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RESUMO N2 IMAGEM PDF INCOMPLETO

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{ RESUMO N2 IMAGEM } 
 
 
 
v RADIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
{ Esôfago Cavidade Torácica Pulmão Coração Cavidade Gástrica 
.................................... .......E S Ô F A G O..................................... 
 
 
 O esôfago é uma estrutura muscular, tubular e colabável que liga 
a região da faringe com o estômago através de toda a cavidade 
torácica. Sua principal função é permitir o trânsito do bolo alimentar 
da boca até o estômago, movimento o qual se deve ao peristaltismo 
do órgão. 
 
T O P O G R A F I A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O trajeto do esôfago não é de todo retilíneo. Ele é sempre dorsal 
à traquéia, porém, encontra curvas ao longo do seu trajeto 
 Ao entrar no tórax, o esófago faz uma curva à esquerda, e assim 
que passa pelo hiato diafragmático, joga novamente para esquerda 
antes de culminar no piloro, nos lugares marcado na imagem pela 
estrela preta. 
 
 Em condições normais, o esôfago não é visível no raio-x. Ele deve 
estar colabado, sem alimento e sem exercer pressão na traquéia. 
 
 
 
 
M A N I F E S T A Ç Õ E S C L Í N I C A S 
 
 Existem muitas alterações diferentes de esôfago, mas num geral, 
elas costumam apresentar os mesmos sintomas: 
 
 - Apetite com regurgitação; 
 - Tosse; 
 - Dispnéia; 
 - Odinofagia; 
 
 
 Porção Porção 
 Torácica Abdominal 
 
 
 Maior e mais apertada porção menor porção 
 do esôfago: muitas do esôfago, vai do 
 alterações se. diafragma até 
 dão aqui. o estômago. 
 Porção 
 Cervical 
 dorsal à traquéia 
- Disfagia; 
- Sialorréia; 
- Anorexia; 
- Emagrecimento. 
 
O E X A M E 
 
 O exame que avalia o esôfago é o esofagograma, um exame 
radiográfico contrastado. 
 Os contrastes usados são o sulfato de bário e o iodo. O mais 
usado é o sulfato de bário, por ser viscoso – o que ajuda o exame já 
que escorrega lentamente pelo esófago, dando ao radiografista 
tempo de tirar todas as chapas que ele precisa. Entretanto, ele não é 
absorvível, o que significa que caso haja ruptura de esófago e ele 
caia na cavidade torácica, pode dar ruim. Por isso, quando há 
suspeita de ruptura ou rasgo no esôfago, utilizamos o iodo. O iodo é 
mais amargo e liquefeito do que o sulfato, e por isso é deglutido 
mais rápido, dando ao técnico menos tempo para radiografar. 
Porém, caso este caia na cavidade torácica, será naturalmente 
absorvido pelo organismo sem complicações. 
 As projeções devem ser latero-lateral e dorso-ventral, sempre 
mais de uma projeção. 
 Também pode ser feito de forma simples, sem contraste, sob 
certas suspeitas diagnósticas, como por exemplo, suspeita de corpo 
estranho radiopaco (uma moeda por 
exemplo). Em casos de corpo estranho, 
sempre é feito primeiro o raio-x sem 
contraste para caso seja possível visualizar 
o objeto sem contraste. Caso não seja, o 
auxílio do contraste vem na forma da 
chamada falha de preenchimento, 
quando o contraste circunda o corpo estranho e revela o tamanho e 
formato do objeto, podendo levantar ou não hipóteses do que seja. 
 Podemos ainda lançar mão do endoscópio como ambos método 
diagnóstico nestes casos e tratamento. Entretanto, a endoscopia é 
um procedimento mais elaborado que exige anestesia geral do 
paciente. Portanto, é menos indicado. 
 
! Lembre-se sempre que o relevo do esôfago difere de cão pra gato, 
pois enquanto no cão a musculatura é estriada em toda a extensão - 
seguindo feixes horizontais -, no gato , a musculatura é estriada na 
primeira porção porém é tomada por músculo liso no final – pregas 
oblíquoas formam padrões semelhantes a espinha de peixe. ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
..........................................................................................A F E C Ç Õ E S D E E S Ô F A G O.............................................................. 
 
 
C o r p o s E s t r a n h o s 
 
 Acomete cães e gatos com frequência. Corpos estranhos 
costumam “travar” em locais específicos do esôfago, seja devido 
a mudança repentina do trajeto ou da restrição da capacidade 
disrensiva por compressão externa. 
 Os lugares em que os objetos mais costumam parar são: 
 - Entrada do Tórax: pela “jogada” pra esquerda; 
 - Base do coração: saída de muitos vasos confere pouca 
capacidade distensiva nesta área; 
 - Hiato esofágico: o diafragma restringe a distensão nessa área, além da 
nova “jogada” pra esquerda que o esôfago dá antes de entrar no estômago. 
 
 Na radiografia de corpos estranhos deve-se ter cuidado caso seja 
perfurante ou não e prestar atenção na anamnese para supor se poderia 
ser um objeto radiopaco ou não. As vezes o tamanho do objeto é tanto que 
é capaz observar um certo grau de desvio de traquéia pela pressão que este 
exerce nela. 
 
 
 
 NO RAIO-X, BUSCAR POR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- desvio de traquéia; 
- conteúdo gasoso (aerofagia); 
- localização da alteração; 
- falha de preenchimento. { 
M e g a e s ô f a g o 
 
 Síndrome multietiológica, podendo aparecer na sua forma congênita por 
defeito de inervação, ou na sua forma adquirida – como na doença 
Myastenia Gravis. 
 Em ambos os casos, o esôfago sofre perda da sua motilidade e passa a 
armazenar alimento ao invés de conduzi-lo. 
 Carcaterizada por regurgitação religiosa após alimentação, sempre com 
um aspecto tubular. 
 
