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Aula 09

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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
Curso Regular 
Prof. Marco Aurelio 
AULA N° 9 
Gostaria de começar essa aula com uma dica. Na verdade é 
quase uma constatação. Muitas vezes, não só eu, mas também outros 
professores, falamos que determinada ideia está certa ou está errada, 
baseados em nossa experiência de vida e em concursos públicos. A 
nossa intenção sempre será a melhor, ou seja, prepará-lo para acertar 
ao máximo nas provas. Por exemplo, quando falamos que a questão foi 
mal elaborada ou que o pensamento não é majoritário. Em todos os 
casos, o candidato deve ponderar na hora de resolver cada questão, 
procurando o item mais correto. A banca busca as questões em vários 
livros ou nos sites do Poder Judiciário, sem, contudo contrariar o edital 
do concurso. Nunca será nossa intenção brigar com a banca, pois 
dificilmente uma questão será anulada, além do que, se o candidato se 
prepara para a prova com esse pensamento, ele irá procurar erros na 
resolução das questões. Muitas vezes para justificar seus próprios erros. 
Então fica a dica: Não se preocupe com a formulação da 
questão. A preocupação estará em acertar a questão. Relaxe, faça 
exercícios, físicos e mentais, encare com bom humor e seriedade a 
prova. 
Vamos à aula! 
SISTEMA TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Entramos, neste ponto, no estudo dos principais dispositivos 
sobre o sistema tributário contido na Constituição Federal. 
A competência tributária concedida pela Constituição aos entes 
federados (União, estados, Distrito Federal e municípios), não é 
ilimitada, encontra limites em seu próprio texto. O constituinte, ao 
eleger determinados valores como mais relevantes dentro do texto 
constitucional, estabeleceu uma série de regras que visam assegurar o 
respeito ao cidadão em matéria de Direito Tributário, principalmente no 
capítulo relativo ao Sistema Tributário Nacional, fazendo com que o 
Estado não exagere em sua função de cobrar e arrecadar tributos. 
A Constituição apresenta como título deste capítulo o sistema 
tributário nacional abrangendo do artigo 145 ao artigo 162, porém há 
matéria tributária em outros artigos da Constituição. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
Curso Regular 
Prof. Marco Aurelio 
Os limites ao poder de tributar não se resumem às regras 
encontradas neste capítulo da Constituição Federal. Em outros pontos da 
Constituição Federal, encontramos várias normas, que têm como efeito 
a limitação do poder de tributar do Estado, sendo um exemplo disso as 
imunidades conferidas nos artigos relativos a alguns tributos, assim, 
quando formos estudar as limitações ao poder de tributar, devemos ter 
em mente que se trata de um conceito bem mais amplo. 
Vamos analisar os limites impostos pela Constituição Federal 
ao poder de tributar, esses limites ora aparecem como vedações 
absolutas, que constituem as imunidades tributárias, ora aparecem 
como garantia de proteção aos direitos individuais dos contribuintes, os 
chamados Princípios Constitucionais Tributários ou Princípios Jurídicos 
da Tributação. 
Nós iremos abordar os artigos acima e trazer outros que estão 
espalhados pela Carta Magna. 
Já falamos que a Constituição recepcionou o CTN, com exceção 
de alguns poucos pontos que assinalamos em nosso estudo. 
Veremos nesta aula os artigos 145 a 150 da CF, destacando os 
seguintes temas: 
1) Princípios Tributários; 
2) SIMPLES; 
3) BIS IN IDEM e BITRIBUTAÇÃO; 
4) Contribuições Especiais; 
5) Limitações ao Poder de Tributar; e 
6) Imunidades Tributárias. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
Curso Regular 
Prof. Marco Aurelio 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - TÍTULO VI 
Da Tributação e do Orçamento 
CAPÍTULO I 
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
Seção I 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I - impostos; 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a 
sua disposição; 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
§ 1° - Sempre que possível, os impostos terão caráter 
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
Nesse primeiro artigo, temos as disposições iniciais, atribuindo 
competência aos entes federados para instituir os tributos. 
Somente as pessoas jurídicas de direito público são 
competentes para instituir tributos. Vimos, ao estudar o artigo 6° do 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
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CTN, que essa atribuição compreende a legislação plena à pessoa 
jurídica de direito público. 
Se a Constituição atribuiu competência à União para instituir o 
ITR, somente a União poderá legislar sobre esse imposto. 
A posição constitucional é da classificação quimpartite ou 
pentapartite, pois considera como tributos os impostos, taxas, 
contribuição de melhoria, contribuições sociais e empréstimos 
compulsórios. 
Princípio da capacidade contributiva 
O parágrafo 1° acima define que, "sempre que possível, os 
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte". 
Esse princípio, que alguns chamam de regra, é programático. 
O legislador deve levar em consideração, sempre que possível, a 
situação econômica de cada contribuinte. 
O legislador deve perseguir a justiça tributária e para isso deve 
conhecer bem seus cidadãos, cobrando de cada um deles apenas o 
suficiente para o funcionamento perfeito da máquina administrativa, 
tudo conforme a lei, nem mais, nem menos. 
O princípio da capacidade contributiva está bem materializado 
no imposto de renda. A cobrança do imposto de renda da pessoa física 
leva em consideração a capacidade contributiva permitindo as deduções 
individualizadas. O ente que irá tributar deve conhecer cada sujeito 
passivo e pode conceder isenções e outros benefícios fiscais, de acordo 
com a situação de cada um. O Imposto de Renda utiliza tabela de 
alíquotas diferenciadas, tributando cada grupo de acordo com sua 
capacidade contributiva. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
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JURISPRUDÊNCIA 
O STF acolheu e aprovou a proposta de edição da Súmula 
Vinculante n° 19, com os seguintes termos: "A taxa cobrada 
exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, 
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos 
provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da 
Constituição Federal." Data de Aprovação: Sessão Plenária de 
29/10/2009. Como estudado acima, o artigo 145, II trata da definição 
de taxa. 
EIS A QUESTÃO! 
1) (AFRF/2000/ESAF) Para responder esta questão preencha 
corretamente as lacunas, indique a opção que, de acordo com a 
Constituição da República, contém o par correto de expressões. 
(1) , os impostos terão caráter pessoal 
Para, entre outros objetivos, conferir efetividade, ao objetivo de graduar 
os impostos segundo a capacidade econômica do contribuinte, é 
facultado à administração tributária, identificar o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte (2) 
a) (1) Tendo em vista o princípio da impessoalidade, em caso algum (2) 
desde que haja determinação da autoridade administrativa, em 
mandado específico de investigação fiscal. 
b) (1) Havendo opção pelo legisladore aplicador da lei, segundo sua 
livre discrição, (2) desde que, segundo expressa exigência 
constitucional, haja específica autorização judicial. 
c) (1) Havendo expressa opção pelo legislador, (2) mas apenas se 
houver alteração constitucional nesse sentido, pois hoje o Estatuto 
Supremo o impede. 
d) (1) Sempre que possível, (2) respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei. 
e) (1) Desde que previsto em lei de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República,(2) mas a Constituição expressamente veda acesso a dados 
financeiros do contribuinte em poder de terceiros. 
