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EMBRIOLOGIA Leticia Godoi Origem e formação dos gametas: CGP → Células germinativas primordiais; ● São partes do saco vitelino, após função, se estrangulam e formam o intestino do embrião) 1. SACO VITELINO (3° semana) → GÔNADA em desenvolv. (4 - 5° semana) → invadem o MESÊNQUIMA ( tecido embrionário primitivo); → Saco vitelino = saco germinativo = parede primordial; → MESÊNQUIMA : 3 folhetos embrionários: 1. Ectoderme; 2. Endoderme; 3. Mesoderme (intermediário) ● É um tecido conjuntivo embrionário primitivo, células mesenquimais e mesenquimatosas. → Gônada geneticamente determina a origem à linhagem gametogênica: ● Ovocitogênese; ● Espermatogênese. → Já se sabe se será ♀ ou ♂ OVOCITOGÊNESE: → Formação do gameta feminino; → Ocorre nos OVÁRIOS; CGP → OVOGÔNIAS (2n) → OVÓCITO I (2n) → OVÓCITO II (n) + 3 CORP. POLARES (n) 1. A transformação de CGP para OVOGÔNIAS é chamada de CITODIFERENCIAÇÃO; 2. A etapa de CGP até OVÓCITOS II (2n) ocorre do nascimento até a puberdade; 3. Os processos de transformação são caracterizados primeiro por uma mitose e depois por uma meiose; 4. Os CORP. POLARES têm a função de PREENCHIMENTO FOLICULAR. CORPÚSCULOS POLARES: 1. Entre os OVÓCITOS II e a Z ONA PELÚCIDA (camada de glicoproteínas) dos folículos maduros; 2. São eliminados do OVÁRIO com os OVÓCITOS II; 3. As CGP (2n) sofrem oito diferenciações na invasão dos ovários → OVOGÔNIAS (2n) → OVÓCITOS I (2n); 4. FOLÍCULO : cápsula com os ovócitos, possui um OVÓCITO II CENTRAL ; ● Córtex da superfície ovariana rompe e lança os ovócitos na tuba uterina, ocorre a formação do CORPO HEMORRÁGICO , que depois se torna CORPO LÚTEO ou GRAVÍDICO . OVÓCITOS I: → Envoltos por CÉLULAS EPITELIAIS ACHATADAS = FOLÍCULO PRIMORDIAL ; 1. NASCIMENTO: ovócitos I iniciam a PRÓFASE e passam pelo DIPLÓTENO ( repouso até a puberdade das fêmeas); 2. Ovócitos I permanecem em prófase e só finalizam a meiose com o início da puberdade IMO → Inibidor da maturação dos ovócitos; ● Produzido pelas células epiteliais (células foliculares) → FECUNDAÇÃO: 1. OVÓCITO II (meiose) → OVÓTIDE → ÓVULO; OVÓTIDE é um óvulo que sofreu citodiferenciação, acúmulo de material nutritivo; → A quantidade de VITELO caracteriza o tipo de zigoto; → Nenhum OVÓCITO I vai se formar após o nascimento; NASCIMENTO ATÉ A PUBERDADE: 1. Atresia dos ovócitos (degeneração dos ovócitos no ovário); PUBERDADE: 1. FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: crescem dos OVÓCITOS I, ocorre a formação da ZONA PELÚCIDA e diferenciação de CÉLULAS EPITELIAIS PLANAS/ ACHATADAS em CÚBICAS . ● Desenvolvimento folicular; 2. A camada de glicoproteínas da zona pelúcida serve de proteção e nutrição para os OVÓCITOS I; 3. Com o crescimento do folículo formam-se as TECAS : ● EXTERNA : fibrosa = proteção; ● INTERNA: secretora de hormônios como o Estrógeno e a Progesterona. 4. Espaços com líquido folicular = ANTRONS → FOLÍCULO SECUNDÁRIO; 5. CUMULUS OOPHORUS : células granulosas que circundam o ovócito I; ● Essas células são foliculares; (formato de cunha). → Função de puxar o ovócito do centro para a periferia do folículo e assim sair de sua superfície; 6. Folículo secundário madura → folículo terciário; 7. MEIOSE I se completa → ovócito II (n) + 3 corpúsculos polares (n); 8. MEIOSE II só se completa se o ovócito II for FERTILIZADO ; ● Sem fertilização ocorre a degeneração; ● A fertilização sempre ocorre na AMPOLA da TUBA UTERINA (oviduto). OVOCITAÇÃO: → É a RUPTURA DO FOLÍCULO TERCIÁRIO /maduro/pré ovulatório/de Graaf e em seguida a LIBERAÇÃO DO OVÓCITO II ; - Folículos com ovócitos múltiplos sofrem atresia e não chegam ao seu desenvolvimento total para ocorrer a ovocitação; ● CORPO LÚTEO: 1. Após a ruptura da parede ovariana e do folículo, o ovócito II é lançado no interior do oviduto; 2. São as células que não degeneram e sofrem alterações; 3. A LUTEINIZAÇÃO ocorre porque pela hipertrofia das células granulosas e tecais que se proliferam e acumulam pigmento lipídico amarelo; - Sem fertilização do ovócito II: CL sofre luteólise → CORPO ALBICANS (preenchimento com TCF); - Com fertilização do ovócito II: Forma-se o CORPO GRAVÍDICO (estrógeno e progesterona) e sofre degeneração quando a placenta passa a produzi-los 4. FSH e LH: adenohipófise (cél. basofílicas); 5. Folículo dominante produz inibina; 6. Folículos inibidos sofrem atresia; 7. Num próximo ciclo outros se desenvolvem; → Existem fêmeas: 1. UNÍPARAS: um único filho de cada vez; 2. 