 
 
NO RAIO-X SIMPLES: 
 
 
 
 Podemos ainda buscar fazer uso do contraste no raio-x sob caráter 
confirmatório (não necessário). Neste caso, procuraremos, além das 
características acima: 
 
 
 
NO RAIO-X CONTRASTADO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- dilatação esofágica em todo o comprimento; 
- desvio ventral de traquéia; 
- pode ocorrer opacificação dos campos 
pulmonares: por pneumonia aspirativa; 
- revela extensão da dilatação; 
- retenção intraluminal de contraste; 
- pouco contraste progride para o 
estômago. { 
{ 
 
 
 
A n o m a l i a s d o A n e l V a s c u l a r 
 
 
 Defeitos dos vasos do arco aórtico, sendo o mais comum (95%) a 
Persistência do arco Aórtico Direito (PAAD), uma doença de caráter 
congênito, onde a comunicação fetal entre os vasos do coração não sofrem 
retrocesso após o nascimento. Este tipo de defeito acaba por estrangular o 
esôfago, e passa a ser um problema assim que o filhote passa da dieta 
líquida para a sólida. 
 Outros defeitos que compões os 5% de casos restantes são, por 
exemplo, o Duplo Arco Aórtico ou Subclave Esquerda Berrante. De toda 
forma, os aspectos em imagem serão os mesmos: 
 
 
 NO RAIO-X, BUSCAR POR: 
 
 
 A dilatação se dá então pela compressão do esôfago diante do 
ligamento arterioso que deveria ter se desfeito ao nascer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NA ANAMNESE: 
 
 Na clínica, este paciente é um filhote/jovem (possível de identificar pelas 
epífises abertas na imagem), que foi desmamado recentemente e não se 
adaptou à dieta sólida, apresentando regurgutação após toda alimentação 
sólida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
{ - dilatação esofágica segmentar - desvio ventral da traquéia 
requer esofagograma // anterior à base do coração 
 
 
M a s s a s E s o f á g i c a s 
 
 Chamamos de massa esofágica o aumento de volumelocalizado na 
parede do esôfago. Pelo raio-x não temos como dar um diagnóstico exato, 
pois apenas uma biópsia ou copraparasitológico poderia verificar a natureza 
da massa. De toda forma, as duas causas mais comum de formação de 
massa esofágica são: Neoplasias (mais raras) ou os Granulomas Parasitários 
(por Spirocerca lupi em cães). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 NO RAIO-X, BUSCAR POR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo da Spirocercose: 
Animal ingere a larva da Spirocerca lupi > larva penetra na artéria 
gástrica > provoca aneurisma que comunica a artéria gástrica 
com a aorta > larva viaja até a primeira porção da aorta e se 
adere à parede ventral no ponto de toque com o esôfago > 
provoca um novo aneurisma para penetrar na parede esofágica 
> postura de ovos e formação do granuloma parasitário na 
parede esofágica > ovos são deglutidos > ou saem nas fezes ou 
voltam a penetrar a .............................................................. 
artéria gástrica, 
reiniciando o ciclo 
biológico. 
 
- ponto de aumento de radiopacidade entre 
coração e diafragma (obrigatoriamente para 
o granuloma); 
- CONTRASTE: alteração do trajeto esofágico 
com falha de preenchimento; 
- espondilite. 
{ 
....................................C A V I D A D E T O R Á C I C A................................... 
 
 O exame radiográfico do tórax pode avaliar muito mais do que 
apenas os órgão que ele contem. Ele pode ainda avaliar pleura, 
mediastino e basicamente tudo o que o arcabouço torácico contém. 
Mas antes, devemos discutir sobre as peculiaridades desse exame. 
 
 O ar é o grande aliado do radiografista, servindo como um meio 
de contraste natural da cavidade torácica e permitindo imagens 
evidentes da silhueta cardíaca e mediastino. Por isso, quando nós 
vamos radiografar o nosso tórax, o médico costuma nos pedir que 
inspiremos de forte e seguremos o ar. Como não podemos pedir aos 
nossos paciente que segurem o fôlego para melhorar a imagem, 
devemos prestar atenção ao ajuste do equipamento e 
principalmente, no momento respiratório do animal. 
 Na máquina, o tempo que a ampola fica aberta para fazer a 
imagem – medido por [s] - faz toda a diferença. Para avaliar esôfago 
com constraste viscoso, por exemplo, podemos preferir que a 
ampola fique aberta por mais tempo, mas para avaliar pulmões e 
cavidade torácia, o tempo deve ser menor – milésimos de segundo 
até. É preciso que o radiografista tenha olho para saber quando o 
animal irá inspirar e acionar a máquina no mesmo instante, 
buscando a melhor qualidade de imagem do 
momento inspiratório. 
 
 
 
C U I D A D O S T É C N I C O S 
 
 A máquina costuma radiografar incindindo sobre o animal deitado 
numa mesa, com um feixe vertical. Porém, em pacientes cardíacos 
ou que está com dispneia e entram para radiografar tórax, as 
posições deitadas podem restringir mais ainda sua respiração, 
podendo descompensar e até vir a óbito. Para estes pacientes, 
fazemos algo muito semelhante com a radiografia de grandes 
animais: levamos o feixe até o animal em estação. Neste caso, com o 
feixe horizontal a projeção continua sendo latero-lateral, porém, 
com menos riscos para o nosso paciente. 
 Podemos ainda optar 
pela projeção dorso 
ventral, que da mais 
conforto ao animal 
dispneico do que a 
ventro-dorsal. 
 
