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Cavidade Abdominal - Clínica de Diagnóstico por Imagem Veterinária

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1 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
21/03/2019 – AULA 7 
CAVIDADE ABDOMINAL 
 
ESTÔMAGO 
 
 
 
A cavidade abdominal é revestida por um tecido chamado de peritônio, sendo o 
peritônio parietal – que reveste a parede e o diafragma; e o peritônio visceral – reveste 
todas as vísceras que estão dentro da cavidade abdominal, delimitando assim a cavidade 
e o mesentério e o omento. O peritônio parietal é contínuo ao peritônio visceral. 
Os rins são uma exceção, pois são parcialmente revestidos pelo peritônio visceral, sendo 
uma estrutura que não está dentro da cavidade peritoneal, e sim no retroperitônio. Por 
isso que as vezes em um trauma abdominal pode se ter líquido livre no abdômen, ou 
então, pensando em uma ruptura de rim, pode-se ter um extravasamento de líquido, 
não obrigatoriamente na cavidade, e sim só no espaço retroperitoneal – se descreve 
como um liquido livre, mas na verdade ele está preso dentro do espaço retroperitoneal. 
 
EXAME RADIOGRÁFICO X ULTRASSOM 
O grande diferencial do exame radiográfico frente ao ultrassom, é que ele é um exame 
de simples realização. Para realizar um bom exame ultrassonográfico se tem que fazer 
um preparo desse paciente, então dificilmente um animal que chega ao hospital em uma 
situação de não agendamento será encaixado para fazer um ultrassom – dificilmente 
porque em emergência pode ser realizado. Mas quando se solicita um exame de 
ultrassom se espera um preparo dessa paciente, que passa por um jejum alimentar, e 
por uma ingestão de bastante líquido, já no exame radiográfico não se precisa desse 
preparo, onde quando se tem alguma suspeita pode-se realizar o exame. 
O gás não é algo que atrapalha o exame, pelo contrato, ajuda a delimitar as estruturas, 
ainda mais quando se fala de sistema digestório, é inevitável que em algum momento 
se tenha mais ou menos conteúdo gasoso em algum segmento no lúmen então não 
requer preparos específicos, sendo de fácil execução, pensando no exame radiográfico 
simples, pois o contrastado precisa de preparo, sendo o exame contrastado mais raro 
de ser solicitado – como em casos de emergência, como por ruptura de bexiga; a 
 
2 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
diminuição da incidência de solicitação dos exames contrastados ocorreu pois com o 
ultrassom se tem informações muito mais refinadas, observando por exemplo 
peristaltismo sem contraste, e de forma mais fácil. 
Portanto, o exame radiográfico trata-se de um exame fácil de ser executado, mas a 
interpretação da imagem radiográfica requer qualidade técnica, um bom ajuste de 
aparelho e um bom posicionamento, eventualmente solicitação de decúbito lateral 
direito e esquerdo, porque as vísceras assumem posições diferentes conforme o 
decúbito – devido a posição do gás dentro do estômago que se altera de acordo com a 
posição do animal, devendo perceber essas nuances, o que torna essa interpretação um 
pouco mais desafiadora. E devido a essas limitações de grandes conhecimentos e 
qualidades técnicas que vem o ultrassom para suprir essas carências, logo, muitas vezes 
o exame radiográfico irá funcionar como um exame de triagem – de repente começou a 
fazer um exame ultrassonográfico e está difícil a visualização, se tendo a impressão que 
tem muito gás, então pede um raio-x para ver o que está acontecendo com o abdômen, 
para traçar melhor um planejamento para se fazer um diagnóstico do paciente, por isso 
que o raio-x é um importante complemento ao ultrassom. 
 
Abdômen (Ultrassonografia). O raio-x é muitas vezes um exame de triagem, é um 
importante complemento ao ultrassom. 
 
EXEMPLO PRÁTICO 
Animal que chega na clínica com suspeita de dilatação ou torção gástrica em quadro 
agudo, vale a pena solicitar um exame ultrassonográfico? 
Não, pois já se sabe que o gás atrapalha, tendo que fazer a tricotomia desse animal, 
colocar o animal em decúbito lateral dorsal, e só será visualizada uma grande área 
produtora de reverberação acústica com artefato pela presença de gás, não 
conseguindo diferenciar se é uma dilatação ou torção, logo se coloca o paciente no raio-
x, já que a imagem é patognomônica. 
Paciente onde no exame físico se percebe na percussão sons timpânicos – alças 
intestinais com gás, não se começa solicitando um ultrassom, e sim um raio-x. Porém se 
tiver líquido livre no abdome não adianta pedir exame radiográfico, pois se tem a mesma 
radiopacidade de tecidos moles – radiopacidade água, então ficara homogêneo, a única 
coisa que se conseguirá ver de um abdômen com ascite, é o segmento de alça intestinal 
que eventualmente é preenchido por gás, portanto o que se pede nesse caso é o 
ultrassom. 
 
EXAME RADIOGRÁFICO ABDOMINAL 
 
SITUAÇÕES FAVORÁVEIS 
• Avaliação Panorâmica da Cavidade Abdominal 
O exame radiográfico possui situações em que contribui para a avaliação da cavidade 
abdominal, principalmente quando se quer ter uma visão panorâmica do abdome – 
o ultrassom dá uma imagem muito focal e segmentar da cavidade, não conseguindo 
se ver a relação de um órgão com as estruturas ao seu entorno. 
Radiograficamente se consegue ver uma visão topográfica, pode-se avaliar a sintopia 
das estruturas, o que ultrassonograficamente não se consegue, como por exemplo, 
com uma radiografia de coluna se pode visualizar o abdome, e com isso pode-se 
 
3 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
observar a presença de um fígado aumentado, mas, se durante um exame físico 
percebe já se percebe o fígado aumentado – hepatomegalia, o ultrassom é o mais 
indicado, pois com ele já se tem a resposta do porquê dessa hepatomegalia, já que 
irá avaliar a arquitetura interna do órgão. 
• Imagens Evidenciadas pela Presença de Gases 
Uma alça preenchida por conteúdo gasoso é muito mais facilmente caracterizada 
radiograficamente do que pelo ultrassom, não que não se consiga visualizar no 
ultrassom, mas se terá muita interferência e dificuldade, já que o gás produz muito 
artefato. 
 
