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Resumo de embriolologia

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Alguns conceitos sobre o desenvolvimento humano:
· Ovulação: nos 14 dias antes da menstruação ocorre a liberação do oócito secundário do folículo ovariano, o oócito é capturado pelas fimbrias da tuba uterina e transportado em direção ao útero através de movimentos ciliares tubários e peristalse (ocorre em um período de 3 a 4 dias). Por volta da metade do ciclo o folículo ovariano (por estímulo de FSH e LH) sofre um surto de crescimento produzindo uma saliência na superfície do ovário, um pequeno ponto avascular, chamado estigma, logo aparece nessa saliência.
 A ovulação é disparada por uma onda de produção de LH, a ovulação normalmente se segue ao pico de LH por 12 a 24 horas (que é induzido pelo alto nível de estrogênio sanguíneo) parece causar a tumefação do estigma, formando uma vesícula, o estigma logo se rompe expelindo o ovócito secundário com o fluido folicular. A expulsão do ovócito é resultado da expressão intrafolicular e da contração do músculo liso na teca externa devido a estimulação por prostaglandinas.
 A digestão enzimática da parede folicular parece ser um dos principais mecanismos que levam à ovulação. O ovócito secundário expelido é pela zona pelúcida e por uma ou mais camadas de células foliculares, conhecidas como corona radiata.
 O pico de LH parece induzir também o reinicio da primeira divisão meiótica do ovócito primário, e consequentemente os folículos ovarianos maduros contêm ovócitos secundários.
· Anovulação: Algumas mulheres não ovulam porque tem uma liberação inadequada de gonadotrofinas. Em algumas dessas mulheres a ovulação pode ser induzida pela administração de algum agente ovulatório como o citrato de clomifeno (essa droga estimula a liberação de gonadotrofinas da hipófise – FSH e LH – resultando na maturação de vários folículos ovarianos e múltiplas ovulações. 
A incidência de gravidez múltipla aumenta em ate 10 vezes quando a ovulação é induzida e abortos espontâneos ocorrem porque não existe a possibilidade de mais de 7 embriões sobreviverem.
· Corpo lúteo: Após a ovulação as paredes do folículo ovariano e da teca folicular sofrem colapso e ficam enrugadas. Por influência do LH elas se desenvolvem em uma estrutura glandular chamado de corpo lúteo que secreta progesterona e uma pequena quantidade de estrogênio, fazendo as glândulas endometriais prepararem o endométrio para a implantação do blastocisto.
Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho e se torna o corpo lúteo gravídico aumentando sua produção hormonal. Quando ocorre a gravidez a degeneração do corpo lúteo é impedida pela Gonadotrofina Coriônica humana (hCG), hormônio secretado pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto. 
O corpo lúteo gravídico permanece funcionalmente ativo durante as 20 primeiras semanas de gravidez, nessa época a placenta assume a produção de estrogênio e progesterona necessários para a manutenção da gestação. 
Se o ovócito não é fecundado o corpo lúteo degenera 10 a 12 dias após a ovulação, quando é chamado de corpo lúteo da menstruarão. O corpo lúteo é transformado em uma cicatriz branca no ovário – O corpo albicans.
· Ciclo menstrual: período no qual o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina. Os hormônios produzidos pelos folículos ovarianos e pelo corpo lúteo -estrogênio e progesterona – causam mudanças clínicas no endométrio, essas mudanças mensais na camada interna do útero tem o nome de ciclo endometrial ou ciclo menstrual. 
O ciclo menstrual médio é de 28 dias, sendo o primeiro dia do ciclo o dia que se inicia o fluxo menstrual. 
 Fases do ciclo: 
· Fase menstrual: A camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida com o fluxo menstrual que normalmente dura de 4 a 5 dias.
· Fase proliferativa (folicular, estrogênica): Dura em torno de 9 dias, coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e é controlada pelo estrogênio que é secretado pelos folículos. Ocorre um aumento de 2 ou 3x o tamanho na espessura do endométrio. As glândulas aumentam em número e as artérias espiraladas se alongam.
· Fase lútea (secretora, progestacional): Dura em torno de 13 dias, coincide com a formação, o crescimento e o funcionamento do corpo lúteo. As glândulas se tornam amplas e tortuosas, e os endométrio espessa-se por causa da progesterona e do estrogênio do corpo lúteo, e também pelo aumento do fluido do tecido conjuntivo. As artérias espiraladas crescem dentro da camada compacta superficial e se enroscam, a rede venosa se torna complexa.
· Fase isquêmica: Ocorre quando o ovócito não fecundado, ocorre quando as artérias espiraladas se contraem dando ao endométrio um aspecto pálido.
· Fase da gravidez: Se ocorrer a gestação os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa para uma fase gravídica. 
· Ciclos menstruais anovulatórios: o ciclo reprodutivo típico nem sempre é realizado porque o ovário pode não produzir um folículo maduro, e a ovulação não ocorre. As mudanças endometriais são mínimas, o endométrio proliferativo desenvolve-se de forma usual, mas não ocorre ovulação nem formação de corpo lúteo. Consequentemente, o endométrio não progride para a fase lútea, permanece na fase proliferativa ate o fim da menstruação. O estrogênio presente nas pílulas contraceptivas age no hipotálamo e na hipófise resultando na inibição de secreção do hormônio liberados de gonadotrofina, do FSH e do LH, essenciais para que ocorra a ovulação.
 