 
 
VARIAÇÕES DENTRO DA NORMALIDADE 
 
 É importante notar que o aspecto radiográfico do tórax pode 
variar muito e ainda estar dentro da normalidade. Cães e gatos 
possuem caixas torácicas muito divergentes: por exemplo, a do gato 
é mais delgada, triangular e cilíndrica do que a do cão. E mesmo os 
cães entre si possuem conformações torácica muito diferentes, que 
variam de espécie para espécie. Isso sem contar as variações mais 
individuais como por idade – um cão senil pode apresentar campos 
pulmonares mais fibrosados do que um jovem – ou de escore 
corporal – animais obesos. Aqui vão alguns parâmetros de variações 
que ainda cabem dentro de um padrão normal de raio-x: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Expiração 
Inspiração 
(beagle, cocker...) 
(dasch, basset...) 
(galgo, dobberman...) 
............. ........A F E C Ç Õ E S D E C A V I D A D E T O R Á C I C A...................... 
 
T R A Q U É I A 
 
 A traquéia, independente da espécie ou raça, possui uma aparência e 
posição anatômica pré-definida no tórax. Qualquer variação do aspecto 
normal é digna de investigação. O normal é a traquéia manter seu diâmetro 
ao longo de toda a sua extensão, e manter-se reta por todo o percurso, aos 
poucos se afastando da coluna em direção ao centro da caixa torácia onde 
vai se ramificar na árvore brônquica. 
 
 A traquéia pode sofrer DESLOCAMENTOS. Pra isso, ela precisa estar 
sofrendo pressão de cima ou algo está puxando-a para baixo. Um exemplo 
pode ser massas esofágicas como um megaesôfago, que exerce muita 
pressão em cima e desloca a traquéia ventralmente. Ou ainda, massas 
neoplásicas localizadas imediatamente abaixo da traquéia podem desvia-la 
dorsalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A 
traquéia também pode sofrer DIMINUIÇÃO DO LÚMEN TRAQUEAL, e este 
 
pode vir como uma hipoplasia, como uma estenose ou como um 
colabamento – conhecidos como colapsos. 
 O colapso de traquéia acontece principalmente em raças toy, em 
momentos de euforia ou excitação. É extremamente difícil radiografar já 
que é algo esporádico que acontece sob determinadas circunstâncias. 
Quando o raio-x consegue pegar, é por pura sorte ou acidente; existe um 
raio-x dinâmico – chamado fluroscópio – que consegue capturar em vídeo a 
crise, mas mesmo assim é difícil de pegar. Por isso, é mais comum que o 
diagnóstico venha de forma clínica, pelo sintoma marcante - a “tosse de 
ganso”. 
 
! Cuidado com braquiocefálicos – eles tem um diâmetro luminal traquéia 
menor naturalmente porque eles são naturalmente estragados ! 
 
FISIOLOGIA DO COLABAMENTO 
 
Na INSPIRAÇÃO, O COLPASO É CERVICAL: 
 a pressão dentro da caixa torácica se torna negativa – como um vácuo 
– para puxar o ar de fora para dentro. Neste momento, tudo dentro da 
caixa torácica se expande: pulmões, ossos instercostais e inclusive a 
traquéia – que esta recebendo o ar. Porém, a porção cervical da traquéia 
que se encontra fora da caixa torácica, e portanto, fora da pressão negativa, 
se vê forçada ao colabamento. Em condições normais isso não acontece 
pois os anéis cervicais cartilagionosos impedem a deformação. Porém, 
nestes paciente, a cartilagem sofre um processo degenerativo e se torna 
mais flácida e deformável, e portanto, acaba cedendo à força. 
Na EXPIRAÇÃO, O COLAPSO É CERVICAL: 
 Na expiração, o diafragma sobe, arcos costais se contraem, o pulmão é 
“espremido” para que o ar seja expulso. Neste caso, não só o pulmão é 
“espremido” como a traquéia também é. E portanto, o colabamento aqui 
será na porção cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T R A U M A T R A Q U E A L 
 
 O trauma traqueal se mostra como um conteúdo levemente líquido 
dentro da traquéia; as paredes – principalmente a ventral, se mostram mais 
evidentes. Num geral ocorre visualização de alguma forma de conteúdo 
dentro do lúmen traqueal, evidenciado pelo ar passando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O trauma por brigas é o tipo mais comum de acontecer, pois ambos cães 
e gatos miram justamente na cervical na hora do fight. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M E D I A S T I N O 
 
 O mediastino é a região anatômica que separa os pulmões e acomoda o 
coração, contando ainda com a passagem de traquéia de esôfago. Costuma 
ser dividido em três grandes partes, mediastino cervical (cranial ao 
coração), mediastino médio (que acomoda o coração) e mediastino caudal 
(caudal ao coração). 
 Quanto as alterações radiográficas de mediastino, podemos nos 
preocupartanto com o aumento da radiopacidade (mais branco, mais 
massa ou água) quanto com a dimuniuição (mais preto, radiotransparente, 
presença de ar). 
 A diminuição de radiopacidade está relacionada ao pneumomediastino; 
condição marcada pela presença de ar no mediastino, muitas vezes 
relacionado com trauma traqueal, marcado por conteúdo gasoso adjacente 
à traquéia. 
 O aumento de radiopacidade normalmente esta relacionado à massas 
como neoplasias. Quando a massa é bem delimitada fica fácil de presumir, 
porém, quando ela é branda, pode ser confundida ainda com conteúdo 
líquido no mediastino. Nestes casos, para diferenciar conteúdo líquido de 
massas tumorais, podemos buscar por pequenas nuances como desvio de 
traquéia (que só acontece quando algo solido empurra). 
 
