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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL GEOVANE KLEYDSON BEZERRA DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL NO SUAS: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS NO PLANEJAMENTO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. CARUARU 2020 GEOVANE KLEYDSON BEZERRA DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA SOCIOASSISTENCIAL NO SUAS: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS NO PLANEJAMENTO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Projeto de pesquisa apresentado para obtenção de nota parcial da disciplina de trabalho de conclusão de cursos I, ao curso de bacharelado em serviço social da Faculdade Maurício de Nassau – UNINASSAU/ Caruaru. Orientador: Prof. Helison Cleiton dos Santos Ferreira. CARUARU 2020 Sumário Sumário .................................................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................... 5 2 - JUSTIFICATIVA: ............................................................................................................. 10 3 - OBJETIVOS ...................................................................................................................... 10 3.1 - Objetivo geral:............................................................................................................. 10 3.2 - Objetivos específicos: .................................................................................................. 10 4 - METODOLOGIA .............................................................................................................. 11 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 13 INTRODUÇÃO O Estado brasileiro passou por um amplo processo de mudanças nos últimos anos, dos quais merece destaque o reconhecimento aos direitos sociais previstos pela constituição de 1988. Naquele momento a assistência social passou a ser reconhecida como política pública e alargou o campo de responsabilidade pública no âmbito da proteção social. Regulamentada pela Lei orgânica da assistência social (LOAS – Lei n° 8.742, DE 7 DE Dezembro de 1993) a política de assistência social passa a ser responsável por determinados direitos de proteção social. Para isso, a vigilância socioassistencial deve organizar-se para prover as informações, análises, indicadores referentes e de competência da política de assistência social, devendo apoiar as atividades de planejamento, organização, e execuções de ações desenvolvidas pela gestão e pelos serviços, produzindo informações sobre diversas temáticas, sobre as situações de vulnerabilidades sociais, sobre os serviços e benefícios ofertados No intuito de detectare compreender as situações de agravamento de vulnerabilidades que afetam os territórios e os usuários (BRASIL, 2016). A vigilância socioassistencial tem como objetivo o buscar o perfil das famílias e as condições do lugar onde eles vivem,nesse sentido faz-se necessário buscar uma série de dados e informações para a apropriação dos conhecimentos produzidos pela equipe de vigilância socioassistencial. Por isso é uma área diretamente ligada à gestão, pois ela deve apoiar as atividades de planejamento e organização das ações desenvolvidas. Para realizar as atividades a Vigilância Socioassistencial deve lançar mão de uma grande variedade de instrumentos e informações que devem estar articuladas com os demais e setores e pautar suas ações na leitura e interpretação de dados referentes à gestão(BRASIL,2016). 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A norma Operacional Básica do SUAS aprovada em 2012 – NOB 2012 em seu artigo 1° afirma a vigilância socioassistencial como uma função da política de assistência social, em conjunto com a proteção social e a defesa de direitos. Essas três funções possuem fortes relações entre si, e em certo sentido, podemos afirmar que cada uma delas só se realiza em sua plenitude por meio da interação e complementariedade com as demais. Rizzoti (2012) ao apresentar vigilância socioassistencial como constantes estudos sobre territórios diz que é um mecanismo essencial para prevenção dos riscos sobre diversas situações de vulnerabilidades e risco pessoal. O mesmodeclarou a importância de aprofundar a discussão sobre os três conceitos chaves que é a vulnerabilidade social, risco e território, que consistem na base conceitual da vigilância socioassistencial. Farias (2012), afirma que a vigilância é compreender a vulnerabilidade social existente em todo o território, ou seja, buscar as demandas e priorizá-las, diz que é a capacidade dos equipamentos têm de produzir processos e média aos acessos aos direitos sociais. A Vigilância Socioassistencial constitui-se como um dos objetos da política de assistência social PNAS/2014 e na norma operacional básica NOB SUAS 2012 da mesma maneira que a proteção social e a defesa de direitos, dessa forma ela é entendida como uma função da (BRASIL, 2016). A vigilância socioassistencial deve apoiar atividades de planejamento, organização e execução de atividades desenvolvidas pela gestão e serviços, como também analisar as informações sobre situações de vulnerabilidades, e monitorar e produzir dados, sistematizando e analisando informações (BRASIL, 2016). O conceito de território, tal como desenvolvido pelo geógrafo Milton Santos(2010), permite compreender a forma como as relações sociais se materializam em um dado espaço, conformando em um local específico as estruturas de oportunidade ambientes de exposição a riscos, fazendo emergir na análise as potencialidades e vulnerabilidades da dimensão territorial (MILTON SANTOS, 2010). O processo de produção e reprodução das desigualdades sociais se manifesta também na conformação e apropriação de territórios, portanto, se faz necessário que a política de assistência social incorpore esta dimensão no planejamento e execução de suas intervenções (MILTON SANTOS, 2010). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário – MDSA, a Vigilância Socioassistencial colabora para que todos os objetivos das seguranças socioassistenciais sejam alcançados, são elas: A de segurança de acolhida: que deve ser compreendida no campo das necessidades básicas de sobrevivência por aqueles que estão em situação de abandono, em situação de rua, sem alimentação, vestuário, abrigo, entre outros. A segurança de convívio: Busca fortalecer a função proativa da família, contribuindo na melhoria de qualidade de vida e fortalecer e fortalecer o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A segurança de renda e de sobrevivência: consiste concessão de garantia a auxilio financeiro e na concessão de benefícios continuados para as famílias em vulnerabilidades sociais, idosos ou pessoas com deficiência e que estejam impossibilitados para o trabalho e em casos de calamidades e urgências específicas. A de segurança de autonomia: desenvolvimento de capacidade para atuação no exercício da cidadania, conquista de maior grau de independência, participação e acesso a direitos. A vigilância socioassistencial tem como principal função saber onde estão todas as demandas de proteção social e capacidade dos equipamentos de servir para suprir todas as demandas sociais, a identificação dos distintos graus de vulnerabilidades presentes dos diferentes territórios da cidade, é de extrema importância para planejar e priorizar as ações voltadas aos territórios mais vulneráveis, assim podendo contribuirpara aperfeiçoar os conhecimentos dos trabalhadores da politica de assistência social, contribuindo também para a avaliação dos resultados alcançados (NOB SUAS, 2012). A criação do sistema de vigilância, segundo a NOB/SUAS(2005) é de responsabilidade do órgão gestor municipal de assistência social e deve está estruturada e ativa em nível municipal, estadual e federal, contribuindo com as áreas de proteção social básica e proteção social especial por meio de elaboração de estudos, planos e diagnósticos capazes de ampliar o conhecimento sobre a realidade dos territórios e as necessidades da população, auxiliando no planejamento e organização das ações realizadas nesses territórios (BRASIL, 2005). A produção, sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal social incidem sobre as famílias, sobre usuáriosnos diferentes ciclos da vidapessoas com redução de capacidade pessoal, abandono, crianças e adultos vítimas de várias formas de violência e de ameaças e de preconceito por etnia, gênero e opção sexual, fragilizando sua existência, principalmente aqueles que operam na forma de alguergues, abrigos, residências, moradias provisórias para os diversos segmentos etários. Os indicadores a serem construídos devem mensurar no território as situações de risco e violação de direitos (PNAS,2005). A Vigilância socioassistencial conforme mencionado acima é operacionalizado através de estudos, planos e diagnósticos que servem para nortear a produção de conhecimentos sobre os territórios, então é necessário que a vigilância faça um armazenamento de informações no Sistema Único da Assistência Social –SUAS e responsabilize-se pelas mesmas para atingir esse objetivo, utiliza-se de instrumentos que requer tecnologia, conhecimento para o seu manuseio e profissionais capacitados ou com disposição para aprendizado contínuo, também é de responsabilidade da vigilância socioassistencial registrar e organizar de maneira padronizada as informações referentes a todos os atendimentos realizados, o que permitirá a elaboração de um diagnóstico mais próximo (BRASIL, 2016) A instrumentalidade, segundo Guerra (2000), não se refere apenas ao conjunto de instrumentos e técnicas, ao contrário, tem a ver com uma propriedade da profissão, construída e reconstruída no processo histórico do Serviço Social. De acordo com o autor, a instrumentalidade, “[...] por possibilitar o atendimento das demandas e o alcance de objetivos (profissionais e sociais) constitui-se uma possibilidade concreta de reconhecimento social da profissão” (GUERRA, 2000a, p. 53). Pela instrumentalidade, os profissionais objetivam suas intencionalidades em respostas profissionais, modificando e transformando as condições objetivas e subjetivas, assim como as relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível social – o cotidiano. Desse modo: Na medida em que os profissionais utilizam, criam adequam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações passam a ser portadoras de instrumentalidade (GUERRA, 2000a, p. 53). Citam-se alguns principais instrumentos utilizados pela vigilância socioassistencial para a realização de estudos, análises e diagnósticos, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome – MDS: Cadastro Nacional do SUAS - CADSUAS: sistema de cadastro que comporta todas as informações de órgãos gestores da assistência social, das unidades prestadoras de serviços socioassistenciais do fundo de assistência social, dos conselhos de assistência social, dos trabalhadores que atuam no SUAS. Censo SUAS: Ferramenta de levantamento de dados sobre padrões de serviços, programas e projetos realizados no âmbito do SUAS. Registro Mensal de Atendimento – RMA: é outro aplicativo disponibilizado pelo MDS, ele é extremamente relevante para o monitoramento das ações desenvolvidas e tem uma função importante para os municípios. Prontuário SUAS: é uma ferramenta que auxilia o trabalho dos