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Aula 01
Preparo de Vidraria, Reagentes e Soluções p/ EBSERH (Biomédico)
Professor: Denise Rodrigues
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Preparo de Vidraria, Reagentes e Soluções para EBSERH (Biomédico) 
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AULA 01: Preparo de Vidrarias, Reagentes e Soluções 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 01 
2. Vidraria 02 
3. Limpeza e Preparo de Vidraria 33 
4. Preparo de Soluções e Reagentes 38 
6. Lista das Questões Apresentadas 56 
7. Gabarito 66 
8. Referências Bibliográficas 67 
 
Apresentação 
Olá, pessoal! Eu sou Denise Rodrigues e meu objetivo com esse 
curso é auxiliar vocês na assimilação dos conteúdos relativos ao tópico 
“preparo de vidrarias, reagentes e soluções” da parte de 
conhecimentos específicos exigidos para o cargo de Biomédico do 
concurso da EBSERH. Para isso, irei apresentar o conteúdo e em 
seguida vamos resolver questões de provas de concurso. Em nossos 
exercícios, irei priorizar questões das bancas AOCP e IBFC de concursos 
da EBSERH para biomédico, mas, para oferecer mais oportunidades de 
praticar, iremos também resolver questões de outras bancas, outros 
concursos e cargos afins. 
Vamos começar?  
 
 
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VIDRARIA 
Vidraria se refere a uma variedade de instrumentos de 
laboratório que podem ser feitos de vidro ou plástico. Mais 
comumente de vidro, por ser transparente, resistente ao calor e inerte. 
São utilizados em análises e experimentos científicos. 
Em alguns casos as vidrarias não apresentam marcações, mas 
normalmente apresentam graduações e marcas volumétricas em 
suas paredes. Essa marcação pode ser de maior ou de menor 
precisão, conforme o tipo de vidraria e sua função. 
Podem ainda apresentar cores e materiais diferenciados como: 
- Vidro cristal: vidro de alta qualidade e transparência, geralmente 
denominado vidro boro 3.3 ou borossilicato que possui mais 
resistência a choques térmicos, mecânicos e químicos. O vidro 
borossilicato possui um coeficiente de dilatação menor que o do 
vidro comum, e, por isso, é menos maleável às variações de 
temperatura. Sua temperatura de fusão também é mais alta, por isso 
também é menos vulnerável ao aquecimento. Essas características 
garantem mais resistência ao material, fazendo com que ele seja o 
mais apropriado para laboratórios e indústrias químicas. 
- Vidro âmbar: é o vidro escurecido, utilizado na maioria das vezes 
para diminuir o efeito da luz sobre os compostos fotossensíveis que se 
deseja acondicionar. 
 
- Plástico: atualmente alguns equipamentos estão sendo fabricados 
em material plástico, principalmente por conta do menor custo, porém, 
não apresentam muitas das qualidades do vidro. 
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- Outros materiais: porcelana, borracha, metal e outros também 
podem ser encontrados entre os materiais que compõem as vidrarias 
de laboratórios. 
Além das marcações, da precisão e do tipo de material, a função 
de um exemplar de vidraria também é determinada pelo seu formato. 
Alguns equipamentos têm formato específico para serem utilizados 
com algumas vidrarias (ex: mantas aquecedoras), e da mesma forma 
algumas vidrarias tem formatos específicos adequados a determinados 
equipamentos (ex: Tubos Falcon). 
Vamos agora conhecer as principais vidrarias de laboratório: 
 
Balão de fundo redondo 
Utilizado para aquecer líquidos, reações com 
desprendimento de gases e para liofilização de amostras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balão de fundo chato 
Utilizado para aquecer brandamente líquidos ou soluções e para 
fazer reações com desprendimento gasoso. Fabricado em vidro Boro 
3.3, com gargalo longo. Pode ser aquecido sobre o tripé com uso de 
tela de amianto. 
Observação: solução é uma mistura homogênea de dois ou mais 
componentes. 
 
 
 
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Balão de Fundo Chato 
 
Balão volumétrico 
Possui volume definido e mede com precisão volumes fixos. 
É utilizado para o preparo de soluções de reagentes em 
concentrações exatas, particularmente de soluções padrões. 
O traço de referência marcando o volume para o qual o balão 
volumétrico foi calibrado é gravado sobre a meia-altura do gargalo. 
Tem o fundo chato e gargalo comprido. 
É rigorosamente calibrado a determinada temperatura, 
não podendo ser aquecido ou submetido a mudanças bruscas de 
temperatura. Existem balões com capacidade de 5 a 2000mL. NÃO 
devem ser usados para transferir volumes. 
 
 
 
Como usar o balão volumétrico? 
Para se preparar uma solução em um balão volumétrico, 
transfere-se o soluto ou a solução a ser diluída. Adiciona-se, a seguir, 
solvente até cerca de 3/4 da capacidade total do balão. Misturam-se 
os componentes e deixa-se em repouso até atingir a temperatura 
ambiente, tendo-se o cuidado de não segurar o balão pelo bulbo, 
pois a temperatura da mão pode ocasionar uma dilatação no líquido 
causando um erro no volume final. Adiciona-se solvente até “acertar o 
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menisco”, isto é, até o nível do líquido coincidir com a marcação no 
gargalo. As últimas porções do solvente devem ser adicionadas com 
um conta-gotas, lentamente, e não devem ficar gotas presas no 
gargalo. 
Atenção! 
O ajuste do menisco ao traço de referência deverá ser feito com 
a maior precisão possível, adiante em nossa aula veremos a forma 
correta de realizar essa verificação. 
Fecha-se bem o balão e vira-se o mesmo de cabeça para baixo, 
várias vezes, agitando-o, para homogeneizar o seu conteúdo. 
Antes de ser usado, o balão volumétrico deve ser bem lavado 
com detergente e bem enxaguado. Raramente eles precisam ser secos. 
Se for necessária a secagem, esta deve ser feita com o balão 
emborcado de cabeça para baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balão Volumétrico de 50mL 
 
Bastão de vidro 
É utilizado para misturar substâncias facilitando a 
homogeneização. Também pode auxiliar na transferência de um líquido 
para outro recipiente. 
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Béquer (Becker) 
Um recipiente em formato cilíndrico, largo, fundo plano, bico 
presente na borda superior. Utilizado para despejar os líquidos, possui 
escala graduada (imprecisa) na lateral, auxiliando nas medições. É 
utilizado para reações entre soluções, dissolver substâncias 
sólidas, efetuar precipitações e aquecer líquidos (pode ser 
aquecido sobre a tela de amianto). 
 
 
 
 
 
Bureta 
Tubo graduado, estreito, com a extremidade inferior alongada, 
na qual existe uma torneira de vidroou polietileno entre o tubo 
graduado e sua ponta afilada, permitindo fácil controle de escoamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fabricada em vidro boro 3.3, possui escala graduada rigorosa 
e é utilizada em análises volumétricas, para transferir volumes de 
líquido para outros recipientes, geralmente durante titulações. São 
graduadas a 20ºC e classificadas com o grau de precisão de classe 
A ou de classe B, sendo a de classe A mais precisa que a de classe 
B. 
Existe também a bureta digital, que adiciona de forma regular e 
sistemática, pequenos volumes de solução, dessa forma, oferece mais 
segurança e impedindo bolhas de ar e perda de líquidos por acidente. 
 
 
 
Como utilizar uma bureta? 
 
A bureta deve estar limpa, vazia e fixada em um suporte. Colocar 
o reagente pela parte superior através de um funil, dentro da bureta 
até um pouco acima do zero da escala. Abre-se a torneira para que 
ocorra o escoamento e expulsão de ar, propiciando o enchimento 
completo da bureta até a ponta. Deve-se deixar o líquido escoar até o 
ajuste do menisco na marcação do zero. A bureta então está 
preparada, coloca-se o frasco sob a mesma e pode ser iniciado o 
escoamento, de forma controlada, até a quantidade necessária. 
 
Erlenmeyer 
O frasco Erlenmeyer é fabricado com vido boro 3.3 e possui 
gargalo estreito. Sua capacidade é variável, podendo ter ou não rolha 
para fechamento e ser ou não graduado. É muito utilizado em 
titulações, aquecimentos de líquidos, dissolução de 
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substâncias, reações entre soluções e cultivo de 
microrganismos. 
Graças ao seu afunilamento, o frasco Erlenmeyer permite que se 
realize agitação manual, sem perda do material agitado e essa função 
é essencial em titulações, por exemplo. 
 
