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TCC Crimes Cibernéticos - Criminologia ENVIADO

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11
FACULDADE FLEMING OSASCO 
CRIMINOLOGIA 
LECI ASTRISSI
CRIMES CIBERNÉTICOS
PONTE SERRADA
2020
CRIMES CIBERNÉTICOS
Leci Astrissi
Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
RESUMO - Este artigo tem como objetivo fornecer uma breve análise e aprofundar o tema do crime na Internet, porque a globalização e o progresso tecnológico levaram a mudanças de paradigma na sociedade contemporânea, especialmente no mundo das comunicações, com o rápido desenvolvimento da rede mundial de computadores. Nesse cenário, devido à existência de vários atos possíveis de violência no meio ambiente, a Internet se tornou uma nova maneira de realizar crimes já cometidos no mundo real e expandiu a cibernética de operações relacionadas à criminalidade na Internet. Portanto, o controle desses comportamentos sempre foi objeto de discussão na lei, e as principais diferenças são a necessidade de legislação específica e a dificuldade do país em responder a esses crimes virtuais. Portanto, para adaptar a lei às mudanças tecnológicas que mudam constantemente a sociedade brasileira, foi promulgada a Lei nº 12.737/2012, que promoveu o desenvolvimento do combate ao crime cibernético. Portanto, este artigo investigará a adequação da legislação criminal brasileira atual e as medidas tomadas pelas autoridades competentes para combater tais crimes. 
PALAVRAS-CHAVE: Direito Penal. Crimes Virtuais. Legislação Criminal. Criminalidade na Internet.
1 INTRODUÇÃO
A característica do mundo globalizado é o surgimento de tecnologia que permite um alto grau de circulação de informações, pessoas e bens. A Internet é um exemplo marcante dessa contemporaneidade, porque afeta a vida de milhares de pessoas. Por exemplo, hoje, as relações sociais também são guiadas pela Internet. É comum celebrar assuntos legais, reuniões e relacionamentos através da Internet. Esse fato possibilita que as pessoas cometam um novo tipo de crime pela Internet, o chamado crime virtual. Como resultado, as leis precisam se adaptar às novas realidades, a fim de proteger ativos legais e manter a dignidade humana. 
A partir dessa perspectiva, com o objetivo de se adaptar aos direitos das mudanças tecnológicas em uma sociedade em mudança, foi promulgada a Lei 12.737/2012, a saber, a Lei Carolina Dickman, que "fornece uma classificação criminal do crime de computador; alterando o Decreto Lei nº 2.848 de 7 de dezembro 1940 do Código Penal; e tome outras medidas "para preencher as lacunas legislativas sobre o assunto, e lembre-se de que o crime é um fato típico, e todas as nuances dele devem ser claramente especificadas na norma e estar sujeitas a pena de atípicos de conduta.
Lei nº 12.737/12, introduzida no escândalo da famosa atriz brasileira em 2012, a norma legal é comumente conhecida como Lei Carolina Dickman. A lei mencionada recebeu alguns elogios no âmbito da Lei. Em certo sentido, visa garantir que os usuários da Internet desfrutem de mais dignidade e atribui importância à proteção da honra, privacidade e intimidade das pessoas. No entanto, algumas pessoas o criticam porque é inegável que a edição leva muito tempo, apenas quando uma pessoa notória é vítima de invasão de equipamentos de informática.
Este estudo tenta responder à seguinte pergunta: "O direito penal brasileiro é suficiente para conter o aumento do crime no ambiente virtual?". O método utilizado neste artigo será de natureza científica, baseado em métodos dedutivos e utilizando procedimentos bibliográficos, sendo realizado através da investigação de materiais teóricos e legais em bibliotecas institucionais e coleções particulares. Além desses recursos, outros recursos também serão consultados, como jornais, periódicos e documentos digitais (além da Internet).
Dada a complexidade do tópico, não eliminaremos dúvidas, mas nosso objetivo é pelo menos incentivar a discussão e a análise de materiais de referência para verificar se a aplicação das leis criminais sobre crimes cibernéticos precisa ser melhorada e/ou mais clara. Esta questão está causando um grande debate no nível jurídico nacional.
2 a lei na Internet 
A internet surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, quando o Departamento de Defesa norte-americano criou um sistema que interligava vários centros de pesquisas militares, permitindo a transmissão de informações e dados. Isso só foi possível devido ao acúmulo de estudos sobre a informática e também ao desenvolvimento de computadores (TEIXEIRA, 2007, p.7)
Pouco tempo depois, no final da década de 1980, a tecnologia da internet ampliou-se de forma a estabelecer a comunicação de computadores entre os órgãos estatais, universidades e laboratórios de pesquisas norte-americanos, facilitando a leitura de documentos por meio de códigos (TEIXEIRA, 2007, p.8).