SITUAÇÕES DESFAVORÁVEIS 
São situações que ao nos depararmos com elas já enviamos direto para o ultrassom. 
 Animais Caquéticos 
Quando o animal é muito magro/caquético, independente da causa dessa caquexia. 
 Predomínio de Líquidos em Lúmen Intestinal 
Quando se tem alças com muito conteúdo líquido, pois essas alças acabam se 
sobrepondo, causando uma dificuldade para identificar o limite de cada alça. Tem 
um termo radiográfico que se chama definição de serosa – histologicamente serosa 
é a camada mais externa, logo, quando se consegue enxergar o limite da alça, está 
sendo observada a serosa; então em um abdômen que não tenha líquido livre e que 
tenha gordura o suficiente no abdômen, se consegue enxergar esse limite/contorno 
da alça, por isso que se fala definição/identificação de serosa, tanto que quando se 
tem liquido livre uma das maneiras de se descrever é “aumento difuso de 
radiopacidade abdominal com perda de definição de serosa”, significando que se 
tem liquido não conseguindo definir o limite das alças. 
 Presença de Líquido Livre em Cavidade 
O líquido independente da sua origem é um facilitador da formação da imagem 
ultrassonográfica. 
 
CARACTERIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS ABDOMINAIS 
• Caracterização dos Órgãos Abdominais Dependerá: 
1. Diferença de radiopacidade entre os órgãos e quantidade de gordura abdominal. 
A caracterização dos órgãos abdominais, pelo raio-x dependerá da diferença de 
radiopacidade entre os órgãos, onde a gordura é fundamental para ajudar a 
diferenciar os órgãos, pois todas as vísceras acabam tendo radiopacidade água, 
se tirar a gordura acaba se perdendo essa diferenciação, tendo estruturas que 
são mais radiopacas do que outras pois se tem a questão da espessura – uma 
bexiga repleta possui uma radiopacidade maior que uma bexiga vazia. Mas em 
contra partida é algo que prejudica bastante a imagem ultrassonográfica, porque 
ela acaba atenuando o feixe sonoro, acaba enfraquecendo a onda sonora, que 
não consegue viajar no tecido mais profundamente, tendo mais trabalho para 
construir. 
2. Conteúdo de alguns órgãos abdominais (p.ex.:estômago). 
A presença de gás no local certo ajuda – de modo geral no trato digestório, pois 
quando se tem um estomago vazio, quase certeza que não se consegue acha-lo, 
o órgão mais próximo ao estomago cranialmente é o fígado – radiopacidade 
agua, logo se o estomago estiver vazio ele acaba ficando colabado tendo as 
 
4 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
mesmas características que o fígado – em termos de radiopacidade, não sendo 
possível identifica-lo, por isso é bom ter um pouquinho de gás. A mesma coisa 
acontece com segmento de alças intestinais, sendo muito fácil avaliar em termos 
de radiopacidade o intestino grosso, pois ele normalmente tem gás, e um 
conteúdo mais radiopaco – pois sua função é de absorver água, dando mais 
consistência ao bolo fecal e automaticamente aumenta a densidade, tanto que 
o conteúdo fecal é muito mais radiopaco. 
• Alterações Observadas podem estar Relacionadas a Processos Fisiológicos ou 
Patológicos 
As alterações observadas podem estar relacionadas a processos fisiológicos 
(gestação, bexiga cheia) ou patológicos, nem toda alteração de topografia das 
vísceras abdominais é obrigatoriamente patológico, pode ser fisiológico, como um 
cão condicionado a urinar apenas com a presença do tutor quando o leva para 
passear e o tutor faz isso apenas uma vez de manhã e uma vez a noite, ao radiografar 
a cavidade abdominal a tarde a bexiga estará bem repleta, tendo uma alteração da 
topografia do órgãos, com uma bexiga na região média de abdome e alças 
deslocadas cranialmente, não sendo patológico pois animal está segurando a urina, 
porem um animal com frequência normal e entrando em quadro de disúria com 
histórico de cálculo, logo essa bexiga estendida e as alças deslocadas deixam de ser 
um processo fisiológico e torna-se um processo patológico. 
Se procura avaliar posição das vísceras, se possui alteração do tamanho dos órgãos, 
se há continuidade na forma desses órgãos – se estão preservadas, e se a 
radiopacidade da cavidade abdominal está mantida. 
 
