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Álgebra booleana e portas lógicas Agenda Álgebra booleana Operações básicas Portas lógicas básicas Formas de onda Circuitos lógicos Interconexão de portas lógicas básicas Tabela verdade Descrição do comportamento de um circuito Avaliação de equações Booleanas Ordem de precedência das operações Exercícios de fixação CHAVES DIGITAIS 2 Introdução Circuitos eletrônicos Analógicos Operam com níveis contínuos de tensão (voltagem) dentro de um intervalo Um sinal (nível de tensão) analógico pode assumir qualquer valor entre os limites mínimo e máximo Digitais Operam com apenas dois níveis de tensão (voltagem) dentro de um intervalo Um sinal (nível de tensão) digital pode assumir apenas o valor mínimo ou o valor máximo Mistos Partes analógicas e partes digitais 3 Introdução Para lidar com os circutos digitais, um tipo de abordagem matemática foi utilizada: a álgebra booleana 4 Álgebra booleana 5 https://www.youtube.com/watch?v=aEjzjLv-YjI (The Genius of George Boole | RTÉ One, acessado em 12/12/2015) https://www.youtube.com/watch?v=kT8Ybww38AI (George Boole - Criador da Lógica Booleana, acessado em 25/04/2016) https://www.youtube.com/watch?v=aEjzjLv-YjI Álgebra booleana 6https://www.youtube.com/watch?v=LvHi-X_ETuQ (George Boole* 200 short film, acessado em 12/12/2015) https://www.youtube.com/watch?v=LvHi-X_ETuQ Introdução Para lidar com os circutos digitais, um tipo de abordagem matemática foi utilizada: a álgebra booleana 7 Londres, 1854 https://archive.org/details/investigationofl00boolrich (março/2017) Simplificando: Boole reduziu a lógica a um tipo de álgebra, a qual muitos anos mais tarde (em 1913), passou a ser conhecida como “Álgebra Booleana” Álgebra booleana 8 Figura do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) Claude Elwood Shannon (EUA - 1916-2001): matemático, engenheiro e criptógrafo ficou conhecido como o “pai da teoria da informação” Álgebra booleana Proposta pelo matemático inglês George Boole, em 1854 (demonstrou que a lógica poderia ser representada por equações algébricas) A álgebra de Boole possui apenas três operadores: AND, OR, NOT Apenas 100 anos mais tarde é que a álgebra de Boole foi usada para construção e programação dos computadores eletrônicos Usada para projetar, analisar e simplificar circuitos digitais “Matemática dos circuitos digitais” 9 Álgebra booleana Usada também para avaliar condições em linguagens de programação (VERDADEIRO OU FALSO) Diferente da álgebra convencional, onde as variáveis podem assumir valores no intervalo (-∞, +∞ ), as variáveis boolenas podem assumir apenas dois valores: 0 e 1 (níveis lógicos) 10 Álgebra booleana George Boole morreu aos quarenta e nove anos de idade, em 1864, um século antes da revolução dos microcomputadores, no dia oito de dezembro, na Irlanda, devido a uma pneumonia. Sem suas ideias o computador moderno não teria as características que tem hoje. 11 Álgebra booleana Uma função booleana tem uma ou mais variáveis de entrada e fornece somente um resultado que depende apenas dos valores destas variáveis A função pode ser descrita completamente através de uma tabela de 2n linhas, cada linha mostrando o valor da função para uma combinação diferente dos valores de entrada. Tal tabela é denominada tabela verdade (mais tarde voltaremos a este tópico) 12 Álgebra booleana Operações básicas da álgebra convencional Soma, subtração, multiplicação e divisão Operações básicas da álgebra booleana AND (e lógico), OR (ou lógico) e NOT (complemento) Exemplo Equação da álgebra convencional M = (X + Y)/2 As variáveis da equação podem assumir qualquer valor intervalo (-∞, +∞ ) M = (-2 + 8)/2 M = (6)/2 M = 3 13 Álgebra booleana Exemplo Equação da álgebra booleana X = (A.B) + C . representa a operação AND e + representa a operação OR As variáveis da equação podem assumir apenas os valores 0 ou 1 X = (1.0) + 1 X = 0 + 1 X = 1 Considerando um circuito digital O nível lógico 0 corresponde ao nível baixo (0 volts) O nível lógico 1 corresponde ao nível alto (e.g. 5 volts) Os níveis lógicos 0 e 1 também são conhecidos como falso (false) e verdadeiro (true) 14 Álgebra booleana Veremos inicialmente os circuitos lógicos mais elementares: portas lógicas As portas lógicas são