 
 
E s p a ç o p l e u r a l 
 
 É o espaço que existe entre as pleuras do pulmão, parietal e visceral. 
Neste espaço é normal ter um pouco de fluido pleural – não visível no raio-
x-, que promove o deslize do pulmão ao inflar e desinflar. 
 Quando esse fluido passa a ser acumular de forma excessiva, a 
capacidade de expansão pulmonar diminui, a esta condição se denomina 
EFUSÃO PLEURAL. O aspecto radiográfico mais marcante desta condição é a 
visualização de incisuras interlobares, quando o líquido é tanto que chega a 
delimitar os limites entre os lobos pulmonares com ar – o que constrasta 
bem e permite a visualização da condição. 
 Pelo raio-x, não conseguimos presumir que tipo de líquido é, por isso o 
laudo deve constar apenas efusão pleural. Na clínica, ai sim, é possível 
drenar e assim descobrir se se trata de um hidrotórax, hemotórax, piotórax, 
etc. 
 É importante notar, também, que é um quadro facilmente identificado 
via ultrassom. Se você tem à sua disposição um ultrassom, é preferível que 
você o faça antes para diagnosticar a efusão pleural, depois drene e ai sim 
mande para o raio-x para pesquisa de o que causou esta efusão (se é uma 
massa uma fratura etc), uma vez que o raio-x pré drenagem não vai te dizer 
nada que você não possa ver no US: líquido no espaço pleural. 
 Agora, também temos o contrário, quando o que acumula nesse espaço 
pleural é ar. A esta condição, damos o nome de PNEUMOTÓRAX. Aqui, a 
característica radiológica mais marcante é o deslocamento dorsal do 
coração, que parece flutuar no tórax em vez de encostar no esterno. 
Também temos desvio dorsal de traquéia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D I A F R A G M A 
 
 
 
 O diafragma é o grande divisor entre cavidade torácica e abdominal. A 
ruptura deste então costuma levar as chamadas hérnias, quando o 
conteúdo de uma cavidade cai aonde não devia. Neste caso, alças 
intestinais deslizam pela nova brecha para dentro da cavidade torácica. 
 As hérnias podem ser adquiridas (por ruptura) ou congênitas. Nas 
adquiridas, percebemos a não visualização do diafragma ou de parte deste, 
assim como a visualização de estruturas anormais tubulares no tórax. As 
vezes é possível até visualizar um deslocamento dorsal de traquéia e 
coração, mas isso depende do caso. O uso de contraste oral pode te ajudar 
a verificar que se tratam mesmo de alças intestinais. 
 A forma congênita destas hérnias diafragmáticas são conhecidas como 
HÉRNIAS PERITONEOPERICÁRDICAS. Nestas situações, não visualizamos o 
diafragma em sua integridade, e as estruturas anormais tubulares no tórax 
parecem estar mais encapsuladas. Isto acontece pois nesta condição, 
ocorre uma comunicação entre o peritônio e o pericárdio, onde as vísceras 
passam a dentro do saco pericárdico. Nem sempre é caso para tratar. Por 
ser uma condição congênita, as vezes o animal viveu a vida inteira ali com 
tripa ao redor do coração e está costumado. O saco não pode tomar toda a 
cavidade, e o coração está mais que acostumado a trabalhar meio 
apertado. Quanto mais velho for animal com essa condição, mais ele está 
acostumado e adaptado. A cirurgia de correção leva a uma 
descompensação ao qual o animal tem que se adaptar. Quando o animal é 
jovem, é até interessante, mas caso ele já seja de idade, é melhor só deixar 
como está. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
........................................................P U L M Ã O................................................. 
 
 
 
 Quando pensamos em pulmões costumamos imaginá-los como dois 
grandes balões que inflam e desinflam, mas a realidade é um pouco mais 
complexa. O pulmão é um órgão complexo, constituídos de diferentes 
estruturas: interstício, brônquios, bronquíolos, alvéolos, vasos sanguíneos e 
linfáticos – todos que trabalham juntos formando um tecido complexo, 
cheio de tramas e conexões por onde o ar corre. 
 
 Por isso, quando 
pensamos neste 
órgão, o mais 
adequado é 
enxerga-los como 
grandes esponjas 
por onde corre o ar. 
Principalmente na 
radiologia, onde o 
maior aliado da 
imagem é o ar (e os 
pulmões aparecem 
como um grande 
“vazio”), é 
importante ter essa noção de esponja para melhor entender os padrões de 
lesão do pulmão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Quadro INTERSTICIAL 
II. Quadro BRÔNQUICO 
III. Quadro ALVEOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Radiográfica dos campos 
pulmonares: 
 
§ Kv e mAs (super subexposto) 
§ 2-3 projeções (VD e VL pelo menos) 
§ Captar a fase inspiratória (imagem fica mais 
contrastada pela presença de ar) 
§ Controles radiográficos periódicos 
(monitoramento) 
IV. Quadro VASCULAR 
 V. Quadro MISTO 
PADRÕES DE LESÃO RADIOGRÁFICA 
quadro: I N T E R S T I C I A L 
 