EXEMPLOS DE CASOS 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Trata-se de uma gestação, com alteração de topografia dos 
órgãos, com dificuldade de caracterização dos órgãos, e alteração de radiopacidade, 
podendo analisar estruturas fetais, sendo um processo fisiológico apesar de todas as 
alterações apresentadas. 
A gestação pode ser visualizada em uma imagem radiografica a partir dos 45 dias, pois 
é quando se pode visualizar o esqueleto dos fetos, porém não pode-se falar que estão 
vivos ou em sofrimento, podemos apenas falar que estão alongados – sendo um 
indicativo de viabilidade, pois quando morrem vão diminuindo e desorganizando. Temos 
com o raio-x uma visão panoramica da cavidade abdominal, permitindo que se consiga 
contar o numero de filhotes, não dando para contar no ultrassom, pois pode-se contar 
 
5 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
o mesmo feto mais de uma vez ou deixar de contar um, por isso que a complementação 
é importante pois, enquanto o raio-x quantifica, o ultrassom qualifica. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: A bexiga em condições de normalidade estaria na região 
ventral, caudal de abdomen, quem estaria no local onde a bexiga repleta da imagem 
está seriam as alças intestinas, como dois corpos não ocupam o mesmo lugar se tem um 
deslocamento cranial das alças. Se tem alteração de radiopacidade, alteração de 
topografia. É um cachorro que tem dificuldade para urinar, pode ter um tenesmo, a 
causa pode ser processo obstrtivo – calculo ou neoplasia, se olharmos com mais 
atenção, junto ao osso peniano, se tem inumeras estruturas arredondadas com 
radiopacidade bem elevada – demosntrando cálculos uretrais. Logo se tem uma 
alteração por processo patológico por obstrução. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Cavidade abdominal de um gato com um processo fisiologico 
normal. A área na porção mais cranial da cavidade abdominal que é delimitada 
cranialmente pelo diafragma é o fígado. O estomago possui um padrão mais 
heterogeneo de radiopacidade, não se conseguindo visualizar direitinho onde começa e 
onde termina. Na região mais ventral se tem intestino delgado – não se diferencia de 
duodeno, jejuno e íleo, o segmento mais grosso é o intestino grosso, com um conteudo 
mais radiopaco e presença de gás. A seta branca corresponde ao baço. Pancreas, 
 
6 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
adrenais, visicula biliar, ureteres, uretra, ovários e utero não gravidico não se visualiza 
em processos fisiológicos. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Aumento de radiopacidade com perda de definição, tendo 
dificuldade em se definir o limite das alças indestinais – com perda de definião serosa. 
Animal caquético sem gordura nessa imagem, não se conseguindo visualizar os rins, 
baço, e os limites direitinho do fígado. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Aumento de radiopacidade com perda de definição, tendo 
dificuldade em se definir o limite das alças indestinais – com perda de definião serosa. 
Animal jovem, com pouca gordura abdominal, se consegue enchergar apenas 
segmentos de trato digestório que estão preenchidos com conteudo gasoso. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Aumento de radiopacidade com perda de definição, tendo 
dificuldade em se definir o limite das alças indestinais – com perda de definião serosa. 
 
7 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
Quadro de ascite, efusão pleural, se observa abdome mais abauldo com visualização de 
alguns segmentos do estomago, do intestino delgado e grosso, se tem perda da 
definição serosa, não se identifica também onde é figado ou bexiga. O abdome quando 
fica com líquido fica homogêneo, ou seja, não se vê os órgãos, não se pede raio-x para 
líquido, o laudo irá vir: na projeção latero lateral de cavidade abdominal observa-se um 
aumento difuso de radiopacidade em cavidade abdominal com perda de definição de 
serosa e distensão abdominal, aspectos radiográficos compatíveis com derrame 
abdominal, ascite a esclarecer. Porém, já se sabe que o animal está com ascite sem o 
raio-x, precisa saber a causa, portanto o raio-x é inviável, pois não dá para ver e 
diagnosticar nada por conta do liquido presente. Para saber a causa, o melhor método 
é o ultrassom. – Pode ser um gato, podendo ser PIF, ou um tumor que rompeu, ou até 
mesmo um fígado congesto. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Presença de ar/gás com aumento de radiopacidade. Por uma 
lesão perfurante, rompimento de alça com vasamento de conteudo na cavidade, ou 
por um método iatrogênico como por uma laparotomia exploratória – quando se faz o 
raio-x depois é natural ter um pouco de uma coleção gasosa dentro da cavidade 
abdominal. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Presença de ar/gás com aumento de radiopacidade. Se tem 
uma alteração mais evidente, sendo mais nítido observar inclusive as paredes das alças, 
onde o intestino grosso está um pouco irregular, se observa o intestino delgado, se ve 
conteudo, a serosa está muito definida, e se identifica o limite da bexiga. Se olhar mais 
para a região cranial observa-se uma linha radiopaca – onde separa o tórax do abdômen, 
em um paciente normal não se consegue definir, vê o limite, mas não a linha, está 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
definindo tão bem pois além de ter o ar do pulmão, também se tem ar livre dentro da 
cavidade. Não está avaliando apenas topografia, mas também radiopacidade das 
estruturas dentro da cavidade abdominal. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Não se caracteriza silhueta cardiaca e silhueta diafragmatica 
pois se percebe que tem a presença de estruturas que são de cavidade abdominais que 
invadiram a cavidade torácica, sendo achados comátiveis com ruptura diafragmática. É 
algo que compromete a cavidade torácica, mas também de certa maneira 
compromete a definição da cavidade abominal. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Imagem com a projeção latero lateral não se tem a impressão 
de comprometimento do coxal, com a projeção ventro dorsal se observa uma luxação 
de articulação coxofemoral em função de fratura de isquio, pubis, campo isquiatico, ou 
seja,animal traumatizado. Se tem intestino grosso sobrepondo ao coxal, não sendo um 
processo fisiologico. Na projeção latero lateral deve-se observar uma integridade de 
parede abdominal, que é uma linha continua definida, se por algum motivo romper ou 
se essas linhas musculares se afastarem, a tendencia é o conteudo que está ali migrar, 
sair. Se tem aumento de volume em um paciente com trauma, logo pode-se ter uma 
 
9 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
eventreção, que é uma perda de continuidade da parede muscular, que teoricamente 
pode ser uma hérnia. 
 