circuitos que implementam as operações básicas da álgebra booleana (operações lógicas) AND (e lógico) OR (ou lógico) NOT (complemento) A partir da interconexão entre portas lógicas, circuitos mais complexos são criados Tabelas verdade Apresentam o comportamento do circuito lógico em forma de tabela 15 Álgebra booleana CHAVES DIGITAIS 16 Álgebra booleana 17 década de 30 década de 40 década de 50 década de 60 até o presente vista esquemática de uma chave simples: “ligada” e “desligada”As chaves são a causa dos circuitos digitais utilizarem números binários constituídos de bits: a natureza de uma chave estar ligada ou desligada corresponde aos 1s e 0s do sistema binário! Figura do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) Álgebra booleana Você realmente não precisa compreender a implementação das portas lógicas, que está por baixo em nível de transistor, para aprender os métodos de projeto digital no restante desta disciplina e, de fato, muitos professores omitem inteiramente a discussão sobre transistores. No entanto, para um estudante, uma compreensão da implementação em nível de transistor pode ser bem satisfatório porque não fica nada de “misterioso”. Essa compreensão pode ser útil também para entender o comportamento não ideal das portas lógicas, o qual mais tarde poderá vir a se tornar necessário aprender para se poder lidar com os projetos digitais. 18 É sua opção pular estes slides e ir direto para as OPERAÇÕES BÁSICAS Álgebra booleana Diodo Transistor de junção bipolar (TJB) Transistor de efeito de campo (FET) 19 Álgebra booleana https://www.youtube.com/watch?v=JNi6WY7WKAI, ago/2017 20 Vídeo introdutório recomendado: How does a Diode work? Álgebra booleana Semicondutores Materiais geralmente utilizados no desenvolvimento de dispositivos semicondutores Silício (Si). Germânio (Ge). Arseneto de gálio (GaAs). 21 Álgebra booleana Dopagem As características elétricas do silício e do germânio são melhoradas pela adição de materiais em um processo denominado dopagem. Há somente dois tipos de materiais semicondutores dopados: 22 Materiais do tipo p contêm um excesso de lacunas na banda de valência. tipo p As bandas de energia mais profundas completamente ocupadas por elétrons são chamadas de bandas de valência Materiais do tipo n contêm excesso de elétrons na banda de condução. tipo n A banda parcialmente preenchida é chamada de banda de condução. Álgebra booleana 23 Materiais do tipo n contêm excesso de elétrons na banda de condução. Materiais do tipo p contêm um excesso de lacunas na banda de valência. tipo n tipo p As bandas de energia mais profundas completamente ocupadas por elétrons são chamadas de bandas de valência A banda parcialmente preenchida é chamada de banda de condução. Bandas de energia Álgebra booleana Junções p-n Uma extremidade de um cristal de silício ou germânio pode ser dopada como um material do tipo p e a outra extremidade como um material do tipo n. 24 Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Junções p-n Na junção p-n, o excesso de elétrons na banda de condução no lado do tipo n é atraído para as lacunas na banda de valência no lado do tipo p. 25 Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana DIODO 26 Álgebra booleana Diodo:dispositivo de dois terminais que idealmente conduz em uma única direção 27 Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Diodo: características 28 •A tensão ao longo do diodo é de 0 V • A corrente é infinita • A corrente direta é definida pela fórmula RF = VF / IF • O diodo se comporta como um curto Região de condução •Toda a tensão fica ao longo do diodo • A corrente é de 0 A • A resistência reversa é definida pela fórmula RR = VR / IR • O diodo se comporta como aberto Região de NÃO condução Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Diodo: condições de operação 29 Ausência de polarização Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Diodo: condições de operação 30 Polarização reversa Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Diodo: condições de operação 31 Polarização direta Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana TJB 32 Álgebra booleana https://www.youtube.com/watch?v=7ukDKVHnac4, ago/2017 33 Vídeo introdutório recomendado: Transistors, How do they work? Álgebra booleana Transistor de junção bipolar (TJB) Há dois tipos de transistores: pnp npn Os terminais são rotulados: E - Emissor B - Base C - Coletor 34 Figura do livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Álgebra booleana Transistor de junção bipolar (TJB) Regiões de operação: Ativa Faixa de operação do amplificador. De corte O amplificador está basicamente desligado. Há tensão, mas pouca corrente. De saturação O amplificador está totalmente ligado. Há corrente, mas pouca tensão. 