Solução: 
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A afirmação é o que consta no artigo 145 da CF. § 1° -
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
A resposta certa é a letra "d". 
2) (SEFAZ/SP-2009-ESAF) O princípio da capacidade contributiva: 
a) aplica-se somente às contribuições. 
b) não se aplica às penalidades tributárias. 
c) aplica-se somente aos impostos. 
d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias. 
e) é atendido pela progressividade dos impostos reais. 
Solução: 
Base legal: CF 145 § 1° - Sempre que possível, os impostos 
terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade 
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
A resposta certa é a letra "c". 
3) (FGV/Fiscal/RJ/2011) A respeito dos princípios constitucionais 
tributários, assinale a alternativa correta, considerando que a segunda 
assertiva é decorrência lógico-jurídica da primeira. 
(A) O princípio da capacidade contributiva tem por finalidade atingir a 
justiça fiscal, / e essa finalidade só é alcançada pela progressividade 
obrigatória das espécies de tributos. 
(B) O princípio da capacidade contributiva determina que os impostos 
tenham, sempre, caráter pessoal; / assim sendo, os impostos devem 
ser graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
(C) O princípio da vedação do tributo confiscatório impede a utilização 
de imposto com tal efeito; / dessa forma, o imposto só será 
confiscatório se ultrapassar 33% da renda. 
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(D) O princípio da vedação do tributo confiscatório impede a utilização 
de imposto com efeito de confisco, / mas não há percentual que 
estabeleça previamente os limites do tributo confiscatório. 
(E) O princípio da legalidade veda aos entes da Federação que se exija 
ou aumente tributo sem lei que o estabeleça; / desse modo, a 
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo tem de ser 
sempre prevista em lei. 
So lução : 
A alternativa "a" está errada. A progressividade não é 
obrigatória para todas as espécies de tributos. Base legal: CF art.145, § 
1° - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da 
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
A alternativa "b" está errada. O art. 145, §1° da CF que 
vimos acima, diz que sempre que possível os impostos terão caráter 
pessoal. 
A alternativa "c" está errada. Não há na legislação tributária 
um valor para que se configure o confisco em uma tributação. 
A alternativa "d" está certa. Esta alternativa, correta, está de 
acordo com a explicação da letra c. 
A alternativa "e" está errada. A atualização do valor monetário 
não constitui majoração do tributo. Base legal: CF art. 97 Art. 97. 
Somente a lei pode estabelecer: II - a majoração de tributos, ou sua 
redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; § 2° 
Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II 
deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de 
cálculo. 
A resposta certa é a letra "d". 
4) (FGV/Fiscal/RJ/2011) Assinale, dentre os impostos abaixo, aquele 
que não obedece ao princípio da progressividade. 
(A) IPTU 
(B) ITBI 
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(C) Imposto de Renda 
(D) IPVA 
(E) ITR 
Solução: 
O princípio da progressividade está estabelecido na 
Constituição Federal e abrange os seguintes impostos: 
Letra "a" - IPTU - CF art. 156; § 1° Sem prejuízo da 
progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4°, inciso II, 
o imposto previsto no inciso I poderá: I - ser progressivo em razão do 
valor do imóvel; e 
Letra "b" - ITBI - A CF não estabelece que este imposto seja 
progressivo. 
Letra "c" - Imposto de Renda - CF art. 153 § 2° - O imposto 
previsto no inciso III (IR): I - será informado pelos critérios da 
generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei; 
Letra "d" - IPVA - CF art. 155, §6° (O IPVA) II - poderá ter 
alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização; 
Letra "e" - ITR - § 4° O imposto previsto no inciso VI (ITR) 
do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a 
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas 
A resposta a ser marcada é a letra "b". 
§ 2° - As taxas não poderão ter base de cálculo própria 
de impostos. 
Neste parágrafo, temos uma importante regra que costuma 
cair em concursos, de forma mais variada possível. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
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Por vezes, o examinador conta uma história bem enrolada para 
confundir o candidato, mas você tem que prestar atenção e lembrar 
que: quando começar uma história falando sobre a base de cálculo, 
pode estar aí embutido o questionamento sobre este parágrafo. 
Para o nosso objetivo, você deve conhecer a base de cálculo 
dos impostos instituídos. 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, 
em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos 
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo 
praticado pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido 
para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, 
inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto 
previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I 
e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 
239. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o 
inciso III, d, também poderá instituir um regime único de 
arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, 
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do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído 
pela Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela 
Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003)II - poderão ser estabelecidas condições de 
enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda 
Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a 
distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos 
entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento;(Incluído pela Emenda Constitucional n° 42, de 
19.12.2003) 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão 
ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro 
nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
Este artigo é o que recepciona literalmente o CTN, pois dita 
que a lei complementar estabelecerá as normas gerais da legislação 
tributária. Essa lei complementar, a que se refere à Constituição, nada 
mais é que o nosso Código Tributário Nacional. 
Este artigo trata da exigência constitucional de elaboração de 
lei complementar para os dispositivos apresentados. Aqui, vemos no 
inciso III, alínea d, a criação do modelo de tributação SIMPLES. 
O SIMPLES foi criado para que muitos sujeitos passivos, que 
estavam trabalhando na informalidade, por causa da tributação 
incidente nas pessoas jurídicas à época, pudessem aderir a esse modelo 
de tributação. 
A Lei Complementar 123/2006 instituiu o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Ela trata da apuração e 
recolhimento dos impostos e contribuições que compõem o SIMPLES e 
das obrigações acessórias do sujeito passivo. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
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Para essa Lei Complementar, consideram-se microempresas 
aquelas com receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240.000,00 e 
empresa de pequeno porte aquela com receita bruta anual acima de R$ 
240.000,00. 
Esse regime implica recolhimento mensal dos seguintes 
tributos, conforme artigos 13 e 14 da LC 123/2006, abaixo: 
Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, 
mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e 
contribuições: 
I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; 
II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o 
disposto no inciso XII do § 1° deste artigo; 
III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; 
IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social -
COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1° deste artigo; 
V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no 
inciso XII do § 1° deste artigo; 
VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a 
Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da 
Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa 
e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de 
prestação de serviços referidas no § 5°-C do art. 18 desta Lei 
Complementar; 
VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual 
e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; 
VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. 