profissionais do CRAS, CREAS, que deve ser preenchido manualmente com todas as informações relacionadas a cada atendimento realizado pelo usuário e a sua família. As informações nele contidos são importantes para o monitoramento das situações de riscos e vulnerabilidades vivenciadas por essas famílias. CadÚnico ou Cadastro Único do Governo Federal: é um formulário que após preenchido permite conhecer a realidade socioeconômica e habitacional das famílias, é uma ferramenta da vigilância socioassistencial, porque aponta as situações de vulnerabilidades e riscos sociais dos usuários. Em decorrência de esforços coletivos realizados ao longo dos anos, pode-se afirmar que nos dias de hoje já estão postas muitas condições para a atuação da vigilância socioassistencial, a política de assistência social dispõe de uma estrutura de ofertas e serviços, também materiais técnicos que possibilitem o auxilio a implantaçãodesse serviço e sendo assim podendo apontar melhorias na gestão e qualidade aos serviços prestados a população me vulnerabilidade (BRASIL, 2016). A organização da função da vigilância socioassistencial é uma tarefadifícil e desafiadora, na prática, um primeiro passo importante envolve construção de estratégias, depois pode ser considerado que o sistema tem várias portas de entrada para tornar real o fortalecimento e consolidação do SUAS. 2 - JUSTIFICATIVA: A presente pesquisa se justifica por se tratar de um tema de extrema relevância para a política de assistência social. A vigilância socioassistencial refere-se a um instrumento de produção, sistematização, análise e disseminação de informações referentes aos territórios. Constitui-se também a uma área de gestão responsável pelas informações, dedicada a apoiar as atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução de serviços, por meio de informações, dados, indicadores, através da vigilância socioassistencial os gestores terão uma visão mais ampla dos territórios, promovendo respostas eficazes à população em vulnerabilidade social. 3 - OBJETIVOS 3.1 - Objetivo geral: Analisar os principais instrumentos utilizados pela vigilância socioassistencial. 3.2 - Objetivos específicos: Identificar os principais marcos normativos da vigilância socioassistêncial; Investigar a operacionalização da vigilância socioassistencial como forma de planejamento; Constatar os instrumentos mais utilizados pela vigilância socioassistencial 4 - METODOLOGIA O presente estudo é caracterizado como uma pesquisa bibliográfica que se intenciona a mobilizar compreensões sobre o tema abordado. Fundamenta-se por produções cientifica de autores que buscam a vigilância socioassistencial na politica da assistência social. Conforme esclarece Boccato (2006, p. 266), a pesquisa bibliográficabuscaa resolução de um problema por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação. Nesse sentido, anseia-se que a metodologia adotada possa ampliar a compreensão sobre o tema, notabilizar os conhecimentos já produzidos através de pesquisas de diferentes autores, dialogar sobre pontos em comum e divergente na literatura abrindo caminhos para reflexões.5 – CRONOGRAMA Atividades Fev/ 2020 Mar/ 2020 Abr/ 2020 Mai/ 2020 Jun/ 2020 Jul 2020/ Ago/ 2020 Set/ 2020 Out/ 2020 Revisão de literatura x x x x x x x X Elaboração do Projeto x x x Apresentação do projeto x Elaboração escrita da dissertação e Conclusões x x x Defesa da Dissertação x 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. BRASIL, NOB-RH/SUAS(2012). Norma Operacional Básica de Recursos Humanos – Anotada e Comentada. Brasília MDS, Secretaria Nacional de Assistência Social, 2011. GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995 _____.Norma Operacional Básica – NOB/SUAS 2012. Brasília, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria Nacional de Assistência Social, dezembro de 2012. _____. Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004. Brasília, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/ Secretaria Nacional de Assistência Social, 2005. FONSECA,J,J.S. METODODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA. Fortaleza. UEC.2002. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Vigilância de riscos e vulnerabilidades. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/vigilancia/riscos-evulnerabilidades>. Acesso em: 4 set. 2013. Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Curso de atualização em vigilância socioassistêncial do SUAS. – Brasília, DF: MDSA, Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação e Assistência Social e Estudos internacionais sobre o governo, 2016. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Conselho Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS). 2005. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a fome. Vigilância Socioassistencial. Disponível em: //http://mds.gov.br/assuntos/assistenciasocial/gestão-do-suas/vigilância- socioassistencial. Ministério Do Desenvolvimento Social e combate à fome. Vigilância Socioassistêncial. Orientações Técnicas da Vigilância socioassistencial.Brasília.2008. RIZZOTII, M.L.A;SILVA.T.G.M. A vigilância social na política de assistência social: Uma aproximação conceitual. In Revista do Serviço Social, p.130-151, Londrina, PR 2013. _______. A Vigilância Social na Política de Assistência Social: uma aproximação conceitual Sumário INTRODUÇÃO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2 - JUSTIFICATIVA: 3 - OBJETIVOS 3.1 - Objetivo geral: 3.2 - Objetivos específicos: 4 - METODOLOGIA 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _______. A Vigilância Social na Política de Assistência Social: uma aproximação conceitual
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