35 Álgebra booleana FET 36 Álgebra booleana https://www.youtube.com/watch?v=IcrBqCFLHIY, Publicado em 9 de jul de 2013 37 Vídeo introdutório recomendado: How Does a Transistor Work? Álgebra booleana Transistor de efeito de campo (FET - Field Effect Transistor): O controle é baseado no campo elétrico estabelecido pela tensão aplicada ao terminal de controle. O transistor MOSFET (Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor): A palavra "metal" no nome é um anacronismo vindo dos primeiros chips, onde as portas (gates) eram de metal. Os chips modernos usam gates de polissilício, mas ainda são chamados de MOSFETs. Um MOSFET é composto de um canal de material semicondutor de tipo N ou de tipo P e é chamado respectivamente de NMOS ou PMOS CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor): É uma tecnologia empregada na fabricação de circuitos integrados. “Complementary" em seu nome vem do fato dessa tecnologia utilizar os dois tipos de transistores MOSFET, o MOSFET canal N e o MOSFET canal P, de tal modo que um deles "complementa" o outro na necessidade de se produzir funções lógicas. 38 Álgebra booleana O transistor mais popular usado em CIs (circuitos integrados) é do tipo CMOS. Uma explicação detalhada, assim como para os dispositivos diodo e TJB visto anteriormente, está além do escopo desta disciplina. Mesmo assim, há muita curiosidade que pode ser satisfeita com uma explicação simplificada. 39 Álgebra booleana MOSFET MOSFET: transistores de efeito de campo metal-óxido- semicondutor 40 A operação MOSFET pode ser comparada à de uma torneira. o A fonte é o acúmulo de elétrons no polo negativo da tensão dreno-fonte. o O dreno é da deficiência de elétron (ou lacunas) no polo positivo da tensão aplicada. o A porta controla a largura do canal n e, consequentemente, o fluxo de cargas da fonte ao dreno. Álgebra booleana MOSFET 41 Figura do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) Álgebra booleana FET x TJB FETs são dispositivos controlados por tensão. TJBs são dispositivos controlados por corrente. FETs têm maior impedância de entrada. TJBs têm ganho mais alto. FETs são menos sensíveis a variações de temperatura e mais adequados para circuitos integrados. FETs são geralmente mais estáticos que TJBs. 42 Álgebra booleana https://www.youtube.com/watch?v=TzasE0EtOoo, Publicado em 17 de fev de 2017 43 Vídeo introdutório recomendado: MOSFET vs BJT - Difference between BJT and MOSFET Álgebra booleana OPERAÇÕES BÁSICAS 44 Álgebra booleana 45 Ter os blocos construtivos certos pode fazer toda a diferença quando se constroem coisas! Transistores CMOS podem ser usados para implementar chaves, mas usá-los como blocos construtivos para projetar circuitos digitais complexos é semelhante a tentar construir uma ponte usando pedregulhos! Figura do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) Álgebra booleana 46 Vamos estudar a seguir os operadores booleanos AND, OR e NOT Mais tarde, a partir destes operadores, seremos capazes de expandir o conhecimento e construir circuitos digitais Figura do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) Álgebra booleana Operações básicas NOT (complemento ou negação) Inverte o valor lógico da variável de entrada Símbolos: ¯, ¬, ‘, ~, ! Ā, ¬A, A’, ~A, !A (operação unária) Linguagens de programação (e.g. C, Java): ! Definição A operação NOT resulta 1 se a variável de entrada é igual a 0. Resulta 0 se a variável de entrada é igual a 1. 47 A S 0 1 1 0 Tabela verdadePorta lógica (inversor) S = Ā Álgebra booleana Operações básicas NOT (complemento ou negação) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito S 48 Álgebra booleana Operações básicas NOT (complemento ou negação) Circuito transistorizado 49 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Também denominada adição lógica Símbolos: + , ν, | A + B, A v B v C, A | C Linguagens de programação (e.g. C, Java): || Definição A operação OR resulta 1 se ao menos uma das variáveis de entrada é igual a 1. Resulta 0 se todas variáveis de entrada são iguais a 0. 