 
Atenção: a titulação é uma técnica de análise volumétrica, 
que tem como finalidade determinar a concentração de uma solução. 
Esse método é feito colocando-se para reagir uma solução a qual se 
sabe a concentração, que é denominada de titulante, com a 
solução a qual não se sabe a concentração, que é denominada de 
titulado. 
Exemplo: Titulação ácido-base, em que as hidroxilas da base 
(concentração conhecida) se combinam com os hidrogênios ionizáveis 
do ácido aumentando o valor do pH até o ponto de viragem (ponto 
neutro em que a solução passa a ser formada por água e sais). Na 
presença de um indicador de pH (indicador ácido-base), observa-se 
quando a reação se completa (mudança de cor) e deve-se fechar a 
torneira da bureta. A partir daí, basta ler o volume de titulante que foi 
necessário para neutralizar o titulado e, com os outros dados em mãos, 
fazer as contas para descobrir a concentração do titulado. 
 
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Condensador 
Usado na destilação, tem como finalidade condensar os vapores 
gerados pelo aquecimento de líquidos. 
 
 
 
Condensador 
 
Proveta 
É empregada para medições aproximadas de volumes 
líquidos, pode ser do tipo graduada ou não graduada, de plástico ou 
vidro e com ou sem rolha. Vidraria de baixa precisão comparada a 
outras como pipetas e balão volumétrico, seu uso é indicado quando 
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não é necessária uma medição mais detalhada. NÃO pode ser 
aquecida. 
 
 
Vamos agora exercitar o que foi visto até agora... 
 
 
 
 
1. (Reis & Reis – Prefeitura Bom Despacho/SP – Técnico em Laboratório 
de Análises Clínicas – 2015). O balão de fundo chato: 
a) por possuir uma medida exata de volume ele é usado para diluir e 
preparar soluções que exigem um volume com maior precisão. 
Existem vários tamanhos de balões volumétricos, sendo que cada 
um possui uma única graduação que é mostrada por um traço de 
aferição no gargalo. 
b) Dissolve substâncias por meio de agitação, preparando dessa 
forma, soluções; aquece líquidos e realiza reações com 
desprendimento de gases; 
c) É usado unicamente em processos de destilação; 
d) Usado para medir e transferir líquidos e soluções, sem muita 
precisão. 
Comentário: Na letra “a” temos uma descrição do balão volumétrico 
e não do de fundo chato. A letra “b” sim nos fala sobre o balão pedido 
na questão. Letra C errada, de jeito nenhum o balão é usado 
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exclusivamente para processos de destilação. E por fim, na letra “d” a 
banca se refere a uma pipeta. 
Gabarito: B. 
 
2) (AOCP – EBSERH/HDT- UFT – Técnico em Análises Clínicas – 2015). 
Para realizar uma titulação, um técnico deverá utilizar quais das 
vidrarias apresentadas a seguir? 
a) Pipeta graduada e bastão de vidro 
b) Bureta e Erlenmeyer 
c) Vidro de relógio e proveta 
d) Béquer e Kitassato 
e) Balão e condensador 
Comentário: conforme acabamos de ver, a dupla bureta e erlenmeyer 
é utilizada no procedimento de titulação. 
Gabarito: B. 
 
 
 
 
3. (Reis & Reis – Prefeitura Bom Despacho/SP – Técnico em Laboratório 
de Análises Clínicas – 2015). É utilizada para medir volumes de 
líquidos, ela é graduada para facilitar a visualização do volume 
desejado: 
a) pipeta 
b) proveta 
c) bureta 
d) funil 
Comentário: questão muito interessante! Nessa pegadinha vocês não 
irão cair, ok? A alternativa B é a correta. Mas por que não a letra A? 
Bem, no início da questão lemos que a vidraria é utilizada para MEDIR 
volumes de líquidos, então só pode ser a proveta! As pipetas, que nós 
veremos logo mais em detalhes, são usadas para TRANSFERIR 
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volumes de líquidos. Muito cuidado com os pequenos detalhes que 
podem gerar confusão na hora da prova! 
Gabarito: B. 
 
4. (IBFC/2013/EBSERH/Biomédico) Assinale a alternativa que indique 
somente vidrarias utilizadas em laboratório com precisão volumétrica: 
a) vidro de relógio e bureta 
b) becker, balão volumétrico. 
c) balão de fundo chato e de fundo redondo, pipeta graduada. 
d) proveta graduada, pipeta volumétrica. 
Comentário: na letra A, a bureta tem precisão, mas o vidro de relógio 
NÃO tem finalidade de medição volumétrica, veremos logo a seguir. Na 
letra B temos o Béquer, o qual não tem precisão, alternativa errada. 
Balão de fundo chato e redondo não são utilizados para medir com 
precisão e sim para aquecimentos e reações. Letra D é a mais correta 
dentre as opções! 
Gabarito: D. 
 
 Voltando para a teoria... 
 
Vidro de relógio 
É uma peça de vidrode forma côncava. Usado para cobrir 
béqueres em evaporações, para pesagens e diversos fins como tampar 
frascos para impedir que caia poeira ou qualquer outro contaminante. 
Não deve ser aquecido diretamente. 
 
 
 
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Kitassato 
Constituído por vidro espesso, possui orifício lateral e é utilizado 
para filtrações a vácuo. Utilizado em conjunto com o Funil de 
Buchner. Para este procedimento o orifício lateral é ligado por uma 
mangueira e o filtro ajustado a boca do kitassato. Quando a bomba 
está ligada diminui sua pressão interior e a diferença entre as pressões 
interna e externa facilita a passagem da fase líquida pelo material 
filtrante. 
 
 
 
 
 
 
 
Funil 
Usado para operações envolvendo líquidos, na transferência, 
retenção de partículas sólidas através da filtração e como suporte para 
papel de filtro. Sempre deve ser usado apoiado em anel de ferro 
apropriado e preso em suporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Funil de separação tipo pera com torneira e rolha – usado para 
separar líquidos não miscíveis. 
 
 
 
Funil de Buchner 
Usado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de 
filtro em conjunto com o Kitassato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Atenção!!! Agora vamos resolver mais algumas questões e um 
dos assuntos das questões a seguir é muito cobrado: as diferenças de 
precisão entre os diferentes itens de vidraria. 
 
 
 
 
 
5. (CESPE/2010/INMETRO/Técnico - Biotecnologia) Assinale a opção 
correta, com relação às vidrarias utilizadas em laboratórios. 
a) O béquer apresenta fundo chato e lados inclinados, e é utilizado para 
conter líquidos, misturar soluções e(ou) medir volumes não exatos. 
b) O erlenmeyer apresenta boca larga e um bico que propicia a 
transferência de líquidos, o que favorece a mistura de substâncias. 
c) Os balões volumétricos são menos precisos que os béqueres, 
erlenmeyers e provetas, e os de fundo chato são apropriados para 
serem colocados em mantas elétricas. 
d) O kitassato apresenta fundo chato, boca estreita e uma conexão 
para acoplar mangueira para sucção 
e) Os tubos de ensaio são utilizados para medição de volume com 
elevada precisão. 
Comentário: Letra A errada pois o Becker não tem lados inclinados. 
Letra B errada, Erlenmeyer não tem boca larga nem bico e é usado 
para titulações, aquecimento de líquidos, dissolver substâncias, 
proceder reações entre soluções et...Letra C errada também pois os 
Balões volumétricos possuem volume definido e medem com precisão, 
sendo utilizados para o preparo de soluções de reagentes em 
concentrações exatas. Letra D é a correta. Letra E errada pois os tubos 
de ensaio são empregados para fazer reações em pequena escala e 
não para medição de volume. 
Gabarito: D. 
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6. (IADES/2014/UFBA-EBSERH/Biomédico) Qual das vidrarias 
apresentadas oferece maior precisão e exatidão quando é necessário 
preparar volumes grandes de soluções? 
 
 
 
 
 
 
A) 1 
B) 2 
C) 3 
D) 4 
E) 5 
Comentário: Bem, na sequência temos: 1. Becker 2. Erlenmeyer 3. 
Balão volumétrico 4. Proveta 5. Kitassato. De todos esses, o mais 
preciso é o balão volumétrico, o qual é rigorosamente calibrado a 
determinada temperatura e mede com precisão volumes fixos 
Gabarito: C 
 
7. (Reis & Reis – Prefeitura Bom Despacho/SP – Técnico em Laboratório 
de Análises Clínicas – 2015). A figura abaixo representa o processo de: 
 
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a) esterilização 
b) Decantação 
c) Filtração 
d) Destilação 
Comentário: Acabamos de ver que o funil está envolvido com o 
processo de filtração, seja por separação entre sólido do líquido pelo 
uso de papel filtro, quanto também de líquidos imiscíveis. 
Gabarito: C. 
 