3. PLURÍPARAS: mais de um filho de cada vez; ESPERMATOGÊNESE: → Produção de gametas masculinos; ● Ocorre nos testículos; 1. PROCESSO: Células germinativas primordiais → espermatogônias (2n) → espermatócitos I (2n) → espermatócitos II (n) → espermátides (n) → sptz (n) - Na ESPERMIOGÊNESE participam núcleo, citoplasma, CG e centríolos; 1° SEMANA DE DESENVOLVIMENTO: → Da ovocitação à implantação ● OVOCITAÇÃO E FERTILIZAÇÃO: 1. O cumulus oophorus se reorganiza ao redor da zona pelúcida → COROA RADIADA ; → Fertilização é a fusão do gameta M e F na ampola da tuba uterina; - 1% dos sptz depositados na vagina chegam ao colo; 2. Movimentos dos sptz do colo → tuba: propulsão + mov. dos líquidos (cílios uterinos); 3. Os sptz não fertilizam os ovócitos II logo que chegam ao trato genital F: ● CAPACITAÇÃO + REAÇÃO ACROSSÔMICA; CAPACITAÇÃO: → Período de condicionamento no trato F (7h); Localização: tuba uterina; - Interações epiteliais entre o sptz e a mucosa da tuba. 4. Remoção da capa glicoproteica e proteínas do plasma seminal (região do acrossomo) → CAPACITADOS ; ACROSSOMO: → Diferenciação do CG na espermiogênese; REAÇÃO ACROSSÔMICA: 1. Após a ligação à zona pelúcida; 2. Induzida por proteínas da ZP; → Ocorre a liberação de hialuronidase e acrosina, necessárias para a penetração na zona; HIALURONIDASE: dissolução da COROA RADIADA; ACROSINA: fenda na ZONA PELÚCIDA. FASES DA FERTILIZAÇÃO: FASE 1: penetração na CR; FASE 2: penetração na ZP; FASE 3: fusão entre a MP do sptz com a do ovócito II; → 200-300 mi no trato reprodutivo → 300-500 chegam na ampola e apenas 1 fertiliza o ovócito II. REAÇÃO ZONAL: → Ruptura da ZP para a penetração do sptz; - Ocorre a reconstituição da ZP para que não entrem mais sptz; POLISPERMIA : aberração numérica de cromossomos = aborto prematuro; ÓVULO: → Óvulo acumula no citoplasma e forma o VITELO; ● MAMÍFEROS: Pequena quantidade de vitelo, bem distribuída → OLIGOLÉCITOS ; ● PEIXES E ANFÍBIOS: -MEDIALÉCITOS; ● RÉPTEIS E AVES: - MEGALÉCITOS. CLIVAGEM/SEGMENTAÇÃO: → É a divisão mitótica que ocorre no zigoto; → Há a formação de blastômeros (resultado da divisão do ovo fertilizado durante o desenvolvimento embrionário); ● HOLOBLÁSTICA: - Ouriço, anfioxo, homem, anfíbios; ● MEROBLÁSTICA: - Répteis, aves, insetos e peixes teleósteos; - A clivagem se resume ao núcleo do ovo. MORULAÇÃO: → Processo sequencial de clivagem do ovo, com sucessivas mitoses = agregado de blastômeros compactados = MÓRULA ; 1. A mórula surge por diferenciação celular: Cél. centrais (embrião) → XX (F) / XY (M) → Cél. periféricas (placenta). ● 4° DIA APÓS A FECUNDAÇÃO: 1. A mórula sofre cavitação ( BLASTOCELE ); 2. Perde a ZP e faz um arranjo celular = TROFOBLASTO ; BLASTOCELE: ● ORIGEM: Secreção uterina + mórula + massa celular interna (nó embrionário/embrioblasto); TROFOBLASTO: placenta diferenciada; EMBRIOBLASTO: embrião, nó embrionário BLASTOCISTO: estrutura cavitada. IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO: ● 5° DIA: - Trofoblasto + embrioblasto + blastocele; ● 6° DIA: - Massa celular externa cheia de núcleos, resultante da fusão de cél. do trofoblasto; - SINCICIOTROFOBLASTO : → IMPLANTAÇÃO: 1. Lesão do epitélio uterino, das glândulas endometriais e dos vasos; 2. útero na fase secretora recebe o blastocisto; 3. Cornos uterinos: 4. Ovário, tuba, corpo ou colo: ectópica anormal - Quando a gravidez ocorre fora do útero. Lembrar: implantação do blastocisto e