50 A B S 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 Tabela verdade Porta lógica S = A + B 2n linhas n = número de variáveis de entrada Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 51 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 52 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 53 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 54 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 55 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 56 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 57 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 58 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 59 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Circuito transistorizado 60 Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Portas lógicas podem ter várias entradas Definição A operação OR resulta 1 se ao menos uma das variáveis de entrada é igual 1. Resulta 0 se todas variáveis de entrada são iguais a 0. 61 A B C S 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 Tabela verdade Porta lógica S = A + B + C A B C S Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 SA B C S = (A + B) + C SAssociatividade (ordem de avaliação não altera o resultado) Álgebra booleana Operações básicas OR (ou lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito A B C S Glitch /spike devido à mudança simultânea das entradas A e B Se alguma das entradas é igual a 1, a saída é 1 S 62 Álgebra booleana Operações básicas AND (e lógico) Também denominada multiplicação lógica Símbolos: . , ^, & A . B, A ^ B ^ C, A & C Linguagens de programação (e.g. C, Java): && Definição A operação AND resulta 1 se todas variáveis de entrada são iguais a 1. Resulta 0 se ao menos uma das variáveis de entrada é igual a 0. A B S 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Tabela verdade Porta lógica S = A . B 63 Álgebra booleana Operações básicas AND (e lógico) Forma de onda (wave form) Descreve o comportamento dinâmico do circuito S Se alguma das entradas é igual a 0, a saída é 0 64 Álgebra booleana Operações básicas AND (e lógico) Portas lógicas podem ter várias entradas Definição A operação AND resulta 1 se todas variáveis de entrada são iguais a 1. Resulta 0 se ao menos uma das variáveis de entrada é igual a 0. 65 A B C S 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 Tabela verdade Porta lógica S = A . B . C A B C S Se alguma entrada é igual a 0, a saída é 0 SA B C S = (A . B) . C Associatividade (ordem de avaliação não altera o resultado) Álgebra booleana Operações básicas AND (e lógico) Circuito transistorizado 66 Álgebra booleana Resumo das operações básicas OR 0 + 0 = 0 0 + 1 = 1 1 + 0 = 1 1 + 1 = 1 0 + 0 + 0 + 0 + 1 + 0 = 1 (Se alguma entrada é 1, a saída é 1) AND 0 . 0 = 0 0 . 1 = 0 1 . 0 = 0 1 . 1 = 1 1 . 1 . 1 . 0 . 1 . 1 . 1 = 0 (Se alguma entrada é 0, a saída é 0) NOT !0 = 1 !1 = 0 67 Álgebra booleana CIRCUITOS LÓGICOS 68 Álgebra booleana Circuitos lógicos Representações gráficas de equações booleanas utilizando portas lógicas Esquemático Os circuitos são criados a partir da interconexão das portas lógicas Qualquer circuito lógico pode ser implementado utilizando as portas lógicas OR, AND e NOT, e descrito a partir de equações booleanas A função/comportamento de um circuito é tipicamente descrita a partir de equações booleanas e tabelas verdade Com a saída variando em função das entradas A partir de uma equação booleana pode-se obter a tabela verdade e vice-versa 69 Álgebra booleana Veja a seguir um exemplo de circuito lógico e como extrair a equação booleana a partir do mesmo 70 Álgebra booleana Exemplo A saída do circuito (Z) é igual a 1 sempre que as duas entradas (X e Y) tiverem o mesmo valor. Caso contrário a saída é igual a 0 Equação booleana que representa função do circuito: Z = !(X.!Y + !X.Y) X Y Z 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Tabela verdade X Y Z Conexão Não há conexão X.!Y !X.Y X.!Y + !X.Y !