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FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA KENNEDY ENGENHARIA CIVIL FELIPE DIOGO PEDROSO DOS SANTOS CHAVE LIN CHIH HUI MONIQUE ADRIANE ROSA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO A REDE (SFVCR) NA EMPRESA GOLD FOOD SERVICE, EM PINHAIS REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA-PR. CURITIBA 2020 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – PAINEL FOTOVOLTAICO INSTALADO AO ESCRITÓRIO VERDE DA UTFPR ....................................................................................................................... 4 FIGURA 2 – PRODUÇÃO DE ENERGIA PROVENIENTE DE FONTES RENOVÁVEIS ............................................................................................................ 5 FIGURA 3 – HISTÓRICOS DOS EVENTOS RELACIONADOS A ENERGIA FOTOVOLTAICA ......................................................................................................... 6 FIGURA 4 – MAPA DE IRRADIAÇÃO SOLAR ANUAL PARA TODO BRASIL ........... 7 FIGURA 6 – SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO OU ATONÔMO ...................... 13 FIGURA 7 – SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE ........................... 14 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – POTENCIAL TÉCNICO FOTOVOLTAICO RESIDENCIAL REGIÃO SUL E SUDESTE ............................................................................................................... 8 TABELA 2 – NORMAS ABNT SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ................................... 9 TABELA 3 – EQUIPAMENTOS PARA FUNCIONALIDADE DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS .................................................................................................... 10 Lista de abreviaturas e siglas ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica SFVCR - Sistema Fotovoltaico conectado à rede SFVI - Sistema Fotovoltaico Isolado REN - Resolução Normativa RMC - Região Metropolitana de Curitiba SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 1 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA .......................................................................... 1 1.2 OBJETIVOS ................................................................................................... 2 1.2.1 Objetivo Geral................................................................................................. 2 1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 2 1.3 HIPÓTESE ..................................................................................................... 2 1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 2 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 4 2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA .............................................................. 4 2.1.1 Histórico ......................................................................................................... 5 2.1.2 Desenvolvimento no Brasil ............................................................................. 7 2.1.3 Legislação ...................................................................................................... 8 2.2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ............................................................. 10 2.2.1 Manutenção .................................................................................................. 11 2.3 DIFERENÇA DE SISTEMAS ........................................................................ 11 2.3.1 Off Gride – Sistemas Isolados (SFVI) ........................................................... 12 2.3.2 Onn Gride – Sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica (SFVCR). ....... 13 3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 15 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................. 15 4 CRONOGRAMA ........................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 18 1 1 INTRODUÇÃO A utilização de energia solar tem se tornado frequente, visto que, o mundo tem evoluído a partir do desenvolvimento das tecnologias elétricas. São de extrema importância, de modo que, são consideradas fontes renováveis, caracterizadas por recursos intermináveis, em constante renovação (LIMA ET AL. 2015). Nos últimos anos, a matriz elétrica responsável pelo abastecimento do país depende significativamente das usinas hidrelétricas, em que seus recursos dependem da modificação e impacto ambiental em rios, tal que, esse meio de produção de energia atende aproximadamente, 60% da população brasileira, afirma Lima et al. (2015). Com o objetivo de suprir a demanda de forma sustentável, foram desenvolvidas tecnologias de fontes energéticas limpas, como a eólica, maremotriz e fotovoltaica. Diante disso, considerando os impactos associados aos meios de produção de energia atual, o objetivo desta pesquisa é com base em dados, apresentar o sistema de placas fotovoltaicas e seus benefícios, principalmente para o seu investimento, tornando viável e promissor, principalmente, na região de Curitiba-PR. 