Pipetas 
As pipetas são usadas para transferência de volumes de um 
recipiente para outro. Para os diversos usos em laboratórios clínicos ou 
laboratórios de análise em geral existem diversos tipos de pipetas, 
como as pipetas de vidro, de plástico e pipetas automáticas (mecânicas 
e eletrônicas). Vamos conhecer: volumétricas, graduadas e a de 
Pasteur. 
 
Pipeta Volumétrica ou de transferência: para medir e transferir 
um volume fixo de líquido, constituídas por um tubo de vidro com 
um bulbo cilíndrico contendo um tubo estreito em cada extremidade 
(Figura 1 A). A marca de calibração do volume fica gravada na parte 
superior do tubo. A parte inferior do tubo se afina gradualmente, de 
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modo que o calibre interno na extremidade da pipeta seja 
suficientemente fino para que o fluxo do líquido e a drenagem 
incompleta não causem erros de medição além da tolerância 
especificada. Permitem pipetar um volume único de líquido. 
Estas pipetas são calibradas para utilização em medida de 
amostras não viscosas. A exatidão da calibração desta pipeta é 
diretamente proporcional à sua capacidade. 
 
Pipeta Graduada ou Medidora: para medir e transferir volumes 
variáveis de líquido. Consiste em um tubo estreito de vidro graduado 
uniformemente em seu comprimento, geralmente graduado em 0,1mL 
(Figura 1 B e 1C). Existem 2 tipos: 
• Pipeta graduada de escoamento parcial: calibrada entre duas marcas, 
apresenta no topo duas linhas coloridas; 
• Pipeta graduada de escoamento total (sorológica), graduada até a 
extremidade inferior, apresenta no topo uma linha colorida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Atenção!!! 
 
 
 
 
As pipetas graduadas são planejadas para medidas de volumes 
pré-determinados mas NÃO são consideradas exatas para medir 
amostras e padrões. 
 
Pasteur: geralmente feita de plástico, possui um bulbo em sua 
extremidade, não é graduada e permite medir volumes, mas sem 
precisão. É usada para transferência de líquidos através de aspiração 
e dispensação feita através do bulbo. 
 
Outras Imagens dos Diferentes Tipos de pipetas: 
 
 
Volumétrica 
 
 
 
 
 
 
 
Graduada 
 
 
 
 
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Pasteur 
 
 
 
 
 
Cuidados Necessários para Uso Correto das Pipetas: 
 
 Não pipetar com a boca. Utilizar sempre um dispositivo para a 
pipetagem (Figura 2); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Utilizar pipetas íntegras, descartar as pipetas que apresentem 
pontas quebradas; 
 Utilizar pipetas limpas e secas; 
 Utilizar pipetas com volume total o mais próximo possível do 
volume a ser medido; 
 Para medidas de soluções viscosas, evitar que o líquido 
ultrapasse muito a marca de medida (evitando que fique material 
retido nas paredes, além do volume que se deseja medir), limpar a 
parte externa da pipeta e lavar a mesma várias vezes na solução que 
irá receber o material pipetado; 
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 Nas soluções incolores coloca-se o menisco inferior na marca de 
calibração enquanto que nas soluções escuras o acerto se faz na parte 
superior do menisco, ou seja, nas bordas (Figura3); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os olhos devem estar posicionados na altura da leitura do 
menisco; 
 Utilizar a pipeta sempre na posição vertical (tanto para aspirar 
como para desprezar o líquido); 
 O fluxo do líquido deve ser contínuo. 
 
Atenção!!! 
 
 
 
A superfície de um líquido raramente é plana. Dependendo da 
natureza das forças intermoleculares existentes no líquido, a sua 
superfície pode ser apresentar curva, de forma côncava ou convexa. 
Um menisco côncavo (ex: água em vidro) ocorre quando as moléculas 
do líquido são mais fortemente atraídas pelas moléculas do recipiente 
(força de adesão) do que pelas próprias. Um menisco convexo (ex: 
mercúrio em vidro) é produzido quando as moléculas do líquido são 
mais fortemente atraídas pelas outras de mesma origem (força de 
coesão) do que pelas moléculas do recipiente. Em alguns casos, o 
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menisco pode aparecer plano (água em alguns plásticos). Veja os 
exemplos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Para efetuar a leitura corretamente, deve-se comparar o menisco 
(ponto máximo ou mínimo da curvatura da superfície do líquido) com 
a linha de marcação na vidraria. Conforme figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Menisco: é a superfície curva de um liquido na sua interface com a 
atmosfera. 
Qualquer medida de volume feita com qualquer aparelho está 
sujeita a erros devido a: 
a) Dilatação e contração do material de vidro provocado pela variação 
de temperatura; 
b) Ação da tensão superficial sobre a superfície líquida; 
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos; 
d) Erro de paralaxe 
 
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O que é Paralaxe?? 
 
 
 
 
A paralaxe consiste em um aparente deslocamento de um 
objeto observado, que é causado por uma mudança no 
posicionamento do observador. Por exemplo, o deslocamento 
aparente do nível de um líquido ou de um ponteiro à medida que o 
observador muda de posição. Ela pode ocorrer quando o objeto está 
sendo visto a partir uma posição que não seja a do ângulo correto para 
a sua observação. 
O erro de paralaxe se origina no momento da leitura devido a 
angulação entre o observador e o instrumento de medição. Por 
exemplo, pode ocorrer em vidrarias como buretas, provetas, pipetas 
etc. Para evitar este erro, o menisco deve ficar exatamente na altura 
dos seus olhos, ou seja, perpendicular, conforme mostrado na foto do 
centro da Figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Localização correta do 
Observador ------ 
 
 
 
 
 
 
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Devido à paralaxe, o volume pode parecer menor que seu valor 
verdadeiro (se o menisco for visto de cima) ou maior (se o menisco for 
visto de baixo). 
 
Vamos ver mais questões de prova... 
 
 
 
 
 
8. (AOCP – EBSERH/HDT-UFT – Técnico em Análises Clínicas – 2015). 
Um técnico deve realizar um exame denominado velocidade de 
hemossedimentação. Para isso, ele utilizará uma vidraria denominada: 
a) proveta 
b) pipeta volumétrica 
c) pipeta de Westergreen 
d) pipeta de Pasteur 
e) tubo de Wintrobe 
Comentário: Bem, aqui você para e me pergunta por que não falei 
dessa pipeta antes, não é? Mas foi por isso mesmo que eu coloquei 
esta questão! Vamos lá entender o que a Pipeta de Westergreen 
tem de diferente das outras já faladas até aqui: essa é uma pipeta 
desenvolvida especificamente para o teste de velocidade de 
hemossedimentação (VHS). O VHS mede o grau de sedimentação de 
glóbulos vermelhos em uma amostra de sangue, por determinado 
tempo. A pipeta é de vidro, graduada, e deve ser preenchida até a 
marca “zero”, e deixada na posição vertical de uma a duas horas. 
Gabarito: C. 
 
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E o tubo de Wintrobe? Bem, este é o nome do tubo em que 
realizamos o teste do hematócrito: 
 
 
 
9. (AOCP – EBSERH/HE - UFSCAR – Técnico em Análises Clínicas – 
2015). Assinale a alternativa que apresenta um equipamento utilizado 
para medir volumes de líquidos: 
a) pipeta volumétrica 
b) balança 
c) funil de decantação 
d) vidro de relógio 
e) termômetro 
Comentário: Sem dúvida, eis aqui uma questão bem tranquila, não é 
mesmo? 
Gabarito: A. 
 
 
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10. (IBFC – EBSERH/CHC –UFPR – Técnico em Análises clínicas – 
2015). Instrumento utilizado em filtrações a vácuo e também pode ser 
usado como filtro em conjunto com o kitassato. Esse instrumento é: 
a) Erlenmeyer 
b) Funil de Buchner 
c) Condensador 
d) Bureta 
e) Dessecador 
Comentário: Normalmente o funil de buchner é usado com o kitassato 
para filtrações. 
Gabarito: B. 
 
