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APOSTILA DE DIREITO ADMINISTRATIVO - PROF EVANDRO ZILLMER

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 2 
 
 
SUMÁRIO 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................... 3 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................... 28 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA ...................................................... 72 
PODERES ADMINISTRATIVOS ............................................................................... 109 
ATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................... 134 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................ 180 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................... 208 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/1992 ........................................ 246 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 3 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1 - ESTADO 
Pessoa Jurídica de Direito Público, capaz de adquirir direitos e obrigações. O conceito de 
Estado não é fixo no tempo ou no espaço. A figura do Estado só se faz presente a partir da 
constituição, nessa ordem, por um POVO, por um TERRITÓRIO e por um GOVERNO 
SOBERANO. 
 
OBS: alguns autores incluem a FINALIDADE (produzir o bem comum) como sendo elemento 
do Estado, porém, nem todos possuem essa posição. 
OBS: a UNIFORMIDADE LINGUÍSTICA não é elemento de formação dos Estados. 
 
 
1.1 - FORMAS DE ESTADO 
A Federação é a Forma de Estado adotada no Brasil. (Fe = FE) 
 
ELEMENTOS 
DO ESTADO
POVO
TERRITÓRIO
GOVERNO 
SOBERANO
ESTADO
DESCONCENTRAÇÃO 
POLÍTICA
EXECUTIVO
LEGISLATIVO
JUDICIÁRIO
DESCENTRALIZAÇÃO 
POLÍTICA
UNIÃO
ESTADOS
DF
MUNICÍPIOS
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 4 
 
 
OBS: todos os entes federativos são AUTÔNOMOS, ou seja, podem criar suas próprias 
normas (legislar), mas não são SOBERANOS ou INDEPENDENTES. 
A soberania é atributo da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, atributo que significa o 
reconhecimento que o Estado brasileiro tem perante os demais Estados Soberanos. 
OBS: a FORMA FEDERATIVA DE ESTADO é cláusula pétrea prevista no §4º do art. 60 da 
CF/88. 
 
 
 
FORMAS DE ESTADO
CONFEDERAÇÃO: é a reunião de 
Estados Soberanos. Ex. EUA
ESTADO UNITÁRIO: único centro de 
Poder, responsável por todas as 
atribuições políticas. Ex. Uruguai
ESTADO FEDERAL: diferentes pólos 
de poder político que atuam de 
forma autônoma entre si. Ex. Brasil
UNIÃO
ESTADOS
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
AUTO-ORGANIZAÇÃO (criar a sua 
própria Constituição) 
AUTOGOVERNO (eleger os seus 
dirigentes)
AUTOADMINISTRAÇÃO (organizar 
os seus serviços)
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 5 
 
2 – GOVERNO 
Segundo Hely Lopes Meirelles, governo é o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais responsáveis por estabelecer as políticas públicas do Estado, cujas 
atribuições decorrem diretamente da Constituição. 
Assim, o conceito de Governo, enquanto responsável pela função política do Estado, está 
relacionado ao comando, coordenação, direção e fixação de objetivos, diretrizes e de 
planos para a atuação estatal (as denominadas políticas públicas). Difere do conceito 
de Administração Pública, pois esta, como veremos, se resume ao aparelhamento de que 
dispõe o Estado para a mera execução das políticas de Governo. 
 
2.1 - FORMA DE GOVERNO 
É a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e 
governados. 
 
STF – RE 229.096: no direito internacional, apenas a República Federativa do Brasil tem 
competência para firmar tratados, dela não dispondo a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios. O Presidente não subscreve tratados como chefe de Governo, mas sim, como 
chefe de Estado. 
 
2.2 - SISTEMA DE GOVERNO 
No Presidencialismo, existe independência entre Poderes. O chefe do Executivo é Chefe de 
Estado e Chefe de Governo. 
No Parlamentarismo, há colaboração entre os Poderes. A chefia de Estado é exercida pelo 
Presidente ou pelo Monarca, e a chefia de Governo, pelo 1º Ministro ou pelo Conselho de 
Ministros. 
 
FORMAS DE 
GOVERNO
FO GO - RE MO
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
- prestação de contas
MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 6 
 
 
 
3 - ESTADO DE DIREITO 
O Estado cria as leis (sentido amplo – normas) para que a todos sejam impostas, inclusive a 
si mesmo. 
OBS: a presunção de legitimidade, aplicável a todo e qualquer ato praticado pelo Estado, 
deriva do Estado de Direito. De fato, se o Estado é de Direito e, assim, pressupõem-se que 
cumpra a lei, todo e qualquer ato proveniente do Estado é produzido, presumidamente, de 
acordo com a ordem jurídica e, portanto, é legítimo. 
 
 
4 - ESTADO DEMOCRÁTICO 
Compromisso formal de evolução para a ideia de Constituição Dirigente, preocupada com os 
direitos de primeira e segunda gerações. 
 
5 - TRIPARTIÇÃO DOS PODERES 
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros 
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na 
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”. 
O exercício do Poder, no Brasil, dá-se por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto, não há exclusividade. 
OBS: Não foi adotado o modelo de separação estanque entre os poderes. 
 FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
PODER EXECUTIVO Administrar Legislar 
PODER LEGISLATIVO Legislar e Fiscalizar Administrar e Julgar 
PODER JUDICIÁRIO Julgar Administrar e Legislar 
 
SISTEMA DE 
GOVERNO
SI GO - PRE PAR
PRESIDENCIALISMO
PARLAMENTARISMO
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 7 
 
OBS: apenas o Poder Executivo não possui função jurisdicional (não julga com definitividade), 
julga apenas administrativamente. Ex. PAD. 
OBS: a Jurisdição é quase totalmente monopolizada pelo Poder Judiciário e apenas em casos 
excepcionais pode ser exercida pelo Legislativo. Ex. Julgar o Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade. 
OBS: todos os poderes exercem atividades de natureza administrativa, e não apenas o 
Executivo. 
OBS: O Ministério Público não é considerado um novo Poder, para fins de prova. 
 
 
6 - RAMOS DO DIREITO 
 
A característica marcante do direito privado é a igualdade nas relações jurídicas, eis que se 
ocupa de situações nas quais os interesses da coletividade não estão em jogo, tutelando 
apenas interesses particulares. 
A característica marcante do direito público é a desigualdade nas relações jurídicas, 
decorrente do princípio amplamente aceito de que o interesse público (da coletividade) 
deve prevalecer sobre os interesses individuais. 
 
