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EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 25ª VARA FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL. Processo nº: 0037002-28.2017.4.01.3400 PATRÍCIA ADRIANO DE LIMA, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, por intermédio dos advogados do Núcleo de Prática Jurídica – NPJ/UDF, inconformada com a sentença que julgou improcedente o pedido inicial, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 41 e ss. da Lei nº 9099/95, interpor o presente RECURSO INOMINADO Face à sentença disponibilizada no DJE de 30/04/2018 cujo vencimento ocorre em 01/06/18, bem como a remessa das inclusas razões à Turma Recursal para reexame da lide. Nesses termos, requer deferimento. Brasília, 22 de maio de 2018. MARIO HERMES DA COSTA E SILVA OAB/DF 12.454 NPJ/UDF JULLYANA MORAIS DE MELO NPJ/UDF EGRÉGIO PRESIDENTE DA COLENDA TURMA RECURSAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL. Recorrente: Patrícia Adriano de Lima Recorrido: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. RESUMO DOS FATOS Trata-se ação proposta por PATRÍCIA ADRIANO DE LIMA onde requer a concessão de auxílio-doença, e consequente conversão em aposentadoria por invalidez, por ser portadora de esquizofrenia tipo paranoide. Houve perícia médica judicial, conforme Laudo médico registrado em 26/02/2018. A autora é portadora de esquizofrenia com alucinações, conforme os laudos médicos anexados juntamente com a Petição Inicial. A avaliação médica pericial realizada constatou que não havia incapacidade para o exercício da profissão pela autora, ora recorrente. Dessa forma, entendeu o Ilustre Juiz Federal ao proferir sentença que a conclusão do laudo médico pericial deveria prevalecer, julgando improcedentes os pedidos contidos na Petição Inicial. Razão pela qual a requerente interpõe o presente recurso inominado. DAS RAZÕES DO MÉRITO A perícia médica realizada atentou-se apenas para as condições físicas da recorrente ( boa aparência, higiene), ignorando os aspectos da saúde mental. Portanto, entende-se que não houve a devida produção de prova pericial, tendo em vista que o laudo médico desconsiderou todos os quesitos específicos para análise psiquiátrica, fl. 8 do LAUDO MÉDICO PERICIAL.Houve inclusive requerimento de nova perícia, todavia, foi indeferido tal requerimento por parte do Juiz Federal. Ora, não se pode atestar a capacidade/incapacidade laboral de uma pessoa portadora de patologia cerebral crônica sem considerar o seu estado mental. Logo, o laudo médico pericial, realizado por perito judiciário, é nulo, devido a inobservância do estado mental da recorrente. Pondera-se ainda, contradição no parecer do laudo médico pericial, vejamos: “No caso periciado, conforme acima exposto, segundo a história da doença, sua evolução, relatórios médicos e exame psíquico, todos esses harmônicos entre si, NÃO foram evidenciados elementos médicos psiquiátricos que indicam a presença de incapacidade laboral.” A perita constata harmonia entre a evolução da doença, relatórios médicos e exames psíquicos os quais atestam a esquizofrenia tipo paranoica, ou seja, não nega a inexistência da patologia, mas não evidencia elementos de incapacidade laboral. Por certo, é de conhecimento comum do homem médio que uma pessoa com distúrbio que afeta sua capacidade de pensar e se comportar com clareza não possuí plenas condições para executar atividades cotidianas, tanto sociais como laboral. Ante ao exposto, o laudo pericial não pode prosperar, pois observa-se sua incompletude na omissão quanto aos quesitos da alienação mental da recorrente e imprecisão do parecer, devendo ser anulado, para que nova perícia seja realizada, considerando os aspectos mentais e não os físicos, já que se trata de distúrbio psíquico. DO PROVIMENTO RECURSAL Diante do acima exposto, requer o seguinte: a) o conhecimento e provimento do presente recurso, acolhendo as razões do recurso, a fim de anular a sentença e determinar assim a realização de nova perícia médica judicial; b) Alternativamente, a procedência dos pedidos constantes na inicial, para conceder o auxílio-doença nos termos do artigo 59 da Lei 8.213/91; c) a concessão da gratuidade judicial, com base no artigo 98 do CPC por ser a recorrente pessoa hipossuficiente e neste ato representada por Núcleo de Prática Jurídica. d) Que as publicações e intimações ocorram em nome do NPJ/UDF via E-Cint. Nestes termos, requer deferimento. Brasília, 22 de maio de 2018. MÁRIO HERMES DA COSTA E SILVA OAB/DF 12.454 NPJ/UDF. JULLYANA MORAIS DE MELO NPJ/UDF Centro Universitário do Distrito Federal Núcleo de Práticas Jurídicas – JEF SEPN 510, Bloco “C”, lote 08 – Ed. Cidade de Cabo Frio. www.udf.edu.br Centro Universitário do Distrito Federal Núcleo de Práticas Jurídicas – JEF SEPN 510, Bloco “C”, lote 08 – Ed. Cidade de Cabo Frio. www.udf.edu.br
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