A internet de fato tem início tardio no Brasil, em 1988, através do Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) no Rio de Janeiro. Apenas em 1991 começa seu uso para o público em geral. Atualmente, a internet é a interligação de redes de computadores que existem pelo mundo, que passam a funcionar como uma só rede, favorecendo a transmissão de dados, sons e imagens de forma espontânea. Essa conexão de redes pode ser feita por sistema telefônico de cabos de cobre ou de fibras óticas, transmissão de ondas de rádio ou via satélite, por sistema de televisão a cabo entre outros. O usuário, para ter acesso à internet, deve se valer de um aparelho denominado de modem que, somado ao auxílio de programas, permite a navegação na rede (TEIXEIRA, 2007, p.9).
Com o passar do tempo, a internet deixa de ser utilizada apenas para os fins originais de sua criação. A abertura ao público na década de 1980 leva a ampliação de seu uso para além do viés militar, cultural ou acadêmico. A internet tem sido equiparada a uma grande enciclopédia, pois sua capacidade de reunir informações, antes pouco acessíveis, é um progresso para a humanidade e gera uma nova sociedade que debate o que está sendo posto na Rede. Dessa forma, há grandes chances de as pessoas melhorarem suas relações no trabalho, família, educação e de interagir com o mundo (SANTOS, 2001, p. 27).
No entanto, maneiras de expandir os usos benéficos da Internet (principalmente usos econômicos e sociais) também começaram a produzir distorções no uso da Internet. Vale ressaltar que o mundo on-line não é apenas cheio de interesses, mas também possui muitos fatores negativos que devemos enfatizar. Nesse sentido, considere Antônio Jeová:
Durante o apogeu da televisão, foi cunhado o vocábulo “videota” para bem adjetivar aquele que ama a televisão. Atualmente, o “digeota”, vem a ser aquele que não consegue viver sem a internet, sem navegar durante horas diariamente em busca das mais variadas sensações. (JEOVÁ, 2015, p.45)
Pode-se falar que há altos riscos de as pessoas se tornarem viciadas em internet ao ponto de passarem horas vislumbrando o mundo digital, de tal maneira que acabam por esquecer a realidade que os cercam, entrando em verdadeira paranóia se forem privados do direito ao acesso à internet. Isso causa isolamento, estresse e ansiedade nas pessoas que vivem em sociedade (SANTOS, 2001).
Além disso, os chamados crimes cibernéticos estão proliferando, como: pornografia infantil, racismo e fraude em contratos eletrônicos, crimes contra a reputação e roubo de informações bancáriaspor hackers. Jeová respondeu da seguinte maneira: 
Que o excesso de dados não nos faça perder a informação. Que o excesso de informação não nos faça perder os conhecimentos. Que o conhecimento não nos impeça de ser sábios e que a ausência de sabedoria não nos faça perder o bom viver. (JEOVÁ, 2015, p.45)
Acontece que a navegação on-line requer sabedoria, porque nos oferece infinitas possibilidades, boas ou más. Portanto, ninguém pode permanecer indiferente à Internet, e todos têm a responsabilidade de saber como usá-la adequadamente para aproveitar todas as suas vantagens e impedir a propagação do crime virtual.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) realizou pesquisa onde o Brasil aparece como o quarto lugar no ranking mundial de usuários da rede mundial de computadores com 120 milhões de pessoas conectadas, perdendo apenas para os Estados Unidos (242 milhões), Índia (333 milhões) e China (705 milhões) (AGÊNCIA BRASIL, 2017).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os celulares foram os grandes responsáveis pela expansão do acesso à internet nos domicílios brasileiros. Pela pesquisa, o celular foi o equipamento utilizado por 94,6% das pessoas que acessaram a rede em 2016. O acesso móvel está acima de 90% em todas as grandes regiões. Apesar de o celular ser predominante, outras formas de acesso à rede é via microcomputador (63,7%), tablet (16,4%) e televisão (11,3%) (IDGNOW, 2018).