 
7 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Em sentido estrito, o conceito de administração pública envolve todo o aparelhamento 
estatal voltado à execução das políticas públicas. Contrapõe-se, portanto, ao conceito de 
Governo: enquanto este estabelece, aquela executa as políticas públicas. Nas palavras de 
Hely Lopes Meireles, “a Administração não pratica atos de governo; pratica tão-somente, 
DIREITO
PRIVADO
- regula as relações entre os homens
- governado pela autonomia de vontade
- direito civil
direito comercial
PÚBLICO- regula o interesse da sociedade (interesse 
público)
- trata da organização do Estado
- direito constitucional
- direito administrativo
- direito tributário
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 8 
 
atos de execução, os chamados atos administrativos, com poderes de decisão limitados a 
atribuições de natureza executiva, conforme definidos em lei”. 
Em sentido subjetivo, orgânico ou formal (quem), a expressão Administração Pública 
designa os entes (sujeitos) que exercem a atividade administrativa e compreende pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes públicos. 
Em sentido objetivo, funcional ou material (o que), a expressão administração pública 
designa a natureza da atividade exercida e corresponde à própria função administrativa, 
compreendendo as atividades de polícia administrativa, serviço público, fomento e 
intervenção. 
As funções de governo são aquelas relacionadas com a atividade política do Estado, ações de 
comando, coordenação, direção e fixação das diretrizes políticas, desempenhada pelo 
conjunto de Poderes e órgãos de estatura constitucional; portanto, é mais afeta ao direito 
constitucional. Já a funções administrativas se referem às atividades concretas e imediatas 
desempenhadas pelos órgãos administrativos para executar as diretrizes políticas, visando à 
satisfação dos interesses públicos; constitui, portanto, matéria objeto do direito 
administrativo. 
A expressão administração pública, quando tomada em sentido amplo, e considerando seu 
aspecto objetivo, engloba as funções administrativas e as funções de governo; quando 
tomada em sentido estrito, abrange apenas as funções administrativas. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
SENTIDO 
AMPLO RESTRITO 
SUBJETIVO, ORGÂNICO 
OU FORMAL (FOS) 
(QUEM) 
ORGÃOS GOVERNAMENTAIS 
E 
ADMINISTRATIVOS 
APENAS ÓRGÃOS 
ADMINISTRATIVOS 
OBJETIVO, MATERIAL OU 
FUNCIONAL (FuMOb) 
(O QUÊ) 
FUNÇÕES POLÍTICAS 
E 
ADMINISTRATIVAS 
APENAS FUNÇÕES 
ADMINISTRATIVAS 
 
Polícia administrativa: abrange as atividades administrativas que implicam restrições ou 
condicionamentos aos direitos individuais impostos em prol do interesse de toda coletividade, 
como ordens, notificações, licenças, autorizações, fiscalização, sanções. 
Serviço público: toda atividade executada diretamente pela Administração Pública formal ou 
por particulares delegatários que tenham por fim satisfazer as necessidades coletivas, sob 
regime predominantemente público. Exemplos: serviço postal, serviços de telecomunicações, 
transporte ferroviário, rodoviário e aéreo etc. 
Fomento: compreende a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de 
utilidade ou interesse público, tais como o financiamento sob condições especiais, a 
concessão de benefícios ou incentivos fiscais etc. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 9 
 
Intervenção: é entendida como sendo a regulamentação e fiscalização da atividade 
econômica de natureza privada (intervenção indireta), por exemplo, mediante a atuação de 
agências reguladoras, bem assim a atuação do Estado diretamente na ordem econômica, 
geralmente por meio das empresas estatais (intervenção direta). 
 
 
8 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 
administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa 
que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
 
ESCOLAS E CRITÉRIOS CONCEITO E OBJETO 
Serviço Público 
Regras de organização e gestão dos serviços públicos, em 
sentido amplo e estrito. 
Poder Executivo 
Disciplina a organização e a atividade do Poder Executivo, 
apenas. 
Relações Jurídicas 
Conjunto de normas que regem as relações entre a 
Administração e os administrados. 
Teleológico 
o direito administrativo pode ser visto como o sistema dos 
princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
Negativo ou Residual 
Toda atividade do Estado que não esteja compreendida na 
função legislativa ou na jurisdicional. 
Distinção entre atividade 
jurídica e social do 
Estado 
o direito administrativo é o conjunto dos princípios que 
regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado 
e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
Administração Pública 
Conjunto de princípios que regem a Administração Pública, 
considerando as atividades, os órgãos e entidades, sua 
organização e as relações com os particulares (critério mais 
aceito pela doutrina). 
Legalista, exegética 
Conjunto de regras positivadas em leis e regulamentos que 
tratam de Administração Pública, interpretadas pelos tribunais 
administrativos (França). 
 
 
9 - OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO: 
- Todas as relações internas à administração pública – entre os órgãos e entidades 
administrativas, uns com os outros, e entre a administração e seus agentes; 
- Todas as relações entre a administração e os administrados, regidas pelo direito público ou 
pelo privado; 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 10 
 
- As atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob 
regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante contratos de 
concessão ou de permissão. 
 
 
10 – FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
As fontes indicam a origem/procedência das normas e princípios de Direito Administrativo. 
Constituem, assim, todos os elementos, de onde surgem normas de direito administrativo, 
compreendendo quaisquer manifestações, escritas ou não, que surtam efeitos jurídico-
administrativos. 
LEI – A lei é fonte primária e principal do direito administrativo. Deve ser considerada em 
sentido amplo (vai desde a constituição até os atos administrativos inferiores) 
DOUTRINA – teses e teorias (fonte secundária ou indireta). 
JURISPRUDÊNCIA – reiteradas (várias) decisões semelhantes não vinculantes (fonte 
secundária e não escrita); decisões vinculantes e com eficácia erga omnes (fontes principais). 
COSTUMES E PRAXES ADMINISTRATIVAS – apenas se não forem contra a lei (fonte 
secundária e não escrita). 
OBS: em decorrência do princípio da Legalidade, a Lei é a fonte mais importante do Direito 
Administrativo. 
OBS: alguns doutrinadores incluem os Princípios como fontes também. 
 
 
 
11 – SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
Forma adotada pelo Estado para solucionar os litígios decorrentes da sua atuação. 
FONTES
LE DO JU CO
LEI
DOUTRINA
JURISPRUDÊNCIA
COSTUMES
PRIMÁRIA 
PRINCIPAL 
PRIMORDIAL 
 
S 
E 
C 
U 
N 
D 
Á 
R 
I 
A 
S 
E 
S 
C 
R 
I 
T 
A 
NÃO 
E 
S 
C 
R 
I 
T 
A 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 11 
 
Sistema francês ou do contencioso administrativo: 
- dualidade de jurisdição; 
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas; 
- a própria Administração resolve as lides administrativas. 
Sistema inglês ou de jurisdição única: 
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir 
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada. 
Sistema administrativo brasileiro: 
- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos administrativos, em regra, 
não têm caráter conclusivo perante o Poder Judiciário, podendo ser revistas na via judicial. 
OBS: o que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum (formada pelos 
órgãos do Poder Judiciário) ou da especial (formada pelos tribunais de naturezaadministrativa), e não a exclusividade de uma ou outra. Isso porque, segundo ensina Hely 
Lopes Meireles, nenhum país possui um sistema de controle puro, seja através do Poder 
Judiciário, seja através de tribunais administrativos. 
OBS: embora todos os atos administrativos possam ser submetidos à apreciação judicial, os 
chamados atos políticos, em regra, não se sujeitam a esse controle. Como exemplo, pode-se 
citar a sanção/veto a um projeto de lei ou o estabelecimento das políticas públicas pelo Chefe 
do Poder Executivo; e o julgamento dos processos de impeachment do Presidente da 
República pelo Senado Federal. 
OBS: necessidade de esgotar a via administrativa: 
- justiça desportiva 
- reclamação contra descumprimento de súmula vinculante 
- habeas data 
- mandado de segurança, caso seja possível interpor recurso administrativo com efeito 
suspensivo. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 12 
 
