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PREPARO DE LAMINAS

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Pesquisem os principais tipos de corantes (reagentes) utilizados na montagem de lâminas de plantas e por quais substâncias contidas nas células tais corantes possuem afinidades.
RESPOSTAS
Corantes ajudam na identificação e diferenciação de componentes de células e tecidos. Esses componentes tendem a ser transparentes e os corantes dão aos observadores um meio de ver o que é invisível ao olho humano. 
Atualmente o marrom bismarck é menos usado do que no passado. Esse corante marca mucinas (um tipo de proteína presente em muco e saliva) que são acidificados e ficam amarelos.
O carmim é um corante usado para tingir glicogênio (amido animal), glicosaminaglicanos (cadeias de açúcares encontrados em muco e fluido de juntas) e núcleos celulares. Ele tinge as partes de vermelho e é feito do inseto Coccus cacti. Ele é mais conhecido como cochonilha. Esse inseto é originário do México e do sudoeste dos Estados Unidos e se alimenta de cactos. O corante é feito dos fluidos corporais do inseto.
O cristal violeta mancha paredes celulares de roxo quando combinado com um mordente, que é um mistura de substâncias que reage com o corante para formar um sólido insolúvel e colorido. Pode ser usado na classificação de bactérias e é o corante usado na técnica de coloração de Gram. Nela, as células são primeiro preservadas por um processo de preparação e então coradas com cristal violeta. O corante é absorvido em quantidades similares por todas as bactérias. Depois da aplicação dele, um mordente é aplicado e as lâminas são lavadas com um solução de álcool 95%, então são coradas com um outro corante mais leve de outra cor (normalmente safranina). Essa técnica é o principal método usado no estudo de bactérias em laboratório.
A eosina é um corante sintético a base de álcool. Ela tinge células sanguíneas, material citoplasmático (material encontrado entre a membrana celular e o núcleo), membranas celulares e estruturas fora da célula de rosa ou vermelho. É usada como um dos corantes da técnica de coloração Hematoxilina e Eosina. Essa técnica é a mais usada no estudo de tecidos e células, para observar sua forma e a estrutura.
A hematoxilina é o corante que acompanha a eosina na técnica H&E. Ele tinge núcleos celulares de azul-violeta ou marrom. É um corante natural feito usando a árvore de nome campeche (Haematoxylum campechianum).
A safranina é usada como um dos corantes na técnica de coloração de Gram e tinge núcleos celulares de vermelho. Também é usada para tingir cartilagem. Ela se torna amarela quando tingida com safranina.
Certos corantes reagem com os componentes do tecido e os coram com uma cor diferente da cor da solução corante. A propriedade de mudança de cor do corante chama-se metracromasia. Os corantes azul-de-metileno, azul-de-toluidina e tionina são exemplos de corantes simples que exibem metacromasia. Nos corantes azuis, a cor muda para vermelho.
A coloração dos mastócitos com o azul-de-metileno constitui um bom exemplo. Os grânulos do citoplasma coram-se em vermelho-púrpura, enquanto que o resto do tecido fica azul. A causa da metacromasia não é totalmente compreendida, porém tem sido sugerido que é devido à polimerização das moléculas do corante, por meio de reação com enzimas ou outras moléculas teciduais. Julga-se que a presença de macromoléculas com radicais eletronegativos no tecido facilita a polimerização e provoca a mudança de cor.

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