(X.!Y + !X.Y) 71 Álgebra booleana 72 X Y Z 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 ta b e la v e rd a d e X Y Z c ir c u it o ló g ic o Relacionando conhecimentos especificação equação Z = !(X.!Y + !X.Y) Álgebra booleana 73 X Y Z 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 ta b e la v e rd a d e X Y Z c ir c u it o ló g ic o Relacionando conhecimentos especificação equação Z = !(X.!Y + !X.Y) Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 74*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) A entrada “s” indica o estado do cinto A saída “w” aciona a lâmpada Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 75*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 76*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 77*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) 1 0 ? 1 Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 78*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) 1 0 1 1 Álgebra booleana Veja a seguir o exemplo* prático para a construção de um circuito simples que aciona uma luz de alerta para cinto de segurança: 79*Exemplo 2.6 do livro: Sistemas Digitais - Projetos de Otimização e HDLs (Frank Vahid) A lâmpada de alerta “w” deve acender (w=1) sempre que: 1) o cinto de segurança do motorista “s” não estiver engatado (s=1 significa que o cinto está engatado) e; 2) a chave “k” estiver na ignição (k=1 significa que a chave está colocada) 1 0 1 1 Verifique que construimos um circuito prático sem lançar mão de técnicas de projeto*, mas apenas pensamos nas funções desempenhadas pelas portas lógicas. Este tipo de raciocínio será útil mais tarde na concepção de uma ULA (Unidade Lógica e Aritmética) combinacional. *Ao longo do curso, veremos o projeto por tabela verdade e mapa de Karnaugh para derivação de um circuito. Álgebra booleana 80 X Y Z 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 ta b e la v e rd a d e X Y Z c ir c u it o ló g ic o Relacionando conhecimentos especificação equação Z = !(X.!Y + !X.Y) Álgebra booleana Onde podemos encontrar fisicamente estas portas lógicas? 81 Álgebra booleana Circuito integrado (CI) Conjunto de portas lógicas fabricadas em um chip A partir do circuito lógico (esquemático) pode-se implementarfisicamente equações booleanas usando C.Is, criando um circuito digital Representação lógica do CI internamente 82 Álgebra booleana Circuito digital Placa do Apple I: designed and built by Steve Wozniak in 1975/76 83 Em 22/10/2014 uma placa-mãe original do Apple 1 foi leiloada por US$ 905 mil Vários chips TTL: 7400, 7402, 7404, 7408… Processador 6502 de 8 bits (mesmo usado no Nintendo e Atari – década de 80) Álgebra booleana Circuito digital Placa do Apple I 84 O “computador” era montado pelo comprador que deveria providenciar desde o suporte para a placa- mãe até um teclado, um monitor e a fonte de tensão. Álgebra booleana Avaliação de equações booleanas 85 Álgebra booleana Avaliação de equações booleanas Determinar o valor da saída para uma combinação das entradas (“resolver a equação”) A avaliação da equação deve respeitar a ordem de precedência entre os operadores 1. Parênteses (do mais interno para o mais externo) 2. NOT 3. AND 4. OR Exemplo: Dada a equação booleana que descreve a função F(X, Y, Z), determinar o valor de F(1,0,0) F = X . (Y + !Z) F = 1 . (0 + !0) → substitui variáveis de entrada pelos valores lógicos F = 1 . (0 + 1) F = 1 . (1) F = 1 F(1,0,0) = 1 86 Álgebra booleana Tabela verdade Avaliação completa da função Mostra o valor da saída para todos os possíveis valores das entradas de uma equação Dada a equação que descreve uma função booleana F, pode-se criar uma tabela verdade com a avaliação completa de F A equação deve ser avaliada para todas as possíveis combinações de valores das variáveis de entrada A avaliação da equação deve ser realizada em partes seguindo a ordem de precedência entre os operadores 87 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Variáveis de entrada: X, Y e Z A tabela-verdade para uma equação com n variáveis de entrada contém 2n linhas. 