· Fecundação: É a complexa sequência de eventos que se inicia com a fusão do ovulo com o espermatozóide que ocorre na ampola da tuba uterina e gera uma célula diplóide, o zigoto, com genoma derivado de ambos os gametas e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto, um embrião unicelular.
Ordem das fases da fecundação:
Passagem do espermatozoide através da corona radiata; penetração da zona pelúcida; fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; término da segunda divisão meiótica e formação do pronúcleo feminino; formação do pronúcleo masculino; logo que os pronúcleos se fundem em uma agregação de cromossomos única e diploide, o oótide torna-se um zigoto.
Logo, a fecundação estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica, restaura o número de diploide normal de cromossomos no zigoto, resulta na variação genética através da mistura de cromossomos, determina o sexo do embrião, causa a ativação metabólica do ovócito e inicia a clivagem do zigoto.
· Gametogênese: é o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas – os gametas.
 -O número de cromossomo dos gametas reduz pela metade – meiose.
· Meiose: é um tipo de divisão celular que envolve duas divisões meióticas que ocorre apenas nas células germinativas. As células germinativas diplóides originam gametas haplóides. A meiose permite a constância do número de cromossomos de geração a geração pela redução do número de cromossomos de diplóide a haplóide, produzindo assim gametas haplóides. Permite o arranjo aleatório dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas. Relocaliza os segmentos dos cromossomos maternos e paternos através de crossing-over que embaralha os genes produzindo recombinação do material genético.
· Gametogênese anormal: distúrbio da meiose durante a gametogênese, por exemplo, a não-disjunção, resulta na formação de gametas com número anormal de cromossomos. Se envolvidos na fecundação, esses gametas com anormalidades cromossômicas numéricas podem causar um desenvolvimento anormal como o que ocorre em crianças com síndrome de Down.
 
· Espermatogênese: Consiste na transformação da espermatogonia em espermatozoide.
 As espermatogonias permanecem adormecidas nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal, e na puberdade aumentam de numero e sofrem maturação que continua ate a velhice.
 Na espermatogênese as espermatogonias sofrem várias divisões mitóticas, crescem e se desenvolvem formando os espermatócitosprimários e cada um deles sofre a primeira divisão meiótica (reducional) para formar dois espermatócitos secundários haplóides, em seguida sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides.
 