ESTÔMAGO 
 
Principais doenças gástricas: 
1. Corpos Estranhos 
2. Dilatação Gástrica/Torção gástrica 
3. Gastrite/Úlceras → Quando se tem suspeita se solicita a realização de endoscopia, 
no ultrassom não se consegue ver na sua totalidade a parede do estomago, 
precisando ver mucosa, se tem uma superfície inflamada, espessada ou não, e 
aproveitar e fazer uma coleta de material – biopsia, pega um pedaço da mucosa e 
faz cultura para ver se cresce uma bactéria. Na medicina humana a endoscopia é 
muito utilizada, mas na veterinária é utilizado o ultrassom para analisar o 
espessamento da parede – sendo utilizado como um processo de triagem, não se 
visualizando uma ulcera no ultrassom, não realizando a endoscopia devido ao custo. 
 
Os aspectos neoplásicos do estomago são muito parecidos com alça intestinal. 
 
CORPOS ESTRANHOS 
 
Corpo estranho não quer dizer obrigatoriamente obstrução, às vezes é um achado de 
exame. Pode ser um corpo estranho radiopaco – mais fácil de identificar, ou um corpo 
estranho radiotransparente rodeado por gás – mais difícil de se identificar. 
 
RADIOGRAFIA SIMPLES 
• Radiopaco ou Radiotransparente Rodeado por Gás 
Corpo estranho radiopaco consegue-se até dizer o que está obstruindo, agora se for 
radiotransparente o que vai ajudar a guiar é o grau da dilatação do estômago, agora, 
se o animal tiver acabado de vomitar porque está com um processo obstrutivo, 
sendo difícil caracterizar, sendo esse um dos casos em que se pode pedir um 
ultrassom, se o ultrassom não for esclarecedor pode-se pensar em fazer um transito, 
dar um pouco de contraste. 
Temos que trabalhar com o gás que eventualmente está dentro do estomago, 
conforme se muda o decúbito do paciente o gás se movimenta, e as vezes essa 
movimentação do gás acaba envolvendo e delimitando o corpo estranho, e então 
não se precisa contrastar, por isso se faz três projeções, uma lateral direita e 
esquerda, e uma ventro-dorsal, pois a posição do gás nos decúbitos modifica, ora 
jogando esse gás para o piloro e ora para o fundo e corpo, podendo usar esse gás 
como contraste para o corpo estranho. 
 
A remoção do corpo estranho pode ser realizada através de uma endoscopia, porém 
nem sempre se consegue tirar. 
 
RADIOGRAFIA CONTRASTADA 
• Falha de Preenchimento 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Projeção de um felino. Corpo estranho radiopaco, em formato 
circular com bordos bem definidos, presente no estomago – se sabe que esta no 
estomago pois se observa o fígado com uma presença de gás juntamente na região de 
piloro. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DA IMAGEM: Se descarta que se tenha processo obstrutivo que não seja no 
estômado pois se tem uma preservação dos diametros de alça. 
 
DILATAÇÃO / TORÇÃO GÁSTRICA 
 
Nem toda dilatação vai virar uma torção, mas toda torção já foi algum dia uma dilatação. 
A dilatação do estômago ocorre por conteúdo gasoso, líquido ou sólido, normalmente 
como causa da dilatação, que pode evoluir para torção, se tem aerofagia, ingestão 
excessiva de alimento e água, fermentação – animais que comem uma única vez por dia 
em grandes quantidades, alterações de motilidade, etc. 
É uma doença de evolução aguda, logo se estiver diante de um paciente com esse 
histórico precisa-se fechar o mais rápido possível, pois o animal pode vir a óbito rápido. 
Qualquer cão pode estar predisposto a torção, mas as raças maiores, com o tórax mais 
profundo são as que tem maior predisposição, pois é como se o estomago ficasse mais 
penduloso e mais propenso a torção. 
 
 
11 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
DILATAÇÃO GÁSTRICA 
 
 
 
Achados Radiográficos 
o Distensão anormal da cavidade gástrica 
o Deslocamento caudal das alças intestinais 
o Piloro e fundo em posição anatômica normal 
o O baço fica no mesmo lugar – sem alteração da topografia. 
 
TORÇÃO GÁSTRICA 
 
 
 
Achados Radiográficos 
o Dilatação da Cavidade Gástrica 
Distensão anormal da cavidade gástrica com piloro e fundo do estômago em 
posições anormais. 
o Torção do piloro, que é deslocado dorsalmente e à esquerda. 
Ligamento gastroesplênico, logo o baço acompanha a curvatura maior do estomago, 
por isso quando se tem a torção, o piloro gira podendo levar o baço, não sendo 
apenas um problema digestório, mas também um problema hemodinâmico, muitas 
vezes congestivos. 
o Compartimentalização da Cavidade 
Linha radiopaca que corresponde à alteração da topografia do piloro. 
o Esplenomegalia 
Normalmente além da torção e da compartimentalização do estomago se tem uma 
esplenomegalia, pois o sangue não consegue mais passar, causando uma congestão 
passiva – infarto, torção. 
 
 
12 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
28/03/2019 – AULA 8 
CAVIDADE ABDOMINAL – AULA PRÁTICA 
 
RADIOPACIDADE 
▪ Metal: Muito branco 
▪ Osso: Branco 
▪ Água: Cinza claro 
▪ Gordura: Cinza escuro 
▪ Ar: Preto 
 
1. Descreva as alterações radiográficas/ultrassonongráficas das imagens a seguir. 
2. Cite o(s) provável(is) diagnóstico(s). 
 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Estrutura arredondada com bordos bem definidos e 
radiopacidade metal em região gástrica. – Corpo estranho em região gástrica. 
 