 Opacificação do interstício por acúmulo de líquido ou material celular. 
Uma analogia seria enxergar o pulmão como uma bucha vegetal úmida. 
Quase todas as condições patológicas do pulmão iniciam com um quadro 
intersticial. 
 O espessamento das “fibras” confere um opacificação leve do pulmão 
no raio-x, que pode chegar a ser confudida com uma imagem normal porem 
em momento de expiração (quando há menos ar no pulmão para conferir 
contraste). Esta perda de contraste se dá pois o espessamento do interstício 
permite entrada de menos ar no pulmão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um quadro destes pode ocorrer de forma natural em animais senis, como 
consequência da fibrose natural que os tecidos sofrem na senescência 
(alterações fisiológicas sofridas com a idade avançada). Por isso, é sempre 
fundamental conhecer pelo menos um pouco da história do paciente antes 
de fechar um diagnóstico de imagem. Não é raro durante o exame o 
radiografista realizar uma espécie de nova anamnese com o tutor, 
buscando informações que suportem sua suspeita clínica. 
 
 
 Podemos ainda encontrar neste padrão de lesão, nódulos. Mesmo que 
não sejam muito claros ou grandes, sob qualquer acusação que fuja da 
normalidade, é importante instituir um monitoramento radiográfico do 
caso pelos próximos meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padrão normal 
quadro: B R Ô N Q U I C O 
 
 Ocorro quando há opacificação do pulmão por espessamento ( C ) ou 
dilatação da parede brônquica (D) – tanto bronquíolos como brônquios 
(estes últimos sendo os mais fáceis de visualizar no RX) -, como por 
exemplos nos quadros de bronquite. Aqui também cabe casos onde o corpo 
fibrosa a parede do bronquíolo fisiologicamente devido à idade (contanto 
que estes padrões não PREDOMINEM). 
 Na clínica, será um animal que apresenta 
tosse seca, e na auscultação ocorre sibilos 
(assovios, ar passando por um lúmen estreito). 
 A visualização normal (A) geralmente inclui 
dois vasos (uma artéria e uma veia) que acompanham o brônquio, e elas 
que nos ajudam a ter uma noção se o tamanho está adequado). 
 Processos crônicos podem levar ainda a um fenômeno conhecido como 
bronquiectasia (D), que é a dilatação do brônquio (parede de espessura 
normal, porém lúmen aumentado de tamanho).Se podemos visualizar qualquer estrutura semelhante a brônquios na 
periferia do pulmão, onde teoricamente os ramos vão ficando menores, já 
podemos concluir a presença de bronquiectasia. 
 
 
 
PREDOMINA ? 
É sempre a pergunta que devemos nos fazer 
ao observar uma imagem. Pois podem haver 
lesões de forma mais grave ou leve. 
Quadro: A L V E O L A R 
 
 O quadro alveolar se dá quando temo o acúmulo de líquido dentro dos 
alvéolos levando a estes padrões de lesões conhecidos como broncogramas 
aéreos. A visualização do broncograma aéreo se dá quando a imagem se 
assemelha a uma nuvem ou algodão doce. Nestes casos, a nossa bucha 
vegetal que é o pulmão está completamente encharcada, dando ao pulmão 
um tom de branco difuso. 
 
 
 
 
 Temos três tipos de origens para este quadro, os quais podemos supor 
baseados na localização das lesões e no histórico. Para isso, é importante 
sempre ter duas projeções no mínimo! 
 
o Por PNEUMONIA: 
alterações são mais 
craniais e ventrais, e 
se dão de forma 
assimétrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Por EDEMA: alterações 
se dão na região de hilo 
– isto é, onde saem os 
grandes vasos do 
coração (o edema 
muitas vezes está 
justamente relacionado 
à estes vasos) – de 
forma dorso-caudal e 
simétrica. 
 
 
o Por HEMORRAGIA: alterações são visíveis em qualquer que seja o 
local com histórico de trauma recente. Caso não tenha certeza, se 
guie pelas lesões externas ou pelas fraturas internas. 
 
 
 
 
 
 
 
...................................................... C O R A Ç Ã O..................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...................................................... D I G E S T Ó R I O.................................................... 
 
 
 
 Na maior parte das vezes, o exame de eleição para a avaliação do 
abdomem é o ultrassom, mas isso não exclui o raio-X da rotina. Existem 
algumas doenças em que o raio-X é essencial à investigação clínica, seja 
como auxilio ou como fechamento de diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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T É C N I C A D E E X A M E R A D I O G R Á F I C O 
D O A B D O M Ê M 
 
o Exames simples: projeções latero-lateral e ventro-dorsal 
 
o Exames contrastados: Exame de trânsito gastrointestinal; 
 avalia estômago e intestino delgado. 
 está caindo em desuso pois leva muito tempo 
 (quase um dia inteiro de radiografias seriadas), 
 sendo estressante pro animal (que fica de 
 jejum o tempo todo), pro tutor e pros técnicos 
 Vem sido substituído pelo ultrassom mesmo. 
 
 Enema de bário. 
 avalia intestino grosso via contraste retal. 
 
Ø Compressão Abdominal apertar o abdômen pra sobreposição de alças diminuir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
!GORDURA MELHORA A QUALIDADE DO RAIO-X ABDOMINAL! 
Pois a radiopacidade de gordura é diferente da de água, provendo um contraste 
natural com a radiopacidade de água dos órgãos. Importante notar que animais 
filhotes e caquéticos tem pouca gordura armazenada e por isso a imagem fica mais 
homogênea e de difícil visualização. 
 