§ 1° O recolhimento na forma deste artigo não exclui a 
incidência dos seguintes impostos ou contribuições, devidos na 
qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será 
observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas: 
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I - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou 
Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF; 
II - Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros - II; 
III - Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos 
Nacionais ou Nacionalizados - IE; 
IV - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
V - Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos 
líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável; 
VI - Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos 
na alienação de bens do ativo permanente; 
VII - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou 
Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza 
Financeira - CPMF; 
VIII - Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço - FGTS; 
IX - Contribuição para manutenção da Seguridade Social, 
relativa ao trabalhador; 
X - Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do 
empresário, na qualidade de contribuinte individual; 
XI - Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos 
efetuados pela pessoa jurídica a pessoas físicas; 
XII - Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na 
importação de bens e serviços; 
XIII - ICMS devido: 
a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de 
substituição tributária; 
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por 
força da legislação estadual ou distrital vigente; 
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c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, bem como energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou industrialização; 
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria 
desacobertada de documento fiscal; 
f) na operação ou prestação desacobertada de documento 
fiscal; 
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime 
de antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outros 
Estados e Distrito Federal: 
1. com encerramento da tributação, observado o disposto no 
inciso IV do § 4° do art. 18 desta Lei Complementar; 
2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será 
cobrada a diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sendo 
vedada a agregação de qualquer valor; 
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de 
bens ou mercadorias, não sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota interna e 
a interestadual; 
XIV - ISS devido: 
a) em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou 
retenção na fonte; 
b) na importação de serviços; 
XV - demais tributos de competência da União, dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios, não relacionados nos incisos 
anteriores. 
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Calma Concurseiro! Para que você não precise se preocupar 
em decorar toda a legislação colacionada acima, pois dificilmente cairá 
em uma prova de concurso público com tantos detalhes, o Simples 
Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de 
arrecadação, do IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS. 
Entretanto, em alguns desses tributos há exceções, pois o 
recolhimento será realizado de forma distinta, conforme a atividade. 
EIS A QUESTÃO! 
5) (AFRF/2002-2/ESAF) O estabelecimento, em caráter geral, da 
definição da base de cálculo e do fato gerador dos impostos 
discriminados na Constituição há de ser feito por 
a) lei complementar federal, em todos os casos. 
b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei 
complementar estadual para os Estados e Municípios. 
c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o 
caso, tendo em vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios. 
d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer 
caso. 
e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos 
tributos da União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por 
lei municipal, para os Municípios. 
Solução: 
Esta questão refere-se ao artigo 146, pois trata de verificar se 
o candidato sabe qual a legislação que deve estabelecer as normas 
gerais em matéria de legislação tributária. 
Na alínea a, do inciso III, desse artigo verifica-se que a lei 
complementar irá dispor,entre outras matérias, sobre definição da base 
de cálculo, fato gerador e contribuintes dos impostos discriminados na 
Constituição. 
O examinador quis confundir o candidato ao colocar lei 
complementar Federal. O motivo é que cabe ao Congresso Nacional 
legislar sobre o sistema tributário, conforme artigo 48, inciso I da CF. 
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Direito Tributário - Teoria e Exercícios 
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Concluímos que o CTN é lei complementar federal em caráter 
material. 
A resposta certa é a letra "a". 
6) (AFRF/2003/ESAF) Responda com base na Constituição Federal. 
• Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que 
majorou, a partir de 1° de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e 
proventos de qualquer natureza de pessoas físicas, mas não convertida 
em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir 
de 1° de janeiro de 2003? 
• É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em 
matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base 
de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade 
territorial rural? 
• No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual 
e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar 
estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, 
interestaduais e de exportação? 
a) Não, não, não 
b) Não, sim, não 
c) Não, não, sim 
d) Sim, não, sim 
e) Sim, sim, não 
Solução: 
A resposta à primeira pergunta é não. No caso de instituição 
ou majoração, somente produzirão efeitos no exercício seguinte se for 
convertida em lei até o último dia do exercício anterior em que foi 
editada. Base legal: CF art. 62. 
A resposta à segunda pergunta é não. Base legal: CF Art. 146. 
Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de 
suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta 
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Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
A resposta à terceira pergunta é não. Base legal: CF art. §4° 
inciso IV: as alíquotas do ICMS serão definidas mediante 
deliberação dos Estados e Distrito Federal. 
A resposta certa é a letra "a". 
7) (SEFAZ/RJ/2010/ESAF) Em matéria tributária, são privativas de 
lei complementar, exceto: 
a) instituição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados na Constituição Federal, dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes. 
b) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
c) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
e) instituição, por parte da União, de novos impostos, desde que sejam 
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios 
dos discriminados na Constituição. 
Solução: 
A letra "a" está errada. Quem institui tributos, em regra, é a lei 
ordinária. À lei complementar cabe a definição de tributos e suas 
espécies. Base legal: CF Art. 146. Cabe à lei complementar: III -
estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem 
como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos 
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
A letra "b" está certa. Base legal: CF Art. 146. Cabe à lei 
complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: c) adequado tratamento tributário ao 
ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
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A letra "c" está certa. Base legal: CF Art. 146. Cabe à lei 
complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
A letra "d" está certa. Base legal: CF Art. 146. Cabe à lei 
complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: d) definição de tratamento diferenciado 
e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno 
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto 
previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 
12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. 
A letra "e" está certa. Base legal: CF Art. 154. A União 
poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos 
no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato 
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
A alternativa a ser marcada é a letra "a". 
8) (SEFAZ/RJ/2010/ESAF) A Constituição Federal prevê o 
tratamento diferenciado e favorecido para micro-empresas e para as 
empresas de pequeno porte, abrangendo determinados tributos 
federais, e podendo ainda se estender a impostos e contribuições da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Este regime, 
consoante a Constituição, obedecerá às seguintes regras, exceto: 
a) será opcional para o contribuinte. 
b) não poderá ter condições de enquadramento diferenciadas por 
estado. 
c) terá seu recolhimento unificado e centralizado. 
d) a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos 
entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou 
condicionamento. 
e) sua arrecadação, fiscalização e cobrança poderão ser compartilhadas 
pelos entes federados. 
Solução: 
A letra "a" está correta. Base legal: CF art. 146; Parágrafo 
único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá 
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instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado 
que: I - será opcional para o contribuinte; 
A letra "b" está errada. Base legal: CF art. 146; Parágrafo 
único. II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado; 
A letra "c" está correta. Base legal: CF art. 146; Parágrafo 
único. III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição 
da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados 
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
A letra "d" está correta. Base legal: CF art. 146; Parágrafo 
único. III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição 
da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados 
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
A letra "e" está correta. Base legal: CF art. 146; Parágrafo 
único. IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único 
de contribuintes. 
A resposta a ser marcada é a letra "b". 
9) (AFRF/2000/ESAF) O Código Tributário Nacional, editado como 
uma lei ordinária (Lei n.° 5.172, de 1966), foi recebido pelo regime 
inaugurado pela Constituição de 1988 como: 
a) lei ordinária, do modo como se encontra, mas podendo ser revogado 
ou alterado por lei, lei delegada ou medida provisória, pois têm a 
mesma hierarquia 
b) lei ordinária, apesar de ter sido alterada sua ementa e denominação, 
que passou a ser Código Tributário Nacional 
c) lei complementar, porque foi alterado por atos complementares, nos 
anos de 1966 e 1967, como permitiam os Atos Institucionais então em 
vigor 
d) lei complementar, por ser um Código e, pelas normas constitucionais 
em vigor à datade sua edição, os projetos de Código tinham tramitação 
especial 
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e) lei complementar, porque essa Constituição exigiu tal espécie de lei 
para dispor sobre as normas de que trata, inclusive normas gerais em 
matéria de legislação tributária. 