Placas de Petri 
Recipiente de vidro ou plástico usado para cultura de bactérias. 
Constituídos por uma base e tampa. Para microbiologia é utilizado ágar 
onde são misturados os nutrientes necessários para o crescimento das 
colônias e esse meio de cultura é colocado em placas de petri. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tubos de Ensaio 
Empregados para fazer reações em pequena escala. Pode ser 
aquecido com movimentos circulares e com cuidado diretamente sob a 
chama do Bico de Bunsen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Almofariz com Pistilo 
Utilizado para trituração, mistura e pulverização de sólidos. Pode 
ser de ferro, bronze ou porcelana. Almofarizes menores, de porcelana 
ou de vidro são normalmente denominados Gral ou Graal. A contusão 
e a trituração dos sólidos é obtida pelo atrito com o chamado pilão ou 
pistilo, instrumento que acompanha o almofariz, cuja extremidade ou 
cabeça apresenta forma convexa, mas aplanada o suficiente para 
permitir boa superfície de contato com o fundo do almofariz. 
 
 
 
 
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Cadinho 
Peça de porcelana, para aquecer substâncias a seco e em altas 
temperaturas, podendo ser levado diretamente ao Bico de Bunsen. 
 
 
Capsula de porcelana 
Usada para evaporar líquidos das soluções e na secagem de 
substâncias. Podem ser utilizadas em estufas desde que se respeite o 
limite de 500ºC. 
 
 
 
Dessecador 
Para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de 
umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. (AOCP/2014/UFGD/Biomédico) Das vidrarias mencionadas a 
seguir, assinale a alternativa com a vidraria que NÃO mede nem 
transporta volumes. 
a) Bureta. 
b) Pipeta 
c) Almofariz. 
d) Proveta. 
e) Balão volumétrico. 
Comentário: questão bem fácil hein? Almofariz não serve para medir 
nem transportar volumes. 
Gabarito: C. 
 
12. (Reis & Reis – Prefeitura Bom Despacho/SP – Técnico em 
Laboratório de Análises Clínicas – 2015). É utilizado para resfriar 
recipientes que foram aquecidos ou para armazenar substâncias que 
facilmente absorvem a umidade do ar. Ele possui uma tampa que veda 
a entrada de ar, mantendo a atmosfera do seu interior livre do contato 
atmosférico: 
a) Dessecador 
b) Destilador 
c) Separador 
d) Resfriador 
Comentário: O enunciado dessa questão nos traz de forma bem 
explicativa a função do dessecador. 
Gabarito: A. 
 
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13. (IBFC – EBSERH/CHC –UFPR – Técnico em Análises clínicas – 
2015). Assinale a alternativa incorreta sobre vidrarias utilizadas em 
laboratório: 
a) Becker é de uso geral em laboratório e pode ser utilizado para 
fazer reações entre soluções, dissolver substâncias sólidas, efetuar 
reações de precipitação e aquecer líquidos. 
b) A bureta é um instrumento utilizado em análises volumétricas. 
c) O condensador é utilizado na destilação, tem como finalidade 
condensar vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. 
d) O vidro de relógio é uma peça de forma côncava, usada em 
análises e evaporações e pode ser aquecida diretamente. 
e) Proveta serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não 
pode ser aquecida. 
Comentário: a questão solicita a alternativa incorreta. A letra D é o 
gabarito, pois afirma que o vidro de relógio é uma peça de vidro de 
pode ser aquecida diretamente mas, na verdade, NÃO pode. 
Gabarito: D. 
 
14. (AOCP/2015/ Biomédico - EBSERH/HE-UFPEL) No laboratório, 
existem várias vidrarias e cada uma tem sua utilidade. Quando se quer 
medir volumes exatos, qual(is) da(s) vidraria(s) a seguir você 
utilizaria? 
(A) Balões e Erlemeyers. 
(B) Somente balões porque possuem volume exato na temperatura de 
calibração. 
(C) Somente provetas, porque elas possuem precisão rigorosa em sua 
medida. 
(D) Elemeyers e bequers. 
(E) Provetas e bequers. 
Comentário: Sem dúvida letra B. Lembrem que proveta é utilizada 
para medição mas tem relativa baixa precisão. 
Gabarito: B. 
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15. (Fundação CEFET/BAHIA/2015/Estagiário de 
Farmácia/Nutrição/Ciências Biológicas/Biomedicina/Médicina 
Veterinária-Vigilân-SESAB/BA) Sobre as vidrarias e equipamentos 
utilizados em laboratórios, é correto afirmar que: 
A) uma bureta serve para livrar volumes fixos de líquido. 
B) um balão volumétrico pode conter e livrar volumes variáveis de 
líquido. 
C) uma vidraria elaborada para livrar um volume fixo de líquido 
apresentará a mesma capacidade volumétrica independentemente da 
temperatura. 
D) o dessecador é um recipiente hermeticamente fechado, utilizado 
para o armazenamento de amostras ou reagentes que não podem 
absorver umidade. 
E) durante a leitura de um volume, o erro de paralaxe pode ser evitado 
quando o observador mantém o ângulo de visão em posição superior 
ao menisco formado pela superfície do líquido. 
Comentário: Atenção! Domine esse tema (nível de precisão das 
vidrarias para medição de volumes) pois despeeenca na prova! Letra 
A errada, bureta permite livrar volumes variáveis e conhecidos de 
líquido. O balão volumétrico permite medir um volume fixo com 
precisão. As vidrarias de precisão são rigorosamente calibradas a 
determinada temperatura, não podendo ser aquecidas ou 
submetidas a mudanças bruscas de temperatura sem que isso afete a 
capacidade volumétrica. Letra D é a correta. E na letra E, correto seria 
que o observador deve manter ângulo de visão perpendicular ao 
menisco para evitar o erro de Paralaxe. 
Gabarito: D. 
 
16. (AOCP/2015/Biomédico - EBSERH/HE-UFSCAR) A maioria dos 
procedimentos, em bioquímica clínica, requer medidas volumétricas 
precisas para assegurar resultados precisos. Para trabalhos exatos, 
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somente artigos de vidro devem ser usados. Com relação às pipetas, 
assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) Dois tipos de pipetas são principalmente utilizados em laboratórios; 
as pipetas de transferências e as de medidas. As pipetas de medidas 
são usadas para medidas de reagentes, e são, normalmente, 
consideradas suficientemente exatas para a medida de amostras e 
calibradores. 
(B) A pipetagem com a boca nunca deve ser permitida no laboratório 
de bioquímica clínica. 
(C) Quando em pipetagem, a pipeta deve estar na posição vertical 
tanto para ajuste como para liberação do conteúdo. 
(D) Nas pipetas que possuem descrito o símbolo TC, o conteúdo de 
líquido deve ser contido. 
(E) Dentre as pipetas de transferência, as pipetas volumétricas são 
feitas para liberar um volume fixo de líquido. 
Comentário: Todas estão corretas com exceção da Letra A! Vimos que 
as pipetas tipo graduada ou medidora (que a questão chama de “pipeta 
de medidas”) são planejadas para medir e transferir volumes pré-
determinados variados mas NÃO são consideradas exatas para medir 
amostras e padrões. E as “pipetas de transferência” que a questão 
menciona são as “Pipetas volumétricas ou de transferência” que 
servem para transferir um volume fixo.Gabarito: A. 
 
Atenção!!! 
 
 
 
 
Os frascos volumétricos comumente utilizados em laboratório 
são classificados em dois grupos: os calibrados para conter um certo 
volume (TC, to contain, gravado no vidro), sendo utilizados para 
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preparar volumes fixos de solução e aqueles utilizados para transferir 
um determinado volume (TD, to deliver). Na calibração, os frascos 
volumétricos TD têm seus volumes corrigidos com relação ao filme 
líquido que fica retido na parede interna, escoando apenas o volume 
aferido. 
 
