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NEOPLASIAS/CÂNCER CÂNCER É UMA DESORDEM GENÉTICA CAUSA POR MUTAÇÕES DO DNA: § ADQUIRIDAS ESPONTANEAMENTE OU INDUZIDAS POR AGRESSÕES DO AMBIENTE; § METILAÇÃO DO DNA E MODIFICAÇÕES NO HISTONA (PTN REGULADORAS DOS GENES) § MODIFICAM O CRESCIMENTO, SOBREVIDA E SENESCÊNCIA; ALTERAÇÕES GENÉTICAS SÃO HEREDITÁRIAS E PASSADAS PARAS AS CÉLULAS-FILHAS NA DIVISÃO CELULAR: § TUMORES SÃO CLONAIS, É A PROGÊNIE DE UMA CÉLULA; O ACÚMULO DE MUTAÇÕES DA ORIGEM A UMA SERIE DE PROPRIEDADES CHAMADAS CARACTERÍSTICAS DO CÂNCER: § AUTOSSUFICIÊNCIA NOS SINAIS DE CRESCIMENTO; § AUSÊNCIA DE RESPOSTAS AOS SINAIS INIBIDORES DE CRESCIMENTO (HIPERPLASIA); § EVASÃO DA MORTE CELULAR (APOPTOSE), PERMITE SOBREVIDA DAS CÉLULAS CANCEROSAS; § POTENCIAL REPLICATIVO ILIMITADO; § DESENVOLVIMENTO DE ANGIOGÊNESE E REPROGRAMAÇÃO DAS VIAS METABÓLICAS; § CAPACIDADE DE INVADIR TECIDOS E DISSEMINAR-SE PARA LOCAIS DISTANTES; § CAPACIDADE DE ESCAPAR DO SISTEMA IMUNE; PROLIFERAÇÃO CELULAR ANORMAL, DESCONTROLADA E AUTÔNOMA (FORA DO CONTROLE DOS MECANISMOS E REGULAM A MULTIPLICAÇÃO CELULAR), NA QUAL AS CÉLULAS REDUZEM OU PERDEM A CAPACIDADE DE SE DIFERENCIAR, EM CONSEQUÊNCIA DE ALTERAÇÕES NOS GENES QUE REGULAM O CRESCIMENTO E A DIFERENCIAÇÃO CELULARES OS TUMORES PODEM SER CÍSTICOS OU SÓLIDOS: 1. NODULAR: MASSA EXPANSIVA QUE SE TENDER A SER ESFÉRICA. MAIS FREQUENTE EM TUMORES ORIGINADOS DE ÓRGÃOS COMPACTOS (FÍGADO, RINS, PULMÕES); 2. VEGETANTE: ENCONTRADO EM TUMORES QUE CRESCEM EM SUPERFÍCIE (PELE, MUCOSAS). FORMA-SE UMA MASSA DE CRESCIMENTO EXOFÍTICO (EXTERNO). 3. INFILTRATIVO: PRATICAMENTE EXCLUSIVO DE TUMORES MALIGNOS. OCORRE INFILTRAÇÃO MACIÇA DA REGIÃO ACOMETIDA, SEM FORMAR NÓDULOS OU VEGETAÇÕES, E O ÓRGÃO FICA ESPESSADO. 4. ULCERADO: SOFRE ULCERAÇÕES PRECOCE, E É QUASE EXCLUSIVO DAS NEOPLASIAS MALIGNAS. A LESÃO CRESCE INFILTRANDO OS TECIDOS E ULCERA-SE NO CENTRO, FORMANDO UMA CRATERA QUE GERALMENTE TEM BORDAS ENDURECIDAS, ELEVADAS E IRREGULARES. TUMORES BENIGNOS: quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente “inocentes”. Adenoma: é um neoplasma epitelial benigno derivado de glândulas. Condroma: é um neoplasma benigno cartilaginoso. Papilomas: São projeções micro e macroscopicamente visíveis, semelhantes a dedos ou verrucosas, que surgem a partir de suas superfícies epiteliais (pólipo). TUMORES MALIGNOS: referidos como câncer (“caranguejo”); lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes (metástases). Sarcomas: (sarco = feito de carne) surgem nos tecidos mesenquimais, apresentam pouco estroma de tecido conjuntivo e, portanto, são mais carnosos (fibrossarcoma, rabdomiossarcoma) Carcinomas escamosas: surgem das células escamosas. Adenocarcinomas: tumores com padrões glandulares. APRESENTAM DOIS COMPONENTES BÁSICOS: 1. Células neoplásicas que constituem o parênquima 2. Estroma reativo feito de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, macrófagos e linfócitos. Diferenciação é termo que refere-se a extensão com que as células do parênquima neoplásico lembram as células parenquimatosas normais correspondentes, tanto morfológica quanto funcionalmente. A falta de diferenciação é denominada ANAPLASIA. Pleomorfismo: uma variação no tamanho ou forma de núcleos e células; A taxa de crescimento dos tumores se correlaciona com seu nível de diferenciação, e assim: a maioria dos tumores cresce mais rapidamente do que as lesões benignas. A taxa de crescimento é determinada por três fatores importantes: 1. O tempo de duplicação das células tumorais; 2. A fração das células tumorais que se encontram em divisão celular; e ; Tumores benignos crescem como uma massa expansiva coesa que permanece localizada em seu sítio de origem e não apresentam capacidade de infiltrar, invadir ou metastatizar para sítios distintos. Tumores malignos, em sua maioria, são invasivos. Acompanhado por infiltração, invasão e destruição progressiva do tecido adjacente. • São implantes tumorais separadas do tumor primário, e a disseminação metastática reduz fortemente a possibilidade de cura. • A metástase caracteriza de modo inequívoco um tumor como sendo maligno, já que tumores benignos não formam metástase. A disseminação dos tumores pode ocorrer através de uma das três vias: 1. Implante/semeadura em cavidade e superfícies corporais: ocorre sempre que uma neoplasia maligna penetrar um “campo aberto” natural, como por exemplo a cavidade Morfologia nuclear anormal: núcleos desproporcionalmente grandes em comparação com a célula, e a razão citoplasma-núcleo; Mitoses: tumores malignos possuem grande número de mitoses, refletindo maior atividade proliferativa das células parenquimatosas; Perda de polaridade: orientação das células anaplásicas é marcadamente alterada (desorganizada); Outras alterações: células gigantes tumorais; núcleo gigante e polimórfico; Metaplasia é definida como a substituição de um tipo celular por outro tipo celular. Displasia é caracterizada por uma constelação de alterações que incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda de sua orientação arquitetônica. A displasia não necessariamente progride para o câncer 3. A taxa com que as células são eliminadas e perdidas na lesão em crescimento. peritoneal, pericárdica, subaracnóidea e espaços articulares. 