Solução: 
Essa é a teoria da recepção das normas. A Constituição 
estabelece em seu 146 que cabe à lei complementar regular as 
limitações constitucionais ao poder de tributar e estabelecer normas 
gerais em matéria de legislação tributária. O CTN foi recepcionado em 
toda matéria não divergente da CF por já conter estas normas. 
A resposta certa é a letra "e". 
10) (AFRF/2000/ESAF) O estabelecimento de normas gerais em 
matéria de legislação tributária sobre obrigação, lançamento, crédito, 
prescrição e decadência tributários, deverá fazer-se, segundo norma 
contida na Constituição, mediante 
a) lei ordinária federal 
b) lei ordinária de cada ente tributante 
c) lei complementar de cada ente tributante 
d) lei complementar federal 
e) lei ordinária, medida provisória ou lei delegada federal 
Solução: 
A CF em seu artigo 146, inciso III, letra "b" estabelece que 
cabe à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, 
crédito, prescrição e decadência tributários. 
A lei complementar deverá ser federal tendo em vista que a 
competência constitucional para legislar sobre o sistema tributário é do 
Congresso Nacional. 
A resposta certa é a letra "d". 
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Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer 
critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir 
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de 
a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
Caberá à lei complementar estabelecer regras para evitar 
concorrências desleais por meio da tributação. Ela será obedecida por 
todos os entes federados. 
Os desequilíbrios concorrênciais, apontados aqui, dizem 
respeito às vantagens decorrentes de benefícios fiscais. E mais um 
dispositivo para garantir a livre concorrência e o equilíbrio sócio-
econômico do mercado. 
O artigo ressalta que a União poderá editar lei federal com o 
mesmo objetivo. 
Estaria estabelecida aqui a função extrafiscal dos critérios 
especiais de tributação. 
EIS A QUESTÃO! 
11) (ATRFB/2010/ESAF) "A redução do Imposto sobre Produtos 
Industrializados - IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e 
tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, 
foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra 
em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas 
com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a 
classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo 
Inmetro. 
O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido 
Mantega. "Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem 
menos energia", explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. 
Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alíquota 
de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma alíquota 
reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe "A", ou 
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seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe "B" 
passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 
15%." 
(Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). 
Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI - Imposto 
sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se 
seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente 
aquele que a notícia mencionada destacou. 
a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas 
diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. 
b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da 
capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as 
diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. 
c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o 
Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as 
suas alíquotas. 
d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as 
incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de 
um produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da 
múltipla tributação da mesma base econômica. 
e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas 
diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da 
indústria e, consequentemente, dos consumidores. 
Solução: 
A letra "a" está errada. A característica da seletividade do IPI 
diz respeito a produtos diferentes em relação a sua essencialidade. No 
caso, ora em comento, está se referindo a um mesmo produto com 
características de gasto de energia elétrica. 
A letra "b" está errada. O princípio da capacidade contributiva 
diz respeito ao poder de compra do cidadão. Art. 145, § 1° da CF que 
determina que os impostos, sempre que possível, terão caráter pessoal 
e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do 
contribuinte. 
A letra "c" está errada. O IPI é exceção ao princípio da 
legalidade e da anterioridade tributária, porém tem que obedecer à 
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anterioridade nonagesimal. Este item está desconexo em relação à 
história da questão. 
A letra "d" está errada. Base legal: art. 153 II - será não-
cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o 
montante cobrado nas anteriores. Não há conexão com o texto 
apresentado. 
A letra "e" está certa. E a única alternativa que se encaixa no 
texto apresentado. 
A resposta a ser marcada é a letra "e". 
12) (FGV/Fiscal/Angra dos Reis/2010) Quando o tributo onera 
determinada atividade, empresa, ou grupo empresarial, interferindo no 
regime de competição estará 
(A) atingindo o princípio da neutralidade. 
(B) confrontando o princípio do não confisco. 
(C) atendendo ao princípio da isonomia. 
(D) violentando o princípio federativo. 
(E) observando o princípio da capacidade contributiva. 
Solução: 
O princípio da neutralidade da tributação é corolário do 
princípio da isonomia e foi incorporado na legislação tributária no artigo 
146-A da CF. Este princípio constitucional tem como finalidade fazer 
com que a tributação não provoque desequilíbrio na livre concorrência 
empresarial, de forma que nenhum setor deve ser favorecido ou 
desfavorecido. A tributação deve ser neutra em relação à economia de 
uma país. Base legal: CF Art. 146-A. Lei complementar poderá 
estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir 
desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a 
União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. 
A resposta certa é a letra "a". 
13) (FGV/Fiscal/RJ/2009) A Lei Complementar desempenha papel 
de grande relevância em matéria tributária. Conforme se infere do 
artigo 146 da Constituição Federal, cabe à Lei Complementar: 
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(A) fixar uma alíquota única do Imposto Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza (2%) em todo o território nacional, com o fim de debelar a 
guerra fiscal travada entre os Municípios. 
(B) regulamentar a denominada "cláusula geral antielisiva" inserida no 
Código Tributário Nacional (parágrafo único do artigo 116). 
(C) introduzir os tratados internacionais em matéria tributária (acordos 
de bitributação) no sistema tributário brasileiro.(D) ampliar a competência tributária constitucionalmente estabelecida 
dos entes da federação. 
(E) prevenir situações de desequilíbrio nas condições de concorrência 
mediante critérios especiais de tributação. 
Solução: 
A letra "a" está errada. A alíquota mínima do ISS foi fixada por 
Emenda Constitucional, enquanto a Lei Complementar fixou a alíquota 
máxima de 5% - de qualquer forma, não seria o caso de fixação de uma 
alíquota única, pois cada Município tem liberdade para, respeitadas a 
alíquota mínima (2%) e máxima (5%), estabelecer a sua própria 
tributação. 
A letra "b" está errada. A cláusula geral antielisiva, que se 
tentou inserir no parágrafo único do artigo 116 do Código Tributário 
Nacional, deverá ser regulamentada por lei ordinária - houve a 
tentativa, mal sucedida, de regulamentá-la pela Medida Provisória 66, 
que acabou não sendo, neste aspecto, convertida na Lei 10.637/01; 
A letra "c" está errada. Os tratados internacionais são 
introduzidos por meio de Decretos Legislativos; 
A letra "d" está errada. A competência é traçada na 
Constituição Federal de forma rigorosa, não havendo possibilidade de 
ampliá-la senão modificando-se o próprio texto constitucional. 
A letra "e" está certa. Tal dispositivo consta expressamente no 
artigo 146-A da Constitucional Federal, tendo sido inserido por meio da 
Lei Complementar n. 104/01, no contexto do combate à guerra fiscal e 
aos planejamentos tributários. 