Curiosamente, a Internet está constantemente passando por mudanças estruturais, sempre com o objetivo de fornecer aos usuários a maior experiência conectada. Atualmente, a imaterialidade da Internet tornou-se uma característica marcante, levando à falta de restrições de tempo e espaço. Devido ao seu amplo uso e amplo acesso, a Internet tira proveito dos riscos decorrentes da fragilidade do ambiente digital, portanto, quanto maior o grau de uso da Internet nas interações humanas, maior a tendência para problemas legais, incluindo surgimento de novos tipos de crime. 
Os crimes realizados no meio virtual são denominados de crimes virtuais, digitais, informáticos, telemáticos, de alta tecnologia, crimes por computador, fraude informática, delitos cibernéticos, crimes transnacionais, dentre outras nomenclaturas. Estes se dividem em puros (ou próprios) sendo aqueles praticados por meio eletrônico em sentido amplo, onde a informática é o objeto jurídico tutelado, enquanto os impuros (ou impróprios) são aqueles em que o agente se vale do computador como meio para produzir resultado naturalístico, que ofenda o mundo físico ou o espaço real, ameaçando ou lesando outros bens diversos da informática (ALBUQUERQUE, 2006, p. 40 e 41).
Portanto, é responsabilidade do estado encontrar maneiras de prevenir e combater atividades ilegais no ambiente virtual por meio de seu papel regulador e de supervisão. Portanto, a lei precisa continuar se desenvolvendo e se adaptando às mudanças sociais. No entanto, essa mudança é gradual e geralmente leva muito tempo para encontrar soluções legais, principalmente para aspectos que envolvem novas tecnologias e a Internet.
3 DIREITO DIGITAL NO ÂMBITO CRIMINAL
A lei é o campo do conhecimento humano, que envolve regular o comportamento das pessoas na sociedade, buscando manter a paz social, resolver conflitos e até punir cidadãos ilegais. Portanto, a lei precisa se adaptar aos fenômenos sociais, porque o ambiente social está em constante mudança, para que não se torne uma regra e um sistema de valores irrealizáveis.
Portanto, a falta de regras específicas para situações específicas no ambiente da Internet é um fator que estimula a impunidade. Por causa da particularidade de comportamentos ilegais, certos comportamentos ainda não têm características e, portanto, não são punidos. Algumas medidas de emergência e catastróficas foram tomadas através do estabelecimento de normas, e essas normas produziram alguns representantes típicos de atos criminosos que ocorreram através da Internet. Por exemplo, as Leis números 12.735 (Ray Aceredo) e 12.737 (Carolina Dickman), que foram aprovadas em 30 de novembro de 2012, respectivamente.
A Lei nº 12.735 / 2012 (conhecida como Lei Azeredo) estabelece o direito de interromper obrigatoriamente mensagens com conteúdo racista, exceto para removê-la de qualquer método de comunicação e criar uma delegacia virtual. A lei foi proposta pelo vice-presidente federal Eduardo Azeredo (PSDB). O objetivo desta lei é alterar o Direito Penal, o Direito Penal Militar e a Lei Anti-Racismo (Nº 7.716 / 89) para "executar através do uso de sistemas eletrônicos digitais ou similares, visando sistemas de computadores e similares". A lei de sanções tem apenas dois pontos.
O artigo 4 da lei estabelece: "O órgão da polícia judiciária organizará departamentos e grupos para combater especificamente atos criminosos em redes de computadores, equipamentos de comunicação ou sistemas de computadores de acordo com os regulamentos", ou seja, para estabelecer departamentos. Luta contra o cibercrime em delegacias de polícia em geral e delegacias especializadas em crime eletrônico.
Além disso, o artigo 5 da lei acima mencionada foi adicionado ao artigo 20 da Lei nº 7.716 / 89 (Lei de Combate ao Racismo), e o artigo 3, parágrafo 2, dispõe: "Interrompa a transmissão, televisão, mídia eletrônica ou publicação. Cada tipo de mensagem racista é disseminada. O texto original da norma envolve questões polêmicas, como o tipo de compartilhamento de arquivos e a obrigação do fornecedor de manter e monitorar o registro de atividades do usuário. No entanto, essas opiniões foram rejeitadas. A alternativa à Lei Azeredo foi à lei Carolina Dieckmann.
A Lei nº 12.737 / 12 introduz três tipos de direito penal no direito penal: Artigo 154 do Código Penal: Direito Penal envolvendo a intrusão de equipamentos de informática de terceiros, Artigo 266, parágrafos 1 e 2, sobre interrupção ou interferência de serviços telefônicos, telégrafo Informações informáticas, telemáticas ou de utilidade, o artigo 298, parágrafo único, representa a falsificação de cartões de crédito ou débito.