 Por um processo chamado espermiogenese as espermátides se transformam em espermatozóides, esse processo inclui algumas mudanças como: 
 -A formação do acrossomo; condensação do núcleo; formação do colo, da porção media e da cauda; e perda da maior parte do citoplasma e dos corpos residuais.
 Os espermatozóides são transportados passivamente dos tubos seminíferos ao epidídimo, onde são armazenados e tornam maduros. O ducto deferente transporta os espermatozóides para a uretra.
· Ovogênese: Consiste na transformação das ovogônias em ovócitos.
 Esse processo de maturação começa durante o período fetal e termina após a puberdade (12 a 15 anos).
 Antes do nascimento as ovogônias aumentam de tamanho formando ovócitos primários. 
 Ao nascimento todos os ovócitos primários completaram a prófase da primeira divisão meiótica. Esses ovócitos permanecem em prófase ate a puberdade. Logo após a ovulação um ovócito termina a primeira divisão meiótica.
· Ao contrário do que ocorre na espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual, o ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro recebe pouco; esta pequena célula não funcional degenera logo. 
 Antes da ovulação o núcleo do ovócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas chega somente ate a metáfase, e a divisão é interrompida.
 A segunda divisão meiótica completada quando o ovócito secundário é fertilizado por um espermatozoide.
 A maior parte do citoplasma é retida pelo ovócito maduro (fertilizado) tornando a outra célula não funcional, que logo se degenera.
 
· Ciclo ovariano: O ciclo envolve a atividade do hipotálamo, encéfalo, hipófise, ovários, útero, tubas uterinas, vagina e glândulas mamariam. Este ciclo é mensal e prepara o sistema reprodutor para a gravidez. 
Células neurossecretoras do hipotálamo sintetizam o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) que estimula a liberação de LH e FSH que são produzidos pela adeno - hipófise e agem sobre o ovário.
· Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula o desenvolvimento de folículos ovarianos e a produção de estrógeno pelas células foliculares.
· Hormônio Luteinizante (LH): estimula a liberação de um ovócito secundário e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona. 
 
 
· Desenvolvimento folicular: é caracterizado pelo crescimento e diferenciação do ovócito primário, pela proliferação das células foliculares, pela formação da zona pelúcida e pelo desenvolvimento das tecas foliculares. 
Com o aumento do tamanho do folículo primário o tecido conjuntivo adjacente se organiza e forma uma cápsula – a teca folicular que se diferencia em duas camadas, uma interna vascularizada e granular, e outra externa conjuntiva semelhante a uma cápsula. Acredita-se que as células teçais produzam um fator de angiogênese que promove o crescimento dos vasos sanguíneos da teça interna.
· O desenvolvimento inicial dos folículos ovarianos é induzido pelo FSH e os estágios finais de maturação são estimulados pelo LH. Os folículos em crescimento produzem estrogênio, hormônio que regula o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutivos. A teca interna produz fluido folicular e algum estrogênio.
· Folículos ovarianos
· Primordiais: ovócito primário + camada única de células foliculares achatadas.
· Primários: ovócito primário aumentado (puberdade) + camada única de células foliculares cubóides.
· Em crescimento (secundário): várias camadas de células foliculares + antro + teca interna e externa.
· Maduro: morfologia oval com o ovócito primário deslocado lateralmente com presença de cumulus ooforus, localizado na margem do ovário. 
 