A resposta certa é a letra "e". 
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Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os 
impostos estaduais e, se o Território não for dividido em 
Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao 
Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
Temos aqui a competência cumulativa, pois a União terá 
competência para instituir os impostos estaduais em Território Federal 
e, se este não for dividido em municípios, a União terá competência 
também para instituir os impostos municipais. Lembre-se que 
atualmente não existe Território Federal. 
O Distrito Federal, que não pode ser dividido em municípios, 
por determinação contida na Constituição Federal, terá a competência 
cumulativa para instituir os impostos municipais em seu território. A 
determinação constitucional consta em seu artigo 32. 
BIS IN IDEM X BITRIBUTAÇÃO 
Vamos pensar que, um ente federado pode tributar um sujeito 
passivo duas vezes pelo mesmo fato gerador ou dois entes federados 
podem cobrar tributo do mesmo sujeito passivo por um único fato 
gerador. 
Nesses casos teremos o bis in idem ou a bitributação, 
respectivamente. 
A União exige da pessoa jurídica o Imposto de Renda e a 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, porém os dois tributos 
possuem a mesma base de cálculo, que é a receita bruta ou lucro. 
O PIS e o FINSOCIAL possuem a mesma base de cálculo, que é 
o faturamento ou o lucro. 
Nesses dois exemplos temos o bis in idem, o mesmo ente 
federado tributando duas vezes o mesmo sujeito passivo, utilizando a 
mesma base de cálculo. 
A União tem competência residual para instituir outros 
impostos com fato gerador e base de cálculo diferentes dos impostos já 
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existentes. A União também tem competência para instituir 
contribuições sociais. 
As taxas não podem ter a mesma base de cálculo dos 
impostos, mas não há a mesma vedação para as contribuições sociais. 
Vamos imaginar agora que uma pessoa física compra um 
terreno, constrói uma residência e no início do ano seguinte ele receba o 
IPTU e o ITR para pagar. Nesse caso teremos a bitributação, pois 
teremos dois entes federados cobrando dois tributos de um mesmo 
sujeito passivo por um mesmo fato gerador. 
Vimos acima que o bis in idem é permitido pela Constituição e 
a bitributação é proibida pela repartição de competência constitucional. 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes 
de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente 
e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, "b". 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes 
de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que 
fundamentou sua instituição. 
Os comentários acerca deste dispositivo estão no artigo 15 do 
CTN, porém quero ressaltar que os empréstimos compulsórios somente 
devem obedecer ao princípio da anterioridade tributária e nonagesimal 
quando se tratar de caso de investimento público de caráter urgente e 
de relevante interesse nacional. 
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Os empréstimos compulsórios instituídos para atender a 
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência constituem exceção aos princípios da 
anterioridade tributária e da anterioridade nonagesimal. 
CONTRIBUIÇÕES 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
• • • • *** m m • • • ** • * • ' V • • 
contribuições sociais, de intervenção no domínio economico e de 
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como 
instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o 
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do 
previsto no art. 195, § 6°, relativamente às contribuições a que 
alude o dispositivo. 
§ 1° Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o 
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que 
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição 
dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n° 41, 19.12.2003) 
§ 2° As contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído 
pela Emenda Constitucional n° 33, de 2001) 
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de 
exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 33, de 
2001) 
II - incidirão também sobre a importação de produtos 
estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n° 42, de 19.12.2003) 
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela Emenda 
Constitucional n° 33, de 2001) 
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita 
bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor 
aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional n° 33, de 2001) 
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b) específica, tendo por base a unidade de medida 
adotada. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 33, de 2001) 
§ 3° A pessoa natural destinatária das operações de 
importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da 
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 33, de 2001) 
§ 4° A lei definirá as hipóteses em que as contribuições 
incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 
33, de 2001) 
A União poderá instituir Contribuições Sociais, as Contribuições 
de intervenção no domínio econômico e as Contribuições de interesse 
das categorias profissionais ou econômicas. 
A competência é exclusiva da União, sendo autorizado 
constituicionalmente, no parágrafo 1° acima, aos Estado, Distrito Federal 
e Municípios a possibilidade deles instituírem contribuições de seus 
servidores para o custeio de seus regimes previdenciários. 
Por exemplo, o Rio de Janeiro cobra de seus servidores 
contribuição para o PREVI-RIO, que é o Instituto de Previdência e 
assistência do Município do Rio de janeiro. Essa autarquia municipal é 
responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões dos 
servidores municipais, além de outros benefícios. 
O parágrafo 1° determina que as alíquotas das contribuições, 
instituídaspelos outros entes federados, não poderão ser menores do 
que a cobrada pela União de seus servidores. 
As contribuições sociais e de intervenção no domínio 
econômico não podem incidir nas receitas de exportação, mas incidirão 
nas operações de importações. 
As alíquotas podem ser ad valorem ou específicas, conforme 
inciso II, do parágrafo 2° acima. 
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A competência para instituição de Contribuições de 
Intervenção no Domínio Econômico - CIDE - é da União, que poderá 
fazê-lo por lei ordinária. 
A CIDE-combustíveis, que incide na operação de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus 
derivados e álcool combustível, está estabelecido na Constituição 
Federal em seu artigo 177. 
O adicional de tarifa portuária é considerado como CIDE pelo 
STF. 
As contribuições de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas estão estabelecidas na Constituição Federal no artigo 8° e 
no art. 5°, XIII. 
A contribuição sindical, estabelecida no artigo 8°, é subdividida 
em contribuição "voluntária" dos trabalhadores sindicalizados. Coloquei 
entre aspas porque ela é decidida em assembléia geral, geralmente 
pouco representativa. 
O outro tipo de contribuição sindical tem suas regras fixadas 
em lei e é cobrada de todos os trabalhadores de cada categoria. A 
arrecadação desse tipo é revertida para o sindicato. 
A outra contribuição de interesse das categorias profissionais 
ou econômicas é a contribuição corporativa. A instituição dessa 
contribuição é autorizada pelo artigo 5°, XIII da Constituição Federal, 
porém necessita de lei. 
As contribuições destinadas aos conselhos de profissões como 
o CREA, CRM, OAB são destinadas à fiscalização das atividades dos 
profissionais ligados a elas. Essas atividades são consideradas de 
interesse público. 
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Contribuições 
Especiais 
EIS A QUESTÃO! 
14) (AFRF/2005/TI/ESAF) Sobre as contribuições sociais gerais (art. 
149 da Constituição Federal), é errôneo afirmar-se, haver previsão de 
que 
a) poderão ter alíquotas ad valorem ou específicas. 
b) incidirão, também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços. 
c) incidirão, em todos os casos, uma única vez. 
d) poderão ter por base, entre outras, o faturamento e a receita 
bruta 
e) não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. 
Solução: 
As contribuições gerais são subdivisões das contribuições 
especiais estabelecidas pelo artigo 149 e obedecem as mesmas regras 
estabelecidas para todas as contribuições especiais. 