 
 
ULTRASSOM 
 exame de eleição para o abdomên; 
 exame fácil de ser executado, porém difícil de ser 
interpretado; 
 água/líquido melhoram a qualidade da imagem; 
 ar/gases dificultam imagem – por isso tricotomia, luftal e 
gel são recomendados, para eliminar a interferência do gás. 
 
RAIO-X 
 Tudo dentro do abdômen tem a mesma radiopacidade de 
água, o que dificulta a diferenciação dos órgãos; 
 Usado mais em suspeitas que envolvam gás no abdôme ou 
para avaliação panorâmica; 
§ O raio-x é muito recomendado na pesquisa de corpo-
estranho, pois no trato gástrico inferior, ele é 
acompanhado muitas vezes por aerofagia ou 
fermentação (o estômago sempre tem um pouco de gás 
nele); 
§ No que diz respeito à avaliação panorâmica, o raio-x é 
superior ao ultrassom para visualização de um quadro 
geral (pois o ultrassom funciona como uma quebra 
cabeça onde o raio-x nos dá um quadro amplo). 
 Ex.: obstrução intestinal, gestação; 
 Água/líquido podem atrapalhar a qualidade de imagem; 
Ex.: ascite, diarreia. 
 Ar/gases melhoram a imagem por contrastar as estruturas 
avaliadas. Ex.: pneumoperitôneo, torção gástrica 
 
E S T Ô M A G O 
 
 
aspectos radiográficos normais 
 
 Notamos que o posicionamento do estômago de cães e gatos dentro da 
cavidade abdominal são diferentes entre si: 
Þ CÃO: antro e piloro passam da linha média e fundo culmina no lado 
direito. 
Þ GATO: todo o conjunto se localiza à esquerda da linha média. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O tamanho do estômago varia conforme a replecão (preenchimento) 
deste. O estômago possui uma capacidade distensiva impressionante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comportamento do gás no estômago: 
 Sempre há alguma quantidade de gás dentro do estômago, seja ela 
pouca ou muita. Dependendo do decúbito que este animal é posicionado 
para radiografar, percebemos que o gás muda de lugar, como o ar dentro 
de uma bexiga de água que sempre buscar ficar paralelo ao chão: 
Þ NO DECÚBITO DIREITO: o ar fica no corpo e fundo 
Þ NO DECÚBITO ESQUERDO: o ar fica no antro e piloro 
 
 É interessante atentar 
ao posicionamento do gás 
no estômago para 
confirmar que não houve 
erro no rotulamento da 
imagem e que portanto, 
seu diagnóstico é correto. 
 
 
 
 
*O diafragma também pode auxiliar na confirmação do decúbito, segundo 
sua silhueta na imagem: ele é composto por duas cruras e uma cúpula. No 
decúbito, as cruras ficam paralelas, enquanto que no esquerdo elas se 
convergem, formando um Y. 
 
LLE LLD 
 
C o r p o s E s t r a n h o s 
 
 O exame de trânsito gastrointestinal, apesar de estar em desuso, ainda é 
usado hoje em dia em dois casos: para avaliação de preenchimento ou 
corpo estranho gástrico, e para avaliar o tempo de esvaziamento gástrico. 
 
 
 A retirada desse corpo estranho vai depender da avaliação radiográfica 
ou endoscópica. Neste caso, a ideia é acompanhar este corpo estranho pra 
caso ele trave em algum lugar, saber indicar por cirurgião ou endoscopista 
realizar a retirada. Para isto, o objeto deve estar em trato digestório 
superior e com o estômago vazio. Caso ultrapasse o jejuno, o endoscópio já 
não alcança mais, e ai parte para a cirurgia. 
 Muitas vezes isso nem se faz necessário, pois o objeto é capaz de ser 
eliminado sozinho. 
 
!um corpo estranho linear - como uma linha - possui um protocolo próprio, 
pois sua visualização possui um padrão próprio e sua excisão é mais 
complicada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dilatação/Torção Gástrica 
 
 Duas situações muito semelhantes, sendo uma com uma complicação 
grave. 
 
Þ A DILATAÇÃO GÁSTRICA ocorre quando o estômago se dilata de 
formal anormal, exagerada, seja por conteúdo alimentar, gás ou 
outro. 
aspecto radiográfico: dilatação gástrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Þ A TORÇÃO GÁSTRICA promove alteração radiográfica da 
topografia de piloro e antro devido à torção. 
 
histórico: um animal de raça grande ou gigante apresentou 
episódio de apetite voraz, ingerindo grandes quantidade de 
comida em curto espaço de tempo, e depois apresentou anorexia 
e posteriormente aquesia.O que provavelmente ocorreu foi que 
logo depois de bater um potão de ração, o animal se movimentou 
bruscamente, levando o estômago à girar sobre o próprio eixo e 
ocluir a entrada e saída. La dentro esse alimento passa a 
fermentar, o que forma gás e dilata o estômago. 
 
emergência no raio-x: Essa dilatação pode ser tanta que chegar a 
ocupar a maior parte da cavidade abdominal, comprimindo os 
grandes vasos que passam dorsalmente à ele. Com o fluxo 
restrito, ocorre acúmulo de radicais livres, que se tornam um 
problema a partir do momento que a compressão é aliviada, pois 
tudo é jogado de uma vez na corrente sanguínea. Por conta disso, 
uma torção gástrica é o único caso de emergência dentro do raio-
x: pois o tempo está contra o animal. Cada minuto que passa 
mais radicais se acumulam e mais perigoso fica pra ele. Quanto 
mais rápido descobre, mais rápido descomprime, menos 
acumula, melhor o prognóstico. 
 
 
aspecto radiográfico: dilatação gástrica com visualização de linha 
de compartimentalização 
(única coisa que diferencia de dilatação só) 
(pode deslocar o baço/esplenomegalia também, graças à vascularização 
concomitante com o estômago). 
 