gestação ocorre na mucosa dos cornos uterinos dos animais domésticos; ÚTERO DA VACA: 2° SEMANA DE DESENVOLVIMENTO: → Onde o embrião é denominado disco germinativo bilaminar; - Ocorre uma diferenciação do embrioblasto; 1. Formação dos 2 primeiros folhetos embrionários e diferenciação por maturação gradativa; EMBRIOBLASTO → cél. colunares: EPIBLASTO/ECTOBLASTO → ectoderma; CÉL. CÚBICAS→ HIPO e ENDOBLASTO → ectoderma ● AMNIOGÊNESE: → Formação da CAVIDADE AMNIÓTICA: - Modificações que o embrioblasto sofre; - A região da blástula onde encontra-se o nó embrionário, forma 2 folhetos germinativos; - o embrioblasto se diferencia em cél. colunares altas → EPIBLASTO; - se diferencia também em cél. cúbicas e baixas → HIPOBLASTO 1. Revestida por cél. planas → âmnio + epiblasto; 2. Mamíferos: desde a blastulação; 3. Aves: após a gastrulação e organogênese (período de formação de tecidos e órgãos); - Cavidade aumenta com o desenvolvimento embrionário e o amnioblasto secreta líquido amniótico (responsável por proteger e evitar a dessecação/desidratação do embrião); - 2° semana - bilaminar → 3° semana - trilaminar; - o embrião a partir da 2° semana vai estar banhado pelo líquido amniótico; ● no início da gravidez o líquido amniótico é muito parecido com o plasma materno, é um ultrafiltrado do plasma da mãe; ● com o avançar da gravidez o feto tende a mudar a composição do líquido, pois ele ingere e excreta a urina hipotônica; ● com o avançar da gestação o líquido amniótico tem uma composição de 98% água, 0,1 a 0,2% de sódio, glicose, eletrólitos, hormônios, enzimas, proteínas, ureia, creatinina e ácido úrico e cél. epiteliais e fetais descamadas. 8° DIA DE DESENVOLVIMENTO → Sobre o embrioblasto (que já está diferenciado em epi e hipoblasto), o trofoblasto (placenta primitiva) se diferencia em 2 camadas: 1. CITOTROFOBLASTO: - interno e também possui células mononucleadas; - mais próximo do embrião; 2. SINCICIOTROFOBLASTO: - externo, multinucleado, sem limites nítidos; - é a região do trofoblasto que está mais próxima do endométrio, da mucosa dos cornos uterinos que é onde ocorre a implantação do blastocisto. ● CITOTROFOBLASTO (mitoses) → migram sinciciotrofoblastos: fusão das cél. que perdem suas membranas; ● Endométrio edemaciado (inchado) e vascularizado; ● Glândulas grandes e tortuosas secretam glicogênio e muco → glândulas endometriais; - pois logo o blastocisto irá se implantar nos cornos, para que a gestação venha a ocorrer e avançar; 9° DIA DE DESENVOLVIMENTO: 1. Blastocisto mais profundamente fixado ao endométrio; 2. lesão no epitélio → coágulo de fibrina; - devido a fixação do embrião; 3. Vacúolos no sincício → fusão → grandes lacunas: ESTÁGIO LACUNAR; 4. Membrana exocelômica (de Heuser): fina, formada por cél. cubóides do hipoblasto, reveste a superfície do citotrofoblasto; 5. Membrana de Heuser + hipoblasto = SACO VITELINO PRIMITIVO; → → Todas essas estruturas farão parte da placenta definitiva posteriormente; 11° e 12° DIA DE DESENVOLVIMENTO: 1. Blastocisto internamente fixado no endométrio; - já é disco germinativo bilaminar; 2. Sinciciotrofoblasto (que está no seu estágio lacunar) penetra mais profundamente no endométrio → erosão no endométrio; 3. Capilares maternos (congestionados e dilatados): sinusóides; 4. Lacunas sinciciais contínuas aos sinusóides (vasos congestionados de sangue e por isso são dilatados) → circulação uteroplacentária (entre os sinusóides, os vasos sang. do endométrio da mãe e a placenta primitiva (sinciciotrofoblasto); 5. Mesoderma extra embrionário: camada de TCF e fino originado do citotrofoblasto, que envolve o âmnio e o saco vitelino; 6. Crescimento do disco é lento quando comparado ao trofoblasto; 7. Reação decidual: endométrio com células poliédricas, repleta de lipídeos e glicogênio (dão energia ao embrião) edemaciado (útero está inchado porque está numa fase secretora intensa). No local da implantação e depois no endométrio; 13° DIA DE DESENVOLVIMENTO: 