A alternativa "a" está certa, pois o parágrafo2°, inciso III, do 
artigo 149 da CF estabelece que as contribuições sociais gerais poderão 
ter alíquotas ad valorem ou específicas. 
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A alternativa "b" está certa, literalmente, de acordo com o 
parágrafo 2°, inciso II, do artigo 149 da CF. 
A alternativa "c" está errada. O parágrafo 4°, deste artigo 
determina que a lei definirá as hipóteses em que as contribuições 
incidirão uma única vez. 
A alternativa "d" está certa. O artigo acima, parágrafo2°, inciso 
III, define que as alíquotas ad valorem das contribuições poderão ter 
como base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no 
caso de importação, o valor aduaneiro. 
A alternativa "e" está certa. As contribuições sociais e de 
intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo não 
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação, conforme o 
parágrafo 2°, inciso I acima. 
A letra a ser marcada é: "c". 
15) (AFRFB/2009/ESAF) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) A Constituição Federal, além de conter normas instituidoras de 
tributos, igualmente contempla, em seus dispositivos, regras voltadas à 
discriminação das competências tributárias, a fim de que os entes 
políticos possam criar seus tributos, dentro das suas respectivas esferas 
de atribuições. 
b) A Constituição Federal prevê a possibilidade da criação, 
exclusivamente por lei, de contribuição de intervenção no domínio 
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de 
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível. 
c) De acordo com o Código Tributário Nacional, a pessoa que alienar sua 
empresa, o fundo de comércio ou apenas um estabelecimento da 
empresa, e o adquirente continuar a respectiva exploração, sob a 
mesma ou diversa razão social ou sob firma ou nome individual, a este 
último recai a responsabilidade pelos tributos do primeiro devidos até a 
data da alienação e que incidam sobre quaisquer daquelas 
universalidades de coisas. 
d) Consoante entendimento do STF, o imposto de transmissão causa 
mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão 
e não ao tempo do início do processo de inventário e partilha. 
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e) Ainda sobre o imposto de transmissão causa mortis, o cálculo do 
referido imposto deve operar-se sobre o valor dos bens na data da 
avaliação. 
Solução: 
A letra "a" está errada. Quem institui tributos é a lei, a 
Constituição Federal atribui competência tributária aos entes federados 
para instituir tributos por lei. Base legal: CTN, art. 97, I. Somente a lei 
pode estabelecer: b) A instituição de tributos, ou a sua extinção. CF 
art.150, inciso I: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
A letra "b" está certa. Base legal: CF art. 149, caput e §1°. 
Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico ..., observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I e III, .... O art.146 III determina que cabe à lei 
complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas 
espécies. O art. 150, I e III trata dos princípios da legalidade, da 
irretroatividade, da anterioridade tributária e da anterioridade 
nonagesimal. CF art. 177, § 4° A lei que instituir contribuição de 
intervenção no domínio econômico relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás 
natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos 
seguintes requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) 
diferenciada por produto ou uso; b) reduzida e restabelecida por ato do 
Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; II -
os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de 
subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e 
seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos 
ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao 
financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
A letra "c" está certa. Base legal: CTN art. 133 - "A pessoa 
natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer 
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou 
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, 
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do 
ato: a) Integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade. b) Subsidiariamente com o alienante, se este 
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prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da 
data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de 
comércio,indústria ou profissão." Fundo de comércio é a universalidade 
das coisas citadas nesta letra. 
A letra "d" está certa. Súmula 112 do STF: "O imposto de 
transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da 
abertura da sucessão." 
A letra "e" está certa. Súmula 113 do STF: "O imposto de 
transmissão "causa mortis" é calculado sobre o valor dos bens na data 
da avaliação." 
A resposta a ser marcada é a letra "a". 
16) (AFRF/2003/ESAF) Indique a opção que preenche corretamente 
as lacunas, consideradas as pertinentes disposições constitucionais. 
• As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico 
previstas no caput do art. 149 da Constituição 
Federal sobre as receitas decorrentes de exportação, 
sobre a importação de petróleo e seus derivados, 
gás natural e seus derivados e álcool combustível. 
• As contribuições de intervenção no domínio econômico, previstas no 
art. 149 da Constituição Federal, estão submetidas ao princípio 
da . 
a) incidirão / podendo incidir também / anterioridade 
b) não incidirão / mas poderão incidir / anterioridade 
c) não incidirão / mas poderão incidir / anterioridade mitigada ou 
nonagesimal 
d) incidirão / não podendo incidir / anterioridade 
e) não incidirão / não podendo incidir também / anterioridade mitigada 
ou nonagesimal 
Solução: 
A CIDE da segunda formulação tem que obedecer a todos os 
princípios. Base legal: CF art. 149. Compete exclusivamente à União 
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de 
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interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento 
de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 
146, III, e 150, I(princípio da legalidade) e III(princípios da 
irretroatividade, anterioridade tributária e noventena), e sem prejuízo 
do previsto no art. 195, § 6°(noventena), relativamente às contribuições 
a que alude o dispositivo. § 2° - As contribuições sociais e de 
intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I -
não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II -
incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou 
serviços; 
A resposta certa é a letra "b". 
17) (FGV/Fiscal/RJ/2010) Com relação à Contribuição de 
Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), assinale a afirmativa 
incorreta. 
(A) Não poderá incidir sobre receitas de exportação. 
(B) Não poderá incidir sobre a importação de produtos estrangeiros. 
(C) Poderá incidir sobre a importação de serviços. 
(D) Poderá ter alíquota ad valorem tendo por base o faturamento, a 
receita bruta ou o valor da operação. 
(E) Poderá ter alíquota específica tendo por base a unidade de medida 
adotada. 
Solução: 
A letra "a" está correta. Base legal: CF art. 149, §2°; inc. I. 
A letra "b" está incorreta. Segundo o inciso II do parágrafo 2° 
do artigo 149 da Constituição Federal de 1988, a CIDE poderá incidir 
sobre a importação de produtos estrangeiros. 
A letra "c" está correta. Base legal: CF art. 149, §2°; inc. II. 
A letra "d" está correta. Base legal: CF art. 149, §2°; inc. III, 
letra "a". 
A letra "e" está correta. Base legal: CF art. 149, §2°; inc. III, 
letra "b". 
A resposta a ser marcada é a letra "b". 
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18)(FISCAL/RESENDE/CEPERJ/2007)Dentre as contribuições 
citadas abaixo, aquela que não possui natureza tributária é a: 
A) contribuição de interesse das categorias profissionais e econômicas 
B) contribuição confederativa 
C) contribuição previdenciária 
D) contribuição de intervenção no domínio econômico 
E) contribuição social do salário-educação 
Solução: 
As letras "a" e "d" estão erradas. As contribuições de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas possuem natureza tributária com a 
competência constitucional incluída no capítulo I do título VI - Sistema 
Tributário Nacional. Base legal: CF Art. 149. Compete exclusivamente à 
União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. 