 É importante que a imagem anteceda a descompressão para ter certeza 
se é uma dilatação ou torção. 
 
 Na teoria, o 
tratamento da 
torção deve 
ser mais 
rápido e o 
animal vai 
acabar 
entrando em 
cirurgia para 
correção da 
torção e dar 
ponto para 
que não volte a torcer, enquanto que a dilatação seria mais descompressão 
e a ciru seria eletiva. Na prática podemos aplicar este tratamento tanto 
para a torção quanto dilatação, então caso a descompressão anteceda a 
imagem e não seja possível confirmar uma torção, pode-se aplicar a cirurgia 
independentemente. 
 
N e o p l a s i a s G á s t r i c a s 
 
 Espessamento de parede independente da região do estômago. No 
ultrassom a imagem de uma neoplasia fica mais evidente pois ele consegue 
capturar, inclusive, as camadas das paredes do trato gastro-intestinal 
(mucosa, submucosa, muscular e serosa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No ultrassom: espessamento de parede com perda de definição das 
camadas (pois uma parede espessa sem essa perda indica processo 
inflamatório) 
 
Quando então que vamos radiografar uma neoplasia? Quando a 
visualização da massa requer uma imagem mais panorâmica. EX.: massa 
tumoral gigantesca. 
 
 
Observação de falha de preenchimento do lúmen gástrico em região esquerda de antro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 I n t e s t i n o D e l g a d o. 
 
 
Como mencionado anteriormente, o ultrassom é um exame superior na 
avaliação do trato digestório em muitos casos. Na avaliação das alças 
intestinais, ele é capaz de captar a imagem da parede, evidenciando as 
camadas. 
 
 
No entanto, a radiografia ainda se faz necessária aqui no que diz respeito à: 
§ Alterações de topografia ou de distribuição (deve ser homogênea e 
caudal ao estômago e diafragma) 
§ Dilatação luminal (diâmetro não uniforme) 
§ Alterações de radiopacidade 
§ Deslocamentos (hérnias) 
 
D O E N Ç A S O B S T R U T I V A S 
 
 
Ø Corpos Estranhos 
• não-lineares 
• lineares 
 
Ø Intussuscepções 
 
Ø Hérnias (Encarceramento Intestinal) 
 
Ø Neoplasias intestinais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ø Corpos Estranhos 
 
• não-lineares 
 
 Quando temos um corpo 
estranho no intestino, é 
importante avaliar e monitorar 
para possíveis processos 
obstrutivos que ele possa causar 
ao longo do seu trajeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nem sempre a dilatação luminal se faz evidente no processo obstrutivo 
por corpo estranho, visto que há uma grande sobreposição de alças dentro 
da cavidade abdominal. Pensando nesta situação que criamos a 
Técnica De Compressão Abdominal: 
 Aplicamos leve compressão no abdômen durante o exame radiográfico 
com um objeto radiotransparente afim de afungentar o excesso de alças 
sobrepostas e evidenciar a que pode estar obstruída. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como identificar um processo obstrutivo causado por um corpo 
estranho (radiopaco ou não) no intestino: 
observação de diferença luminal entre as alças intestinais. 
 
 
• corpos estranhos lineares 
 
 Linhas, barbantes, quando ingeridos 
podem causar cortes e pregueamentos ao 
longo do trato intestinal. O intestino e seu 
peristaltimo vão puxando essa linha afim de 
seguir o trajeto e eliminá-lo, enquanto que 
sua ponta pode ficar presa na boca, embaixo 
do freio da língua, o que não permite que 
esse barbante progrida. A linha vai se 
esticando e o peristaltismo luta contra, 
tentando puxá-la pra baixo. Isso acaba 
causando um plissamento de alça, além de 
possíveis cortes ao longo do trato. Quanto 
mais fino, maior o estrago. 
 
 
 
 
 
Observa-se processo obstrutivo e diferença luminal entre 
as alças congestas e normais. 
 
 O diagnóstico vem por exame ultrassonográfico, não por radiografia. 
Existem fotos antigas de plissamento de alça em radiografia evidenciado 
por contraste mas já não é 
usado desde o advento do 
ultrassom. Entretanto, não 
podemos descartar a 
possibilidade de pegarmos um 
raio-x de abdomêm e a imagem 
nos sugerir a presença de corpo 
estranho linear. Neste caso, o 
aspecto radiográfico seria 
alteração de distribuição das 
alças; agrupamento ou aglomeramento sem aparente deslocamento, e 
ainda com esse aspecto que lembra plissamento. Porém, não podemos dar 
o diagnóstico baseado nesse achado. 
 
 Diagnóstico: só via exame ultrassonográfico 
 - visualização de plissamento de alça intestinal 
 - visualização de corpo estranho linear (as vezes) 
O grande problema vai ser a 
retirada dessa linha: já que não 
podemos puxar se não pode rasgar 
e cair conteúdo fecal ou alimentar 
na cavidade, a excisão cirúrgica tem 
que ser feita em fragmentos, de 
porção em porção, sem puxar. 
Ø Intussuscepções 
 
 Ocorre quando uma alça intestinal se invagina para dentro do seu 
próprio segmento; começa a se dobrar e entrar dentro de si mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causas: 
- aumento de peristaltismo, ainda mais quando associada a quadro 
obstrutivo por corpo estranho - o intestino fica tão focado em mandar pra 
frente o negócio que tá travado que ele vai lá e se engole em vez de seguir; 
- presença de corpo estranho linear também pode causar essa invaginação 
da alça. 
 