 
13 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Presença de estrutura arredondada com bordos 
parcialmente definidos, com radiopacidade água e deslocamento de alças intestinais 
deslocadas. – Formação abdominal. 
 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Diminuição da radiopacidade, evidenciando a presença de 
gás na cavidade abdominal. – Presença de gás na cavidade abdominal, 
Pneumoperitônio. 
 
 
14 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Distensão gástrica por conteúdo gasoso e com presença da 
linha de compartimentalização indicando a torção gástrica com o deslocamento de alça 
intestinais. – Torção gástrica. 
 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Estrutura arredondada com bordos definidos e 
radiopacidade de metal em região intestinal com segmento intestinal dilatado pela 
presença de gás. – Corpo estranho em região intestinal. 
 
 
15 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
ACHADOS RADIOGRÁFICOS: Normal. 
 
 
 
ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS: Normal. 
 
 
 
16 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
04/04/2019 – AULA 9 
AVALIAÇÃO FORMATIVA 02 
 
11/04/2019 – AULA 10 
CAVIDADE ABDOMINAL 
 
INTESTINO 
 
Antes de estudar as patologias é importante lembrar dos aspectos de normalidade. Em 
relação ao sistema digestório, ele apresenta uma gama de variação muito ampla por 
vários fatores, sendo muito eclético seja em função do seu conteúdo, variação de 
radiopacidade, gordura presente dentro da cavidade resultando em uma variação dos 
aspectos radiográficos. 
Ao observar a cavidade abdominal, precisamos descrever os critérios como contorno, 
forma, topografia, radiopacidade, arquitetura quando possível e motilidade. 
Radiograficamente é possível caracterizar esses sinais radiográficos – também 
conhecidos como sinais de Roentgen, sendo alterações nesses itens que nos faz 
suspeitar da patologia que é mais frequente em relação digestório que são os processos 
obstrutivos. O processo obstrutivo abriga uma série de situações como corpos 
estranhos, intussuscepção, neoplasias, hérnia – encarceramento de alças, aderência ou 
estenoses – decorrentes de processos cirúrgicos por exemplo. 
 
RADIOGRAFIA X ULTRASSOM 
 
RADIOGRAFIA 
 
 
 
Se tem sedimentos preservados, sem evidênciasde processos obstrutivos. 
Topograficamente as alças ficam na região média ventral da cavidade abdominal, sendo 
a topografia do intestino delgado, se analisar a estrutura e a forma, em alguns aspectos 
se tem estruturas tubulares – projeção lateral, e em outros estruturas circulares – se 
olhar de frente, sendo um aspecto de normalidade. De modo geral todos os segmentos 
apresentam o mesmo tamanho, é possível observar o limite das alças, principalmente 
quando se tem um segmento de alça preenchido por segmento gasoso ficando mais fácil 
de ser observado pois o contraste negativo – ar, ajuda a delimitar a parede, tendo 
radiopacidade água. 
 
17 
Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
ULTRASSONOGRAFIA 
 
Na radiografia é possível observar uma pseudo-arquitetura, porém pode-se ver as 
estruturas adjacentes a ele. Na ultrassonografia é possível ver a arquitetura das alças, 
dando a definição da serosa, vendo o contorno das alças intestinais, nos dando mais 
informações, porém é possível ver apenas uma parte do todo, diferente do raio x. As 
vantagens do ultrassom é que é possível ver a parede, a arquitetura e a espessura da 
alça intestinal – se estiver espessada não se consegue reconhecer essas linhas. 
O raio x é uma imagem estática, já o ultrassom é uma imagem dinâmica, sendo 
importante observar no ultrassom a atividade peristáltica. 
 
Em um ultrassom de um paciente com processo obstrutivo por corpo estranho é 
possível ver um segmento de alça com motilidade – atividade peristáltica, mas essa 
atividade não é evolutiva, ela tenta empurrar o conteúdo, mas volta. 
 
 
 
Radiograficamente só é possível observar essa atividade peristáltica não evolutiva se 
fizermos um trânsito gastrointestinal – porém tendo como risco a broncoaspiração pois 
deve-se administrar um volume de contraste maior, sendo um processo que demora 
muito, podendo até mesmo o animal vomitar o contraste. O único fator que dificulta a 
avaliação do sistema digestório na ultrassonografia é a presença de gás, sendo um fator 
limitante para a avaliação do sistema digestório como para as estruturas ao seu entorno, 
porém nunca se terá um abdome isento de gás. 
A linha ecogênica mais central corresponde a luz, a linha anecogenica a baixo é a 
mucosa, seguida pela camada submucosa, muscular e serosa. O melhor exame para o 
sistema gastrointestinal para avaliar processos obstrutivos depende da quantidade de 
gás presente, onde na presença excessiva de gás – abdome distendido, o mais indicado 
é o raio x, já quando se tem pouca presença de gás – abdome mais distendido com uma 
estrutura mais firme, tubular e com pouca presença de gás, o melhor é o ultrassom. 
 
Avaliação de sistema digestório é muito importante o histórico. 
 
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Cavidade Abdominal 
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INTESTINO DELGADO 
 
PROCESSO OBSTRUTIVO 
 
 
 
Segmento representado esquematicamente de duas situações: processo obstrutivo 
total e um processo obstrutivo parcial. Quando em uma alça intestinal se tem um corpo 
estranho o conteúdo fecal não consegue passar, justificando o vômito – que quando 
possui um aspecto fecalóide, lembra fezes, indica um processo obstrutivo em regiões 
mais baixas; quando o vômito é em jatos, sem muita digestão do alimento indica um 
processo obstrutivo mais alto. 
Um corpo estranho não gera apenas um processo obstrutivo em si, podendo gerar um 
processo isquêmico no tecido – que fica hipóxico, sendo um tecido em estado de 
necrose, logo, se retirar o corpo estranho apenas e suturar vai conteúdo na cavidade, 
para que isso não aconteça se tira o segmento comprometido – enterectomia, fazendo 
uma enteroanastomose, ligando um segmento ao outro, sendo uma cirurgia complexa 
pelo potencial de contaminação. 
 
