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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Ciências Biológicas – Prática do Módulo I – 
08/12/2019 
 
 
 
 
 
Suellen Soares de Souza1 
Cristiane Mazzini Medeiros2 
 
RESUMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Suellen Soares de Souza 
2 Cristiane Mazzini Medeiros 
A Amazônia é um bioma que compreende um conjunto de ecossistemas que envolve a 
bacia hidrográfica do Rio Amazonas, bem como a Floresta Amazônica qual é considerada 
a região de maior biodiversidade do planeta e o maior bioma do Brasil. 
A floresta amazônica é considerada a maior floresta tropical do mundo, entretanto tem 
sofrido diversas alterações, o que tem causado sua redução, devido a isso, a pesquisa em questão 
visa fornecer informações relevantes a fim de expor um breve histórico do desenvolvimento da 
floresta, bem como as modificações causadas pela interferência humana. 
 
A floresta amazônica é abundante em vários recursos e funciona como um grande reator 
natural para equilibrar e estabilizar o planeta, os impactos causados pelo homem são grandes e 
cada vez maiores o que causa um enorme desequilíbrio no meio ambiente. Atualmente é 
possível verificar uma sociedade despreocupada com o que suas atitudes podem causar, 
frequentemente é observado toneladas de lixo descartados em locais inadequados, focos de 
incêndio, desmatamentos, captura ilegal de plantas, bem como a caça predatória e o tráfico de 
animais. Neste contexto, esta revisão bibliográfica apresenta um breve relato sobre a história 
da floresta amazônica frisando a importância deste bioma e os impactos que a interferência 
humana pode causar, com o objetivo de alertar a sociedade e a comunidade cientifica sobre tal 
problemática que causa grande desequilíbrio no ecossistema. 
 
A importância da floresta amazônica e os impactos 
causados pela interferência humana 
 
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Após os anos de prosperidade, aconteceu um declínio econômico, as seringueiras 
adaptaram-se bem em áreas do sul e sudeste asiáticos, que se transformaram em grandes 
produtoras mundiais de borracha natural tornando o Brasil um produtor medíocre” (TORRES, 
2005, pg. 32). Ao longo de sua história, a Amazônia tem gerado sempre mais recursos para fora do que 
tem recebido como retorno; tem sido, permanentemente, um lugar de exploração, abuso 
e extração de riquezas em favor de outras regiões e outros povos. LOUREIRO, 2002, pg. 
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 Após o encerramento do ciclo da borracha grandes estradas foram construídas, tomando o 
lugar de extensos rios, assim, pela primeira vez na história, a ocupação da Amazônia era feita a 
partir das estradas, resultando o início de graves problemas ambientais e conflitos sociais 
(TORRES, 2005). 
Visto que o modelo econômico da região tem ignorado e menosprezado a diversidade dos 
inúmeros ecossistemas amazônicos, após o ciclo da borracha as atividades como pecuária, 
mineração, exploração de madeira, garimpagem foram desenvolvidas sem levar em consideração 
os impactos que causam sob a natureza produzido assim um enorme desperdício de recurso 
natural (TORRES, 2005). 
O desmatamento foi e ainda é um fato marcante da história da Amazônia, após muita 
 
Com uma extensão gigantesca, o território da Amazônia abrange nove países, sendo a 
maior parte deste território localizado no Brasil, detentora de uma diversidade enorme de 
ecossistemas, a Amazônia conhecida hoje era um grande monte, com um clima árido que não 
seria possível a formação de uma floresta na América do Sul, ainda quando a América do Sul e a 
África era um só continente, o clima que ali existia não permitiria a formação de uma floresta 
(LOUREIRO, 2002). 
A floresta amazônica que existe hoje é resultado de diversas transformações que 
ocorreram ao longo dos anos, através de incontáveis mudanças climáticas pouco a pouco esse 
bioma foi ser formando, afetada também por mudanças geológicas como a elevação de 
montanhas, o que resultou na formação da cordilheira dos andes, onde inclusive é a nascente do 
rio amazonas, considerado o rio mais longo do planeta (LOUREIRO, 2002). 
O primeiro contato da floresta com seres humanos foi com tribos indígenas que ali 
habitavam antes mesmo da colonização, eles eram considerados grandes guardiões da floresta, 
extraíam os recursos necessários para sobreviver e se desenvolver, porém com a chegada dos 
europeus e a colonização portuguesa desse território, as populações indígenas foram reduzidas, 
sobretudo por causa das doenças trazidas pelos europeus (TORRES, 2005). 
Após a chegada dos europeus houve uma diminuição na coleta de produtos naturais e na 
agricultura, para viver em função do grande do ciclo econômico da borracha, tal ciclo enriqueceu 
muitas populações e promoveu desenvolvimento arquitetônico e cultural de Belém e Manaus 
(TORRES, 2005). 
 O comércio da borracha atraiu milhares de pessoas e companhias extrativistas, a 
população daquela região dobrou, o trabalho com a borracha beneficiou muitas pessoas, sendo o 
primeiro empreendimento comercial do Brasil sem a utilização de trabalho escravo, a economia 
regional cresceu demasiadamente (TORRES, 2005). 
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pressão da sociedade brasileira e internacional, o governo passou a trabalhar em tentativas de 
controle do desmatamento, que não tiveram resultados positivos, a situação ficou fora do 
controle durante muito tempo, até que buscou – se melhorar a fiscalização criando 
novas unidades de conservação, permitindo a extração mediante autorização do governo com a 
condição de reflorestar a área desmatada com espécies de arvores nativas, com intuito de 
cumprir com o compromisso de reduzir o desmatamento em 80% (IMAZON, 2015). 
Infelizmente com o passar dos anos, a floresta tem sido vista apenas como uma fonte 
inesgotável de riquezas, desde recursos florestais e animais, passando por depósitos minerais, até 
a imensidão de rios e lagos, não necessitando de atenção e cuidado (LOUREIRO, 2002). 
Segundo o IBAM (2015) cinco fenômenos são extremamente importantes para o mundo 
e dependem da floresta amazônica, sendo eles: direcionamento de chuva através das arvores, por 
meio de transferência de grandes volumes de água para a atmosfera; Indução de chuva através de 
compostos orgânicos emitidos pelas plantas que intensificam a formação de nuvens, 
possibilitando chuvas fortes e abundantes; Sucção de umidade através de transpiração das 
arvores, provocando assim a redução da pressão atmosférica, aumentando e mantendo a 
disponibilidade da chuva; Transporte de chuvas para regiões distantes e assim promove 
estabilidade atmosférica, promovendo a concentração da energia de ventos destrutivos que 
geram tornados e furacões. 
 