Diagnóstico: ultrassom 
- diferença de espessura entre os segmentos intestinais 
- visualização de multicamadas (mais camadas do que o normal) (parece 
uma cebola/ rocambole/alvo) 
- as vezes podemos ter a visualização do corpo estranho que dá origem a 
intussuscepção (neste caso é um objeto denso formando sobra acústica) 
*o ultrassom não consegue ver necrose de alça. 
 
O tratamento é estritamente cirúrgico. 
 
! o processo anestésico as vezes pode relaxar a musculatura lisa do 
intestino, levando a intussuscepção a se desfazer antes da cirurgia ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 intussuscepção 
Ø Hérnias (Encarceramento Intestinal) 
 
 A hérnia abdominal acontece quando ocorre uma descontinuidade da 
parede muscular que delimita a cavidade abdominal, e as vísceras acabam 
saindo dos limites da cavidade e migrando para o subcutâneo, onde ficam 
encarceradas. Isso pode acontecer em casos de traumas no abdômen, em 
pós operatório (um ponto estourou=descontinuidade da musculatura 
abdominal), ou mesmo ser congênito (hérnia umbilical). 
 
 O grande problema dessa hérnia é quando a 
abertura, a descontinuidade é muito pequena. 
Neste casos ela pode atuar apertando as alças. 
A abertura é pequena e restrita, e se alças 
demais passarem por um espaço tão estreito, 
elas podem acabar sendo estranguladas, 
causando um processo obstrutivo extra-
luminal. 
 
O diagnóstico é majoritariamente 
ultrassonográfico, o que não impede que o 
raio-x permita um certo grau de avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ø Neoplasias intestinais 
 
O diagnóstico deneoplasias intestinais 
se dá por exame ultrassonográfico, 
com a visualização de: 
- diferença luminal; 
- espessamento de parede com perda 
de estratificação de camadas (lembrar 
de diferenciar de processo 
inflamatório que preserva as 
camadas); 
Pode conter também: 
- irregularidade da superfície mucosa 
(B)(C); 
- massas (formações)(A). 
 
normal 
I n t e s t i n o G r o s s o 
 
 O exame de eleição do intestino grosso é o raio-x, pois ar e fezes 
interferem mito no ultrassom – e os dois estão em boa quantidade nessa 
região. A avaliação radiográfica do cólon pode ser feita tanto com exame 
simples quanto com o uso de contraste retal. 
 
Exame simples: latero-lateral e ventro-dorsal 
Exame contrastado: enema de bário. 
 
 Para fazer uma radiografia de cólon, primeiro precisa fazer um enema 
(famosa chuca) com anfisético - luftal - pra limpar todo o reto e cólon, 
porque tanto o gás quanto as fezes atrapalham a imagem. 
 
Relembrando a anatomia do 
intestino grosso: válvula 
ileocecocólica, cólon 
ascendente, c. transverso, c. 
descendente, e reto. O que 
delimita o fim do cólon 
descendente e início do reto 
é o sacro. Cranial ao sacro é 
tudo cavidade abdominal. 
Caudal à ele é cavidade 
 pélvica. 
------------------------------------------------------------------------ 
 
 
 
 
 
 
 
 Em relação a processo obstrutivo por corpos estranhos, são menos 
comuns nos cólons pelo maior diâmetro. Se conseguiu chegar no cólon sem 
problemas, é sinal que vai conseguir ser eliminado. 
 
FECALOMA E MEGACÓLON 
 
 O fecaloma é o resultado de uma retenção de fezes. A função dos cólons 
é justamente absorver água. Se por algum acaso as fezes ficam retidas, o 
intestino não para de funcionar por causa disso. Ele continua digerindo, 
continua mandando conteúdo fecal pro reto e continua absorvendo água. 
Dependendo da cronicidade do caso, isso pode resultar em fecalomas 
impressionantes, tanto em tamanho como em densidade – alguns chegam a 
atingir a mesma radiopacidade de ossos na radiografia. 
 
 Muitas fezes a presença de fecaloma pode estar associado também a 
uma dilatação do lúmen do cólon (megacólon); não sendo obrigatória essa 
associação. 
 
 Não precisa ter megacólon pra ter fecaloma; mas precisa de fecaloma 
pra ocorrer um megacólon. A única coisa capaz de promover a dilatação de 
cólon é um fecaloma. 
 
Afecções de Intestino Grosso: 
v Corpos estranhos 
v Retenções de fezes (fecaloma) 
v Megacólon 
 
 S I S T E M A U R I N Á R I O.................................... 
 
 
RELEMBRANDO A ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO: 
 
Rins: apecto de feijão/arredondado; 
 divido em cortical, medula e pelve; 
 localizados no espaço retroperitoneal; 
 rim esquerdo é mais cranial que o direito. 
 
Aspecto radiográfico: visualização da silhueta renal 
 Tamanho – não usamos o raio-x para mensurar o tamanho do rim, 
mas dim, ultrassom (maquina faz, é mais prático). 
• - Rim (cão): 2,5 a 3,5 x o comprimento de L2 (VD) 
• - Rim (gato) 2,4 a 3,0 x o comprimento de L2 (VD) 
• � Forma/contorno 
• � Número 
• � Topografia 
 Radiopacidade 
- Cálculos/calcificações renais

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