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ÍNDICES FÍSICOS Elementos constituintes de um solo: - Fase sólida, líquida e gasosa. Definições dos índices físicos: - Teor de umidade; - Índice de vazios; - Porosidade; - Grau de saturação; - Grau de aeração; - Peso específico do solo no estado natural; - Peso específico do solo seco; - Densidade relativa dos grãos; Relações entre os índices físicos; Exemplos de aplicação. ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM SOLO Figura. Fases de um solo (Caputo, 1974). FASE SÓLIDA: constituída por grãos minerais; FASE LÍQUIDA: constituída pela água de constituição, água adsorvida, água livre, água higroscópica e água capilar; FASE GASOSA: constituída por ar e vapor d´água. ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM SOLO FASE SÓLIDA Fração areia (0,06<fgrão mm<2) Fração argila – caulinita Estrutura de um solo. aumento 200x – 100mm Obtenção por lupa binocular Eletromicografia – obtenção por MEV. (fgrão<0,002mm) ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UM SOLO FASE LÍQUIDA Constituída pela água de constituição, água adsorvida, água livre, água higroscópica e água capilar. FASES DE UM SOLO Figura. Esquema das três fases de uma porção de solo (Caputo, 1974). Nomenclaturas: Vs = volume dos sólidos Va = volume de água Var = volume de ar Vv = volume de vazios Vt = volume total Vt = Vv + Vs = Va + Var + Vs Ps = peso de sólidos Pa = peso da água Pt = peso total Pt = Ps + Pa DEFINIÇÕES DOS ÍNDICES FÍSICOS TEOR DE UMIDADE (w) 100(%) Ps Pa w Definição: o teor de umidade de um solo é representado pela razão entre o peso da água contida num certo volume de solo e o peso da parte sólida existente neste mesmo volume. Determinação: através de completa secagem em estufa a 105° – 110° C. Peso bruto úmido P1 Peso bruto seco P2 Tara da cápsula P Peso da água P1 – P2 Peso seco P2 - P TEOR DE UMIDADE (w) 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 Umidade Média (%) P r o fu n d id a d e ( m ) nov/03 set/04 dez/04 mar/05 jul/05 out/05 fev/06 jul/06 dez/06 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 Umidade Média (%) P ro fu n d id a d e (m ) nov/03 set/04 dez/04 mar/05 jul/05 out/05 fev/06 jul/06 dez/06 0 1 2 3 4 5 6 7 0 10 20 30 40 Umidade Média (%) P ro fu n d id a d e (m ) nov/03 set/04 dez/04 mar/05 jul/05 out/05 fev/06 jul/06 dez/06 NA verão Areia argilosa. Camaragibe/PE ÍNDICE DE VAZIOS (e) Vs Vv e Definição: O índice de vazios de um solo é representado pela razão entre o volume de vazios e o volume da parte sólida de um solo. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 1 0 1 2 1 4 1 6 1 8 , kN/m 2 P r o fu n d id a d e , m 0 1 2 3 4 5 6 7 8 2 5 3 0 3 5 4 0 f ` S u b m e rg id o U m id a d e N a tu ra l 0 1 2 3 4 5 6 7 8 2 0 4 0 6 0 8 0 C o esão , kP a S u b m e rg id o U m id a d e N a tu ra l 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 5 0 1 0 0 1 5 0 , kP a S u b m e rg id o U m id a d e N a tu ra l 0 1 2 3 4 5 6 7 8 0 ,6 0 ,9 1 ,2 1 ,5 e Figura. Variação de índices físicos com a profundidade para um solo residual de gnaisse (dados de Maccarini, 1980) POROSIDADE (n) Definição: A porosidade de um solo é representada pela razão entre o volume de vazios e o volume total de uma amostra de solo. 100(%) Vt Vv n Figura. Variação da porosidade ao longo de um perfil de um solo residual de basalto (Vargas, 1970). ÍNDICE DE VAZIOS E POROSIDADE Tabela. Classificação da porosidade e índice de vazios nos solos (IAEG, 1974) POROSIDADE (n) GRAU DE SATURAÇÃO Vv Va S (%) Definição: O grau de saturação de um solo é dado pela razão do volume de água pelo volume de vazios; ou seja é a percentagem de água contida nos vazios do solo. Tabela. Classificação do grau de