A Lei 12.737/2012 surgiu em meio ao fato escandaloso que ocorreu com a famosa atriz brasileira, sendo a norma jurídica conhecida popularmente como a Lei Carolina Dieckmann. Antes da análise jurídica, cabe tomar conhecimento do caso. Em maio de 2012, fotos íntimas tiradas por Carolina, que se exibiu para o seu marido, foram indevidamente divulgadas em vários sítios eletrônicos da rede mundial de computadores. Segundo informações, após deixar um computador pessoal em um estabelecimento de assistência técnica especializada, violaram a sua conta de correio eletrônico, oportunidade em que o criminoso obteve acesso às imagens, passando a chantagear a atriz, sob pena de divulgar as imagens tidas como comprometedoras. O caso foi comunicado às autoridades policiais e ganhou relevância nacional, causando bastante constrangimento na vítima. Os agentes foram punidos pelos crimes de extorsão, difamação e furto, mas não pela invasão de computador, devido o vácuo legislativo da época (JEOVÁ, 2015).
O Congresso Nacional editou a lei em 30 de novembro de 2012. A lei foi publicada no Diário Oficial em 3 de dezembro de 2012 e entrou em vigor oficialmente 120 dias depois. Vale ressaltar que tipificou crimes relacionados a computadores e alterou o Decreto nº 2848, de 7 de dezembro de 1940 da Lei Penal. O legislador, em seu artigo 2, formulou as seguintes normas de ofensa criminal, que se tornam parte do capítulo IV (Crimes que infringem a liberdade individual), Seção 4 (Crimes que violam a inviolabilidade de segredos). ("Violação criminal" no direito penal).
Foi incluído o crime de invasão de dispositivos informáticos no Código Penal:
Art. 154 – A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular dodispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
A Lei Carolina Dickman é elogiada no campo jurídico porque visa garantir mais dignidade aos usuários da Internet para proteger a honra, a privacidade e a intimidade das pessoas. Não há dúvida porque fortalece os direitos humanos no Brasil e no mundo. Por outro lado, algumas pessoas o criticaram porque é inegável que a edição leva muito tempo, e a edição só é feita quando a pessoa famosa é vítima de invasão de equipamentos de computador.
A sociedade sentiu-se insatisfeita com essa situação, em certa medida, porque em muitos casos ela viola a segurança dos dados de outras pessoas, mas devido a omissões na lei, o processamento legal não é satisfatório. Também é importante notar que, devido à existência de detenção, a punição é baseada apenas na qualificação do crime, e a punição pode ser considerada leve.
Quanto às questões processuais, o artigo 154-B do Código Penal define a definição de processo penal apropriado, porque o processo criminal é público, mas está sujeito a representação. Este é um direito disponível e depende da provocação da vítima. Devido à disponibilidade de propriedade legal protegida, o consentimento da vítima não inclui o direito de punição do Estado. No entanto, se o crime violar os regulamentos de gestão pública, a acusação é incondicional.
Em relação à competência, em regra ela é da Justiça Estadual, não sendo observado se o crime foi co- metido pela rede mundial de computadores, sendo da Justiça Federal apenas se houver preenchimento dos requisitos previstos no artigo 109, incisos IV e V, da Constituição Federal: (MASSO, 2014, p.317).
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: IV - os crimes políticos e as infrações pe- nais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárqui- cas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral; V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
Além disso, a Lei nº 12.965 / 2014 lista garantias, princípios, direitos e obrigações para o uso da Internet em territórios nacionais, envolvendo conexões, aplicativos e provedores de usuários, e regula o uso de redes no Brasil e aborda questões como direitos e obrigações. Questões como garantias, usuários, neutralidade da rede, proteção de registros, papel do poder público na melhoria do uso da Internet no Brasil e responsabilidades do provedor. 
Nessa perspectiva, o Decreto nº 8.772 / 2016 regulamenta o período importante da Internet, entre outras coisas, cuida da custódia e proteção de dados por provedores de conexão e aplicação; aponta os departamentos de administração pública e de assuntos públicos; medidas de transparência na solicitação de dados de registro e parâmetros para investigação e inspeção de violação.