PROCESSO OBSTRUTIVO RADIOGRAFICAMENTE 
As alças intestinais apresentarão diâmetros muito diferentes. Um paciente com 
processo obstrutivo terá a porção cranial – tudo o que estiver anterior ao corpo 
estranho, dilatada; e a porção caudal – tudo o que vem depois do corpo estranho, 
reduzida, pois se vai esvaziando, tendo segmentos com diâmetros muito diferentes. 
• Diâmetro de Normalidade 
Intestino delgado de um cão e de um gato é até 2 vezes a espessura de costela. 
• Processo obstrutivo Parcial 
Em um processo obstrutivo parcial a diferença não é tão significativa. 
 
PROCESSO OBSTRUTIVO ULTRASSONOGRAFICAMENTE 
Em uma ultrassonografia, independentemente de ser um processo obstrutivo total ou 
parcial, se reconhece pelo ultrassom um o corpo estranho normalmente com a 
densidade mais elevada, onde a onda sonora bate nesse corpo estranho e reflete, então 
se tem um corpo estranho normalmente em uma superfície irregular – dependendo da 
sua natureza, e em baixo dele fica escuro, formando uma sombra embaixo dele, além 
da presença de uma motilidade normalmente não evolutiva – atividade peristáltica não 
evolutiva. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
1. CORPO ESTRANHO 
• Não Linear 
 
 
 
Aspecto Radiográfico: Projeção de um gato que ingeriu um patins de boneca, não 
sendo comum um gato ingerir esse tipo de objeto, pois são mais seletivos. 
 
 
 
Aspecto Radiográfico: Corpo estranho mais evidente, com segmentos delgados mais 
finos e segmentos mais grossos, não sendo o intestino grosso, indicando um possível 
processo obstrutivo total, pois se tem assimetria das alças, com presença de alças 
normais e alças dilatadas. O radiologista não diz se o processo é obstrutivo total ou 
parcial, sendo mais uma classificação do diagnóstico clínico. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
• Linear 
Mais comum em gatos do que em cães, pelo tipo de entretenimento e dos 
brinquedos, já que se entretém mais com linhas, cães podem ter ambos. 
O corpo estranho linear gera uma imagem radiográfica de obstrução muito 
característica. O diagnóstico é muito chato pois muitas vezes o veterinário erra na 
inspeção de cavidade oral. O corpo estranho linear é muito característico pois as 
alças intestinais ficam plissadas, onde a linha muitas vezes fica ancorada embaixo da 
língua ou no cárdia fazendo com que a alça começa a contrair, devido a atividade 
peristáltica, porém não consegue empurrar a linha, fazendo com que as alças vão 
plissando/pregueando. Muitas vezes a linha pode rasgar a parede. 
 
 
 
Aspecto Radiográfico: Alças intestinais pregueadas devido a presença de corpo 
estranho linear - Aspecto de plissamento. As alças, que normalmente ficam em 
região mais média do abdome, estão mais deslocadas caudalmente em função do 
próprio plissamento. 
 
 
 
Ultrassonografia: IMAGEM 1: Padrão de normalidade, onde se tem a luz 
acompanhada de camadas paralelas a ela, sendo a mucosa, submucosa, muscular e 
serosa. IMAGEM 2: Se vê uma linha ecogênica, porém não se consegue acompanhar 
as outras camadas, se vendo um embolado/agregado das camadas, com uma 
alteração no aspecto da alça intestinal, que fica corrugada – plissamento das alças, 
sendo uma imagem ultrassonográfica característica de corpo estranho linear. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
2. INTUSSUSCEPÇÃO 
Quando uma alça intestinal entra dentro da outra por uma sincronização do 
movimento/ritmo de atividade peristáltico, as vezes se tem uma onda peristáltica em 
um segmento e se o outro estiver mais lento ou parado o outro segmento acaba o 
“engolindo”, onde dependendo da intussuscepção ela pode se desfazer sem 
interferência – como após uma evacuação, a imagem ultrassonográfica de 
intussuscepção é muito característica. Processos neoplásicos podem causar essa 
intussuscepção. 
 
Junto com a alça intestinal o mesentério também entra na outra alça, e junto a ele vasos 
que irrigam a região, podendo levar a um quadro isquêmico – sendo interessante fazer 
uma varredura com doppler colorido para estimar a viabilidade do segmento se 
identificar a presença de fluxo, em um primeiro momento não se tira o segmento e sim 
se tenta desfazer essa intussuscepção. Por tem uma alça dentro da outra, ao observar a 
imagem podemos ver váriascamadas hipoecogênica e hiperecogênica – várias linhas 
circunscritas, ou seja, uma dentro da outra. 
 
 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
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Corte Transversal: Caracterizada pela presença de linhas hipoecogênicas e 
hiperecogênicas circunscritas. 
Corte Longitudinal: Caracterizada pelo aumento no número de camadas. 
 
3. NEOPLASIAS 
Normalmente são neoplasias malignas, como linfoma, linfosarcoma, adenocarcinoma, 
devendo então procurar indícios de metástases principalmente em linfonodos, das 
neoplasias, principalmente em gatos se tem o linfoma alimentar. 
 