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA O desenvolvimento econômico da sociedade acompanhado dos avanços tecnológicos trouxe um significativo aumento no consumo de energia elétrica, e consequentemente, a necessidade de se produzir cada vez energia para suprir a demanda crescente. Mesmo que, considerando o alto potencial hidráulico no estado do Paraná, acaba por se tornar um potencial inviável economicamente e social (TIEPOLO et al. 2015). Nesse contexto, com a possibilidade de escassez dos recursos naturais e aumento no consumo de energia, as fontes de energia renováveis, com ênfase em células fotovoltaicas, apresentam-se como solução para tal problemática? 2 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Estudar a viabilidade econômica de implantação do uso de energia fotovoltaica na empresa Gold Food Service, localizada em Pinhais, região metropolitana de Curitiba-PR. 1.2.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos do trabalho são: a) Estudar referencial aplicado à utilização de energias renováveis; b) Implantar um sistema de energia renovável em Pinhais/PR e analisar a produção energética no local selecionado; c) Apresentar valor de investimento e tempo estimado de retorno; d) Manutenção e descarte do material a ser utilizado; 1.3 HIPÓTESE Para suprir a demanda do consumo de energia elétrica existem algumas opções de solução alternativa como a energia solar. Em um estabelecimento com, aproximadamente, 3.200m² de área comercial do ramo alimentício, localizada na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba-PR, será apresentado como opção de melhoria dos custos de operação, a implantação do sistema fotovoltaico de energia, o qual dimensionado de maneira correta poderá ser competitivo economicamente com os atuais meios de fornecimento de energia. 1.4 JUSTIFICATIVA Visando o crescimento do uso de energia, é fato que as tecnologias de geração elétrica tendem a acompanhar esse desenvolvimento. A partir disso, é comprovado que a produção de energia através do sistema fotovoltaico ocorre em todo território brasileiro, de forma limpa e com menor impacto ambiental. (ABE, 2016). 3 A partir disso, o estudo viabiliza indicar que o uso das placas fotovoltaicas tem potencial para gerar energia durante todo as estações do ano em Curitiba-PR, mesmo nos dias de menor irradiaçãosolar, visto que, os valores registrados, suprem os valores da Europa. (TIEPOLO, 2015). Destacando o atual cenário do estado do Paraná referente ao fornecimento e fonte de energia elétrica, juntamente com as secas e maior escassez de recursos hídricos, torna-se imprescindível buscar uma solução através de fontes com a mesma capacidade produtiva de energia elétrica e principalmente, atender a demanda de consumo. Outros fatores são importantes levar em consideração para justificar a busca pela solução de um meio de produção energético alternativo, como destacado por Tiepolo et al (2014, p.05), o estado do Paraná possui uma capacidade instalada de geração de energia elétrica de 17,14 GW, com mais de 90% da produção por usinas hidroelétricas, abastecendo aproximadamente 10.440.526 habitantes, os quais consomem em média 25,17 TWh. 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A energia solar tem seu papel fundamental na manutenção da vida terrestre e desenvolvimento humano da atualidade. O aproveitamento da sua fonte de energia é uma das maneiras promissoras apresentadas como solução para atender a demanda de consumo nacional. Se tratando do Brasil, país de grande território, é um fator positivo para a geração desse modelo sustentável, além de ressaltar que a fonte é inesgotável, tanto no aspecto do calor como de luz, que desta forma é captada e produzida através da instalação do sistema de placas fotovoltaicas, e então transformada em energia elétrica (TIEPOLO, 2015). FIGURA 1 – PAINEL FOTOVOLTAICO INSTALADO AO ESCRITÓRIO VERDE DA UTFPR FONTE: Fusano (2013) 2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA O Brasil tem por característica, apresentado na Figura 2, a produção de energia proveniente de fontes renováveis, com ênfase ao estado do Paraná que possui importantes usinas hidroelétricas como Itaipu e Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Lima, Hack e Avença, 2015). Entretanto, com o evidente impacto ambiental resultante das áreas inundadas para formação dos reservatórios, somado a realocação das famílias que residem nas áreas de projeto da estrutura, torna-se um problema social. 