saturação (IAEG, 1974). GRAU DE AERAÇÃO Vv Var A (%) Definição: O grau de aeração de um solo é dado pela razão do volume de ar pelo volume de vazios. A = Vv – Va = 1 – S Vv Var = Vv - Va PESO ESPECÍFICO DO SOLO NO ESTADO NATURAL (nat ou g) Vt Pt Definição: Peso específico do solo no estado natural é representado pela razão entre o peso total de solo e o volume total de solo. PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS (OU DOS SÓLIDOS) (g) Definição: Peso específico dos grãos é representado pela razão entre o peso dos grãos constituintes do solo e o volume ocupado pelos mesmos. Vs Ps s DENSIDADE RELATIVA DAS PARTÍCULAS (OU DOS GRÃOS) (d) a s d Definição: Densidade relativa das partículas é a razão entre o peso específico dos grãos (g) e o peso específico da água (a). Tabela. valores típicos de densidade relativa (ou peso específicos de minerais comuns nos solos). Determinação em laboratório: através do picnômetro. PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS (OU DOS SÓLIDOS) (g) 213 3 PPP P a g PESO ESPECÍFICO DO SOLO NO ESTADO SECO (s) Definição: Peso específico do solo no estado seco é representado pela razão entre o peso seco de solo e o volume total de solo. Vt Ps d Peso específico saturado (sat) VaVs PaPs sat Peso específico submerso (sub) asatsub PRINCIPAIS RELAÇÕES ENTRE OS ÍNDICES FÍSICOS 1. Peso específico do solo no estado seco (s), peso específico do solo no estado natural (nat) e umidade (h): Vt Ps d Dividindo por Pt = Ps + Pa w Pt Vt PaPs Ps d 1 2. Índice de vazios, peso específico do solo no estado seco (s), peso específico dos sólidos (g): Vs Vv e 11 / / 1 d s PsVs PsVt Vs Vt Vs VsVt e 3. Índice de vazios, peso específico dos sólidos (g), umidade (h) e grau de saturação (S): Vv Va S (%) dd eS V SV V V Ps Pa w sa va ss aa EXEMPLOS DE APLICAÇÃO Uma amostra de areia, no estado natural, pesa 875g e seu volume é igual a 512 cm3. O seu peso seco é 803g e a densidade relativa dos grãos é 2,66. Determine o seu índice de vazios, a porosidade, o teor de umidade e o grau de saturação da areia. Solução: o peso da água é dado por: Pa = 875 – 803 = 72g O volume de sólidos pode ser determinado da seguinte forma: g P V s s s 302 66,2 803 Sabendo-se que: V = Vs + Vv, o volume de vazios é: Vv = 512 – 302 = 210cm3 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO Com os dados obtidos é possível responder as questões formuladas: Solução: 7,0 302 210 Vs Vv e 41,0 512 210 Vt Vv n 0896,0 803 72 Ps Pa w 3428,0 210 72 Vv Va S RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS * É a propriedade que o solo tem de suportar cargas e conservar sua estabilidade. * É a máxima tensão de cisalhamento que o solo pode suportar sem sofrer ruptura. s = s 1 cos 2a + s 3 sen2a = (s 1 - s 3).sen 2a 2 s = (s 1 + s 3) + (s 1 - s 3) cos 2a 2 2 Círculo de Mohr s f 22a s s s s s u u a a a = 45 + f 2 max => a = 45o = (s 1 - s 3).sen 2a 2 s1 s3 - cisalhamento direto - compressão triaxial - compressão simples Tipos de ensaios de cisalhamento (c’ e Ф’) r = c’ + (s - u).tgf’ s t ENVOLTÓRIA DE RESISTÊNCIA F C Onde: C’ = intercepto da coesão f’ = ângulo de atrito interno do solo CISALHAMENTO DIRETO: - Determina-se através de s (não é permitido medir poropressão) Areia compacta ou argila P.A. Areia fofa ou argila N.A. COMPRESSÃO SIMPLES: (s3 = 0) Cisalhamento Direto com Sucção Controlada – Lab Prof Bressani O ensaio de compressão triaxial é o mais versátil ensaio para determinação da resistência ao cisalhamento do solo sendo por isto o mais utilizado. São realizados em aparelhos constituído por uma câmara cilíndrica, de parede transparente, no interior da qual se coloca uma amostra, envolvida por uma membrana de borracha. Inicialmente o corpo da amostra é submetido a uma pressão confinante, s3, queatua em toda sua superfície. A seguir, a pressão axial é aumentada, sa, até a ruptura do corpo da amostra. ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL: GEGEP TESE (SEVERO, 2011) ENSAIO CD (lento ou com drenagem) – Neste ensaio há permanente drenagem do corpo de prova. Aplica-se a tensão confinante e espera-se que o corpo de prova adense. A seguir, a pressão axial é aumentada lentamente, para que a água sob pressão possa percolar, até a ruptura. Desta forma, a tensão neutra durante o carregamento permanece praticamente nula e as pressões totais medidas são efetivas. O volume da água que sai corresponde a variação de volume do solo. – fundações lentamente carregadas ENSAIO UU (rápido ou sem drenagem) – Neste ensaio o corpo de prova é submetido à pressão confinante e ao carregamento axial até a ruptura sem permitida qualquer drenagem. O teor de umidade do corpo de prova permanece constante e as pressões medidas são pressões totais. Não há variação de volume. – simular argila mole ENSAIO CU (rápido pré-adensado) – Neste ensaio permite-se drenagem do corpo de prova somente sob a ação da pressão confinante. Aplica-se a pressão confinante e espera-se que o corpo de prova adense. A seguir, fecham-se os registros de drenagem, e a pressão axial é aumentada até a ruptura, sem que se altere a umidade do corpo de prova. As pressões medidas neste ensaio são pressões totais. Deve-se também medir as poro-pressões (pressões neutras) durante a fase de cisalhamento. - taludes ENSAIO DE COMPRESSÃO TRIAXIAL RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DO SOLO - O círculo B representa um estado de tensões em que não há ruptura; - O círculo A, tangente à envoltória, indica um estado de tensão na ruptura; A B s s1 s3 TRAJETÓRIAS DE TENSÕES s s s ss 1 2 3 1 2 3 s1 s3 sc=cte max => a = 45o = (s 1 - s 3).sen 2a 2 max = (s 1 - s 3) 2 Consiste em analisar o estado de tensões em diversas fases de carregamento ENSAIOS TRIAXIAIS – Solo Topo Ponta do Pirambu B1 0 200 400 600 0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 ea (%) q ( k P a ) 20 kPa 100 kPa 300 kPa -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 0,00 3,00 6,00 9,00 12,00 15,00 ea (%) e v ( % ) 20 kPa 100 kPa 300 kPa A1 0 200 400 600 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 ea (%) q ( k P a ) 20 kPa 100 kPa 300 kPa -0,50 0,50 1,50 2,50 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 ea (%) e v ( % ) 20 kPa 100 kPa 300 kPa Indeformado Compactado (Severo, 2011) COMPARAÇÃO ENTRE ENSAIOS TRIAXIAIS NATURAIS E CIMENTADOS 0 200 400 600 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 ea (%) q ( k P a ) CID 2 20 A1 CID 0 20 A1 CID 20 B1 CID 20 B2 CID 20 B3 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 ea (%) e v ( % ) CID 2 20 A1 CID 0 20 A1 CID 20 B1 CID 20 B2 CID 20 B3 0 300 600 900 1200 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 ea (%) q ( k P a ) CID 2 300 A1 CID 0 300 A1 CID 300 B1 CID 300 B2 CID 300 B3 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 ea (%) e v ( % ) CID 2 300 A1 CID 0 300 A1 CID 300 B1 CID 300 B2 CID 300 B3 (Severo, 2011) 0 100 200 300 400 500 600 700 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Deformação Transversal (%) ( k P a ) CP 01 - σ = 52,56 kPa CP 02 - σ = 104,41 kPa CP 03 - σ = 212,20 kPa CP 04 - σ = 417,17 kPa -6,0 -5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Deformação Transversal (%) V a ri a ç ã o V o lu m é tr ic a ( % ) CP 01 - σ = 52,56 kPa CP 02 - σ = 104,41 kPa CP 03 - σ = 212,20 kPa CP 04 - σ = 417,17 kPa CISALHAMENTO DIRETO NO ESTADO INUNDADO FORMAÇÃO BARREIRAS - TIBAU DO SUL (Severo, 2005)
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