 
 
Ultrassonografia: Perda da arquitetura habitual das alças, pode ser focal ou 
generalizada, e os linfonodos mesentéricos estão aumentados, com alteração de 
formato – mais arredondado. A alteração da parede gera uma redução da motilidade 
intestinal. 
 
4. ADERÊNCIA OU ESTENOSES CICATRICIAIS 
Estenose é um estreitamento, então quando se tem um corpo estranho pode-se fazer 
uma enterotomia – incisão nas alças intestinais para tirar o corpo estranho, fazendo 
então uma enterorrafia – sutura, nesse processo de cicatrização pode se ter uma 
retração do tecido, que estenosa e dificulta a passagem, podendo gerar um processo 
obstrutivo parcial. 
Outro caso seria por exemplo em algum caso de rompimento de bexiga, onde o abdome 
ficou inflamado e se manipulou muito o abdome mexendo muito na alça, fazendo com 
que essa manipulação excessiva gere uma aderência, podendo também levar a um 
processo obstrutivo. 
 
5. HÉRNIAS – ENCARCERAMENTO INTESTINAL 
Não é tão frequente. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
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ENTERITES 
 
Processo inflamatório acompanhado do espessamento da parede, aumento da 
motilidade – se tem diarreia, ou seja, com um transito mais rápido; aumento dos 
linfonodos mesentéricos e jejunais devido ao fato de se ter um processo inflamatório, 
porém eles ficam maiores mas mantém o formato fusiforme – ovalado e alongado, 
sendo importante para diferenciar de neoplasias, pois o linfonodo aumenta e muda de 
forma. 
 
 
 
Aspectos Radiográficos Contrastado: Não se faz mais, sendo um paciente com enterite, 
tendo uma mucosa intestinal irregular por um processo inflamatório. 
Aspectos Ultrassonográficos: Espessamento das paredes superior a 5mm – na literatura 
de modo geral 0,5cm é considerado um espessamento; camadas intestinais 
preservadas, dilatação dos segmentos de alças intestinais. 
 
DIFERENÇA DE ENTERITE E NEOPLASIA 
• Enterite: Espessamento em vários segmentos das alças intestinais com preservação 
da estratificação – processo inflamatório. 
• Neoplasia: Espessamento localizado das alças intestinais com perda da 
estratificação. 
 
GATOS: DIIC OU NEOPLASIA 
Nos gatos a doença inflamatória intestinal crônica pode nos deixar na dúvida se é um 
processo inflamatório ou neoplásico, isso porque o linfoma alimentar em alça intestinal 
pode mimetizar os mesmos aspectos radiográficos de uma DIIC, pois tudo aquilo que 
cronifica tende a alterar a estrutura, onde a DIIC no gato pode levar a um espessamento, 
alteração difusa e com perda de estratificação, que são características muito parecidos 
com o linfoma – que sempre é localizado e nunca difuso. 
• Aspectos Radiográficos: Vários segmentos espessados, irregulares e com perda da 
estratificação. Sendo a única maneira de diferenciar fazendo a biópsia para 
diferenciar se se tem um processo inflamatório crônico ou um processo neoplásico. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
18/04/2019 – AULA 11 
CAVIDADE ABDOMINAL 
 
INTESTINO GROSSO 
 
O intestino grosso geralmente é visualizado em radiografias simples por causa das fezes 
e do gás em seu interior, em radiografias simples o cólon é visualizado com vários graus 
de luminosidade, dependendo do seu conteúdo. No ponto de vista de ultrassom, o 
complicado de se fazer uma avalição de intestino grosso ocorre por ele ser distendido, 
onde a parede fica fina, sendo difícil ver a caracterização das camadas – estratificação 
da parede, e além disso se tem a presença de gás que produz reverberação, que acaba 
por atrapalhar a imagem ultrassonográfica, além disso, o intestino grosso não tem a 
mesma intensidade, ritmo e quantidade de atividade peristáltica analisada no intestino 
delgado, sendo mais estático. 
Na projeção ventro-dorsal o intestino grosso tem o formato de um ponto de 
interrogação, se tem o ceco – C invertido, colón ascendente, transverso e descendente, 
e assim que entra no canal pélvico vira o reto, o cólon se tem um padrão uniforme e 
homogêneo de preenchimento, com mucosas regulares e uniformes. 
• Diâmetro de Normalidade 
Diâmetro de intestino grosso de um cão corresponde ao comprimento de L7 como 
fator de referência. 
• Região Anatômica 
Estrutura que fica na região dorsal da cavidade abdominal quando em projeção 
letero-lateral, sendo fácil de se observar pois é mais radiopaco por se ter a 
reabsorção de líquido – ficando mais denso e consequentemente mais radiopaco. 
 
PRINCIPAIS AFECÇÕES 
 
1. RETENÇÃO FECAL – FECALOMA 
Retenção fecal com um aumento da radiopacidade do bolo fecal, lembrando muitas 
fezes um conteúdo mineralizado – por isso o nome fecaloma, que são fezes com aspecto 
de pedra. 
 
 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
2. MEGACÓLON 
A diferença de fecaloma para megacólon normalmente está associada ao tamanho do 
intestino grosso, quando se tem retenção não necessariamente se tem dilatação – 
aumento das dimensões do intestino grosso. 
Se tem uma dilatação expressiva do intestino grosso, sendo por uma má formação da 
porção terminal do intestino grosso – porção aganglionar onde fica contraído, sem 
relaxamento, ajudando a se ter um processo obstrutivo, ou então de ordem mecânica, 
por uma fratura antiga por exemplo no coxal, que leva a um estreitamento do canal 
pélvico, que pode fazer com que esse animal tenha uma dificuldade para defecar, onde 
com a evolução se leva a uma dilatação do intestino grosso. Normalmente o megacólon 
é acompanhado de um fecaloma. 
 