17. (AOCP/2015/Biomédico - EBSERH/HE-UFSCAR) Para preparar uma 
solução de padrão que será utilizado na rotina de um laboratório, o 
técnico precisa medir 20 ml de água. Qual das vidrarias a seguir você 
recomendaria para medir esse volume? 
(A) Tubo de ensaio de 20 centímetros. 
(B) Balão de 50 ml. 
(C) Erlenmeyer de 25 ml. 
(D) Bequer de 25 ml. 
(E) Proveta de vidro de 25 ml. 
Comentário: O balão volumétrico mede com precisão, é 
rigorosamente calibrado, porém, mede apenas o volume fixo pré-
definido (nesse caso, são 50mL). Tubo de ensaio, béquer e Erlenmeyer 
não tem precisão indicada para medição. Restou a proveta de vidro de 
25mL, melhor opção dentre as apresentadas, sendo também 
interessante por apresentar volume total o mais próximo possível do 
volume a ser medido. 
Gabarito: E 
 
LIMPEZA E PREPARO DE VIDRARIA 
Limpeza de Vidraria em Laboratório 
Toda a vidraria empregada em laboratório deve ser 
perfeitamente limpa e livre de substâncias estranhas, a fim de não 
afetar os resultados de análises e preparações de soluções. Marcações 
com caneta, resíduos químicos, resíduos biológicos, sujidades, tudo 
dever ser removido da vidraria durante o processo de limpeza. Para 
isso, podemos utilizar várias técnicas, específicas ou não. 
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Lavagem 
Deve-se lavar a vidraria imediatamente após o uso, caso uma 
lavagem completa não seja possível de imediato, o procedimento 
indicado é colocar a vidraria de molho em água. Caso contrário, a 
remoção dos resíduos poderá se tornar impossível. Ao lavar um 
recipiente pode-se usar sabão, detergente ou pó de limpeza. Jamais 
permitir que ácidos entrem em contato com recipientes recém-lavados 
antes de enxaguá-los muito bem e se certificar que o sabão (ou 
detergente) foi completamente removido pois, se isso acontecer, uma 
camada de graxa poderá se formar. 
Os agentes químicos usados na limpeza da vidraria inicialmente 
reagem com o resíduo aderido ao material e posteriormente são 
eliminados pela lavagem primeiramente em água de torneira e, 
em seguida, com água destilada. Enchem-se os frascos com água, 
agitando bem e esvaziando logo em seguida, repetindo este 
procedimento por cinco ou seis vezes para a remoção de qualquer 
resíduo de sabão ou outro material de limpeza. Então deve-se 
enxaguar os aparatos com três ou quatro porções de água destilada. 
A remoção de todo e qualquer resíduo se faz absolutamente 
necessária antes da utilização dos materiais de vidro. 
 
Mistura Sulfocrômica: serve para remoção da sujeira. No seu 
preparo e utilização deve-se empregar toda cautela evitando que atinja 
o operador, suas vestes ou os móveis do laboratório. Preparo da 
Mistura: 
Bicromato de K comercial - 30,0g 
Ácido Sulfúrico comercial concentrado - 100,0ml 
Triturar o bicromato de K em um graal, transferir para um frasco 
adequado e adicionar o ácido gradativamente agitando por meio de um 
bastão de vidro. Procedimento: 
- Lavar completamente o material em água de torneira. 
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- Deixar escorrer o excesso de água por alguns minutos. 
- Imergi-lo na mistura sulfocrômica onde permanece de um dia para o 
outro. 
- Retirar da mistura, lavar várias vezes em água corrente até remover 
toda a mistura (sempre com a torneira aberta evitando a corrosão do 
esgoto da pia). 
- Lavar três vezes com água destilada. 
- Escorrer a água e secar em estufa; 
 
Detergentes: são substâncias químicas cuja ação na limpeza 
relaciona-se à redução da tensão superficial da água favorecendo a 
remoção da sujeira. 
Procedimento para Limpeza 
- Lavar o material completamente com água da torneira 
- Colocá-lo na solução de detergente 
- Lavar com auxílio de escovas de pelo 
- Lavar completamente em água corrente 
- Lavar três vezes com água destilada 
- Escorrer a água e secar em estufa (atenção, lembre-se que algumas 
vidrarias não devem secar em estufa!!!) 
 
Banho ácido 
Trata-se de uma metodologia indicada para a limpeza de 
vidrarias impregnadas pela análise de metais, ou no preparo de frascos 
para coleta de amostras para análise de metais. A vidraria e submersa 
em uma solução de ácido nítrico 1:1, onde permanece por até 12 
horas. Não é recomendável expor vidrarias ao banho ácido por períodos 
demasiadamente prolongados, devido ao possível desgaste de marcas 
e graduações originais. 
 
 
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Esterilização por temperatura 
Pode ser feita em autoclave ou estufa, onde a vidraria é exposta 
a altas temperaturas por um determinado período de tempo. 
 
 
 
 
 
Vidrarias de precisão não devem passar por esse 
processo, pois o aquecimento do vidro faz com que ele perca sua 
calibração. 
 
Manuseio 
Toda vidraria requer um cuidado especial com o manuseio e o 
transporte. Nunca se deve segurar frascos, béqueres e outras vidrarias 
pela parte superior ou pelo gargalo. O correto é segurar pela lateral e 
pelo fundo ao mesmo tempo para dar firmeza. 
 
Equipamentos (elétricos) 
Os equipamentos utilizados nos laboratórios são os mais 
variados, mas no geral todos seguem algumas regras básicas para sua 
utilização: 
- O equipamento nunca deve ser usado para uma função que não a sua 
ou fora de suas normas de utilização; 
- O equipamento nunca deve ser operado, ou utilizado por uma pessoa 
com dúvidas a respeito; 
- Sempre que for ligar o equipamento, deve-se observar sua voltagem 
correta de funcionamento. No caso de aparelhos bivolt, observar se 
existe chave para modificação da voltagem ou se a modificação é 
automática; 
- O uso de adaptadores e extensões deve ser evitado; 
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- No caso do uso de aquecimento ou líquidos, deve-se ter cuidado do 
contato dos mesmos com as partes elétricas; 
- Após a utilização, o equipamento deve ser deixado exatamente da 
maneira que foi encontrado (desligar, limpar, fechar, guardar); 
Em caso de dúvidas, sempre procurar o responsável pelo 
laboratório. 
 
 
 
 
 
18. (AOCP/2014/UFC/Biomédico) Sobre preparo de vidrarias 
utilizadas em laboratório, assinale a alternativaINCORRETA. 
a) Vidrarias para medidas precisas não devem passar pelo processo de 
esterilização por temperatura, pois o aquecimento do vidro faz com 
que ele perca sua calibração. 
b) O banho ácido trata-se de uma metodologia indicada para a limpeza 
de vidrarias impregnadas pela análise de metais, ou no preparo de 
frascos para coleta de amostras para análise de metais. 
c) A remoção de todo e qualquer resíduo de sabão, detergente e outros 
materiais de limpeza faz-se absolutamente necessária antes da 
utilização dos materiais de vidro. 
d) Para proceder à lavagem de vidrarias, é necessário esperar 24 horas 
após o uso para que o resíduo fique seco, facilitando a remoção deste. 
e) Após a limpeza, as vidrarias precisam ser completamente 
enxaguadas com água de torneira para a remoção de qualquer resíduo 
de sabão ou outro material de limpeza. Após, enxaguar as mesmas 
com porções de água destilada. 
Comentário: Todas as alternativas estão coerentes com o que 
estudamos, exceto a letra D. Esperar que o resíduo fique seco não irá 
auxiliar em nada a limpeza e preparação da vidraria, não é mesmo? 
Gabarito: D 
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19. (AOCP/2014/UFC/Biomédico) Os equipamentos utilizados nos 
laboratórios são os mais variados, mas no geral todos seguem algumas 
regras básicas. São regras básicas de utilização de equipamentos em 
um laboratório, EXCETO 
a) no caso do uso de aquecimento ou líquidos, deve-se ter cuidado do 
contato dos mesmos com as partes elétricas. 
b) sempre que for ligar o equipamento, é desnecessário verificar a 
voltagem, pois todos os equipamentos elétricos são bivolt. 
c) o uso de adaptadores e extensões deve ser evitado. 
d) o equipamento nunca deve ser usado para uma função que não a 
sua ou fora de suas normas de utilização. 
e) após a utilização, o equipamento deve ser deixado exatamente da 
maneira que foi encontrado (desligar, limpar, fechar, guardar). 
Comentário: uma questão fácil, desde que seja lida com atenção. Ora, 
se todos os aparelhos fossem bivolt, não haveria porque ter cuidado 
com a voltagem antes de ligar na tomada. Na verdade, é preciso utilizar 
a tomada com voltagem correta, de acordo com cada equipamento 
(110V ou 220V). 
Gabarito: B. 
 