2. Disseminação linfática: transporte através dos vasos linfáticos é a via mais comum dos carcinomas, mas sarcomas também utilizam essa via. O padrão de envolvimento dos linfonodos segue as rotas naturais da drenagem linfáticas. Os linfonodos podem servir de barreiras da disseminação, ao menos por um tempo. 3. Disseminação hematogênica: é típica de sarcomas, mas também é vista nos carcinomas. As artérias possuem paredes mais espessas, são mais difíceis de penetrar do que as veias. Com a invasão venosa, as células produzidas pelo sangue seguem o fluxo venoso do local do neoplasma. Desta forma, fígado e pulmões estão mais envolvidos secundariamente. O Sistema TNM é uma classificação usada para os tumores malignos, para determinar a extensão e disseminação das neoplasias. O Sistema está baseado em três componentes: T – Tamanho do tumor primário N – nódulo regional comprometido M – metástase Objetivos: 1. Ajudar no planejamento do tratamento; 2. Dar alguma indicação no prognóstico; 3. Ajudar na avaliação dos resultados do tratamento; 4. Facilitar a troca de informações entre os centros de tratamento. QUÍMICA • Aumento da incidência de câncer da pele da bolsa escrotal em limpadores de chaminés com exposição crônica à fuligem. Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos: precisam de ativação metabólica e podem induzir tumores numa grande variedade de tecidos e espécies Aplicados sobre a pele causam tumores cutâneos; injetados pela via cutânea, induzem sarcomas; introduzidos num órgão específico, causam tumores localmente Aminas aromáticas e corantes nitrogenados A carcinogenicidade da maioria das aminas aromáticas e dos corantes nitrogenados é exercida principalmente no fígado Agentes carcinogênicos de ocorrência natural Aflatoxina b1 - potente agente carcinogênico hepático Foi encontrada uma forte correlação entre o nível dietético desta substância e a incidência do carcinoma hepatocelular em algumas partes da África e da China. Esta micotoxina é produzida por algumas cepas do fungo Aspergillus flavus, que cresce no milho mal armazenado, arroz e amendoinsRADIAÇÃO • A energia radioativa, seja sob a forma de raios UV da luz solar ou como radiação eletromagnética, bem como a radiação de partículas, são capazes de transformar praticamente todos os tipos celulares in vitro e induzir neoplasias in vivo em humanos e nos modelos experimentais. Raios ultravioleta Efeitos: sobre as células, inclusive a inibição da divisão celular, a inativação das enzimas, indução das mutações e, numa dose suficiente, morte celular. A carcinogenicidade da luz UVB é atribuída a lesões no DNA que não conseguem ser corrigidas por vias específicas, levando a grandes erros de transcrição e, em alguns casos, ao câncer. Os raios UVB também provocam mutações nos oncogenes e nos genes supressores de tumor. Radiação Ionizante As radiações eletromagnéticas (raios x, raios gama) e partículas (alfa, beta, prótons, nêutrons) são todas carcinogênicas POR MICROORGANISMOS Dentre os diversos vírus DNA humanos, quatro são de interesse especial porque foram implicados na etiologia do • Câncer humano papilomavirus (HPV) • Vírus de Epstein-Barr (EBV) • Vírus da hepatite B (HBV) • Vírus do sarcoma de Kaposi (KSHV) SÍNDROMES HEREDITÁRIAS ASSOCIADAS A TUMORES Em muitos casos, as alterações são adquiridas pelas células somáticas, que se transformam e originam o tumor. No entanto, em outros casos, ocorrem mutações em células germinativas, as quais as transmitem a todas as células do novo organismo gerado, tornando seu portador mais susceptível a desenvolver uma neoplasia; trata-se de neoplasias familiares, já que a mutação, de caráter dominante ou recessivo, pode aparecer em vários membros da mesma família, com penetrância variável. Efeitos locais Dependem em grande parte da sede e das dimensões do tumor. Quando localizados dentro ou nas proximidades de canais ou estruturas tubulares, podem causar obstruções e suas consequências naturais. Os tumores podem causar também compressão ou deslocamento de órgãos ou estruturas. Outras consequências locais são ulcerações e hemorragias
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