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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA (UNAMA) Prof. Dr. Bruno José Martins da Silva Disciplina: Parasitologia Toxoplasma gondii - Ementa HISTÓRICO, BIOLOGIA, MORFOLOGIA PARASITÁRIA, CICLO BIOLÓGICO, TRANSMISSÃO, IMUNIDADE, PATOGENIA, SINTOMATOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA, DIAGNÓSTICO, PROFILAXIA E TRATAMENTO. Características gerais: ➢ Zoonose mais comum no mundo ➢ Infecção crônica e assintomática ➢ Grande importância médica humana e veterinária ➢ Problema de saúde pública: Grávidas e imunodeprimidos ➢ Mamíferos e aves → Hospedeiros intermediários ➢ Felídeos → Hospedeiro definitivo ➢ 23-80% da população mundial com soropositividade → Variando com fatores climáticos, culturais e socioeconômicos ➢ No Brasil: ➢ 50-80% entraram em contato com o parasito ➢ Inquérito epidemiológico no Brasil → 90% animais silvestres e domésticos avaliados apresentam anticorpos para o protozoário ➢ Toxoplasmose congênita → 1-4 / 1000 gestações Classificação ➢ Sub-reino: Protozoa ➢ Filo: Apicomplexa ➢ Classe: Conoidasida ➢ Ordem: Eimeriida ➢ Família: Sarcocistidae ➢ Gênero: Toxoplasma ➢ Espécie: Toxoplasma gondii Características do parasito ➢ Parasito intracelular obrigatório – Penetração ativa ➢ Locomoção: Por deslizamento ➢ Ciclo heteroxênico ➢ Reprodução: Assexuada em mamíferos e aves (endodiogênia) - Sexuada em felídeos (gamogonia / esporogônia) ➢ Complexo apical ➢ 3 formas infectantes: Taquizoítos, Bradizoítos e Oocistos Taquizoíto ➢ Formas de reprodução rápida, observadas principalmente na fase aguda ➢ É capaz de infectar todas as células nucleadas ➢ Forma móvel ➢ Encontrada: No interior do vacúolo parasitóforo de células e líquidos orgânicos ➢ Sensível a ação do suco gástrico ➢ Alvo dos medicamentos utilizados Bradizoíto ➢ Formas de reprodução lenta, encontradas em cistos intracelulares ➢ Fase crônica da infecção → Viáveis nos tecidos por anos ➢ Vários Bradizoítos envolvidos por uma parede cística → Forma de resistência nos tecidos ➢ Capsula do cisto → Membrana do vacúolo parasitóforo ➢ Resistente a ação de enzimas → Pepsina e tripsina ➢ Resistente a ação dos medicamentos Oocisto ➢ Encontrado nas fezes dos felídeos ➢ É constituído por 2 esporocistos contendo 4 esporozoários ➢ Produtos da multiplicação sexuada que ocorre no intestino delgado do hospedeiro definitivo Hábitat ➢ Hospedeiro definitivo → Células epiteliais do intestino delgado. ➢ Hospedeiro intermediário → Taquizoítas em diversos tipos celulares e cistos principalmente no SNC, globo ocular, musculaturas esquelética e cardíaca Manifestações clínicas ➢ Toxoplasmose transplacentária ou pré-natal ➢ Toxoplasmose adquirida ou pós-natal ➢ Fase aguda: Multiplicação dos taquizoítas → Produz áreas de necrose em órgãos vitais como miocárdio, pulmão, fígado e SNC. ➢ Fase Sub-aguda e Crônica - Aparecimento de anticorpos e cura clínica Toxoplasmose congênita ➢ Para que ocorra é necessário que a mãe esteja na fase aguda da doença ou que ocorra reagudização durante a gravidez ➢ 1º Trimestre – aborto ➢ 2 ºTrimestre – aborto e nascimento prematuro Sindrome de Sabin, retinocoroidite (90%), calcificações cerebrais (69%), perturbações neurológicas (60%) e hidrocefalia (50%) ➢ 3º Trimestre – Nasce normal, mas com sintomas de comprometimento ganglionar, hepatosplenomegalia, anemia, miocardite, problemas visuais ➢ Sintomas agudos → Hepatoesplenomegalia, icterícia, exantema e por vezes linfoadenopatia e meningoencefalite → Quadro pouco observado → Intra-uterina → Morte do feto → Sobreviventes → Mentalmente retardadas ➢ Subagudo ou crônico → Parasito invade vários órgãos → Encontra-se na forma de cisto tecidual → Lesões no sistema nervoso e da retina Toxoplasmose Pós-natal ➢ Subclínica → Assintomática ➢ Adenopatia e sem febre ➢ Quadro febril e com adenopatia ➢ Ocular ➢ Cerebrospinal ou Meningoencefálica → Comum em paciente portadores do vírus HIV ➢ Generalizada → Todo o organismo → Forma rara, mas de evolução mortal em indivíduos com resposta imune normal Toxoplasmose Ocular ➢ Tipo → Congênita ou adquirida ➢ Infecção aguda com a presença de traquizoíto → Crônica com reativação dos cistos → na retina ➢ Pacientes com AIDS → Necrose difusa com leve inflamação e com grande número de parasitos ➢ Lesões podem evoluir pra uma cegueira → Pode ocorrer cicatrização - cura ➢ Taquizoítos chegam a retina → Pela corrente sanguínea ou no interior das células Diagnóstico - Demonstração do Parasito → Líquor, lavado brônquio-alveolar e líquido amniótico Ensaios imunológicos → Elisa, Imunofluorescência, imunocromatográfico e Imunoblot - Récenm-nascido → Detecção de IgG → Durante 15 dias → IgG que atravessa placenta reduz meses após o parto Tratamento A)Metabolismo do Folato: -Sulfadoxina → Antagonista competitivo do PABA → Síntese do ácido fólico → Não é recomendado no 3º trimestre da gravidez → hiperbilirrubinemia -Pirimetamina → Impede a conversão do acido fólico em acido folínico → Importante na síntese do DNA e RNA → teratogênico B)Inibidores de síntese protéica -Clindamicina -Espiramicina C) Inibidores da síntese do ácido nucléico -Atovaquone Profilaxia ➢ Evitar beber leite cru, comer carne crua ou mal cozida ➢ Não oferecer carne crua aos gatos → Rações secas, enlatadas ou alimentos cozidos ➢ Desinfetar áreas contaminadas pelas fezes dos gatos com água fervente ➢ Não permiti que gato realize caça ➢ Remover diariamente as fezes dos gatos do ambiente doméstico ➢ Limpar diariamente a caixa de areia Referências: Informações retiradas de: NEVES, D. P. PARASITOLOGIA HUMANA. 12ª ed. SÃO PAULO: ATHENEU, 2011. REY, L. PARASITOLOGIA. 4ª ed. RIO DE JANEIRO, GANABARA KOOGAN, 2008. World Health Organization. https://www.who.int/malaria/en/. 2018. https://www.who.int/malaria/en/
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