1. Ocasionalmente sangramento no local da implantação (maior fluxo para as lacunas); - já que se tem lesões do tecido e assim podem ocorrer lesões de sinusóides, capilares que estão dilatados; - maior fluxo pois se estabelece uma relação de circulação útero placentária; 2. Trofoblasto com estrutura vilosa; - projeções, vilos, que começam a originar o córion (estrutura que faz parte da placenta definitiva); 3° SEMANA DE DESENVOLVIMENTO → Disco germinativo trilaminar; ● 3 eventos principais: 1. Aparecimento da linha primitiva; 2. Desenvolvimento da notocorda; 3. Diferenciação dos 3 folhetos germinativos: - ectoderma; - mesoderma; - endoderma. ● GASTRULAÇÃO: → Embrião passa da fase de blástula para a gástrula, processo formativo pelo qual as 3 camadas germinativas e a orientação axial (eixo central do corpo) são estabelecidas nos embriões; - o disco BILAMINAR se transforma em TRILAMINAR ; → Início da MORFOGÊNESE → desenvolvimento da forma do corpo do embrião ● LINHA PRIMITIVA: → No início da 3° semana, como um espessamento na linha médiado epiblasto (camada mais externa, superficial do embrião), na extremidade caudal do disco germinativo (ainda bilaminar); - as cél. do epiblasto dão origem a todas as 3 camadas germinativas; - as cél. mesenquimais originária da linha primitiva são as que dão origem ao 3° folheto embrionário; - a linha primitiva inicia a produção de cél. mesenquimais, o EPIBLASTO passa a se chamar ECTODERMA embrionário, e o HIPOBLASTO de ENDODERMA; ● ENDODERMA EMBRIONÁRIO: → É a fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e trato digestório; ● MESODERMA EMBRIONÁRIO: → Dá origem aos músculos lisos e estriados, ao TC, ao SIST. CARDIOVASCULAR , é fonte de cél. sanguíneas e da medula óssea, do esqueleto, dos órgãos reprodutores e de excreção; ● ECTODERMA EMBRIONÁRIO: → Origina a epiderme, o sistema nervosa central e periférico, a retina e várias outras estruturas; - Ao final da 3° semana, existe mesoderma entre o ectoderma e endoderma em toda a extensão, exceto na membrana orofaríngea, na linha média (notocorda) e na membrana cloacal; PROCESSO NOTOCORDAL: → Cél. mesenquimais provenientes do nó primitivo formam o PROCESSO NOTOCORDAL , que se estende cranialmente a partir do nó, entre o ectoderma e o endoderma; 1. O processo notocordal vai do nó primitivo até a placa precordal (extremidade cranial do embrião onde se encontra a membrana bucofaríngea); 2. Processo → placa notocordal, que dobra-se para formar a notocorda; 3. NOTOCORDA: Forma o eixo primitivo do embrião, em torno do qual se constituirá o embrião; - tubo de cél. mesenquimais; ● DESENVOLVIMENTO: 1. Cél. mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitiva formando o processo notocordal; 2. Processo adquire luz → CANAL NOTOCORDAL; 3. Processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e endoderma até alcançar a placa precordal; 4. Placa precordal é o primórdio da membrana bucofaríngea; 5. Algumas cél. mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal migram em sentido lateralmente e cranialmente até atingirem as margens do disco embrionário; 6. Caudalmente à linha primitiva se forma a MEMBRANA CLOACAL ; ● Funções da notocorda: 1. Define o eixo primitivo dando certa rigidez ao embrião; 2. Base para o desenvolvimento do esqueleto axial (cabeça + coluna +costela + esterno hioide); 3. Indica local dos futuros corpos vertebrais. ALANTOIDE: 1. 