12 – QUESTÕES 
01 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São fontes do Direito 
Administrativo: 
I. lei. 
II. razoabilidade. 
III. moralidade. 
IV. jurisprudência. 
V. proporcionalidade. 
Está correto o que consta APENAS ema) I e II. 
b) II e IV. 
c) I e IV. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
GABARITO: LETRA C 
COMENTÁRIO: 
Questão bem tranquila. São fontes do direito administrativo a lei, a doutrina, os costumes 
e a jurisprudência (LE DO JU CO). 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
02 (2011/FCC/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) No que concerne às fontes 
do Direito Administrativo, é correto afirmar que: 
a) o costume não é considerado fonte do Direito Administrativo. 
b) uma das características da jurisprudência é o seu universalismo, ou seja, enquanto a 
doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a universalizar-se. 
c) embora não influa na elaboração das leis, a doutrina exerce papel fundamental apenas nas 
decisões contenciosas, ordenando, assim, o próprio Direito Administrativo. 
d) tanto a Constituição Federal como a lei em sentido estrito constituem fontes primárias do 
Direito Administrativo. 
e) tendo em vista a relevância jurídica da jurisprudência, ela sempre obriga a Administração 
Pública. 
GABARITO: LETRA D 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o costume é sim, considerado fonte do direito administrativo. 
Letra b) a banca inverteu os conceitos. Na verdade, a jurisprudência tende a nacionalizar-se 
e a doutrina tende a universalizar-se. 
Letra c) ao contrário do afirmado na alternativa, a doutrina influencia na elaboração das leis, 
exercendo papel fundamental tanto nas decisões contenciosas como nas não-contenciosas, 
ordenando, assim, o próprio direito administrativo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 13 
 
Letra d) a lei como fonte do direito administrativo deve ser vista de forma ampla, ou seja, 
desde a Constituição até as normas inferiores. Assim, é correto quando a alternativa afirma 
que a lei em sentido estrito e a Constituição constituem fontes primárias do direito 
administrativo. 
Letra e) Via de regra, a jurisprudência não obriga a administração pública. No entanto, as 
Súmulas Vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) obrigam (vinculam) o 
próprio Poder Judiciário e também toda a administração pública. 
Cuidado com as palavras que restringem ou extrapolam o sentido do texto (sempre, nunca, 
jamais, exclusivamente, privativamente). Essas palavras normalmente tornam a assertiva 
ou a alternativa incorreta. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
03 (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Judiciário - Área Administrativa) Com relação à 
organização administrativa em sentido amplo, julgue os itens subsequentes. 
Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os 
atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema 
do contencioso administrativo ou sistema francês. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
Como veremos abaixo, temos como exemplo da incidência da inafastabilidade do controle 
jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a 
vigência do sistema inglês ou de jurisdição única. 
Sistema francês ou do contencioso administrativo: 
- dualidade de jurisdição; 
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas; 
- a própria Administração resolve as lides administrativas. 
Sistema inglês ou de jurisdição única: 
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferir 
decisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada. 
Sistema administrativo brasileiro: 
- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos administrativos, em regra, 
não têm caráter conclusivo perante o Poder Judiciário, podendo ser revistas na via judicial. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
04 (2008/FCC/TCE-CE/Analista de Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas) 
No Brasil, o Direito Administrativo é ramo do Direito que tem como característica, no que diz 
respeito a suas fontes, 
a) a codificação em nível federal, em respeito ao princípio da estrita legalidade. 
b) o papel da jurisprudência como criadora de normas aplicáveis à Administração e 
integradora de lacunas legais. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 14 
 
c) a pluralidade de leis em níveis federal, estadual e municipal e o papel precípuo da doutrina 
na unificação da respectiva interpretação. 
d) o papel integrativo da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, mesmo em 
caráter praeter legem ou contra legem. 
e) a prevalência de normas de caráter administrativo, como decretos, portarias e resoluções, 
ainda que em face da aplicação da lei formal. 
GABARITO: LETRA C 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o direito administrativo, no Brasil, não é codificado, isto é, não possuímos um 
código de direito administrativo como no direito penal, civil e processual, etc. 
Letra b) de forma geral, a jurisprudência não é fonte de normas aplicáveis à 
Administração. Excepcionalmente, as Súmulas Vinculantes editadas pelo STF são fontes 
primárias do direito administrativo. 
A jurisprudência (reiteradas decisões dos tribunais sobre determinado tema) influencia a 
maneira como as regras podem ser entendidas e aplicadas. 
Letra c) Segundo Alexandre Mazza, a doutrina não cria diretamente a norma, mas 
esclarece o sentido e o alcance das regras jurídicas conduzindo o modo como os operadores 
do direito devem compreender as determinações legais. 
Letra d) a analogia e os princípios gerais do direito não são consideradas fontes do direito 
administrativo. Os costumes são fontes do direito administrativo, no entanto, desde que não 
contrariem as disposições de leis. 
Letra e) completamente errada a alternativa. As normas de caráter administrativo jamais 
irão prevalecer em face de lei formal (lei formal é a lei que passou pelo processo legislativo 
constitucional, ou seja, foi discutida e aprovada pelo Poder Legislativo) 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
05 (2007/FCC/MPU/Analista – Orçamento) A reiteração dos julgamentos num mesmo 
sentido, influenciando a construção do Direito, sendo também fonte do Direito Administrativo, 
diz respeito à 
a) jurisprudência. 
b) doutrina. 
c) prática costumeira. 
d) analogia. 
e) lei. 
GABARITO:Letra A 
COMENTÁRIO: 
Sem dificuldade para acertar essa questão. Sempre que falar em reiteradas decisões de 
tribunais em um mesmo sentido a questão está se referindo à jurisprudência. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 15 
 
06 (2017/CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) 
Tendo como referência a doutrina jurídica majoritária, julgue o item a seguir, a respeito de 
conceitos, princípios e classificações do direito administrativo. 
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa a própria função 
administrativa que é exercida pelo Poder Executivo. 
Gabarito: Errada 
Comentário: 
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa os órgãos, entidades 
e agentes públicos a ela pertencentes. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
07 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
A regulação das relações jurídicas entre agentes públicos, entidades e órgãos estatais cabe ao 
direito administrativo, ao passo que a regulação das relações entre Estado e sociedade 
compete aos ramos do direito privado, que regulam, por exemplo, as ações judiciais de 
responsabilização civil do Estado. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIO: 
A primeira parte da assertiva realmente está correta, porquanto cabe ao direito 
administrativo a relação das relações jurídicas entre os agentes públicos, entidades e órgãos 
do Estado. No entanto, também cabe ao direito público as relações entre o Estado e a 
sociedade (o direito administrativo é um dos ramos do direito público). 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
08 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
Conforme a doutrina, diferentemente do que ocorre no âmbito do direito privado, os 
costumes não constituem fonte do direito administrativo, visto que a administração pública 
deve obediência estrita ao princípio da legalidade. 
GABARITO: ERRADO 
COMENTÁRIO: 
Assertiva incorreta, pois os costumes são considerados fontes do direito administrativo. Basta 
lembrar no mnemônico LE DO JU CO. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
09 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) O direito 
administrativo é 
a) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente. 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER Página 16 
 