PREPARO DE SOLUÇÕES E REAGENTES 
Soluções 
As misturas podem ser homogêneas ou heterogêneas. Nas 
misturas homogêneas o soluto e o solvente constituem uma fase única. 
As misturas heterogêneas possuem duas ou mais fases distintas. 
Solução é como chamamos uma mistura homogênea translúcida 
entre duas ou mais substâncias, com diâmetro médio de partículas 
entre 0 e 1nm. O processo utilizado para obter essa mistura é chamado 
de dissolução. 
Exemplos: açúcar na água, sal de cozinha na água, álcool hidratado. 
Uma solução é sempre formada pelo soluto e pelo solvente. 
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Soluto: substância que será dissolvida. 
Solvente: substância que dissolve. Usualmente é o componente que 
está presente em maior quantidade 
 Uma solução verdadeira é caracterizada por formar um sistema 
homogêneo (a olho nu e ao microscópio), sendo impossível separar o 
disperso do dispersante por processos físicos convencionais. 
 A água é chamada de solvente universal. Isso porque ela 
dissolve muitas substâncias e está presente em muitas soluções. 
 As soluções podem ser formadas por qualquer combinação 
envolvendo os três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. 
 As misturas são classificadas em soluções verdadeiras (0 a 1 
nm), soluções coloidais (0 a 1000 nm) e suspensões (acima de 1.000 
nm). Trataremos apenas das soluções verdadeiras, as quais chamamos 
apenas de soluções. 
 
 
 
 
20. (IBFC/2013/EBSERH/Biomédico) Com relação às propriedades das 
soluções, assinale a alternativa correta. 
A) Uma solução líquida é uma mistura de duas partes: o solvente (um 
material líquido, sólido ou gasoso que foi dissolvido) e um soluto (um 
material líquido a ser dissolvido). 
B) Uma solução límpida significa que a solução é transparente à luz. 
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C) Uma solução homogênea significa que o soluto pode ser distinto do 
solvente. 
D) Quando uma solução é deixada em repouso por um longo período e 
o solvente não sofre evaporação ocorre o depósito de cristais de soluto. 
Comentário: atenção a essa questão recente da IBFC para a EBSERH. 
Letra A errada, solvente é a substância que dissolve. Letra B correta. 
Letra C errada: soluções apresentam uma única fase, é indistinguível 
o soluto do solvente. Na letra D, para que a situação descrita ocorra, 
deve haver a evaporação do solvente. 
Gabarito: B. 
 
Solubilidade 
 A solubilidade é a capacidade de uma substância ser dissolvida 
por uma determinada massa de solvente a uma dada temperatura. 
Cada substância possui seu coeficiente de solubilidade. O que isso quer 
dizer? A uma certa temperatura tem uma quantidade máxima de soluto 
que pode ser dissolvida em uma dada quantidade de solvente. 
 E as soluções podem ser insaturadas, saturadas ou 
supersaturadas, de acordo com a quantidade de soluto dissolvido. 
Solução insaturada: contém, numa certa temperatura, uma 
quantidade de soluto dissolvido menor que a sua solubilidade nesta 
temperatura. Exemplo: a solubilidade do acetato de sódio é igual a 
123,5g / 100g de água a 20oC. Uma solução que contém 80 g desse 
sal dissolvidos em 100 g de água a 20ºC é uma solução insaturada. 
Solução saturada: contém, numa dada temperatura, uma quantidade 
de soluto dissolvido igual à sua solubilidade nesta temperatura. Uma 
solução saturada pode (ou não) apresentar corpo de chão/fundo 
(excesso de soluto precipitado). Exemplo: 123,5 g de acetato de sódio 
em 100g de água a 20ºC. 
Solução supersaturada: contém, numa dada temperatura, uma 
quantidade de soluto dissolvido maior que a sua solubilidade nesta 
temperatura. Uma solução supersaturada pode ser obtida por 
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aquecimento de uma solução saturada com corpo de fundo, seguido 
por resfriamento lento para evitar a precipitação do excesso de soluto. 
É muito instável qualquer agitação mais brusca ela precipitará o 
excesso. Exemplo: 124,0 g de acetato de sódio dissolvidos em 100 g 
de água a 20ºC. Quando apenas se adiciona uma quantidade superior 
ao coeficiente de saturação, teremos uma solução supersaturada? 
Não!!! Teremos uma solução saturada com corpo de chão/fundo! 
 
Concentração de Soluções 
A concentração de uma solução é a relação entre a 
quantidade de soluto e a quantidade do solvente ou da solução. 
Uma vez que as quantidades de soluto e solvente podem ser 
dadas em massa, volume, mol etc.., há diversas formas de se 
expressar as concentrações de soluções. Vejamos as formas mais 
utilizadas: 
Concentração Comum (C) (em g/L): é a relação entre a massa do 
soluto (em gramas) e o volume da solução (em litros). 
 Onde: 
 
 
C = concentraçãocomum (g/L) 
m1= massa do soluto(g) 
V = volume da solução (L) 
 
Concentração em Quantidade de Matéria ou Molaridade 
(mol/L): é igual a razão entre a quantidade de matéria do soluto 
(expressa em mols) e o volume da solução (em litros). Dessa forma, a 
molaridade indica quantos mols de soluto existem em cada litro de uma 
determinada solução. Para calcular a molaridade usamos a seguinte 
equação: 
 
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M = n/V onde n = m1/MM. Juntando as duas: 
 
 
 
 Onde M= molaridade (mol/L); m=massa do soluto (em gramas), 
MM=massa molar do soluto (em g/mol) e V= volume da solução (em 
L). 
Observação: A massa molar de um elemento químico ou de uma 
substância é numericamente igual à massa atômica desse elemento ou 
do total das massas atômicas componentes da substância em unidades 
de massa atômica. Desta forma, conhecendo-se a massa atômica de 
um elemento (expressa em unidades de massa atômica, u.m.a.) ou 
dos elementos constituintes da substância, sabe-se também a sua 
massa molar – expressa em g/mol. Exemplo: a massa atômica total da 
substância água, H2O = 18 u.m.a., logo M = 18 g/mol. 
 Essa grandeza das soluções é denominada molaridade, 
concentração molar ou concentração em mol/L. Concentração em 
mol/L ou concentração em quantidade de matéria são as formas 
recomendadas pela IUPAC (União Internacional da Química Pura e 
Aplicada) e pelo SI (Sistema Internacional de Unidades). 
 
Normalidade: é uma forma de expressar a concentração de uma 
solução. A normalidade é igual a razão entre o número de equivalentes-
grama (Eq) de soluto dissolvidos e o volume da solução em litros. Para 
calcular a normalidade usamos a seguinte equação: 
 
 O cálculo da normalidade é bastante similar ao da molaridade, 
porém, é preciso realizar o cálculo do número de equivalentes-grama 
(Eq). Como referência rápida, são apresentadas as regras para o 
cálculo do equivalente dos tipos mais comuns de reagentes. 
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Diluição 
 Consiste em adicionar mais solvente puro a uma determinada 
solução. A massa de uma solução após ser diluída permanece a 
mesma, não é alterada, porém a sua concentração e o volume se 
alteram. Enquanto o volume aumenta, a concentração diminui. Veja a 
fórmula: 
 
 
Onde: 
M1 = molaridade da solução 1 
M2 = molaridade da solução 2 
V1 = volume da solução 1 
V2 = volume da solução 2 
 Para esta fórmula, sempre M1 e V1 são mais concentrados e M2 
e V2 são mais diluídos. 
 
Exemplo: 1 L de uma solução de hidróxido de sódio (NaOH) 3M. Como 
fazer a partir desta 1L de uma solução 2,5M? Bem Simples!! O 
raciocínio é: que volume V1 deve ser pipetado de uma solução 3M para 
preparar 1L de uma Solução 2,5M: 
 
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M1.V1= M2.V2 
 
3M.V1=2,5M.1000mL 
 
V1= 833,3mL 
 
 Logo, esse volume deve ser medido, transferido para um balão 
volumétrico de 1000mL e o volume deve ser completado com água 
destilada. 
 
Tipos de soluções: 
Solução padrão: são aquelas que possuem concentração exatamente 
conhecida, usadas para fins analíticos. A concentração é expressa 
com exatidão (quatro casas decimais). Para preparo desse tipo de 
solução, a pureza dos reagentes e precisão dos instrumentos e 
vidrarias é determinante. 
Soluções não padronizadas: usadas para fins não analíticos sendo 
sua concentração aproximada. Não é requerida a mesma exatidão 
exigida para soluções padronizadas. 
 