A letra "b" está certa. A contribuição confederativa não possui 
natureza tributária, pois não é instituída por ente com competência 
tributária. Base legal: CF art. 8° IV - a assembléia geral fixará a 
contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será 
descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição 
prevista em lei. 
A letra "c" está errada. A contribuição previdenciária possui 
natureza tributária. Essa contribuição pertence à contribuição de 
seguridade social, que faz parte da subespécie contribuição social. Base 
legal: CF Art. 149. 
A letra "e" está errada. A contribuição social do salário-
educação possui natureza tributária. Base legal: CF Art. 212 § 5° A 
educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a 
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas 
na forma da lei. 
A resposta certa é a letra "b". 
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Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto 
no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n° 39, 
de 2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição 
a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia 
elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional n° 39, de 2002) 
Nesse artigo, a Constituição permite que os municípios e o 
Distrito Federal, que tem competência cumulativa, instituam uma 
contribuição especial para custeio de serviço de iluminação pública. 
A inclusão deste artigo, na Constituição, deveu-se à dificuldade 
dos municípios no passado em tentar instituir taxa de iluminação 
pública. A taxa, como vimos, deve estar vinculada a um serviço público 
divisível e específico e a taxa de iluminação pública, que os municípios 
tentavam criar, não tinha esses requisitos. 
A contribuição para custeio da iluminação pública foi aprovada 
e consta da Constituição Federal, a despeito de discussões acaloradas 
sobre a sua constitucionalidade. 
Como essas discussões não são cobradas em provas de 
concursos objetivos, por enquanto, vamos nos abster em discutir o 
assunto neste trabalho. 
Essa contribuição pode ser cobrada juntamente com a conta de 
energia elétrica. 
JURISPRUDÊNCIA 
O STF entende que os estados, Distrito Federal e municípios 
não podem instituir contribuições. Somente às destinadas a cobrir o 
custeio da previdência de seus servidores, conforme julgado trazido 
abaixo. 
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RE 573540 / MG - MINAS GERAIS Julgamento: 14/04/2010 
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DOS SERVIÇOS DE 
ASSISTÊNCIA MÉDICA, HOSPITALAR, ODONTOLÓGICA E 
FARMACEÚTICA. ART. 85 DA LEI COMPLEMENTAR N° 62/2002, 
DO ESTADO DE MINAS GERAIS. NATUREZA TRIBUTÁRIA. 
COMPULSORIEDADE. DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
TRIBUTÁRIAS. ROL TAXATIVO. INCOMPETÊNCIA DO ESTADO-
MEMBRO. INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO. I - É nítida a natureza 
tributária da contribuição instituída pelo art. 85 da Lei 
Complementar n° 64/2002, do Estado de Minas Gerais, haja 
vista a compulsoriedade de sua cobrança. II - O art. 149, caput, 
da Constituição atribui à União a competência exclusiva para a 
instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais e 
econômicas. Essa regra contempla duas exceções, contidas no 
arts. 149, § 1°, e 149-A da Constituição. À exceção desses dois 
casos, aos Estados-membros não foiatribuída competência para 
a instituição de contribuição, seja qual for a sua finalidade. III -
A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre 
determinada matéria não implica automaticamente a 
competência para a instituição de tributos. Os entes federativos 
somente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes 
foram expressamente outorgados pela Constituição. IV - Os 
Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha 
por finalidade o custeio do regime de previdência de seus 
servidores. A expressão "regime previdenciário" não abrange a 
prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e 
farmacêuticos. 
EIS A QUESTÃO! 
19) (FCC/FISCAL/RO/2010)Sobre as características das espécies de 
tributos, é correto afirmar que 
(A) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e 
pode ser instituído por medida provisória em caso de investimento 
urgente. 
(B) a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de 
competência exclusiva dos Estados e Distrito Federal. 
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(C) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador 
uma atividade estatal. 
(D) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma 
obra pública. 
(E) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma 
prévia atividade estatal, qual seja, obra pública. 
Solução: 
A letra "a" está errada. A CF somente permite à União instituir 
os empréstimos compulsórios mediante lei complementar nos dois 
casos. Base legal: CF Art. 148. A União, mediante lei complementar, 
poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas 
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa 
ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, "b". 
A letra "b" está errada. A contribuição para custeio de 
iluminação pública é da competência dos municípios. Base legal: CF Art. 
149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, 
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação 
pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n° 39, de 2002) 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que 
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n° 39, de 2002) 
A letra "c" está errada. O imposto é tributo não vinculado a 
uma atividade estatal. Base legal: CTN Art. 16. Imposto é o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
A letra "d" está errada. As taxas podem ser cobradas em razão 
do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos. O tributo relativo às obras públicas é a contribuição 
de melhoria. Base legal: CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II -
taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 
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A letra "e" está certa. Base legal: CF Art. 145. A União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
A resposta certa é a letra "e". 
20)(FGV/Fiscal/RJ/2011) A respeito das espécies de tributos, é 
correto afirmar que 
(A) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão 
instituir, exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e 
contribuições de melhoria. 
(B) de acordo com o Código Tributário Nacional, considera-se imposto o 
tributo vinculado a qualquer atividade estatal específica. 
(C) a taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e 
tem, como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia. 
(D) a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é 
de competência exclusiva da União. 
(E) a contribuição de melhoria é o tributo cobrado em função da 
realização de obras e prestação de serviços. 
Solução: 
A alternativa "a" está errada. Além dessas espécies de tributos 
a União pode instituir o empréstimo compulsório, conforme art. 148 da 
CF. A União pode instituir as Contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas de acordo com o art. 149 da CF. Os estados podem instituir 
Contribuições para custeio do regime de previdência de seus servidores, 
conforme art. 149, §1°. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante 
lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que 
sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo 
próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no 
caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou 
não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
A alternativa "b" está errada. O CTN em seu art. 16 define que 
o imposto é tributo não vinculado a uma atividade estatal. Art. 16. 
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte. 
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A alternativa "c" está errada. A taxa é um tributo vinculado à 
uma atividade estatal. Base legal: art. 149, inc. II - taxas, em razão do 
exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição 
A alternativa "d" está certa. Base legal: CF Art. 149. Compete 
exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas 
A alternativa "e" está errada. Vejamos o que diz a CF em seu 
artigo 145, A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos: Inc. III - contribuição de 
melhoria, decorrente de obras públicas, portanto não é possível criar 
contribuição de melhoria por prestação de serviços. 
A resposta certa é a letra "d". 
Seção II 
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR 
Quando estudamos o artigo 9° do CTN, passeamos por vários 
princípios constitucionais, mas agora vamos nos aprofundar em alguns 
pontos e rever outros para complementar essa matéria. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
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Princípio da legalidade ou da reserva legal 
O texto do referido art. 150, I da CF estabelece que "é vedado 
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou 
aumentar tributo sem lei que o estabeleça". 