b) um ramo do direito proximamente relacionado ao direito constitucional e possui interfaces 
com os direitos processual, penal, tributário, do trabalho, civil e empresarial. 
c) um sub-ramo do direito público, ao qual está subordinado. 
d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser 
considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios. 
e) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações jurídicas entre 
agentes públicos e órgãos do Estado. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o direito administrativo não é ramo estanque, é mutável e continua em constante 
evolução (não está formado e nem consolidado cientificamente). 
Letra b) alternativa correta, o direito administrativo realmente é um ramo do direito público 
e está muito próximo do direito constitucional (por exemplo, existe um capítulo na 
constituição “todinho” destinado ao trato da Administração Pública). Também está correto 
afirmar que o direito administrativo possui interfaces com outros ramos do direito, inclusive 
direito privado. 
Letra c) o direito administrativo realmente é considerado um sub-ramo do direito público, 
porém está errado afirmar que é subordinado ao direito público. 
Letra d) dissociado não. É um conjunto de regras e princípios próprios, mas interpretado em 
conjunto com os demais ramos do direito público e privado. 
Letra e) o direito administrativo não regula apenas as relações jurídicas entre agentes 
públicos e órgãos do Estado, mas também relações que os particulares pactuam com o 
Estado, como ocorre no exercício do poder de polícia administrativa. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
10 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) A respeito de Estado, governo e 
administração pública, assinale a opção correta. 
a) Governo é o órgão central máximo que formula a política em determinado momento. 
b) A organização da administração pública como um todo é de competência dos dirigentes de 
cada órgão, os quais são escolhidos pelo chefe do Poder Executivo. 
c) Poder hierárquico consiste na faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores. 
d) Território e povo são elementos suficientes para a constituição de um território. 
e) República é a forma de governo em que o povo governa no interesse do povo. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) segundo Hely Lopes Meirelles, governo é o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais responsáveis por estabelecer as políticas públicas do Estado. Assim, 
não podemos afirmar que se trata de um órgão central máximo que formula a política em 
determinado momento. 
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Letra b) não, a organização da administração pública é de competência da LEI, no caso da 
esfera federal, o Decreto 200/1967. Também é errado afirmar que os dirigentes são 
escolhidos pelo chefe do Poder Executivo, alguns até podem ser, mas não são todos. 
Letra c) é o Poder Disciplinar que possui a faculdade de punir as infrações funcionais dos 
servidores. 
Nesse caso específico de punir servidores, imediatamente usamos o poder disciplinar e 
mediatamente o poder hierárquico para punir servidores. 
Letra d) errada também. Estudamos que os elementos essenciais para a constituição de um 
Estado é PTG (povo, território e governo soberano). 
Letra e) isso mesmo, república é a forma de governo em que o povo governa no interesse 
do povo. O povo escolhe, por eleição, representantes do próprio povo. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
11 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia) Considerando as fontes do direito 
administrativo como sendo aquelas regras ou aqueles comportamentos que provocam o 
surgimento de uma norma posta, assinale a opção correta. 
a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo para abranger 
inclusive os regulamentos administrativos. 
b) O acordo é uma importante fonte do direito administrativo por ser forma de regulamentar 
a convivência mediante a harmonização de pensamentos. 
c) Os costumes, pela falta de norma escrita, não podem ser considerados como fonte do 
direito administrativo. 
d) A jurisprudência é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao 
publicarem suas pesquisas acerca de determinada questão jurídica. 
e) Uma doutrina se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) é o nosso gabarito. Realmente a lei, como fonte do direito administrativo, deve ser 
vista em seu sentido amplo, não apenas a lei formal, mas todas as espécies de normas, da 
constituição até os regulamentos inferiores. 
Letra b) acordo não é fonte do direito administrativo. São fontes, a lei, a doutrina, a 
jurisprudênciae os costumes (LE DO JU CO) 
FORMAS DE 
GOVERNO
FO GO - RE MO
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
- prestação de contas
MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
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Letra c) os costumes podem sim ser fontes do direito administrativo, quando não há norma 
escrita sobre determinado tema. 
Letra d, e) as alternativas estão invertidas. 
A doutrina é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao publicarem suas 
pesquisas acerca de determinada questão jurídica. 
Uma jurisprudência se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
12 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) Acerca de conceitos inerentes ao 
direito administrativo e à administração pública, assinale a opção correta. 
a) O objeto do direito administrativo são as relações de natureza eminentemente privada. 
b) A divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu, é adotada pelo 
ordenamento jurídico brasileiro, com divisão absoluta de funções. 
c) Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são independentes e 
harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente indelegáveis. 
d) A jurisprudência e os costumes não são fontes do direito administrativo. 
e) Pelo critério legalista, o direito administrativo compreende os direitos respectivos e as 
obrigações mútuas da administração e dos administrados. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o objeto do direito administrativo são as relações de natureza eminentemente 
pública. 
Letra b) a divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu, é 
adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto não há exclusividade. 
Letra c) a alternativa está em consonância com o art. 2º da Constituição (art. 2º São 
poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário). 
Letra d) tanto a jurisprudência como os costumes são fontes do direito administrativo. Além 
deles, a lei e a doutrina também o são. 
Letra e) Segundo Di Pietro, no critério legalista, o direito administrativo é um conjunto de 
normas que regem as relações entre a Administração e os administrados. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
13 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta. 
a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. 
b) O Estado é um ente despersonalizado. 
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. 
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d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. 
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) é o gabarito da questão. Povo, território e governo soberano (PTG) são elementos 
indissociáveis do Estado. 
Letra b) o Estado, nesse caso, é Pessoa Jurídica de Direito Público. Entes despersonalizados 
são apenas os órgãos públicos. 
Letra c) Os elementos do Estado são povo, território e governo soberano. Os Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes do Estado. 
Letra d) presidencialista e parlamentarista são os sistemas de governo (SI GO PRE PAR). 
Letra e) consoante o art. 18 da CF/88, a União, os Estados, o DF e os Municípios são entes 
federativos do Estado brasileiro. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
14 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo) Acerca da organização 
administrativa da União, da organização e da responsabilidade civil do Estado, bem como do 
exercício do poder de polícia administrativa, julgue o item que se segue. 
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e jurisdicional — não 
descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
A divisão do poder estatal em funções realmente não descaracteriza a sua unicidade e 
indivisibilidade. 
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros 
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na 
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
15 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível seu exercício 
pelos outros poderes da República. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
Todos os Poderes exercem atividades de natureza administrativa, e não apenas o Executivo. 
O exercício do Poder, no Brasil, dá-se por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto, não há exclusividade. 
 