 A conservação deste bioma é sustentada pelo equilíbrio das condições ambientais, ou 
seja, as alterações na hidrologia, no clima e nos processos de disponibilização de nutrientes do 
solo sob a interação flora/fauna e micro-organismos podem causar danos irreversíveis ao bioma 
(IBAM, 2015). 
Visto que a Amazônia, devido a sua extensa abrangência, gênese, geomorfologia, 
condições de solo, influência hídrica e particularidades climáticas, apresenta flora extremamente 
variada e rica que, associada à fauna, aos fungos e micro-organismos, contribui para o balanço 
ecológico do bioma (IBAM, 2015). 
Portanto a conservação desta biodiversidade é um tema emergente e cada vez mais 
relevante na medida em que grupos sociais percebem efeitos negativos de algumas atividades 
produtivas e da expansão urbana descuidada, tais atividades, causam prejuízos a todoo 
ecossistema (IBAM, 2015). 
A Floresta Amazônica tem uma importância central para as atividades humanas que 
necessitam de chuvas e de um clima ameno, além de servir como proteção contra 
eventos extremos que possam causar prejuízos materiais e perdas de vidas. (NOBRE, 
2014 apud IBAM, 2015) 
 
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3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo deste estudo verificou – se que o problema da Amazônia vai além da questão 
econômica, os recursos naturais são explorados de forma abusiva, sendo enxergados pela 
sociedade como fonte inesgotável. É necessário que a sociedade retome a visão dos indígenas, 
que visava o cuidado e proteção deste bioma tão importante, visto que a cada dia que passa a 
sociedade já tem sofrido com consideráveis alterações climáticas. 
 
Para a elaboração deste trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, 
classificada como descritiva e qualitativa, através de plataformas de busca como: Scientific 
Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico e livros. Para tanto, buscou-se arquivos 
na língua portuguesa através das palavras-chaves Floresta Amazônica; Amazônia; Impactos 
Ambientais. 
 
É fundamental perceber que todo o potencial natural ou econômico do Bioma Amazônia 
não esconde sua fragilidade. A floresta vive a partir de seu próprio material orgânico, via 
reciclagem natural de nutrientes. Seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a 
quaisquer interferências de eliminação da vegetação. Uma vez eliminada a floresta, o 
solo se torna árido, improdutivo e incapaz de estocar quantidade significativa de 
nutrientes. (RICHARDS, 1981 apud IBAM 2015). 
Segundo Loureiro (2002) é esperado um novo modelo de desenvolvimento, visto que a 
Amazônia possui grandes riquezas naturais, desde recursos florestais e animais, passando por 
depósitos minerais, até a imensidão de seus rios e lagos. Além disso, ela abriga uma diversidade 
de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais, bem como novos habitantes que 
chegaram na região, sendo possível direcionar um futuro próspero para a Amazônia. 
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REFERÊNCIAS 
IBAM - Instituto Brasileiro de Administração Municipal, Caderno de estudo: bioma Amazônia e 
o desmatamento, Rio de Janeiro, 2015. < 
http://www.fundoamazonia.gov.br/export/sites/default/pt/.galleries/documentos/acervo-de-projetos-
cartilhas-outros/IBAM-Bioma-Amazonia-Desmatamento_caderno_de_estudo.pdf> Acessado: 06 de 
Dezembro de 2019. 
 
IMAZON, A floresta habitada: História da ocupação humana na Amazônia, Belém, 2015. < 
https://imazon.org.br/a-floresta-habitada-historia-da-ocupacao-humana-na-amazonia/> Acessado: 
02 de Dezembro de 2019. 
 
LOUREIRO, Violeta Refkalefsky. Amazônia: uma história de perdas e danos, um futuro a 
(re)construir. Estud. av., São Paulo , v. 16, n. 45, p. 107-121, Aug. 2002. Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103 
40142002000200008&lng=en&nrm=iso>. Acessado: 04 de Dezembro de 2019. 
 
TORRES, Maurício (org.) Amazônia revelada: os descaminhos ao longo da BR-163. Brasília: 
CNPq, 2005.

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