16° DIA; 2. Membrana embrionária de aves, répteis e mamíferos; 3. Vesícula ligada ao intestino; 4. Remove e armazena excretas; 5. Mamíferos → vasos auxiliam no desenvolvimento da placenta; PERÍODO EMBRIONÁRIO / ORGANOGÊNESE: → Onde ocorre o desenvolvimento dos principais órgãos e tecidos do embrião; ● Período de organogênese: 1. Compreende da 4° a 8° semana de desenvolvimento embrionário; 2. Os 3 folhetos germinativos: → Ectoderma + mesoderma + endoderma vão originar a grande maioria dos tecidos e órgãos que compõem o corpo dos animais domésticos; 3. No final do período os principais órgãos e sistemas se estabeleceram; 4. Também se desenvolvem as características da forma externa do corpo → morfogênese continua nesse período. DERIVADOS DA ECTODERME: → A ectoderme é o folheto germinativo mais externo, superficial; 1. Aparecimento da notocorda, que foi a partir do nó primitivo na 3° semana de desenvolvimento → ectoderma sofre espessamento e origina a PLACA NEURAL ; - Início da formação do SNC do embrião; ● As cél da ectoderme que formam a placa neural sobre a notocorda formam a NEUROECTODERMA , e ocorre o desenvolvimento do processo → NEURULAÇÃO; NEURULAÇÃO: 1. Formação da placa e pregas neurais resultando no TUBO NEURAL; - As pregas neurais vão se elevar e se fundir na linha média, assim formam o tubo neural; 2. O embrião é denominado NÊURULA: → Na 3° semana de desenvolvimento o embrião era GÁSTRULA , com o desenvolvimento de placa, pregas e tubo neural é chamado de NÊURULA ; 3. As bordas laterais da placa neural se elevam e formam as pregas neurais. → A placa neural é um espessamento da ectoderma dorsal à notocorda; - Primórdio do desenvolvimento do SNC no embrião; 4. Pregas neurais aproximam-se e se fundem na linha média; 5. Fusão inicia-se na região cervical e segue cranial e caudalmente; 6. Extremidades cranial e caudal do tubo neural comunicam-se com a cavidade amniótica → neuroporos anterior, cranialmente (se fecha no 25º dia) e caudalmente, posterior ( se fecha no 27º dia); 7. Com o fechamento dos neuroporos→ NEURULAÇÃO se completa; 8. SNC: nessa fase é representado por uma estrutura tubular fechada, pois os neuroporos já se fechara,; 9. PARTE CRANIAL: vesículas encefálicas (larga); 10. PARTE CAUDAL: medula espinhal (estreita); SOMITOS: 1. O mesoderma ao redor, nas laterais da notocorda, diferencia-se em SOMITOS; 2. Esses somitos são estruturas que vão formar a derme, hipoderme, coluna, base do crânio e MEE (musc estriados esqueléticos) torácicos e abdominais. FECHAMENTO DO EMBRIÃO: → Dobramento gradativo com o saco amniótico envolvendo-o completamente; - O saco amniótico é uma das porções da placenta primitiva; 1. Saco vitelino se estrangula e forma um tubo endodérmico ao longo do embrião (membranas); 2. Tubo (endodérmico), resultante do estrangulamento do SV constitui o intestino primitivo; → Inicialmente o intestino apresenta 3 partes: anterior, média e posterior; - Com o desenvolvimento embrionário e posteriormente o fetal é que o intestino sofre as subdivisões de intestino delgado (duodeno, jejuno, íleo), que se alarga e forma o intestino grosso (ceco, cólon (maior, menor, transverso) reto e ânus); 3. Tubos endocárdicos se aproximam e se fundem na cavidade torácica → tubo único (área cardíaca), que corresponde à coração, veias, artérias, vasos linfáticos; 4. A membrana bucofaríngea (que fica na extremidade cranial do embrião) se rompe e o embrião ingere líquido amniótico (SN). DESENVOLVIMENTO SOMÍTICO: 1. Somitos se diferenciam em: ESCLERÓTOMO, DERMÁTOMO e MIÓTOMO ; 2. Ocorre em razão da interação celular dos somitos com a notocorda e o tubo neural (dorsalmente à notocorda) 3. ESCLERÓTOMO → quando as células migram em direção ao tubo neural e notocorda originando cartilagens hialina e fibrosa; 4. TUBO NEURAL: as cél que se direcionam para o tubo neural vão formar os ossos da base do crânio → região ventral de occipital, esfenóide (corpo e asas) e porção mais ventral do temporal; → As articulações em meio à esses ossos ocorrem por meio da união pelacartilagem hialina → sincondroses; 5. NOTOCORDA: as cél que se direcionam para a notocorda vão originar os discos intervertebrais a partir da cartilagem fibrosa; → A notocorda é futuramente o corpo das vértebras e os discos intervertebrais que se localizam entre o corpo de uma vértebra e outra → essas articulações são chamadas de sínfises 6. DERMÁTOMO: derme (camada intermediária da pele) e hipoderme (camada subcutânea do embrião) formada principalmente