É o princípio da legalidade tributária, baseado no artigo 5°, II 
da Constituição Federal que assegura que ninguém é obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. É uma 
limitação ao poder de tributar, pois o Poder Público somente pode exigir 
tributo se este estiver estabelecido em lei. 
Toda a limitação constitucional ao poder de tributar visa à 
segurança jurídica dos contribuintes. 
A lei deve ser de origem legislativa, admitindo-se,porém, a 
edição de medida provisória no caso de não haver necessidade de lei 
complementar determinado pela Constituição, em alguns casos. 
Há exceções em relação ao princípio da legalidade. O Executivo 
pode alterar as alíquotas dos impostos sobre exportação, importação, 
produtos industrializados e sobre operações financeiras através de 
decreto. Essa exceção nós veremos no artigo 153 desta Constituição. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas 
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que 
se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer 
distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles 
exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos; 
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Este inciso traz outra regra programática que deve ser 
perseguida pelo legislador tributário. 
Princípio da igualdade ou isonomia tributária 
Isonomia tem a ver com justiça. Podemos ter uma justiça com 
pessoas de mesmo nível, nesse caso chamaremos de justiça horizontal. 
Tratar os iguais de forma igual. 
Temos a justiça vertical, quando damos um tratamento 
diferenciado a pessoas que estão em diferentes níveis, chamaremos de 
justiça vertical. 
Quando a Constituição utiliza a proibição, neste inciso de 
conteúdo programático, ela está determinando aos legisladores que 
busquem a justiça total, incluindo a justiça horizontal e a vertical. 
Mais uma vez, buscamos o imposto de renda da pessoa física 
como exemplo de justiça total, com sua tabela de alíquotas, suas 
deduções possíveis e a possibilidade de escolha do tipo de declaração, 
completa ou simplificada. 
A Constituição ainda proíbe a discriminação em razão da 
ocupação profissional ou função exercida. Ninguém poderá buscar 
tratamento desigual, em favorecimento próprio ou de outrem, por estar 
em uma determinada carreira. 
Aqui, também a Lei Maior buscou estabelecer os princípios da 
universalidade e generalidade. Todos os rendimentos serão tributados, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos, seguindo o princípio da universalidade. Não haverá distinção 
entre pessoas em razão de sua ocupação profissional ou função por eles 
exercida, atendendo ao princípio da generalidade. 
EIS A QUESTÃO! 
21) (ATRFB/2010/ESAF) A Constituição Federal, entre outras 
limitações ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer, veda 
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o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente. Sobre a isonomia, é correto afirmar que: 
a) diante da regra mencionada, o tratamento tributário diferenciado 
dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo, 
deve ser considerado inconstitucional. 
b) não se permite a distinção, para fins tributários, entre empresas 
comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes ramos 
da economia. 
c) para que um tratamento tributário diferenciado (isenção, por 
exemplo) seja justificado, não é necessário haver correlação lógica entre 
este e o elemento de discriminação tributária. 
d) em razão do princípio constitucional da isonomia, não deve ser 
diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos 
gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade 
contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua 
menor expressão econômica. 
e) a isenção, como causa de exclusão do crédito tributário, é, por sua 
própria natureza, fator de desigualação e discriminação entre pessoas, 
coisas e situações. Nem por isso, no entanto, as isenções são 
inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em mira o 
interesse ou a conveniência pública na aplicação da regra da capacidade 
contributiva ou no incentivo de determinadas atividades de interesse do 
Estado. 
Solução: 
A letra "a" está errada. O tratamento diferenciado serve para 
fazer justiça econômica e social. Base legal: CF Art. 179. A União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, 
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela 
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, 
previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por 
meio de lei. 
A letra "b" está errada. Base legal: CF art. 195; § 9° As 
contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão 
ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte 
da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
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A letra "c" está errada. STJ (Processo REsp 1062175)...O 
elemento discriminador utilizado pelo legislador na Lei 8.393/91, 
envolvendo diferentes áreas e Estados da Federação, guarda 
correlação lógica com o propósito buscado, qual seja, garantir o 
equilíbrio entre aqueles que se distinguem no desenvolvimento 
sócio-econômico. 
STF "na exceção posta no art. 151, I, in fine, da Constituição 
da República, que admite "a concessão de incentivos fiscais destinados a 
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País", o termo "regiões" não pode interpretar-se 
em acepção tão estrita que denote apenas o Sul, Sudeste, Centro Oeste, 
Nordeste e Norte, porque dentro destas mesmas regiões existem outras 
áreas geográficas que se distinguem entre si em termos econômicos e 
sociais. Embora gozem do mesmo status político-representativo na 
estrutura da federação, não há como nem por onde equiparar os 
Estados de São Paulo e de Minas Gerais ao Rio de Janeiro e Espírito 
Santo, em termos de produção de açúcar. A localização em si, enquanto 
critério de discriminação tributária, guarda correlação com a 
necessidade de tratamento legislativo distinto, tendente a estimular 
produção de açúcar de cana nas regiões beneficiadas, razão porque não 
se lhe descobre ofensa à isonomia (art. 150, II, da CF/88), nem à 
uniformidade da tributação (art,151, I)" (STF - AI - 515.168-AgR-
ED/MG - Primeira Turma - Relator Ministro Cezar Peluso - V.U. -
30.08.2005)." 
A letra "d" está errada. STJ (REsp 1138757 ) ... 9. O fato de se 
estipular maior peso fiscal para a pessoa que apresenta maior 
capacidade econômica atende inteiramente ao princípio constitucional da 
igualdade, assim como satisfaz o princípio constitucional da capacidade 
contributiva o qual, é consabido, representa projeção da igualdade 
tendo por base o discrímem fundado no nível de riqueza produzido..." 
Data da Publicação: 07/05/2010 
A letra "e" está correta. STF PUBLIC 28-03-2008 EM E N T A: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO - IPI - AÇÚCAR DE CANA - LEI N° 8.393/91 
(ART. 20) - ISENÇÃO FISCAL - CRITÉRIO ESPACIAL - APLICABILIDADE -
EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO - ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA 
ISONOMIA - INOCORRÊNCIA - NORMA LEGAL DESTITUÍDA DE 
CONTEÚDO ARBITRÁRIO - ATUAÇÃO DO JUDICIÁRIO COMO 
LEGISLADOR POSITIVO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO IMPROVIDO. 
CONCESSÃO DE ISENÇÃO TRIBUTÁRIA E UTILIZAÇÃO EXTRAFISCAL DO 
IPI. - A concessão de isenção em matéria tributária traduz ato 
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discricionário, que, fundado em juízo de conveniência e oportunidade do 
Poder Público (RE 157.228/SP), destina-se - a partir de critérios 
racionais, lógicos e impessoais estabelecidos de modo legítimo em 
norma legal - a implementar objetivos estatais nitidamente qualificados 
pela nota da extrafiscalidade. 
Trago à colação, acórdão do Tribunal Regional da 4a Região e assim 
ementado: "CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.

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