 
Água Reagente 
A água é um reagente utilizado na maioria dos testes 
laboratoriais e por isso deve seguir um padrão de controle de qualidade 
rigoroso. O fornecimento urbano de água apresenta moléculas 
orgânicas, íons inorgânicos, partículas, coloides, gases, bactérias e 
seus produtos, que podem alterar os resultados dos exames 
laboratoriais e causar eventuais erros e falhas mecânicas em 
equipamentos analíticos. Para remover essas impurezas, é necessário 
recorrer a uma combinação de tecnologias de purificação. Há várias 
organizações que especificam normas sobre a água reagente, a fim de 
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minimizar sua interferência nos ensaios laboratoriais, pois as 
tecnologias de ensaio são refratárias à água reagente de baixa 
qualidade. 
A maioria dos laboratórios utiliza as normas estabelecidas pelo 
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) que classifica a água 
em: 
- Clinical Laboratory Reagent Water (CLRW); 
- Special Reagent Water (SRW); e 
- Instrumental Feed Water (IFW). 
A CLRW (em português “água reagente para laboratório 
clínico”) substitui a antiga classificação de água tipo I e tipo II. Nesse 
tipo de água não encontramos bactérias, materiais inorgânicos e 
orgânicos e nem partículas e coloides. É utilizada em diluições, 
reconstituição de reagentes liofilizados, preparação de branco, 
preparação de meios de cultura, realização de exames e lavagem. 
A SRW (“água reagente especial”), é uma água livre de 
DNAses e RNAses, utilizada nas técnicas de biologia molecular. 
A IFW (“água para alimentação instrumental”), é utilizada 
em equipamentos automatizados, para banhos aquosos, diluições, 
enxagues, dentre outros. 
O monitoramento da qualidade é realizado pela determinação de: 
resistividade e condutividade (diariamente, permite mensurar a 
quantidade de contaminantes iônicos presentes na água), carbono 
orgânico total-TOC (realizar anualmente, altos níveis indicam 
contaminantes orgânicos), controle microbiológico (contagem de 
UFC – unidades formadoras de colônia, realizada semanalmente) e 
teste de endotoxinas (indicador de subprodutos de bactérias, fungos 
e algas). 
O tipo de água a ser utilizado deve atender aos requisitos 
analíticos da metodologia/técnica que se pretende. 
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Os cuidados na preparação e no manuseio da água auxiliam na 
minimização de possíveis erros analíticos, aumentando a confiabilidade 
dos resultados. 
 
Tecnologias de Purificação 
 Já sabemos que a água deve ser purificada de alguma forma, 
tanto para a última lavagem da vidraria a ser utilizada como na 
preparação das soluções e diluições necessárias. Mas como isso é feito? 
Quais são os tipos de água utilizados? 
Para se tornar adequada para a utilização no laboratório, a água 
deve passar por purificação para a eliminação dos contaminantes 
dissolvidos nela, tornando-se água reagente. O processo de purificação 
não é específico e pode ser decorrente de uma combinação de métodos 
para que atenda às especificações internacionais de qualidade. Existem 
vários métodos para remoção de impurezas, por isso é necessário 
recorrer a uma combinação de tecnologias,associando suas 
vantagens, a fim de se obter uma água de alta qualidade. Vamos ver 
a tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os processos de purificação são: 
 Filtração: processo de separação de partículas contaminantes 
presentes na água por meio da utilização de um material poroso, como 
filtros de carvão ativado ou de celulose. 
 Destilação: é usada para separar misturas homogêneas do tipo 
sólido-líquido, nas quais os componentes têm pontos de ebulição 
diferentes. O vapor da água aquecida é condensado, coletado e 
armazenado, removendo grande parte dos contaminantes; 
 Desinfecção por sistema ultravioleta (UV): a água circula no 
reator de esterilização. Em contato com a luz, os microrganismos são 
inativados pela luz UV (na faixa de 250 a 270 nm), resultado do dano 
fotoquímico ao ácido nucleico dos mesmos. A localização da lâmpada 
deve ser anterior à troca iônica; 
 Deionização: é utilizada para remoção de substâncias 
inorgânicas, empregando-se colunas com resinas carregadas 
eletricamente, que permitem a troca seletiva de íons por compostos 
inorgânicos dissolvidos na água; 
 Eletrodeionização: é um processo contínuo, em que a água passa 
em canais, migrando para o canal de eletrodo, seguindo através de 
membranas permeáveis a ânions e cátions (canais de purificação) e, 
por fim, pelo canal de concentração. O campo elétrico criado faz que 
os íons removidos transitem por canais em que ficam concentrados, 
enquanto o produto transita por outro canal e é estocado. Para evitar 
a precipitação de carbonato de cálcio ou magnésio, existem partículas 
de carvão ativado entre as resinas de troca iônica que são 
continuamente regeneradas pela corrente elétrica; 
 Microfiltração e ultrafiltração: a membrana, que é colocada na 
saída do sistema de purificação, não permite que quaisquer partículas 
acima de 0,22 µm a atravessem, promovendo uma filtração 
esterilizante, como é o caso da microfiltração. Mais recentemente, a 
ultrafiltração foi proposta como uma forma de eliminar outros 
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contaminantes não eliminados pela microfiltração, pois os poros do 
filtro são menores, variando de 25 a 3 kDa; 
• Osmose Reversa: é o processo de passagem de água através de uma 
membrana semipermeável em um sistema de alta pressão, que força 
sua passagem pela membrana, retendo partículas, compostos 
orgânicos e bactérias. 
 
Controle de Qualidade da Água Reagente 
A água reagente deve obedecer a um padrão de controle de 
qualidade rigoroso. O monitoramento da qualidade está explicitado a 
seguir. 
• Determinação de resistividade e condutividade: são úteis para 
mensurar a quantidade de contaminantes iônicos presentes na água, 
porque determinam indiretamente os sólidos totais dissolvidos. As 
medidas da resistividade e a condutividade de uma amostra de água 
reagente devem ser feitas diariamente conforme descrito nas normas 
CLSI. 
• Determinação de TOC: o carbono total (CT) é definido pela 
quantidade de gás carbônico (CO2) produzido, quando uma amostra é 
oxidada por completo, e inclui a matéria orgânica dissolvida e o 
carbono inorgânico (CI). O aumento do TOC inativa reagentes por ação 
enzimática, promovendo bloqueios dos filtros e restrição do fluxo e 
proporcionando paradas para a manutenção. A análise do TOC deve 
ser realizada mensalmente para garantir a ausência de moléculas 
orgânicas. 
• Controle microbiológico: a água de alimentação de sistemas pode 
formar biofilmes, que interferem nos resultados de exames 
laboratoriais e degradam os equipamentos pela biocorrosão. O biofilme 
é fonte de endotoxinas e polissacarídeos, gerando a contaminação e a 
perda da pressão da água. São realizados por meio da técnica de 
contagem de bactérias heterotróficas (THPC), em que o valor obtido é 
uma aproximação do número de microrganismos viáveis presente no 
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sistema de purificação. As metodologias utilizadas são as técnicas de 
espalhamento em placa, de membrana filtrante e por microscopia de 
epifluorescência. O controle microbiológico deve ser feito 
semanalmente. 
• Endotoxinas: constituem o maior componente lipídico da membrana 
externa de bactérias Gram-negativas, que as liberam em seu meio 
circundante durante sua multiplicação ou quando morrem. As 
endotoxinas adsorvem-se de modo variado à maioria das superfícies, 
incluindo o carvão ativado e as resinas. A detecção e/ou a quantificação 
dos níveis de endotoxinas pode ser feita por teste do coágulo, 
turbidimetria ou técnica cromogênica. 
 
Algumas especificações que devem ser estabelecidas no 
momento de produção da água, de acordo com o tipo desejado: 
 
 
ARLC (CLRW): água reagente para laboratório clínico 
 
 
 Em um laboratório são utilizadas principalmente os seguintes 
tipos de água: 
 Água destilada: é obtida por meio da destilação (condensação 
do vapor de água obtido pela ebulição ou pela evaporação). É a água 
utilizada em laboratório ou industrialmente como reagente ou solvente. 
Contém unicamente moléculas de água. Purificada através de 
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destiladores, é a que apresenta maior pureza do ponto de vista 
microbiológico, não contém elementos orgânicos. Em contato com o 
ar, a água destilada pode se tornar rica em gases dissolvidos, como o 
gás carbônico (CO2). Seu pH é da ordem de 7, mas, se exposta ao ar, 
tende a ficar um pouco ácida devido ao CO2 dissolvido. A água destilada 
é estéril enquanto estiver protegida do ar ambiente. 
 