por tecido fibroso e adiposo; 7. MIÓTOMO: musculatura da coluna (músculos que envolvem as vértebras como o longuíssimo lombar e, psoas maior e menor) musculatura que forma a parede torácica, abdominal, músculos extrínsecos e intrínsecos da língua e os músculos bulbares do olho (movimentação do globo ocular); DESENVOLVIMENTO DO TUBO NEURAL: 1. Final da 4ª semana na região cranial: → Formam-se 3 vesículas → PROSENCÉFALO, MESENCÉFALO e ROMBENCÉFALO ; 2. Formam-se após o fechamento dos neuroporos. ● PROSENCÉFALO: - vesícula bem cranial e larga do encéfalo; ● MESENCÉFALO: - porção média do encéfalo; ● ROMBENCÉFALO: - porção mais caudal do encéfalo. FORMAÇÃO DOS MEMBROS: 1. Inicia-se na 4ª semana de desenvolvimento; 2. Ocorre através da proliferação celular do mesoderma lateral; → O ectoderma (que está sobre o mesoderma lateral) sofre espessamento e forma a CRISTA ECTODÉRMICA APICAL (controla o desenvolvimento dos membros torácicos e pélvicos). 3. Espaços interdigitais: para formá-los ocorre a morte celular que é em fato biologicamente programada, por um elemento indutor (um gen); → Inicialmente entre um dedo e outro existe uma membrana interdigital, e para ocorrer a individualização dos dedos ocorre essa morte celular. 4. Mesoderma produz um fator de manutenção da crista; → Crista ectodérmica apical que é o espessamento da ectoderma dorsal ao membro que é responsável pelo controle do desenvolvimento desse membro 5. Cessa a produção do fator de manutenção da crista e ocorre a degeneração e morte celular nos espaços interdigitais 6. Morfologia geral do membro, depende do mesoderma lateral do embrião que é o formador do broto do membro FORMAÇÃO DOS MEMBROS/ETAPAS: 1. Surgimento do broto dos membros: - através da proliferação de células do mesoderma lateral do embrião; 2. Estruturação em “remo” ou “pá”: - formato que o membro apresenta primeiramente; 3. Aparecimento dos raios digitais: - aparecem os dígitos dos embriões; 4. Surgimento de reentrâncias entre os raios: - aparecimento de um leve espaço entre os dígitos; 5. Aparecimento de membranas interdigitais: → depois ocorre a morte celular biologicamente programada as membranas interdigitais desapareçam e ocorra a 6° etapa 6. Individualização dos dedos. PERÍODO FETAL E PARTURIÇÃO: 1. 9ª semana ao final da gestação: - o embrião passa a ser chamado de feto; 2. Genitália externa (fim do 3º mês); - identificação de sexo do feto; 3. CRESCIMENTO E ↑ DE PESO FETAL; - crescimento e ganho de peso fetal; 4. 6 cm→ 46 cm (9ª semana→ 38ª semana); 5. 14g → 3,4 Kg; 6. Características aperfeiçoadas: - características fenotípicas 7. Unhas mãos e pés → 10ª e 14ª semana; 8. Intestinos→ abdominal e pélvica: já haviam se formado pelo estrangulamento do saco embrionário já se estabelecem dentro da CA e CP; PERÍODO FETAL: 1. 5º MÊS → glândulas sebáceas → vérnix caseoso (envernizado); → uma secreção branca e gordurosa composta por cél. epiteliais, secreção de gl. sebáceas e gordura e lanugem (lanugo, que é um pelo bem fino que recobre a pele dos embriões); - Esse vérnix caseoso protege a pele do feto contra microrganismos, infecções bacterianas, fúngicas e virais e auxilia na termorregulação → Nesse período o animal já tem toda a parte de pele formada (derme, hipoderme, epiderme…) e os anexos cutâneos já estão sendo formados (gl sudoríparas, sebáceas, unhas); 2. Cabelos e lanugo; 3. Formação e distribuição do tecido adiposo (frio excessivo); 4. 