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--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
16 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa, depende de 
provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício. 
GABARITO: Errado 
COMENTÁRIO: 
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa, pode ser tanto 
por provocação do interessado como de ofício. 
No entanto, a aplicação da lei pelo Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, 
depende de provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
17 (2015/CESPE/TRE-MT/Analista) Com relação ao direito administrativo e à 
administração pública, assinale a opção correta. 
a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos governamentais, 
encarregados de traçar políticas públicas, bem como os órgãos administrativos, aos quais 
cabe executar os planos governamentais. 
b) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são 
próprias da administração pública em sentido objetivo. 
c) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser conceituado 
como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública e os 
administrados. 
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, são o 
costume e a jurisprudência. 
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos Poderes Legislativo e 
Judiciário. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) em sentido estrito, a administração pública abrange apenas os órgãos 
administrativos. Vide quadro abaixo. 
Letra b) é o gabarito da questão. São 4 as atividades administrativas em sentido objetivo: 
polícia administrativa, serviço público, fomento e intervenção administrativa. 
Letra c) o critério das relações jurídicas é o conjunto de normas que regem as relações entre 
a administração e os administrados.O critério do Poder Executivo disciplina a organização e a atividade deste Poder, apenas. 
Assim, segundo esse critério, não poderia haver exercício da atividade administrativa nos 
demais Poderes. 
Letra d) a fonte principal é a lei. São, ainda, fontes secundárias do direito administrativo, a 
jurisprudência, os costumes e a doutrina. 
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Letra e) a administração em sentido subjetivo, orgânico ou formal representa os órgãos, 
pessoas e entidades integrantes de todos os Poderes da República. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
SENTIDO 
AMPLO RESTRITO 
SUBJETIVO, ORGÂNICO 
OU FORMAL (FOS) 
(QUEM) 
ORGÃOS GOVERNAMENTAIS 
E 
ADMINISTRATIVOS 
APENAS ÓRGÃOS 
ADMINISTRATIVOS 
OBJETIVO, MATERIAL OU 
FUNCIONAL (FuMOb) 
(O QUÊ) 
FUNÇÕES POLÍTICAS 
E 
ADMINISTRATIVAS 
APENAS FUNÇÕES 
ADMINISTRATIVAS 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
18 (2015/CESPE/STJ/Técnico Judiciário – Administrativo) Julgue o item seguinte, 
acerca do direito administrativo e da prática dos atos administrativos. 
Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um conjunto de 
normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades administrativas necessárias à 
realização dos direitos fundamentais da coletividade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Segundo Rafael Carvalho Rezende Oliveira, o direito administrativo é o ramo do direito 
público que tem por objeto as regras e os princípios aplicáveis à atividade preordenada à 
satisfação dos direitos fundamentais. Como se observa, a assertiva está correta. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
19 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros) Considerando os 
conceitos do direito administrativo e os princípios do regime jurídico-administrativo, assinale 
a opção correta. 
a) O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de manutenção de atos 
administrativos inválidos. 
b) Consoante o critério da administração pública, o direito administrativo é o ramo do direito 
que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas 
a legislação e a jurisdição. 
c) Adotando-se o critério do serviço público, define-se direito administrativo como o conjunto 
de princípios jurídicos que disciplinam a organização e a atividade do Poder Executivo e de 
órgãos descentralizados, além das atividades tipicamente administrativas exercidas pelos 
outros poderes. 
d) São fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes. 
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e) Dado o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, é possível à 
administração pública, mediante portaria, impor vedações ou criar obrigações aos 
administrados. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o princípio da proteção à confiança, segundo Di Pietro, leva em conta a boa-fé do 
cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam lícitos e, 
nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros, 
inclusive mantendo atos ilegais ou inconstitucionais, fazendo prevalecer esse princípio em 
detrimento do princípio da legalidade. 
Letra b) Consoante o critério residual ou negativo, o direito administrativo é o ramo do 
direito que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, 
excluídas a legislação e a jurisdição. 
Segundo o critério da Administração Pública, o direito administrativo é o conjunto de 
princípios que regem a Administração Pública, considerando as atividades, os órgãos e 
entidades, sua organização e as relações com os particulares. 
Letra c) o critério trazido diz respeito ao critério do Poder Executivo. 
O critério do serviço público é o conjunto de regras de organização e gestão dos serviços 
públicos, em sentido amplo e estrito. 
Letra d) a doutrina e os costumes são fontes secundárias do direito administrativo, apenas 
os regulamentos são considerados, no caso, fontes primárias. 
Letra e) Segundo o princípio da legalidade, sob o prisma dos particulares, ninguém é 
obrigado a deixar de fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Assim, a 
administração pública não pode criar obrigações ou vedações aos particulares sem previsão 
em lei. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
20 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros) A respeito dos 
princípios, das fontes e do conceito de direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o STF, os tratados internacionais de direito administrativo serão fontes do 
direito administrativo pátrio desde que sejam incorporados ao ordenamento jurídico interno 
mediante o mesmo procedimento previsto na CF para a incorporação dos tratados 
internacionais de direitos humanos. 
b) O princípio administrativo da autotutela é considerado um princípio onivalente. 
c) O princípio administrativo do interesse público é um princípio implícito da administração 
pública. 
d) De acordo com o critério das relações jurídicas, o direito administrativo pode ser visto 
como o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
e) Consoante o critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado, o direito 
administrativo é o conjunto dos princípios que regulam a atividade jurídica não contenciosa 
do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
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GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) não há nenhum fundamento sobre o assunto no STF. Errada a alternativa. 
Letra b) Segundo a doutrina de Cretella Júnior, princípios onivalentes são aqueles 
encontrados em toda construção científica elaborada pelo homem. É evidente que 
este não é o caso do princípio da autotutela, o qual ostenta alcance bem mais restrito, 
limitado à ciência do Direito e, ainda assim, situado no âmbito do Direito Administrativo. 
Letra c) o princípio do interesse público está previsto no art. 2º da Lei n. 9.784/99, sendo, 
portanto, explícito para a administração pública. 
Letra d) De acordo com o critério teleológico, o direito administrativo pode ser visto como o 
sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de 
seus fins. 
O critério das relações jurídicas assevera que o direito administrativo é um conjunto de 
normas que regem as relações entre a administração e os administrados. 
Letra e) trouxe o conceito adotado pela doutrinadora Di Pietro para o critério da distinção 
entre atividade jurídica e social do Estado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
21 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) No que se refere ao 
Estado, governo e à administração pública, assinale a opção correta. 
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na 
sociedade e na economia. 
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de Estado e de chefe 
de governo não são concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo. 
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa. 
d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa 
exercida pelas pessoas jurídicas, pelosórgãos e agentes públicos que exercem a função 
administrativa. 
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que são exercidas 
as atividades executivas, legislativas e judiciais. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) pelo contrário, o Estado liberal, é marcado pela abstenção do Estado na sociedade e 
na economia. Quase tudo era deixado na mão da iniciativa privada. O liberalismo preocupava-
se em assegurar os direitos fundamentais dos cidadãos, ou seja, os direitos de primeira 
geração (vida, liberdade e igualdade). 
Letra b) no Brasil, adotamos o sistema presidencialista de governo, em que uma das suas 
características é o acúmulo das funções de chefe de Estado e de Governo pelo Presidente da 
República. 
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Letra c) em sentido estrito abrange os órgãos administrativos e a função administrativa. Em 
sentido amplo abrange os órgãos governamentais e administrativos e as funções políticas e 
administrativas. 
Letra d) em sentido subjetivo, a administração pública refere-se aos órgãos, entidades e 
agentes públicos que a formam. 
Letra d) exato, a existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que 
são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
22 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Com relação ao 
conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as atividades 
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as atividades jurisdicionais, 
porém excluindo as atividades legislativas. 
b) Pelo critério teleológico, o direito administrativo é o conjunto de princípios que regem a 
administração pública. 
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a compilação das leis 
existentes e a sua interpretação com base principalmente na jurisprudência dos tribunais 
administrativos. 
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos legislativos, os atos 
infralegais e os costumes. 
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é conceituado como o 
conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
 