8 linhas nesse caso (23). X Y Z 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 Nestas linhas deve-se enumerar todas as possíveis combinações das variáveis de entrada (tipicamente, escrever os números de 0 até 2n -1 utilizando a representação binária) 8 linhas (23) 88 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de !Z X Y Z 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 89 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de !Z X Y Z !Z 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 90 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de !Z X Y Z !Z 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 91 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de (Y + !Z) X Y Z !Z Y + !Z 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 92 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de (Y + !Z) X Y Z !Z Y + !Z 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 93 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de X . (Y + !Z) X Y Z !Z Y + !Z 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 94 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de X . (Y + !Z) X Y Z !Z Y + !Z F 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 95 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) Avaliação de X . (Y + !Z) X Y Z !Z Y + !Z F 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 96 Álgebra booleana Tabela verdade F = X . (Y + !Z) X Y Z F 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 A tabela verdade contém apenas entradas e saídas → F(1,0,0) 97 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) A B 0 0 0 1 1 0 1 1 98 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) Avaliação de !A A B !A 0 0 0 1 1 0 1 1 99 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) Avaliação de !A A B !A 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 100 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) Avaliação de !A + B A B !A X 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 101 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) Avaliação de !A + B A B !A X 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 102 Álgebra booleana Tabela verdade X = !A + B Variáveis de entrada: A e B Tabela verdade com 4 linhas (22) Avaliação de !A + B A B X 0 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 103 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) 104 Álgebra booleana Escreva a tabela verdade e represente o circuito lógico equivalente: X = (!A.B.C) . !(A + D) Variáveis de entrada: A, B, C e D Tabela verdade com 16 linhas (24) A B C D 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 105 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D !A 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 Avaliação de !A 106 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D !A !A.B.C 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 0 0 Avaliação de (!A.B.C) 107 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D !A !A.B.C (A + D) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 1 Avaliação de (A + D) 108 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D !A !A.B.C (A + D) !(A + D) 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 Avaliação de !(A + D) 109 Álgebra booleana Tabela verdade X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D !A !A.B.C (A + D) !(A + D) X 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 Avaliação de X 110 Álgebra booleana Tabela verdade e circuito equivalente X = (!A.B.C) . !(A + D) A B C D X 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 Circuito Equivalente 111 Bibliografia referência para esta aula Livro: Sistemas digitais: princípios e aplicações 11a ed. (Autor: TOCCI, R. J.) Capítulo(s) referência(s): Detalhamento: página(s) -- 112 Livro: Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos 6a ed. (Autor: Boylestad e Nashelsky) Capítulo(s) referência(s): diodo, transistor bipolar, MOSFET Detalhamento: página(s) -- Livro: Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos 11a ed. (Autor: Boylestad e Nashelsky) Capítulo(s) referência(s): diodo, transistor bipolar, MOSFET Detalhamento: página(s) -- Bibliografia referência para esta aula Livro: Eletrônica - Vol.1 8a ed. (Autor: AlbertP. Malvino; David J. Bates) Capítulo(s) referência(s): 2 Detalhamento: página(s) -- 113 Livro: Digital Design (Autor: Frank Vahid) Capítulo(s) referência(s): 2 Detalhamento: página(s) --
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