiratória em aves e répteis. Saco vitelínico Presente nos peixes, répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco, revestida externamente pela mesoderme e, internamente, pela endoderme. Sua principal função é armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do embrião. Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a placenta assume a função de nutrição do embrião Alantoide Ocorre nos répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco ou vesícula, ligada a parte posterior do intestino do embrião. Assim como o saco vitelínico, o alantoide é formado pela mesoderme e endoderme. Sua principal função é remover e armazenar excretas produzidas pelo metabolismo do embrião. Funções da placenta Realizar trocas respiratórias entre o organismo materno e o organismo fetal Realizar as trocas nutritivas e metabólicas entre mãe e filho Produzir hormônios Transmitir ao feto alguns anticorpos Mascarar o embrião em relação a anticorpos de defesa da mãe Cordão umbilical Origina-se a partir do pedúnculo embrionário. Procede como estrutura de comunicação entre o embrião e a placenta. Longo, mais ou menos cilíndrico, encerra três grossos vasos: uma veia (que conduz sangue arterial) e duas artérias (que conduz sangue venoso). Principais etapas da vida Período embrionário & Período fetal Período embrionário 5 semanas 7 semanas 6 semanas Período fetal 9 semanas 13 semanas 17 semanas 21 semanas 36 semanas 30 semanas 25 semanas Período fetal O Parto Cordão umbilical Placenta Útero Cervix Vagina Placenta Cordão umbilical MOORE, Keith L. ; PERSAUD, T. V. N. Embriologia Básica. 5. ed. Guanabara Koogan, 2000.453 p. pólo embrionário massa celular interna trofoblasto
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