ESCOLAS E CRITÉRIOS CONCEITO E OBJETO 
Serviço Público 
Regras de organização e gestão dos serviços públicos, em 
sentido amplo e estrito. 
Poder Executivo 
Disciplina a organização e a atividade do Poder Executivo, 
apenas. 
Relações Jurídicas 
Conjunto de normas que regem as relações entre a 
Administração e os administrados. 
Teleológico 
o direito administrativo pode ser visto como o sistema dos 
princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
Negativo ou Residual 
Toda atividade do Estado que não esteja compreendida na 
função legislativa ou na jurisdicional. 
Distinção entre atividade 
jurídica e social do 
o direito administrativo é o conjunto dos princípios que 
regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado 
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Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
Administração Pública 
Conjunto de princípios que regem a Administração Pública, 
considerando as atividades, os órgãos e entidades, sua 
organização e as relações com os particulares (critério mais 
aceito pela doutrina). 
Legalista, exegética 
Conjunto de regras positivadas em leis e regulamentos que 
tratam de Administração Pública, interpretadas pelos tribunais 
administrativos (França). 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
23 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Judiciária) No que se refere ao 
regime jurídico administrativo, assinale a opção correta. 
a) A criação de órgão público deve ser feita, necessariamente, por lei; a extinção de órgão, 
entretanto, dado não implicar aumento de despesa, pode ser realizada mediante decreto. 
b) A autotutela administrativa compreende tanto o controle de legalidade ou legitimidade 
quanto o controle de mérito. 
c) A motivação deve ser apresentada concomitantemente à prática do ato administrativo. 
d) De acordo com o princípio da publicidade, que tem origem constitucional, os atos 
administrativos devem ser publicados em diário oficial. 
e) No Brasil, ao contrário do que ocorre nos países de origem anglo-saxã, o costume não é 
fonte do direito administrativo. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) segundo o art. 84, VI, da CF/88, tanto a criação como a extinção de órgãos públicos 
deve ser feita por meio de lei. 
Letra b) é o gabarito da questão. Súmula n. 473/STF. 
Letra c) a motivação deve ser prévia ou concomitante à edição do ato. 
Letra d) somente os atos que visem a produção de efeitos externos ou que onerem o 
patrimônio público devem ser publicados em diário oficial. 
Letra e) o costume é fonte secundária do direito administrativo. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
24 (2018/CESPE/PGM – AM/Procurador Municipal) Quanto às transformações 
contemporâneas do direito administrativo, julgue o item subsequente. 
Um dos aspectos da constitucionalização do direito administrativo se refere à releitura dos 
seus institutos a partir dos princípios constitucionais. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
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Segundo o que preleciona Estorninho (1999), o princípio da juridicidade da administração, 
entendido como a subordinação ao direito como um todo, implicando submissão a princípios 
gerais de direito, à Constituição, a normas internacionais, a disposições de caráter 
regulamentar, a atos constitutivos de direitos, etc. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
25 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
Entre as fontes de direito administrativo, as normas jurídicas administrativas em sentido 
estrito são consideradas lei formal e encontram sua aplicabilidade restrita à esfera político-
administrativa. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
As leis formais (aquelas que passaram pelo processo legislativo constitucional) não 
encontram sua aplicabilidade restrita à esfera político-administrativa, elas também podem 
atingir a esfera dos administrados, criando obrigações ou restrições aos particulares. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
26 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
A jurisprudência administrativa constitui fonte direta do direito administrativo, razão por que 
sua aplicação é procedimento corrente na administração e obrigatória para o agente 
administrativo, cabendo ao particular sua observância no cotidiano. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
Jurisprudência são fontes secundárias (indiretas) do direito administrativo e consistem em 
reiteradas decisões de tribunais em um mesmo sentido. 
Via de regra, a jurisprudência não vincula a Administração e os demais órgãos do judiciário, 
no entanto, as Súmulas Vinculantes editadas pelo STF são consideradas fontes primárias do 
direito administrativoe vinculam tanto a administração pública como o próprio Poder 
Judiciário. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
27 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
De forma indireta, no direito administrativo, as fontes inorganizadas influem na produção do 
direito positivo, apesar de as atividades opinativas e interpretativas serem consideradas fontes 
que influem nessa produção. 
GABARITO: Correta 
COMENTÁRIO: 
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As fontes inorganizadas são as fontes não escritas do direito administrativo (jurisprudência e 
costumes). Essas fontes influenciam na produção de novas leis, na medida em que o 
legislador se utiliza dessas fontes para a criação de novas leis no ordenamento jurídico. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Os princípios são as bases fundamentais de um sistema de normas, que condicionam toda a 
estruturação de um determinado ramo do Direito. São comandos genéricos e abstratos, 
aplicáveis a diversas situações. 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, princípio “é por definição, mandamento nuclear 
de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre 
diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata 
compreensão e inteligência exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema 
normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.” 
 
1 – REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios aplicáveis a uma determinada 
situação. 
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para designar, em 
sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se à 
Administração Pública. Já a expressão regime jurídico-administrativo é reservada tão 
somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito 
Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na 
relação jurídico-administrativa. 
 
O Regime Jurídico Administrativo é um conjunto de prerrogativas e sujeições concedido à 
Administração Pública, para melhor cumprimento dos interesses públicos. 
CESPE/TCU/2009 – O Regime jurídico-administrativo fundamenta-se, conforme entende a 
doutrina, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e na 
indisponibilidade do interesse público. 
(2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O regime jurídico administrativo tipifica o próprio direito 
administrativo e confere à Administração prerrogativas não aplicáveis ao particular e 
Regime Jurídico da Administração
(Regime Jurídico Administrativo – em sentido 
amplo )
REGIME DE DIREITO PRIVADO
- Horizontalidade
- Não tem prerrogativas e sim, restrições de Direito Público.
- Art. 173 CF/88
- Ex. Petrobrás
REGIME DE DIREITO PÚBLICO (Regime Jurídico 
Administrativo – em sentido estrito)
- Verticalidade
- Tem prerrogativas e restrições
- Ex. INSS, BACEN
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
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instrumentais à cura do interesse público, tais como a autotutela e o poder de polícia, dentre 
outras tantas, que lhe permitem assegurar a supremacia do interesse público sobre o privado. 
Interesse público primário: representa a Administração Pública no sentido finalístico, 
extroverso, ou seja, é o interesse público propriamente dito, pois, dirigido diretamente aos 
cidadãos (de dentro do Estado para fora – Administração Extroversa) 
Interesse público secundário: diz respeito aos interesses do próprio Estado, internos, 
introversos, portanto inconfundíveis com os primários. Ex. locação de imóvel para guardar 
livros enquanto a biblioteca seja reformada. 
 