38ª semana→ unhas grandes, testículos na bolsa escrotal/anel inguinal, olhos abrem e fecham. DETERMINAÇÃO DA IDADE FETAL: 1. ULTRASSONOGRAFIA → idade aproximada e desenvolvimento; - Para saber a idade, normalmente é pelo comprimento do pé ou também o comprimento da cabeça até o coxi (região de primeiras vértebras sacrais e vértebras caudais) PERÍODO GESTACIONAL: → Inicia-se com a fecundação e formação do zigoto e finaliza-se no parto; ● VARIABILIDADE COM A RAÇA : 1. Vaca → 278 a 293 dias; 2. Égua → 330 a 345 dias; 3. Ovelha → 144 a 151 dias; 4. Cabra → 146 a 151 dias; 5. Porca → 112 a 115 dias; 6. Cadela → 59 a 68 dias; 7. Gata → 58 a 65 dias; 8. Coelha → 30 a 32 dias. - A raça e o sexo dos fetos alteram o período gestacional; - Égua e vaca → feto♂, gestação mais longa; - Ovelha→ sexo fetal não afeta o período de prenhez; - ↑ número de filhotes→ ↓ o período. PARTO: 1. Processo de eliminação do concepto (feto + anexos); 2. CESARIANA: parto oferece riscos à gestante e ao feto; 3. PARTO NORMAL: + aconselhado (decúbito dorsal/de cócoras/dentro d’água). FASES DO PARTO: 1. Dilatação progressiva do colo (cérvix): → início das contrações regulares e dolorosas do miométrio, que é o músculo na camada intermediária que compõe o útero (intervalos de 10 minutos até 1 minuto); 2. Dilatação total do colo uterino, então a cérvix dilata e expulsão do feto; 3. Nascimento e expulsão da placenta e membranas fetais; 4. Inicia-se assim que a placenta e membranas fetais são eliminadas. ● Após o nascimento, iniciam-se novas contrações → vasoconstricção das artérias do endométrio → evita grandes hemorragias; → Diminui o fluxo sanguíneo dessas artérias; ● Dilatação do colo: 12h (primíparas) e 7h (multíparas); Expulsão fetal: 50 minutos (primíparas) e 20 min. (multíparas); ● Eliminação da placenta: 30 minutos e 15 min.; ● Vasoconstrição: 2h. PA ● Ovelha (5 dias) e vaca (3 a 4 semanas) antes do parto: 1. ↓ progesterona (responsável pela manutenção da gestação e que é produzido pelo corpo lúteo, principalmente o gravídico e placenta) ; 2. ↑ estrogênio (secretado e produzido pelos folículos ovarianos e pelo corpo lúteo) ● ↑ estrogênio estimula a síntese de proteínas contráteis e a formação de junções entre as fibras musculares lisas do miométrio; → Assim se inicia a 1° fase do parto com as contrações regulares e dolorosas do miométrio ● Desenvolvimento de contrações vigorosas. ● Endométrio secreta e libera PROSTAGLANDINA F2 ALFA (produzido e secretado pelo próprio útero) importante para a expulsãofetal; ● Liberação da prostaglandina inicia-se com a estimulação de estrógeno/ocitocina (secretada pelo hipotálamo e armazenada pela neurohipófise na porção posterior da neurohipófise), → importante também para a liberação do colostro; ● ↑ da contração do miométrio. ● Feto entra no canal pélvico (pressiona a medula espinhal) → impulsos da medula espinhal→ hipotálamo libera OCITOCINA (para aumentar as contrações do miométrio); ● RELAXINA: relaxa o colo (cérvix uterina) e amolece tecidos adjacentes ao canal pélvico, facilitando o parto; - Hormônio produzido pelo corpo lúteo e placenta. PLACENTAÇÃO NOS A. DOMÉSTICOS: ● FORMAÇÃO DA PLACENTA: 1. Órgão transitório: → Apenas no período gestacional; 2. Exclusivo de ♀ gestantes; → Composta por duas porções: FETAL → SACO CORIÔNICO (envoltório mais externo da placenta); MATERNA → ENDOMÉTRIO (revestimento uterino) 3. Cresce proporcional ao feto; 4. Na placenta ocorre troca de nutrientes, trocas respiratórias e eliminação de resíduos; 5. Inicia-se no final da 1ª semana (implantação da blástula) → sinciciotrofoblasto começa a formar estruturas digitiformes que são os primórdios das vilosidades coriônicas (externamente no córion e com contato direto com o endométrio) → lacunas (2ª semana); → Início da circulação uteroplacentária (1° e 2° semana de desenvolvimento); FORMAÇÃO DA PLACENTA: 1. Modificações na parede uterina que resulta em envoltórios; → Ao total são 4 envoltórios: 1. CÓRION → reveste externamente o embrião com as vilosidades e estruturas coriônicas; 2. ALANTÓIDE → vesícula que remove e armazena excretas; 3. ÂMNION → envolve diretamente o embrião, tem um contato mais íntimo com o embrião e posteriormente o feto 4. SACO VITELINO → nutre inicialmente o embrião e depois com o desenv. embrionário se estrangula e forma o intestino primitivo que se divide primeiramente em 3 partes (anterior, média, posterior); ESTRUTURA DA PLACENTA: 1. Saco membranoso, apresenta várias camadas (4 envoltórios) e é preenchido com fluido (líquido amniótico); 2. Envolve o embrião e se conecta a ele pelo cordão umbilical; 3. Camada mais externa (saco coriônico) prende-se ao endométrio (parte materna); 4. No contato entre saco coriônico e endométrio ocorre a troca real de nutrientes e resíduos entre as circulações (materna e fetal); 5. Os vasos sanguíneos da mãe e do feto são separados mas apresentam contato muito próximo; 6. Córion se prende ao revestimento do útero, os vasos fenestrados, tanto os fetais quanto os maternos, se entrelaçam → TROCAS (nutricionais e respiratórias entre mãe e feto); TIPOS DE PLACENTA: 1. ADECÍDUA → no parto não há perda de porções do endométrio; - Parto sem hemorragias; - Aproximação entre tecidos materno e embrionário; - Erosão mínima → há uma aproximação entre córion e endométrio mas não muito grande então quando a placenta se desprende, a erosão do endométrio é mínima, por isso o parto também não é hemorrágico; → Ocorre em: ● PORCA; ● ÉGUA; ● RUMINANTES. 2. DECÍDUA → na formação, endométrio e córion sofrem erosões e se fundem, a parte materna e saco coriônico se conectam muito fortemente; - União e destruição intensas; - Eliminada no parto com perda de endométrio; → Ocorre em: ● PRIMATAS; ● CARNÍVORAS; ● ROEDORAS. 3. CORIÔNICA → temporária, formada por ocasião da implantação; - Trofoblasto desenvolve uma (não possui vasos sanguíneos) camada avascular, que absorve nutrientes do endométrio (leite uterino, que é uma secreção produzida pelas glândulas na fase de implantação da blástula), até que a definitiva se forme. 4. CORIOALANTOIDEANA → definitiva; - 4 envoltórios bem formados; → Classificação quanto: TIPO DE INSERÇÃO: - Distribuição das vilosidades: 1. DIFUSA: - locais de inserção espalhados de forma difusa por todo o córion e endométrio; - presa frouxamente ao endométrio, descola facilmente durante o nascimento; - Égua e porca. 2. COTILEDONÁRIA: - Vilosidades se agrupam e formam os cotilédones que se unem às carúnculas; - As carúnculas são projeções do endométrio que ocorrem principalmente nos cornos uterinos e corpo do útero; - Cotilédone + carúncula formam o placentoma; - RUMINANTES; 3. ZONÁRIA: - Chamada também de placenta anular/circular; - As vilosidades se agrupam e circundam a região média do córion, formando um cinturão; - CARNÍVORAS. - HEMATOMAS MARGINAIS → corresponde à região onde se formam o cinturão e é uma região de extravasamento sanguíneo das cadelas; - LÓQUIO : descarga uterina (secretada através da vulva) → muco + sangue + restos de envoltórios e líquidos fetais (principalmente o líquido amniótico) + tecidos maternos; → Impregnação por UTEROVERDINA, produzida nos hematomas marginais devido a degradação da hemoglobina (extravasamento sanguíneo) → biliverdina (uteroverdida) → bilirrubina. 4. DISCOIDAL: - Vilosidades se agrupam em discos, em uma ou mais regiões; - MULHERES, PRIMATAS e ROEDORAS. CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA: ● Histologia: → Nº de camadas teciduais, que separam a circulação materna da fetal; → Denominadas em função das barreiras placentárias; 1. HEMOCORIAL: → Tem um menor número de camadas teciduais entre mãe e feto; - Endotélio embrionário/fetal (vasos sanguíneos) + vilosidade coriônica - Destruição do endotélio vascular materno intensa - Sangue materno fica banhando diretamente o córion, tem contato intenso; - Mulher, primata, roedoras e coelha. 2. ENDOTELIOCORIAL: - Endotélio embrionário/ fetal + vilosidade coriônica + endotélio materno; - Endotélio materno tem contato direto com o córion (vaso sanguíneo materno encostando no córion); - Carnívoras. 3. EPITELIOCORIAL: → Tipo de placenta com o maior n° de camadas teciduais entre mãe e feto: → Endotélio embrionário/fetal + vilosidade coriônica + endotélio materno + conjuntivo endometrial + epitélio uterino; - Contato entre córion e epitélio uterino; - Égua, vaca e porca.
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