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exoneração de alimentos

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Ao Juízo de Direito da Família a quem esta couber por distribuição,
MARCELO SOUZA, brasileiro, divorciado, engenheiro e funcionário publico, CPF xxxxxxxxx, CI nº 2222 (CREA-PA), E-MAIL: xxxxxxxxxxxx, telefone: xxxxxxxx, residente e domiciliado nesta cidade conforme comprovante em anexo, por um de seus advogados, ao final assinado, consoante instrumento de mandato em anexo, VEM, perante V. Exª., com fulcro nos art. 319 e seg. do CPC/2015 C/C os arts. 1.699 do CC/2002 E SÚMULA 621 STJ propor a presente AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS, contra MICHELE SILVA E SOUZA, brasileira, solteira, médica, cpf xxxxxxxx, CI nº 2222 (CRM-PA), E-mail: xxxxxxxxxx, telefone: xxxxxxxxx, residente e domiciliada nesta cidade conforme comprovante em anexo aduzindo, para tanto, as razões que passa a expor:
,
DOS FATOS
Em 22 de novembro de 1993, o requerente se divorciou e começou a pagar pensão alimentícia em favor de sua filha MICHELE SILVA E SOUZA na época menor de idade e atual RÉ neste processo, comprometendo-se em prestar alimentos, conforme determinado no percentual de 35% do seu salário bruto de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais), contribuindo assim para criação e formação de sua filha, fato que se perpetua até a presente data.
Ocorre que sua filha a Sra. Michele Silva e Souza, ja atingiu a maior idade civil e atualmente encontra-se com 24 anos de idade, formada e exercendo a profissão de médica, tendo realizado residência e especialização em radiologia e atualmente cursando mestrado em radiologia, tendo atualmente a RÉ plena condição de prover o seu sustento.
DO DIREITO
Dispõe o Código Civil, em seu art. 1.699, que “se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo”.
A obrigação alimentar, com fundamento do dever de sustento, encerra-se com o advento da maioridade. Entretanto, esse encerramento não é automático, devendo ser requerido judicialmente pelo devedor.
Conforme decorre da Súmula 621 do STJ:
Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.
A referida Súmula encontra-se amparada em diversas decisões do E. Superior Tribunal de Justiça e dentre elas é oportuno citar o REsp1426082/MG, que traz a seguinte ementa:
 
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. ALIMENTOS PROVISÓRIOS. SENTENÇA DEFINITIVA. EXTINÇÃO DA DÍVIDA. ART. 13, § 2º, DA LEI DE ALIMENTOS. EFICÁCIA EX TUNC. IMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO 	SEM CAUSA. 
1- Cinge-se a controvérsia a definir se é possível a extinção da execução dos alimentos provisórios por 	ausência de título executivo diante de posterior sentença definitiva de improcedência do pedido na ação de alimentos. 
2. À luz da jurisprudência desta Corte, a sentença definitiva exoneratória da obrigação de pagamento de alimentos retroage com eficácia ex tunc independentemente do caso. 
3. Uma vez demonstrado em sede de juízo exauriente, observado o contraditório e a ampla defesa, que a obrigação imposta liminarmente não deve subsistir, resta vedada a cobrança dos denominados alimentos provisórios, sob pena de enriquecimento sem causa. 
4. A Segunda Seção, no julgamento do EREsp nº 1.181.119/RJ, ao interpretar o art. 13, § 2º, da Lei nº 5.478/1968, concluiu, por maioria, que os alimentos provisórios não integram o patrimônio jurídico subjetivo do alimentando, podendo ser revistos a qualquer tempo, porquanto provimento rebus sic stantibus, já que não produzem coisa julgada material (art. 15 da Lei nº 5.478/1968). 
5. A sentença exoneratória que redimensiona o binômio necessidade-possibilidade segue a mesma lógica das ações congêneres revisionais, devendo seus efeitos retroagir à data da citação. 
6. Recurso especial provido. (REsp 1426082/MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/06/2015, DJe 10/06/2015)
Bem como, a JURISPRUDENCIA da apelação cívil de ação de exoneração de alimentos:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. ALIMENTADA CONTA COM MAIS DE 24 ANOS E, ATUALMENTE, FAZ CURSO DE MESTRADO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. ADEMAIS, POSSUI PLENA CAPACIDADE LABORAL E NÃO POSSUI QUALQUER DOENÇA, A JUSTIFICAR QUE NÃO TRABALHA POR CONTA DOS ESTUDOS. ÔNUS QUANTO À NECESSIDADE DE MANTER O PENSIONAMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. ALIMENTADA APTA PARA O TRABALHO. O PROLONGAMENTO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR, IN CASU, IMPLICARIA NA ETERNIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA COM O GENITOR ALIMENTANTE. MANUTENÇÃO DA PROCEDÊNCIA DA EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (Apelação Cível nº 201900704404 nº único0008605-11.2017.8.25.0084 - 1ª CÂMARA CÍVEL, Tribunal de Justiça de Sergipe - Relator (a): Cezario Siqueira Neto - Julgado em 20/05/2019)
(TJ-SE - AC: 00086051120178250084, Relator: Cezario Siqueira Neto, Data de Julgamento: 20/05/2019, 1ª CÂMARA CÍVEL)
Diante do exposto, nota-se que a necessidade do querelante de prestar alimentos para requerida não existe mais e a mesma tem totais condições de se prover.
Do pedido:
Ante o exposto, requer :
1- Seja julgada totalmente procedente a ação exonerando o Requerente a pagar o percentual de 35% do seu salário bruto correspondente a obrigação alimentícia em favor da requerida, em sede de liminar, dada a cessação da presunção da necessidade dos alimentos.
2- Em virtude do autor ser funcionário publico, solicita-se a comunicação imediata perante ao Estado do Pará, para que o mesmo cesse o desconto em folha referente a pensão alimentícia. 
3- A citação da Requerida para que apresente sua contestação sob pena de sofrer os efeitos da revelia;
Dá-se a causa o valor de R$ 67.200,00( Sessenta e sete mil e duzentos reais)
Termos em que,
Pede e Espera Deferimento.
Belém-PA, 17 de junho 2020
Advogado/ OAB

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