Primeira semana de desenvolvimento
Após a fecundação, inicia a clivagem que é uma serie de divisões mitóticas no zigoto resultando em um rápido aumento do número de células, ocorre quando o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. Durante a clivagem o zigoto ainda está dentro da zona pelúcida.
· Não disjunção de cromossomos: se ocorre a falha na separação das cromátides durante as divisões iniciais da clivagem do zigoto, forma um embrião com duas ou mais linhagens celulares com número de cromossomo diferente. Indivíduos nos quais está presente um mosaicismo numéricos são chamados de mosaicos.
Após o estágio de 8 células os blastômeros sofrem compactação formando uma bola de células. Quando já existem 12 a 15 blastômeros o ser humano em desenvolvimento é chamado de mórula. As células internas da mórula - embrioblasto - estão circundadas por uma camada de células achatadas que formam a massa celular externa – trofoblasto.
Quando o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida forma a cavidade blastocística. Como o fluido aumenta nessa cavidade, ele separa os blastômeros em 2 parte:
· O trofoblasto que é uma delgada camada celular externa que formara parte embrionária da placenta.
· O embrioblasto é uma massa celular interna que dará origem ao embrião, é um grupo de blastômeros localizados centralmente.
Após o blastocisto ter permanecido livre e suspenso nas secções uterinas por cerca de 2 dias, a zona pelúcida se degenera e desaparece e isso possibilita o crescimento do blastocisto. Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial, adjacente ao embrioblasto e o trofoblasto prolifera se diferenciando em 2 camadas:
· O citotrifoblasto: uma camada interna das células
· O sinciciotrofoblasto: uma camada externa que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada formada pela fusão de células sem limites celulares distinguíveis.
Os prolongamentos do sinciciotrofoblasto atravessam o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo do endométrio.
No fim da primeira semana o blastocisto está superficialmente implantado na camada compacta do endométrio e obtêm nutrição pelos tecidos maternos erodidos. O sinciciotrofoblastos produz enzimas que erodem os tecidos maternos possibilitando ao blastocisto se implantar no endométrio.
As células do tecido em torno do local da implantação acumulam glicogênio e lipídio – as células da decídua. Algumas delas degeneram e são englobadas pelo sinciciotrofoblasto fornecendo uma boa nutrição embrionária.
O sinciciotrofoblasto produz gonadotrofina coriônica humana (hCG) que entra no sangue materno e mantem a função endócrina do corpo lúteo no ovário durante a gravidez. Em torno de 7 dias surge uma camada de células chamada de hipoblasto na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística.
· Embriões anormais e abortamentos espontâneos: uma grande quantidade de zigotos, mórulas e blastocistos aborta espontaneamente. A implantação do blastocisto é um período crítico de desenvolvimento que pode falhar por cauda produção inadequada de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo. Pacientes que relatam que seu período menstrual, que foi desregulado durante vários dias, está com fluxo anormal, provavelmente essa paciente sofreu um aborto espontâneo precoce. Mais da metade dos casos de abortamento espontâneo precoce são decorrentes de anormalidades cromossômicas. A perda precoce de embriões, chamada gravidez desperdiçada, apresenta a eliminação de conceptos anormais que não se desenvolveram normalmente, uma forma de seleção natural.
 