5 FIGURA 2 – PRODUÇÃO DE ENERGIA PROVENIENTE DE FONTES RENOVÁVEIS FONTE: Lima, Hack e Avença (2015) Devido a inviabilidade de expansão da fonte de energia destacada no estado paranaense, tem-se a necessidade de encontrar alternativas que atendam a demanda do consumo de energia atual e principalmente, que esta fonte atenda as diretrizes ambientais atuais. Assim, a produção de energia solar quando transformada em energia elétrica por meio de placas fotovoltaicas, apresenta-se como uma das possíveis soluções desta demanda (Lima, Hack e Avença. 2015). É fundamental destacar a importância das boas condições do local para instalação do sistema, somado ao conhecimento, com base em dados, da variação de intensidade e características da radiação solar existente na região durante as quatro estações do ano. 2.1.1 Histórico A fonte de energia proveniente do Sol apresenta-se de forma gratuita e limpa, caracterizada pelo calor ou radiação e convertida então para energia elétrica. O histórico relacionado ao avanço dessa tecnologia de energia sustentável pode ser visualizado na figura seguinte (Lima, Hack e Avença. 2015). 6 FIGURA 3 – HISTÓRICOS DOS EVENTOS RELACIONADOS A ENERGIA FOTOVOLTAICA FONTE: Lima, Hack e Avença, p 26 (2015). A primeira pesquisa sobre esse sistema de conversão da energia solar através do efeito fotovoltaico foi registrada por Edmond Becquerel, em 1839, onde descobriu que, a partir dos fótons presentes na radiação solar, era possível a 7 conversão dos mesmos em energia elétrica (Nascimento, 2017). O processo de transformação energética através do efeito fotovoltaico se dá a partir da incidência solar diretamente nos painéis, que se constituem através de ajuntamento de células fotovoltaicas e a materiais com resistividade, no caso, responsáveis pela condução de carga, em sua maior parte, fabricada a partir do uso de silício cristalino, cristal derivado do quartzo. (SILVA, 2015). Em meados da década de 50 nos Estados Unidos, após um século da descoberta do procedimento por Becquerel, foi dado início a produção de células fotovoltaicas juntamente com o avanço das tecnologias dos mecanismos de semicondutores. (CEPEL, 2018). 2.1.2 Desenvolvimento no Brasil No Brasil há um grande potencial de geração de energia a partir do uso de efeito fotovoltaico, superando países que utilizam o modelo de forma dissipada. Segundo Nascimento (2017), o Brasil tende a uniformidade de incidência solar, podendo gerar aproximadamente entre 1.500 a 2.500 Wh/m², que é a quantidade de energia incendente em uma área estipulada, conforme Figura 4. FIGURA 4 – MAPA DE IRRADIAÇÃO SOLAR ANUAL PARA TODO BRASIL FONTE: Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017) 8 Apesar do Brasil por completo ter alto índice de geração de energia, a Tabela 1 demonstra o potencial pelas regiões Sul e Sudeste. TABELA 1 – POTENCIAL TÉCNICO FOTOVOLTAICO RESIDENCIAL REGIÃO SUL E SUDESTE UF POTENCIAL RESIDENCIAL (MW Médios) CONSUMO ANUAL 2013 (GWh) CONSUMO RESIDENCIAL Paraná 1960 6986 246% Rio Grande do Sul 1970 7750 223% Santa Catarina 1075 4935 191% São Paulo 7100 38783 160% Minas Gerais 3675 10118 318% Rio de Janeiro 2685 12833 183% Espirito Santo 595 2213 236% FONTE: Adaptado EPE (2014) Embora os números favoreçam a instalação em todo território brasileiro, o conhecimento a respeito sobre o sistema de energia através de instalação de módulos fotovoltaicos, é baixo. O mercado tem se desenvolvido de forma lenta, tendo em vista que o custo e investimento são ainda considerados altos, atrelado a pouca política de financiamento. (ABINEE, 2012). 2.1.3 Legislação Em 2012, foram criadas no Brasil, a Resolução Normativa n° 482 pela ANEEL e a nota técnica “Análise da Inserção da Geração Solar na Matriz Elétrica Brasileira” pela EPE, que visam o desenvolvimento das aplicações e as condições para a geração de energia fotovoltaica, respectivamente, em foque, no sistema de geração distribuída (EPE, 2014). Em 2015, a REN 482/2012 passou por modificação, e passou a ser REN 687/2015, que teve como iniciativa o aumento do limite potencial a ser compensado, passando de 1000 kWp para 5000 kWp por unidade consumidora (ATLAS BRASILEIRO, 2017), no qual anteriormente a geração de energia supria apenas para a utilização do próprio titular, a partir da mudança, conforme § 1º do art. 6º da Resolução, a energia excedente, transforma-se em crédito a ser utilizado em termo 9 determinado de 5 anos. Além disso, estabelece a validez de uso de créditos gerados por 60 meses. Para instalação de sistemas fotovoltaicos, foram criadas normas técnicas nacionais especificas, conforme tabela 2. TABELA 2 – NORMAS ABNT SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Órgão Código Título Descrição ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10899:2013 Energia Solar Fotovoltaica - Terminologia Responsável por especificar a termologia técnica com relação a conversão fotovoltaica de energia solar em elétrica. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16149:2013 Sistemas Fotovoltaicos - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição Designa especificamente as recomendações para a interface de conexão entre os sistemas fotovoltaicos e a rede de distribuição ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16150:2013 Sistemas Fotovoltaicos - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição - Procedimento de ensaio de conformidade Visa os procedimentos de ensaio, para verificação de equipamentos e se estão de acordo com a ABNT NBR 16149 ABNT - Associação Brasileira de NormasTécnicas NBR 16274:2014 Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede – Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho. Estabelece informações e documentação que são necessárias para a instalação de sistemas fotovoltaicos, como também, indica quais ensaios de comissionamento e critérios para inspeção, avaliando a segurança e a operação correta do sistema. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16690:2019 Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos – Requisitos de projeto Prescreve a respeito de projetos, referente aos arranjos fotovoltaicos. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16612:2019 Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho Tem como objetivo descrever os requisitos quanto a qualificação, bem como aceitação, dos cabos condutores para a instalação de sistemas fotovoltaicos. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16767:2020 Elementos e baterias estacionárias para aplicação em sistemas fotovoltaicos não conectados à rede elétrica de energia (off-grid) – Requisitos gerais e métodos de ensaio Exclusivo para o sistema Off Grid, define as condições técnicas e ensaios empregadas às baterias estacionárias. FONTE: ABNT Catálogo (s/d) 10 2.2 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA Os painéis de energia fotovoltaica, normalmente, são instalados e fixados em telhados. Estes são formados por semicondutores, em maior parte, por silício (monocristalino e policristalino). O processo de geração de energia se dá a partir de camadas carregadas positivamente e negativamente, onde a corrente elétrica se dá, a partir da incidência solar entrando no elétron negativo e se direcionando ao elétron positivo. (ATP SOLAR,2018). Para que os sistemas de energia fotovoltaica possam ter funcionalidade, se fez necessário a instalação de equipamentos específicos, conforme tabela 3. TABELA 3 – EQUIPAMENTOS PARA FUNCIONALIDADE DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Equipamento Descrição Inversores Solar Equipamento que têm como função a transformação de energia corrente contínua para corrente alternada, a partir da energia gerada pelos painéis solares. Faz com que o sistema não apresente falhas e perdas de correntes em longas distâncias. Relógios Bidirecionais São responsáveis pela medição de energia utilizada enquanto os painéis não estão produzindo ou quando produzem em excesso. Baterias Instaladas apenas em sistemas Off Gride e são encarregadas por armazenar carga. Podem ser utilizadas quando as placas terem baixo rendimento de geração de energia, como por exemplo, em dias anuviados e no período noturno. Controladores de Carga Controlam a sobrecarga de tensão e protegem as baterias. FONTE: Adaptado de ATP SOLAR (2018) Para a instalação das placas que irão receber a incidência solar, se faz necessário o acompanhamento do projeto. O profissional responsável pela montagem deverá certificar-se de onde as placas solares serão alocadas. As estruturas para instalação devem estar de acordo com o modelo determinado (em solo ou em telhados), levando em consideração a inclinação para maior captação de luz, resistência a ventos e terem materiais de qualidade que não sofram a corrosão, normalmente de alumínio ou aço inoxidável. Além disso, os módulos devem ter sua montagem em estrutura inflexível, e estar aterrado de forma correta. (CEPEL, 2014) 11 2.2.1 Manutenção Para atender a capacidade do sistema que foi instalado não basta apenas a qualidade dos materiais usados no projeto. A manutenção do sistema de energia fotovoltaica torna-se fundamental a medida que o desempenho do sistema terá que atender o tempo estimado de funcionamento em projeto. Considerando assim importantes fatores com o objetivo da otimização do seu funcionamento além da prevenção de problemas no seu funcionamento. Fatores esses que foram destacados pelo autor (ALMEIDA, 2012) com os seguintes itens: A) Procedimento para verificação da operação do sistema de maneira correta. B) em caso de falha do sistema, apresentar procedimento a fim de solucionar o problema. C) Procedimentos de desligamento e isolamento em casos de emergências ou não conformidade. D) Manutenções periódicas e limpeza do material. E) apontar possíveis construções futuras que possam impactar no sistema. F) Documentos de garantia dos módulos fotovoltaicos e inversores. 