 
 
3. CORPOS ESTRANHOS 
Pode se ter corpos estranhos no intestino grosso, porém corpo estranho não é sinônimo 
de processo obstrutivo nesse segmento intestinal, se vendo clips, grampo, agulha, como 
achado de exame e não na verdade como causa de processo obstrutivo. 
 
 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
4. COLITES 
No ponto de vista de um processo inflamatório e avaliação de mucosa, nem o raio-x ou 
o ultrassom dão informações muito relevantes, sendo uma questão mais de clínica, onde 
o método de eleição para a avaliação de processos inflamatórios do colon é a 
colonoscopia – que permite a avaliação de mucosa desse trato digestório. 
Com o ultrassom pode-se fazer uma colite, onde quando com colite o animal tende a ter 
muito mais líquido dentro da luz do intestino grosso, podendo se identificar um pouco 
melhor o espessamento da parede. 
 
5. NEOPLASIA 
A incidência de neoplasia no intestino grosso é baixíssima, onde os tumores mais 
frequentes são aqueles que também acometem o intestino delgado, como o linfoma, 
linfosarcoma em felinos e adenocarcinoma nos cães. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
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AULA PRÁTICA 
 
1) Descreva as alterações radiográficas/ultrassonongráficas das imagens a seguir. 
2) Cite o(s) provável(is) diagnóstico(s). 
 
NORMALIDADE 
 
 
 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
AFECÇÕES 
 
 
 
Aspectos Radiográficos: Um paciente obstruído, a porção após a obstrução irá esvaziar, 
por isso o intestino grosso nesse caso está fininho, pois certamente ele está obstruído, 
mas ainda defecou, agora o animal deve estar em um quadro de aquezia. O que chama 
a atenção é o fato de as alças estarem agrupadas e a perda de definição do limite das 
alças, se tendo dificuldade para reconhecer o começo e término de cada uma delas – 
perda de definição da serosa. A perda da definição serosa ocorre em paciente muito 
magros, caquéticos, com pouca presença de gordura na cavidade abdominal,que não é 
o caso desse paciente, e também por presença de líquido inflamatório ou não, podendo 
ter uma distribuição difusa ou localizada, sendo a distribuição localizada, o liquido 
provavelmente é de origem de uma peritonite. 
Aspectos Ultrassonográficos: Se observa a luz, com uma irregularidade em volta dessa 
linha, não sendo acompanhada pela distribuição paralela das camadas, sendo o 
plissamento – seguimento plissado ou pregueado do intestino delgado. – Quadro 
obstrutivo por corpo estranho linear. 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
Aspectos Radiográficos: A linha radiopaca ventral que corresponde a parede abdominal 
ventral não é contínua, tendo uma falha nessa parede muscular nesse abdome, onde 
essa falha é acompanhada por um aumento de volume por partes moles, dentro desse 
aumento de volume se tem segmentos de alças intestinais, tendo atem mesmo intestino 
grosso – pois se tem um aspecto mais radiopaco do seu conteúdo. – Hérnia ou 
eventração com projeção de intestino grosso e delgado na região inguinal, ou seja, é 
uma hérnia inguinal. 
 
 
 
Aspectos Radiográficos: Aumento, dilatação ou extensão do colon descendente, essa 
dilatação está associada a presença de um conteúdo fecal de elevada radiopacidade, 
sendo um paciente displásico com uma incongruência articular, remodelamento de 
fossa acetabular, esse paciente deve ter dor e dificuldade para defecar, levando ele a 
um quadro de retenção e consequentemente a um quadro de dilatação do intestino 
grosso. – Megacólon associado a um fecaloma. 
 
 
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Cavidade Abdominal 
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Aspectos Radiográficos: Não se trata de um líquido livre, de ascite, pois as alças 
intestinais estão deslocadas caudalmente, se fosse uma ascite essas alças estariam 
boiando nessa região, além disso se consegue diferencias um lobo hepático dessa 
massa, que não tem um limite definido. – Neoplasia esplênica, formação em algum 
lobo hepático, não sendo líquido livre. 
 
 
 
Aspectos Radiográficos: Aumento da radiotransparência da cavidade peritoneal pela 
presença de gás/ar livre, que inclusive facilita a delimitação e a caracterização das 
vísceras abdominais, se vendo o contorno dos rins, bexigas, dos próprios segmentos das 
alças intestinais, se observa também a linha do diafragma. – Pneumoperitônio, que 
pode ocorrer por perfuração de alça. 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
Aspectos Radiográficos: Dilatação do estomago acompanhada pela presença de uma 
linha de compartimentalização, se tendo duas cavidades. – Dilatação com torção 
gástrica. 
 
 
 
Aspectos Radiográficos: No corte longitudinal se tem a sobreposição de várias camadas 
– estrutura composta por multicamadas; e no corte transversal se tem a presença de 
linhas hiperecogênicas e hipoecogênicas circunscritas – uma dentro da outra. – Imagem 
clássica de intussuscepção. 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
 
 
Aspectos Radiográficos: Segmento de alça intestinal, onde a linha mais brilhante do 
centro corresponde a luz dessa alça, onde da luz até a extremidade corresponde a 
parede, se tendo uma parede espessada e com perda da estratificação. – Sugestivo ou 
compatível com processo de neoplasia, com diagnostico diferencial do processo 
neoplásico com um histopatológico. Na DIIC, nos gatos, pode gerar um aspecto de 
imagem similar a esse. 
 
 
 
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Cavidade Abdominal 
Thaís Molina 
24/04/2019 – AULA 12 
AVALIAÇÃO DISSERTATIVA 
 
02/05/2019 – AULA 13 
AULA PRÁTICA GERAL

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