Segunda semana do desenvolvimento.
A implantação do blastocisto inicia-se no sinal da primeira semana e completa-se durante a segunda semana. As estruturas embrionárias que se formam durante a segunda semana incluem a cavidade amniótica, o âmnio, o saco vitelino, o pedículo do embrião e o saco coriônico. 
Aparece uma pequena cavidade no embrioblasto, com a implantação do blastocisto, que é o primórdioda cavidade amniótica. Os amnioblastos se separam do epiblasto e se organiza para formar o âmnio que é uma membrana que envolve a cavidade amniótica.
Na medida em que ocorre a implantação do blastocisto surgem mudanças no embrioblasto, resultando na formação de um disco embrionário bi laminar achatado, com duas camadas: 
· O epiblasto: é a camada mais espessa, constituída de células colunares.
· O hipoblasto: constituído por células cuboides adjacentes a cavidade blastocistica. Forma o teto da cavidade exocelômica.
O disco embrionário origina as camadas germinativas que formam todos os tecidos e órgãos do embrião. 
As células que migraram do hipoblasto para formar a membrana exocelomica circundam a cavidade blastocística e revestem a superfície interna do citotrofoblasto. A membrana e a cavidade exocelomica se modificam rapidamente formando o saco vitelino primitivo. Assim que se forma o âmnio e saco vitelino primitivo, surgem lacunas no sinciciotrofoblasto que ficam preenchidas com uma mistura de sangue materno e restos celulares de gandulas uterinas erodidas. Esse fluido dos espaços lacunares chega ao disco embrionário por difusão (início da circulação uteroplacentária). Ramos arteriais e venosos maternos se comunicam com as lacunas dos sinciciotrofoblatso, o sangue oxigenado proveniente das artérias espiraladas do endométrio passa para as lacunas e o sangue desoxigenado é removido por meio das veias endometriais.
No 10º doa o concepto (embrião e membranas extraembrionários) está completamente implantado no endométrio. Durante cerca d e2 dias há uma falha no epitélio endometrial que é preenchido por um tampão, coágulo sanguíneo fibrinoso.
As células do endoderma do saco vitelino formam uma camada de tecido conjuntivo frouxo, o mesoderma extraembrionário que envolve o amnio e o saco vitelino. Enquanto ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário cresce e surgem espaços celômicos extraembrionários isolados no seu interior que se fundem e formam uma grande cavidade – celoma extraembrionário. 
 Esta cavidade preenchida por fluido envolve o âmnio e o saco vitelino, exceto onde estão aderidos ao corion pelo pedículo do embrião que representa o futuro cordão umbilical. Com a formação do celoma extraembrionário, o saco vitelino primitivo diminui de tamanho e um pequeno saco vitelino secundário é formado constituído de células endodérmicas extraembrionárias do hipoblasto para o interior do saco vitelino primitivo. O saco vitelino possui liquido podendo ter um papel de transferência de nutrientes para o embrião.
No fim da segunda semana surge vilosidades coriônicas primarias. A proliferação do citotrofoblasto produz massas celulares que se estendem para dentro do sinciciotrofoblasto criando projeções celulares que formam as vilosidades coriônicas primarias que são o primeiro estágio do desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta.
O celoma extraembrionário divide mesoderma extraembrionário em 2 camadas:
· Mesoderma somático extraembrionário que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio 
· Mesoderma explancnico extraembrionário que envolve o saco vitelino
O mesoderma somático e as duas camadas de tofoblasto formam o córion. O córion forma a parede do saco coriônico, no qual o embrião com o saco vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedículo. O celoma extraembrionário passou a ser chamado de cavidade coriônica.
No 14º dia o embrião ainda tem a forma de um disco embrionário bilaminar achatado, as células endodérmicas em uma região mais restrita são colunares e formam uma área circular espessa, a placa precordal, que indica o futuro local da boca e é um importante organizador da região da cabeça.
· Implantação extrauterina: os blastocistos podem se implantar fora do útero e isso resulta em gestações ectópicas, 96% das implantações ectópicas ocorrem na tuba uterina. Uma mulher com gravidez tubária apresenta sinais e sintomas de gravidez, também pode apresentar dor abdominal, sensibilidade, sangramento anormal e irritação do períneo. A dor pode ser confundida com apendicite se a implantação ocorrer do lado direito. A produção de hCG nesse caso ocorre mais lentamente do que em caso de gestação normal, por isso as dosagens em exames podem dar falso-negativo quando realizados muito cedo, por isso o ultrassom endovaginal se torna mais eficiente. Os casos de gravidez ectópica estão frequentemente relacionados a fatores que atrasam ou impedem o transporte do zigoto em clivagem da tuba para o útero. Geralmente, a gravidez ectópica tubaria leva a ruptura da tuba uterina causando hemorragia na cavidade abdominal durante as 8 primeiras semanas levando a morte do embrião e consequentemente coloca em risco a vida da mãe, a tuba afetada e o concepto são removidos cirurgicamente.
Quando o blastocisto se implanta no istmo da tuba uterina ela tende a romper precocemente por ser pouco expansível, resultando em sangramento extenso por causa das anastomoses entre vasos do ovário e útero.
Quando o blastocisto se implanta na região na porção intramural (uterina) da tuba ele pode evoluir até 8 semanas antes de ser expulso. Quando esse tipo de gravidez se rompe ocorre um sangramento profuso.
Os blastocistos que se implantaram na ampola ou nas fimbrias da tuba uterina podem ser expulsos para dentro da cavidade peritoneal e se implantam na bolsa retoutrina. Uma gravidez abdominal pode chegar a termo e o feto ser removido através de incisão abdominal. Geralmente esse caso cria uma seria condição porque adere aos órgãos abdominais e causa um sangramento intraperitoneal. Em casos muito raros, o concepto abdominal morre e não é detectado, o feto torna-se calcificado formando um “feto de pedra”.
· Placenta prévia: a implantação do blastocisto no segmento inferior no útero. A placenta cobre totalmente ou parcialmente o orifício, pode causar sangramento por causa da sua separação prematura durante a gravidez ou durante o parto.

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