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Conclusão Projeto de Lei

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE
CACOAL-RO
 
 
 
 
 
 
 
 
Senhor Presidente, 
Senhores Vereadores, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É com 	 elevada 	 honra 	 que 	 submetemos 	 para 	 análise 	 de Vossa	 Excelência 	 e dos 	 Ilustres 	 
Vereadores dessa 	 egrégio casa, 	 o anexo 	 Projeto 	 de Lei, 	 que visa a isenção	 do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para idosos de 60 anos ou mais que tenham apenas um único imóvel residencial” 
 
O recolhimento de impostos desta natureza é fundamental ao erário municipal, todavia em muitas circunstâncias existem pessoas idosas que não tem possibilidade de efetuar o pagamento deste tributo, salientando que o não quitamento do mesmo acarreta em execução fiscal e, posteriormente, a hasta pública do imóvel, gerando assim a perda de um bem significativo que a família possui.
 Assim sendo, através de abaixo-assinados dos eleitores deste Município, subscrevemos o projeto de lei de iniciativa popular, com texto em anexo, que isenta os idosos com idade acima de 60 anos ao pagamento de IPTU no Município de Cacoal, no Estado de Rondônia. 
 
Neste comenos, registra-se que o PROJETO DE INICIATIVA POPULAR é o direito constitucionalmente garantido que torna possível a um grupo de cidadãos apresentarem projetos de lei para serem votados e eventualmente, aprovados pelos vereadores da Câmara Municipal. 
 
Com assinatura de 5 % dos eleitores do município, os cidadãos podem encaminhar o projeto de lei à Câmara, que seguirá a tramitação regular, como as proposições apresentadas pelos parlamentares e ao final, então, votado em plenário. 
 
 
 
PROJETO DE LEI Nº ____, DE 2020 
 
 
 
Isenção ao pagamento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), aos idosos do município de Cacoal no Estado de Rondônia 
A Câmara Municipal de Cacoal, Estado de Rondônia, no uso de suas atribuições legais, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 1º. Ficará isento ao recolhimento de IPTU o proprietário de único imóvel, idoso com idade superior a 60 (sessenta) anos, com construção residencial que possua renda familiar inferior a 2 (dois) salários mínimos vigentes, e que seja proprietário do imóvel a no mínimo 3 (três) anos. 
 
§1º O desconto será de 50% sobre a cota do referido imposto para idosos em geral. 
 
§2º O desconto será de 100% sobre a cota do referido imposto para idosos com doenças graves ou em fase terminal, conforme previsto na instrução normativa, nº 77/PRES/INSS, de 21 de janeiro de 2015. 
 
Art. 2º. O referido imóvel no artigo anterior, deverá ser de uso unifamiliar, sendo necessário que o beneficiário desta lei resida no imóvel. 
 
Parágrafo único. Poderá o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS exigir comprovação de que o beneficiário resida no referido imóvel para fins de concessão do benefício. 
 
Art. 3º. Para ter direito ao benefício, o contribuinte deverá comprovar ser o legítimo proprietário do imóvel, com referida escritura pública da propriedade. 
 
Art. 4º. A isenção poderá ser concedida, mesmo que o contribuinte tenha débitos de IPTU ao erário municipal, desde que providencie o parcelamento da dívida.
 
Parágrafo único. O parcelamento débito terá redução de 50% de juros e multas. 
 
Art. 5º. Para que o contribuinte tenha direito a inscrição no programa, é necessário a comprovação da renda familiar de todos os moradores da residência, observando a renda prevista no artigo 1º desta lei. 
 
§1 º A comprovação da renda familiar deverá ser feita anualmente junto ao CRAS. 
 
§2º A comprovação da renda será feita através de declaração de imposto de renda, comprovante de rendimento de aposentadoria ou benefício assistencial pelo INSS. 
 
§3º O contribuinte deverá comprovar por meio de certidão ou por declaração de punho próprio que não é proprietário de imóveis em outras cidades. 
 
Art.6º. A renovação do benefício é anual, sendo feita até 31 de Janeiro do referido ano. 
 
§1 º Não sendo feito a renovação no prazo estipulado, por inércia do beneficiário, será cobrado normalmente o valor do IPTU. 
 
§2º Em caso de venda do referido imóvel, ficara o beneficiário, obrigado a requerer o cancelamento do benefício. 
Art.7º. A concessão do benefício não retroagirá aos IPTUs dos anos anteriores. 
 
Art.8º. O pedido do benefício deverá ser protocolado junto ao CRAS, bem como toda documentação comprobatória citada no art. 5º desta lei. 
 
Parágrafo único. O prazo para resposta do pedido será de 30 dias, sendo prorrogável por mais 30 dias, desde que haja motivo justificável. 
 