Destiladores: 
 
 
 Água deionizada: A deionização (ou desmineralização) é um 
processo de remoção de íons (cátions/ânions) através de um sistema 
de resinas trocadoras de íons. Ela pode ser parcial ou total de acordo 
com os métodos de eliminação escolhidos e o grau de remoção 
necessário. Quando apenas os íons forem retidos nas resinas, a água 
deionizada ou desmineralizada obtida retém suas substâncias 
orgânicas e inorgânicas sem carga elétrica. Portanto, o líquido não é 
puro. Nesta forma, a água é utilizada nas indústrias como água de 
processo. Mas no caso da água para fins médicos, após a 
deionização é necessário passa-la por um filtro biológico para purifica-
la completamente e torná-la estéril. Voltando a falar de água 
deionizada, sua produção através de deionizadores, aparelhos 
contendo as chamadas resinas de troca iônica: uma resina 
fortemente ácida remove os cátions eventualmente presentes na água 
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e os substitui por íons H+; enquanto uma resina fortemente básica (OH-
) remove ânions que estejam contaminando a água.Deionizadores 
 
 
 
 
Grau de Pureza de Reagentes 
 Os reagentes químicos mais utilizados nos laboratórios e 
indústrias podem ser classificados de acordo com seu grau de pureza. 
Essas substâncias sempre apresentam impurezas em maior ou menor 
grau, sendo que parte dessas impurezas pode ser eliminada por meio 
de processos de purificação. O grau de pureza dos reagentes é fixado 
por organizações internacionais como a ASTM International, a ISO 
(International Organization for Standardization) ou o NIST (National 
Institute of Standards and Technology). 
 Confira a classificação de reagentes de acordo com seu 
grau de pureza: 
 Técnicos: possuem baixo grau de pureza, e destinados a fins 
industriais; 
 Puros: indicados para preparações laboratoriais, mas não são 
adequados para operações que envolvam técnicas especiais de análise; 
 Grau Alimentício: usado como aditivo na indústria de alimentos; 
 Grau Farmacêutico: pode ser utilizado tanto externamente quanto 
internamente (pode ser ingerido); 
 Para análise: indicado para análises mais exigentes; 
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 Cromatograficamente puros: destinado a processos analíticos 
altamente sensíveis; 
 Espectograficamente puros: possui alto grau de pureza, sendo 
destinado a análises espectroscópicas. 
 
 
 
 
21. (UFU-MG/2012/Técnico de Laboratório – Patologia) Um das 
funções do cotidiano dos funcionários de um laboratório é a preparação 
de soluções. Para isso, esses profissionais necessitam conhecer os 
princípios de uso, armazenagem e preparo de soluções e os reagentes 
empregados. Em relação a isso, assinale a alternativa correta. 
A) Concentração é a quantidade de soluto contida em um volume ou 
em uma massa de solvente, enquanto solubilidade é a capacidade de 
uma substância ser dissolvida por um determinado solvente a uma 
dada temperatura. 
B) Soluções são definidas como misturas homogêneas e heterogêneas 
constituídas por um ou mais solutos, dissolvidos em um solvente, e são 
classificadas em saturadas e insaturadas. 
C) No preparo das soluções, o grau de pureza dos reagentes químicos 
deve ser levado em consideração, tal que, para análises 
espectroscópicas, são indicados reagentes classificados como técnico 
ou comercial. 
D) Para preparação de soluções padrão ou de concentração de 
quantidade de matéria, devem ser utilizadas vidrarias de baixa 
precisão como provetas, cilindros graduados e pipetas graduadas. 
Comentário: Na letra A, não temos erros, é a alternativa da questão! 
Vamos identificar os erros nas demais. Na letra B: soluções são as 
misturas homogêneas e não as heterogêneas. Na letra C: para analises 
espectroscópicas são utilizados reagentes com alto grau de pureza. 
Letra D: pelo que vimos, uma solução padrão contém uma quantidade 
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exatamente, portanto, a pureza dos reagentes e precisão dos 
instrumentos e vidrarias é determinante. 
Gabarito: A. 
 
22. (VUNESP/2015/Analista em Saúde - Biomédico/ Bioquímico - Pref. 
São José dos Campos/SP) Água reagente para laboratório clínico 
(ARLC), denominada dessa maneira a partir de sua purificação e, 
rotineiramente, de água tipo I, é utilizada em várias análises nos 
laboratórios clínicos, necessitando atender especificações de qualidade 
descritas pela padronização do CLSI (Clinical and Laboratory Standards 
Institute). Assim, para ARLC, o parâmetro é um indicador da 
contaminação iônica dessa água, e o valor ideal desse parâmetro para 
uso no laboratório clínico é ____________________ 
Assinale alternativa que preenche, correta e respectivamente, as 
lacunas do texto. 
(A) Carbono Orgânico Total … < 1.000 ng/g 
(B) Bactérias heterotróficas … < 10 UFC/mL 
(C) Resistividade … ≥ 10 M┒.cm a 25 °C 
(D) pH … ≥ 7,00 
(E) Teor de silicatos … < 10 mg/L 
Comentário: Bem, se tratando de especificação relativa a 
contaminantes iônicos, devemos pensar em 
resistividade/condutividade. 
Gabarito: C 
 
23. (AOCP/HUJBB-UFPA-EBSERH/ Biomédico) O menisco é a curva 
vista na parte superior de um líquido em resposta ao seu recipiente e 
pode ser côncavo ou convexo. Qual é a diferença entre esses meniscos? 
(A) Côncavo (água em vidro) ocorre quando as moléculas do líquido 
são mais fortemente atraídas pelas moléculas do recipiente (força de 
adesão) do que pelas próprias. Convexo (mercúrio em vidro) é 
produzido quando as moléculas do líquido são mais fortemente atraídas 
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pelas outras de mesma origem (força de coesão) do que pelas 
moléculas do recipiente. 
(B) Côncavo (água em vidro) ocorre quando as moléculas do líquido 
são menos atraídas pelas moléculas do recipiente (força de adesão) do 
que pelas próprias. Convexo (mercúrio em vidro) é produzido quando 
as moléculas do líquido são menos atraídas pelas outras de mesma 
origem (força de coesão) do que pelas moléculas do recipiente. 
(C) Côncavo (água em vidro) ocorre quando as moléculas do líquido 
são mais fortemente atraídas pelas moléculas do recipiente (força de 
adesão) do que pelas próprias. Convexo (mercúrio em vidro) é 
produzido quando as moléculas do líquido são menos atraídas pelas 
outras de mesma origem (força de coesão) do que pelas moléculas do 
recipiente. 
(D) Côncavo (água em vidro) ocorre quando as moléculas do líquido 
são menos atraídas pelas moléculas do recipiente (força de adesão) do 
que pelas próprias. Convexo (mercúrio em vidro) é produzido quando 
as moléculas do líquido são mais fortemente atraídas pelas outras de 
mesma origem (força de coesão) do que pelas moléculas do recipiente. 
(E) Côncavo (água em vidro) ocorre quando as moléculas do líquido 
são mais fortemente atraídas pelas moléculas do recipiente (força de 
coesão) do que pelas próprias. Convexo (mercúrio em vidro) é 
produzido quando as moléculas do líquido são mais fortemente atraídas 
pelas outras de mesma origem (força de adesão) do que pelas 
moléculas do recipiente. 
Comentário: conforme estudamos, um menisco côncavo ocorre 
quando as moléculas do líquido são mais fortemente atraídas pelas 
moléculas do recipiente (força de adesão) do que pelas próprias, por 
exemplo, água em vidro. Já um menisco convexo ocorre quando as 
moléculas do líquido são mais fortemente atraídas pelas outras de 
mesma origem (força de coesão) do que pelas moléculas do recipiente, 
é o caso do menisco formado pelo mercúrio em vidro. Dessa forma, a 
alternativa correta é a letra A. 
26274965572
26274965572 - roger mendonça
Preparo de Vidraria, Reagentes e Soluções para EBSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Denise Rodrigues ʹ Aula 01 
 
 
Prof. Denise Rodrigues www.estrategiaconcursos.com.br 55 
de 68 
Gabarito: A. 
 
24. (AOCP/HUJBB-UFPA-EBSERH/ Biomédico) Um dos principais 
problemas que comprometem as atividades laboratoriais é a facilidade 
de contaminação da água, sendo os principais contaminantes: material 
particulado e coloide, substâncias inorgânicas e gases dissolvidos, 
compostos orgânicos dissolvidos, microrganismos e seus subprodutos 
(pirogênios). Em um laboratório de análises clínicas, precisam 
implantar