1.1 – SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO 
Significa que a Administração Pública é colocada em posição VERTICAL (diferenciada) 
quando comparada aos particulares, ou seja, ela possuirá prerrogativas (privilégios). No 
caso de confronto entre o interesse individual e o público, será o público que prevalecerá. 
É princípio implícito da Administração Pública. 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado não é absoluto, comportando 
limites e relativizações. Ex. direitos individuais, direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico 
perfeito, etc. 
 
1.2 – INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
Esse princípio faz com que a Administração, por intermédio de seus agentes, não tenha 
vontade própria, por estar investida no papel de satisfazer a vontade de terceiros, quais 
sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a Administração Pública sofre restrições 
em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc. 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino asseveram que o princípio da indisponibilidade do 
interesse público está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração 
Pública, ao contrário do que ocorre com o princípio da supremacia do interesse público, que, 
de forma direta, fundamenta essencialmente os atos de império do Poder Público, nos quais 
ele se coloca em posição vertical em relação aos administrados. 
Por fim, Maria Sílvia Di Pietro afirma que, por não ser possível à Administração dispor dos 
interesses públicos, “os poderes que lhe são atribuídos têm o caráter de poder-dever; são 
poderes que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder por omissão. 
Assim, a autoridade não pode renunciar ao exercício das competências que lhe são 
outorgadas por lei; não pode deixar de punir quando constate a prática de ilícito 
administrativo; não pode deixar de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos 
direitos individuais em conflito com o bem-estar coletivo; não pode deixar de exercer os 
poderes decorrentes da hierarquia; não pode fazer liberalidade com o dinheiro público. Cada 
vez que ela se omite no exercício dos seus poderes, é o interesse público que está sendo 
prejudicado. 
 
 
 
 
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========================================================== 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 
São aqueles que estão escritos com todas 
as letras em uma norma de caráter geral 
(se aplica a toda a Adm Pub Brasileira) 
Ex. Legalidade 
São aqueles que não estão expressos em 
uma norma de caráter geral. Ex. 
Razoabilidade. 
 
 
OBS: A lei 9.784/99, art. 2º, traz expressamente o princípio da razoabilidade, porém, 
essa lei é de caráter geral apenas para a Administração Pública Federal, e não para toda a 
Administração Pública brasileira, por isso esse princípio é considerado implícito. 
 
Colisão entre princípios: 
No caso de conflito entre princípios, haverá uma ponderação de valores (teoria da 
ponderação de interesses). Essa teoria nos diz que não há princípios absolutos, assim, 
todos os princípios do nosso ordenamento jurídico são importantes e devem ser levados em 
consideração. Desse modo, de acordo com as circunstâncias do caso concreto, deve-se 
ponderar os interesses e verificar qual princípio deve prevalecer. 
OBS: NÃO há hierarquia entre os princípios da Administração Pública. 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS (EXPRESSOS OU 
EXPLÍCITOS) 
PRINCÍPIOS GERAIS 
LIMPE – art. 37, caput,CF/88 
- Legalidade 
- Impessoalidade 
- Moralidade 
- Publicidade 
- Eficiência 
OBS:o princípio da EFICIÊNCIA, foi 
incluído na CF/88 pela EC 19/98, tornando-
se princípio expresso. 
Todos os demais princípios: Ex. 
- Razoabilidade e Proporcionalidade 
- Supremacia do interesse público 
- Indisponibilidade de interesse público 
- Autotutela 
- Continuidade 
- etc 
 
COPESE/UFT/DPE-TO/2012 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
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OBS: os princípios constitucionais se aplicam a toda Administração Pública, ou seja, tanto a 
administração direta como a indireta de todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) 
e de todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
 
 
2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
2.1 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
O princípio da Legalidade significa a subordinação da Administração Pública à vontade 
popular, sendo assim, a Administração Pública só pode praticar as condutas previstas em lei. 
Podemos afirmar, ainda, que o princípio da legalidade é um dos pilares do Estado 
Democrático de Direito. 
Possui duas acepções: 
 
EM RELAÇÃO AOS PARTICULARES EM RELAÇÃO À ADM PUB 
- Art. 5°, II, CF/88 = Ninguém será obrigado 
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei. 
- o particular só deixará de agir quando a lei 
proibir. 
- o particular poderá fazer tudo o que a lei 
não proíbe (autonomia de vontade) 
- A Administração Pública só poderá fazer o 
que a lei permitir (vontade legal) 
 
OBS: surge como decorrência natural da indisponibilidade do interesse público. 
OBS: pode sofrer CONSTRIÇÕES em virtude de situações excepcionais. É o que ocorre 
quando tem que se cumprir um ato mesmo não previsto em lei em sentido estrito (criada 
pelo Poder Legislativo). Ex.: Medidas Provisórias e Decretos Autônomos, não são Leis criadas 
pelo Poder Legislativo, mas possuem força de lei. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NÃO É 
ABSOLUTO. 
OBS: A atividade administrativa não pode ser exercida contra legem nem praeter legem, 
mas apenas secundum legem. 
ESAF: Em face da sistemática constitucional do Estado brasileiro, regido que é pelo 
fundamento do Estado Democrático de Direito, a plenitude da vigência do princípio da 
legalidade (art. 37, caput, CF/88) pode sofrer constrição provisória e excepcional. 
CESPE/2010: Em decorrência do princípio da legalidade, a Administração Pública não pode, 
por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou 
impor vedações aos administrados, para tanto, ela depende de lei. 
CESPE/2012 - De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de defesa e o estado de 
sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na administração pública. 
CESPE/2012 - Segundo jurisprudência do STJ, a administração, por estar submetida ao 
princípio da legalidade, não pode levar a termo interpretação extensiva ou restritiva de 
direitos, quando a lei assim não o dispuser de forma expressa. 
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Atualmente, tem-se assimilado o princípio da juridicidade, como uma nova roupagem à 
ideia de legalidade. Pelo princípio da juridicidade, o administrador estaria vinculado a toda 
ordem jurídica – que inclui os princípios a ela inerentes -, e não somente à ideia de lei em 
sentido formal. 
 
2.2 - PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
Pode ser estudado sob 3 aspectos (acepções) distintos: 
1 – dever de tratamento isonômico aos administrados 
Consoante a lição de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a Administração não pode atuar com 
vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse 
público que tem que nortear o seu comportamento. 
Nesse primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade é corolário da isonomia ou 
igualdade. 
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser confundido com o 
princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A realização e concurso público é 
consequência da aplicação do princípio da impessoalidade/isonomia. 
 
2 – dever de sempre satisfazer o interesse público 
O administrador público deve sempre buscar a satisfação do interesse público, isto é, deve 
seguir a finalidade de todas a leis. Para Hely Lopes Meirelles, o princípio da impessoalidade é 
sinônimo do princípio da finalidade. 
 