Art. 9º. Esta Lei entrará em vigor 30 dias após a sua promulgação revogando-se as disposições em contrário. 
Palácio Catarino Cardoso dos Santos, Plenário da Câmara de Vereadores de Cacoal, 10 de Maio de 2020.
Justificativa 
 
A Constituição Federal de 1988, consagrou o direito à propriedade previsto no inciso XXII, do art. 5º da mesma, onde garante o direito à propriedade para todo cidadão, entretanto tal direito não é absoluto pelo fato da propriedade gerar uma obrigação propter rem, sendo essas obrigações o IPTU ou as cotas condominiais, sendo que em caso de ausência de adimplemento, tais obrigações acarretarão na ação de execução do referido bem imóvel, com o fim de quitação das mesmas. Partindo desse pressuposto é notório que por esses fatores o proprietário perde a propriedade, independentemente de ser bem de família ou único imóvel residencial, salientamos ainda que o art. 833 do CPC/15 (Código de Processo Civil), inclui o único imóvel residencial como bem impenhorável para cumprimento de obrigações, no entanto este dispositivo não aplica-se as obrigações oriundas do IPTU. 
 
Preliminarmente é de conhecimento da sociedade as dificuldades que os trabalhadores de baixa renda tem ao longo de sua vida, seja no pagamento da contribuição à previdência social na média de 8% do salário, o recolhimento de IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física), e demais tributos obrigatórios. Em uma iniciativa de governos anteriores, no intuito de garantir uma vida mais digna, o governo lançou o programa minha casa minha vida, ao qual facilitava aquisições de propriedades residenciais para esses públicos, essa foi uma das iniciativas do governo, ficando notória a preocupação do Estado em combater a pobreza e garantir uma vida digna, no entanto nem todos conseguem sucesso na vida e muitos ficam a mercê de suas aposentadorias mínimas pagas pelo Estado, salientando que nessa fase existem mais gastos na vida, pelo fato da idade avançada, gastos em planos de saúde e medicamentos. Em muitos casos existem certas dificuldades em manter os pagamentos de tributos em dias, com tudo o Estado prioriza o idoso e concede vários benefícios como isenção de pagamento de passagens em ônibus e a preferência na restituição de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica). Com tudo tratando de impostos como o IPTU, a competência de recolhimento fica a cargo dos municípios, bem como a concessão de benefícios aos idosos. 
 
No Município de Cacoal localizado no Estado de Rondônia, com população estimada de 85.300 (oitenta e cinco mil e trezentos) habitantes, com a renda média mensal estimada em 2 (dois) salários mínimos por pessoa, ficando evidente a desigualdade se comparada essa estimativa a elite do funcionalismo público, que ganham cerca de 30 (trinta) mil reais por mês, enquanto existem vendedores de lojas que ganham 1 salário mínimo e ainda tem de pagar autos valores de tributação. Vale lembrar também que os imóveis em Cacoal possuem valores elevados, sendo considerada a 5º cidade com o metro quadrado mais caro do Brasil, sendo que a alíquota média do IPTU é de 1.5% do valor venal do imóvel. Para uma família com a renda mensal por pessoa na média do município não há prejuízo na qualidade de sua vida de adimpli a quota de IPTU anual, porém tratando-se das famílias idosas a qual recebem aposentadoria mínima do INSS na ordem de um salário mensal, existemsérios prejuízos em sua qualidade de vida, devido a necessidade de honrar com o referido imposto. 
 
Com base nas informações exposta acima, é fundamental a isenção do IPTU aos idosos com renda inferior a 2 (dois) salários mínimos, não havendo motivos para alegar prejuízos as erário Municipal, pois a população idosa de Cacoal é baixa e a arrecadação do IPTU é um imposto complementar para o plano orçamental municipal, respeitando o princípio da supremacia do imposto previsto no CTN (Confederação Nacional de Transporte), cujo a arrecadação é de interesse de todos, fazendo valer o princípio da equidade, onde é necessário que os desiguais sejam tratados em suas desigualdades a fim de gerar uma sociedade justa. 
 
Acrescido a isto a isenção de IPTU para esse público refletirá de forma significativa em sua qualidade de vida, tendo em vista que sobrara mais recursos para investimento em lazer e alimentação de maior qualidade, contudo o município não terá grandes prejuízos no âmbito da saúde, pois sua qualidade de vida diminui a incidência de internações nos hospitais públicos, gerando assim uma economia significativa ao erário público, tendo em vista também a média de vida do Brasileiro, que é de 73 anos, neste caso o tempo de uso deste benefício não será prolongado por muito tempo. Inclusive é fato que ao longo de sua vida o cidadão passa mais anos contribuindo com o Estado do que utilizando-se dos seus benefícios concedidos em sua velhice. 
 
Quanto a lei de responsabilidade fiscal, existem outros meios de compensar o prejuízo que esta isenção gerará ao erário da fazenda municipal, como o aumento da alíquota do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) das instituições de ensino no âmbito municipal, que se encontra abaixo da média nacional. 
 
Diante do exposto acima não existe dúvida que é cabível a aprovação da referida isenção as famílias de idosos com renda inferior a dois salários mínimos.

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