2.3 DIFERENÇA DE SISTEMAS Os sistemas fotovoltaicos podem ser identificados por duas formas de funcionamento distintas, conforme se caracterizar a interligação feita com a rede elétrica que abastece a região pode ser classificada por sistemas isolados e sistemas conectados à rede elétrica. A determinação do tipo de sistema será aplicada a partir do desenvolvimento dos recursos energéticos na região e especificações de projeto. (CEPEL, 2014). 12 FIGURA 5 – TIPOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS FONTE: Tiepolo (2015). 2.3.1 Off Gride – Sistemas Isolados (SFVI) Geralmente encontrados em locais onde a rede elétrica não atende, seja por questões ambientais, econômicas ou comerciais, a instalação do sistema isolado ou autônomo caracteriza-se por um painel fotovoltaico, um inversor, equipamentos de proteção, um controlador de carga e bateria. Sistema esse que tem a capacidade de converter energia solar em energia elétrica suficiente para necessidades básicas de uma instalação, como em casos de sinalização, serviços de telecomunicação e iluminação pública (ALMEIDA, 2012). Portanto, é um sistema que não depende de outras fontes de energia para abastecer em conjunto, por outro lado, é um sistema que depende de baterias, pois são elas responsáveis por armazenar a potência excedente gerada pelas placas fotovoltaicas, tornando-se assim vantajoso para o consumidor (FUSANO, 2013). O sistema isolado possui como regulamentação a Resolução Normativa N°493/2012. “Art. 1° Estabelecer, na forma desta Resolução, os procedimentos e as condições de fornecimento de energia elétrica por meio de microssistema isolado de geração e distribuição de energia elétrica – MIGDI ou sistema individual de geração de energia elétrica com fonte intermitente – SIGFI. ” (ANEEL, 2012, p.1) 13 FIGURA 6 – SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO OU ATONÔMO. FONTE: Pinho e Galdino (2014) 2.3.2 Onn Gride – Sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica (SFVCR). O sistema conectado à rede, é caracterizado pela entrega da potência gerada pelo indutor fotovoltaico à rede elétrica. Ao contrário do sistema autônomo, o sistema de geração de energia por meio de placas fotovoltaicas conectadas a rede elétrica de distribuição local, quando convertida a energia solar, encontra-se na forma de corrente contínua, chegando então ao inversor, equipamento que tem a função de converter a corrente contínua em corrente alternada. Desta forma, a tensão e frequência são ajustadas e tornando-as compatíveis com a rede a ser conectada no projeto (FUSANO, 2013). Em funcionamento, os subsistemas de distribuição e transmissão compõe um conjunto de linhas e redes elétricas a partir de estruturas condutores e equipamentos elétricos por meio aéreo ou subterrâneo. Outra característica a destacar é a forma de conexão possível, por meio do subsistema de transmissão como também ao de distribuição (ALMEIDA, 2012). 14 Esse método dispensa o uso de baterias, isso porque a energia produzida é diretamente consumida pelas cargas locais, o que for excedente dessa produção tem por destino a rede de energia local, tornando a própria rede um meio atuante similar ao que a bateria tem por função e desempenho no sistema isolado. Desta forma édisponibilizado o excedente de energia para outros consumidores e torna-se uma solução para diminuição da geração de energia por meios convencionais, no caso do Brasil e especialmente do estado do Paraná, as usinas hidrelétricas. (Lima et al. 2015). FIGURA 7 – SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE FONTE: Fusano (2013). Vale ressaltar, segundo a legislação vigente, que o SFVCR em situações que por algum motivo seja interrompido o abastecimento e por consequência falte energia na rede, o sistema instalado deixa de funcionar. (PINHO E GALDINO. 2014) 15 3 MATERIAIS E MÉTODOS Para o desenvolvimento desta pesquisa, será desenvolvida primeiramente uma pesquisa bibliográfica sobre energia solar, placas fotovoltaicas e suas características, normas, resoluções aplicadas no Brasil através de livros, artigos, dissertações, teses, revistas entre outras. Além disso, serão levantadas as informações sobre o potencial fotovoltaico onde será realizado um estudo dedicado a uma empresa do ramo alimentício no setor industrial em Pinhais, região metropolitana de Curitiba/PR, com o objetivo de instalar uma usina de geração solar, e os critérios de conexão com a concessionária. Este estudo será a base para o desenvolvimento do projeto. Em seguida será realizado um projeto preliminar do sistema de placas fotovoltaicas que será implantada na edificação em estudo, verificando a potência do sistema instalado, equipamentos necessários, custos preliminares da implantação, e energia elétrica estimada a ser gerada pelo sistema. Finalmente será realizada uma simulação visando analisar qual será a economia do prédio após a instalação do projeto em função da energia elétrica que será gerada e qual o tempo de retorno do investimento, e as conclusões finais deste projeto de pesquisa. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) será composto das seguintes etapas: 1º Etapa: Revisão Bibliográfica Na etapa inicial, serão brevemente apresentados os conceitos referentes a sistemas fotovoltaicos. Iniciando com definições de placas fotovoltaicas, estudo da radiação solar, métodos de implantação do sistema e normas técnicas. 2º Etapa: Desenvolvimento Levantamento de dados sobre o potencial fotovoltaico do estado do Paraná e em especifico do município de Curitiba e RMC. Analisar os critérios de conexão com a concessionária. 16 3º Etapa: Projeto preliminar e análise econômica da implantação do sistema de energia solar fotovoltaica. Elaboração do projeto preliminar, estimação da potência do sistema a ser implantado, análise de viabilidade econômica e tempo de retorno do investimento. 4º Etapa: Conclusão Nesta última etapa será realizada a análise do projeto como um todo, se houve ou não discrepâncias entre estes dados e se de fato foram alcançadas as expectativas. 17 4 CRONOGRAMA Atividade Agosto Setembro Outubro Novembro Introdução Fundamentação teórica Materiais e métodos Levantamento de dados Tratamento de dados Resultados Conclusão 18 REFERÊNCIAS ABINEE. Propostas para Inserção de Energia Solar Fotovoltaica na Matriz Elétrica Brasileira. Disponível em <http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2020. ABNT Catálogo. Normas ABNT Sistemas Fotovoltaicos. Associação brasileira de normas técnicas. Disponível em: <https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx> Acesso em: 15 jun. 2020. ABNT NBR 10899. Energia Solar Fotovoltaica – Terminologia. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Dezembro, 2013. ABNT NBR 16149. Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Março, 2013. ABNT NBR 16150. Sistemas fotovoltaicos (FV) — Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição — Procedimento de ensaio de conformidade. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Março, 2013. ABNT NBR 16274. Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Março, 2014. ABNT NBR 16690. Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos - Requisitos de projeto. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Outubro, 2019. ABNT NBR 16612. Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Março, 2020. ABNT NBR 16767. Elementos e baterias estacionárias para aplicação em sistemas fotovoltaicos não conectados à rede elétrica de energia (off-grid) - Requisitos gerais e métodos de ensaio. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Setembro, 2019. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. Resolução Normativa N° 493. Rio de Janeiro, junho 2012. ATP Solar. O Guia Definitivo da Energia Solar. Disponível em: < http://www.atpsolar.com.br/wp-content/uploads/2018/09/material-educativo__o-guia- definitivo-da-energia-solar.pdf >. Acesso em: 8 jun. 2020 CEPEL. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Disponível em: < http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_201 4.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2020. http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx http://www.atpsolar.com.br/wp-content/uploads/2018/09/material-educativo__o-guia-definitivo-da-energia-solar.pdf http://www.atpsolar.com.br/wp-content/uploads/2018/09/material-educativo__o-guia-definitivo-da-energia-solar.pdf http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2014.pdf http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2014.pdf 19 Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Nova Técnica DEA 19/14 – Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil – Condicionantes e Impactos. Rio de Janeiro, outubro 2014. LIMA, Bruno G; HACK, Raysa R; AVENCA, Rebeca.B. Comparação dos níveis de Irradiação apresentados por Diferentes Fontes de Dados no Estado do Paraná e Determinação do Potencial de Geração de Energia Elétrica por Fonte Fotovoltaica em Curitiba. Curitiba: UTFPR – DIBIB, 2015. NASCIMENTO, R.L. Energia Solar No Brasil: Situações e Perspectivas. Consultoria Legislativa, 2017. PEREIRA, E.B; MARTINS, F.R; GONÇALVES, A.R; COSTA, R.S.; LIMA, F.J.L; RÜTHER, R.; ABREU, S.L; TIEPOLO, G.M; PEREIRA, S.V; SOUZA, J.G. Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2° edição. São José dos Campos: INPE, 2017. SILVA, R.M. Energia Solar: dos incentivos aos desafios. Texto para discussão nº 166. Brasília. Senado Federal, 2015. TIEPOLO, G. M.; CANCIGLIERI JR, O; URBANETZ JR, J. Estudo do Potencial de Participação das Fontes Renováveis de Energia na Matriz Elétrica do Estado do Paraná. IX Congresso Brasileiro de Planejamento Energético. 2014. TIEPOLO, G.M.; JUNIOR, J.U.; PEREIRA, E.B; PEREIRA, S.V.; ALVES, A.R. Energia Solar no Estado do Paraná – Potencial, Barreiras e Políticas. Congresso Brasileiro de Planejamento Energético. Gramado, 2016. TIEPOLO, Gerson. Estudo do potencial de Geração de energia elétrica através de sistemas fotovoltaicos conectados à rede no Estado do Paraná. 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