Nesse contexto, é oportuno abordar sobre outros crimes comuns no âmbito virtual, ameaça (art. 147, CP); fraude bancárias por meio de Internet Banking ou clonagem de cartão Internet Bank- ing (art. 155, § 4º, inciso II, CP); comentar, em chats, e-mails e outros, de forma negativa, sobre raças, religiões e etnias (preconceito ou discriminação art. 20 da Lei n. 7.716 /89); enviar, trocar fotos de crianças nuas (pedofilia art. 247 da Lei n. 8.069 /90, o Estatuto da Criança e do Adoles- cente - ECA); exploração sexual cibernética contra crianças e adolescentes (art. 241-A c/c art. 241-E, do Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA); falsa identidade virtual (art. 307, CP) e a venda de medicamento pela Internet (art. 273, § 1º, CP) (STF, 2009).
Portanto, a Internet é um novo método para lidar com crimes que foram cometidos no mundo real, exigindo que a lei seja aplicada a crimes eletrônicos. Esta é a nova missão da justiça: alterar as disposições do Direito Penal para combater o crime digital.
4 CONCLUSÃO
Como mencionado acima, seja nos campos político, econômico, social ou cultural, a Internet trouxe inúmeros resultados positivos à sociedade. Houve alguns problemas, como a proliferação dos chamados crimes cibernéticos, como: pornografia infantil, racismo e fraude em contratos eletrônicos, crimes contra a reputação, hackers por roubo de informações bancárias e outros crimes cibernéticos.
É a partir dessa oportunidade que surgiu o direito digital, que inclui o desenvolvimento da própria ciência jurídica e abrange todos os princípios e instituições básicos da lei atual. Vale ressaltar que, para combater o cibercrime, surgiu legislação para impedir o crescimento acelerado de atos ilegais no ambiente digital, mas um dos maiores obstáculos à impunidade no final é que, devido à existência de inúmeros atos, sem punição, foram formuladas regras específicas para regular comportamentos ilegais da Internet.
O fato é que um único padrão ainda não é suficiente para combater a violência, porque o país precisa aumentar a conscientização do público, implementar mais conteúdo e educar crianças e jovens nas escolas para evitar atividades ilegais na web. Uma análise da legislação brasileira constatou que certos atos da lei brasileira podem ser cobertos pela legislação existente, mas outros ainda não possuem um projeto de lei, o que significa que a lei deve acompanhar o desenvolvimento da sociedade para que o relacionamento entre os indivíduos que utilizam meio virtual possa ser usado na vida cotidiana, sem que se sintam inseguras no relacionamento com terceiros em ambiente virtual. 
Portanto, à medida que os avanços tecnológicos continuarem trazendo novidades, o cibercrime continuará a crescer. Além disso, nos próximos anos da legislação brasileira, as teorias e a jurisprudência devem ser proporcionalmente adaptadas a essa realidade sem aumentar multas excessivas ou mesmo estabelecer um sistema de censura relacionado a redes sociais e outros sites eletrônicos na web.
O surgimento de leis para combater a violência digital somente será efetivo quando as instituições públicas estiverem qualificadas para lidar com esse problema. Em outras palavras, as delegacias de polícia precisam se especializar em crimes cibernéticos, os juízes devem entender os princípios e doutrinas legais envolvidos no crime de computador e os advogados públicos ou privados devem seguir o desenvolvimento do direito digital para melhorar o funcionamento da Justiça no Brasil.
Concluímos que, embora a lei digital ainda esteja evoluindo, ainda há legislação insuficiente para combater o crime digital. Em vista disso, a Lei nº 12.737 / 2012 é um desenvolvimento legislativo destinado a garantir a segurança e a proteção da confidencialidade de dados e informações pessoais na faixa digital, mas não podemos ignorar que a lei ainda precisa ser aprimorada, principalmente em suas disposições com mais clareza e aplicabilidade.
5 REFERÊNCIAS
AGÊNCIA BRASIL. Relatório aponta Brasil como quarto país em número de usuários de internet. Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-10/relatorio-aponta-brasil-como-quarto-pais-em-numero-de-usuarios-de-internet>. Acesso em 01 de junho de 2020.
TEIXEIRA, Tarcísio. Direito Eletrônico. 4º Ed. São Paulo: Joarez de Oliveira, 2007.
SANTOS, Antonio Jeová. Dano Moral na Internet. 1º Ed. São Paulo: Método, 2001.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Justiça usa Código Penal para Combater Crime Virtual. 2009. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/234770/justica-usa-codigo-penal-para-combater-crime-virtual>. Acesso em 08 de junho de 2020.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. vol. Único, 2. ed. Salvador, BA: Juspodivm, 2014.
MASSO, Fabiano Del. ABRUSIO, Juliana. FILHO, Marco Aurélio Florêncio Filho. Marco Civil da Internet – lei 12.965/2014. 1 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
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