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que 
atuam. 
Art. 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
OBS: o princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um 
funcionário de fato é o princípio da impessoalidade. É o caso do servidor que ingressou no 
serviço público para um cargo de nível superior e depois de algum tempo foi descoberto que 
ele apresentou um diploma falso no ato da posse. Os atos praticados por esse servidor 
continuam valendo, pois, apesar de não ser um servidor de direito, ele era um servidor de 
fato, agindo em nome do Estado. 
ESAF/2008 – O princípio constitucional do direito administrativo, cuja observância forçosa, 
na prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, 
atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da impessoalidade. 
CESPE/2012 - Em decorrência dos princípios da impessoalidade e da boa-fé, reconhecem-se 
como válidos os atos praticados por agente de fato, ainda que este tivesse ciência do ilícito 
praticado. 
ESAF/2007 – São exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade, exceto: 
a) licitação 
b) concurso público 
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c) precatório 
d) otimização da relação custo/benefício (eficiência) 
e) ato legislativo perfeito 
 
 
2.3 – PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Impõe que os agentes públicos atuem com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a 
isonomia e demais preceitos éticos, sempre perseguindo a boa administração. 
MORAL ADMINISTRATIVA MORAL COMUM 
- são as condutas que o agente público deve 
tomar no exercício da função pública. Ex: 
não chegar atrasado, agir com discrição, 
probidade, etc. 
- são as condutas que o agente público 
deve tomar fora da administração pública, 
fora do exercício da atividade. Apesar de 
em várias situações as duas se 
interligarem, elas não se confundem. 
 
Moralidade administrativa (relacionada a boa-fé, lealdade e justeza) X Probidade 
administrativa (relacionada a má qualidade da administração). 
A moralidade é o gênero e a probidade é uma das espécies da moralidade administrativa. A 
probidade é um aspecto da moralidade administrativa. A moralidade e a probidade 
não são sinônimas. 
OBS: a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato administrativo. 
 
 
2.4 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Apresenta dupla acepção, a saber: 
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos 
administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o 
patrimônio público. 
b) exigência de transparência da autuação administrativa. 
Segundo Matheus Carvalho, a publicidade sempre foi vista como forma de controleda 
administração pelos seus cidadãos. A sociedade só poderá controlar os atos 
administrativos se estes forem devidamente publicizados, sendo impossível efetivar essa 
garantia em relação a atos praticados de forma alheia ao conhecimento popular. 
Art. 5°, XXXIII - todos têm direito de receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
OBS: Em regra os atos da Administração Pública devem ser divulgados pelo Diário Oficial. Se 
o município não tiver DO, deve publicar em quadro de avisos. Caso o ato do município seja de 
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publicação obrigatória em DO, o ato será publicado no DO do estado ao qual pertence o 
referido município. 
OBS: a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de 
sua validade, mas sim de condição de eficácia e moralidade. Negar a publicidade a ato 
oficial é considerado ato de improbidade administrativa. 
OBS: a publicidade deriva do princípio da indisponibilidade do interesse público. 
CESPE/TJ-AL/2012 - O princípio da publicidade assegura a divulgação ampla dos atos 
praticados pela administração pública, quer tratem eles de assuntos de interesse particular, 
quer tratem de assuntos de interesse coletivo ou geral, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas em lei. 
 
 
2.5 – PINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Somente foi incorporado na CF/88 pela EC-19/98, tornando o princípio da eficiência expresso 
para toda a Administração Pública brasileira. 
Segundo Di Pietro, o princípio da eficiência apresenta, na realidade, dois aspectos: pode 
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o 
melhor desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados; e em 
relação ao modo de organizar, estruturar, disciplinar e Administração Pública, 
também como o mesmo objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço 
público. 
Impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com 
rapidez, perfeição e rendimento. 
OBS: O princípio da eficiência relaciona-se com a Administração gerencial, enquanto o 
princípio da legalidade relaciona-se com a Administração burocrática. 
O princípio da eficiência é uma consequência do princípio da economicidade, essa economia 
está diretamente relacionada com o custo-benefício. 
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não nos meios para 
alcançar os resultados. 
CESPE/2018 - O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da 
produtividade e economicidade, sendo este um dever constitucional da administração, que 
não poderá ser desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos 
seus atos. 
 
 
3 –PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
3.1 – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE 
Em regra, esses princípios são implícitos. 
O princípio da razoabilidade é consequência do devido processo legal, e se reflete no bom 
senso das atividades administrativas. 
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O princípio da proporcionalidade impõe à administração a adequação entre meios e 
fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior 
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (lei 9.784/99, art. 2°, 
VI). 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, enuncia-se com esse princípio (razoabilidade) que 
a Administração, ao atuar no exercício de discrição, terá de obedecer a critérios aceitáveis 
do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas e 
respeitosa das finalidades que presidiram a outorga da competência exercida. Segundo o 
mesmo autor, os atos que violem o princípio da razoabilidade devem ser invalidados, 
autorizando o controle judicial desses atos. 
CESPE: O princípio da razoabilidade se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser 
considerado aceitável, e sua inobservância resulta em vício do ato administrativo. 
Um ato razoável deve ser um ato adequado, necessário e proporcional, ocorrendo dessa 
forma que alguns autores dizem que o princípio da proporcionalidade deriva do princípio da 
razoabilidade. 
CESPE/TER-RJ/2012 - No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins 
é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio 
da eficiência. (FALSO – AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE) 
 
 
3.2 – PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA E DA TUTELA 
O princípio da autotutela é a possibilidade de a administração pública rever os seus próprios 
atos, seja para anulá-los (ilegais) ou revogá-los (inconvenientes ou inoportunos), de ofício 
ou mediante provocação de terceiros interessados. 
Já o princípio da tutela administrativa é o controle finalístico que a administração direta 
efetua sobre as entidades da administração indireta, visando garantir a observância de suas 
finalidades institucionais. 
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de 
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial. 
Os atos ilegais devem ser anulados e os legais podem ser revogados. 
SÚMULA 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios 
atos. 
O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos editados pela Administração 
Pública, mas poderá revogar os seus próprios atos quando editados no exercício da função 
administrativa, quando inconvenientes ou inoportunos. 
 
 
 
 
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PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA PRINCÍPIO DA TUTELA ADMINISTRATIVA 
- é a Adm Pub como um todo revendo 
os seus próprios atos, anulando-os ou 
revogando-os. 
- decorre do poder hierárquico. 
- também é chamado de princípio do controle. 
- controle finalístico, tutela administrativa ou 
supervisão ministerial. 
- tem relação de vinculação, e não de 
subordinação. 
- está presente na administração pública indireta. 
- decorre do poder de polícia administrativa. 
 
ESAF/ATRF/2012 - A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal – STF enuncia: “A 
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial”. Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou o princípio da 
autotutela. 
ESAF/AFRF/2012 - A possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente qualquer lesão de 
direito e, por extensão, as ameaças de lesão de direito a algum tipo de controle denomina-se 
princípio da sindicabilidade. 
ESAF/CGU/2012 - O princípio que instrumentaliza a Administração para a revisão de seus 
próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da sua atuação e, no que toca 
ao controle de legalidade, representando potencial redução do congestionamento do Poder 
Judiciário, denomina-se autotutela. 
 
3.3 – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
O princípio da segurança jurídica tem a finalidade de evitar alterações supervenientes que 
possam causar instabilidade social e diminuir os efeitos traumáticos de novas disposições, 
protegendo sempre

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