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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
20/08/2021
SEGURIDADE SOCIAL
Fontes; Histórico; Conceito (Saúde, Assistência Social e Previdência Social)
Fontes
• Constituição Federal de 1988 (Art. 194 à 204) -> temos também a emenda constitucional n° 103 que trouxe algumas reformas. (O texto da emenda constitucional tem vários artigos próprios que não foram adicionados ao texto constitucional). 
• Lei 8212/91 – Lei da Organização e Custeio da Seguridade Social;
• Lei 8213/91 - Plano de Benefícios da Previdência Social;
• Decreto nº 3.048/1999 - Regulamento da Previdência Social. (Alterado pelo Decreto 10.410/2020 – atualizações em razão da Reforma da previdência)
Os três selecionados sofrem muita atualização. 
• Instruções Normativas do INSS. -> quem for advogar na área tem que focar nisso, principalmente a In. N° 77.
• Leis Complementares 108 e 109 de 2001 e Lei 12.618/12 – Previdência Complementar. -> para os concurseiros é necessário estudar isso. 
Obs: em direito previdenciário a regra é: a lei do tempo rege o ato (tempus regit actum). Isso significa que quando se pega uma situação de direito previdenciário para analisar, tem que utilizar a legislação daquele período. (no tempo da celebração do negócio). 
Obs: às vezes o ADV. É contratado para fazer um planejamento previdenciário, ou seja, saber qual caminho deve seguir. 
Regime geral: INSS - regime do celetista (carteira assinada e tal). 
Regime próprio de previdência: regime vinculado a um ente público. 
Há divergência entre esses regimes? Nós estudamos sobre o regime geral de previdência. Se fossemos ter aula do regime próprio teríamos que estudar cada regime próprio, já que têm particularidades. Fora que os conceitos e as bases do regime geral são aplicados no regime próprio. Então, vamos estudar o regime geral, por ser a base de tudo. (Se receber um cliente que é de um instituto tem que procurar a lei do respectivo instituto para saber como funciona lá).
Seguridade Social História e origem no Mundo
• Na Inglaterra, a Lei dos Pobres da Inglaterra de 1601 – consolidou a ideia de que a Previdência era de responsabilidade do Governo.
• A Constituição mexicana de 1917 - considerada como a primeira Constituição social do mundo que incluiu em seu texto a Previdência Social.
• A Alemanha teve o primeiro ordenamento legal que tratou sobre a Previdência Social editado por Otto Von Bismarck em 1883, e na Constituição Alemã de Weimar de 1919 os direitos trabalhistas e previdenciários são elevados ao nível constitucional de direitos fundamentais, influenciando as demais constituições ocidentais e servindo de fundamento para o Pacto Internacional dos direitos econômicos, sociais e culturais de 1966.
 
• Nos Estados Unidos Roosevelt pautado na doutrina do “Welfare State” (Estado do bem estar social) estabelece o “Social Security Act” em 1935, visando diminuir os problemas sociais acarretados pela crise econômica de 1929.
1ª FASE:
A Constituição do Império de 1824 tratou apenas dos socorros públicos.
Constituição brasileira de 1891: foi a primeira a conter a expressão “aposentadoria”, que era concedida a funcionários públicos, em caso de invalidez permanente.
Lei Elói Chaves (Decreto Legislativo n. 4.682/1923) - Responsável pela criação das caixas de aposentadorias e pensões para os ferroviários, gerida pelas empresas, autorizadas por lei. MARCO INICIAL da PREVIDÊNCIA NO BRASIL.
2ª FASE
1930 – Criação do Ministério do Trabalho
1933 – Unificação das CAP’s e substituição pelos IAP’s (Institutos de Aposentadorias e Pensões) de acordo com a categoria profissional, organizada por meio de autarquia federal. (Estado assume a administração por categoria de trabalhadores, perdura até final da década de 50).
1934 - A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer a forma tríplice da fonte de custeio previdenciária, com contribuições do Estado, do empregador e do empregado. Foi, também, a primeira Constituição a utilizar a palavra “Previdência”, sem o adjetivo “social”.
3ª FASE 
1946 - A Constituição de 1946 foi a primeira a utilizar a expressão “previdência social”, substituindo a expressão “seguro social”. E ainda na CF/46, foi incluído, em 1965, parágrafo proibindo a prestação de benefício sem a correspondente fonte de custeio.
1960 - A Lei nº 3.807/60, unificou toda a legislação securitária e ficou conhecida como a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS).
1963 - Instituição do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL), instituído pela Lei nº 4.214/63.
1966 - INPS (Instituto Nacional da Previdência Social – Decreto 72/1966, começando a funcionar em janeiro de 1967) – Unificação e uniformização da legislação dos IAP’s.
Lei nº 5.316/67 - integrou o seguro de acidentes de trabalho à previdência social.
L. C. nº 11/1971 - instituiu o Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL), de natureza assistencial, cujo principal benefício era a aposentadoria por velhice para o trabalhador rural, após 65 anos, equivalente a 50% do salário mínimo de maior valor no País.
Cada profissão tinha sua caixa de previdência durante um tempo e tal. (A professora não vai falar disso). 
 
4ª FASE
1977 - Lei n. 6.439/1977, criou do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS) que possuía várias entidades tais como INPS, INAMPS, que tratava dos serviços de saúde, IAPAS, que arrecadava e fiscalizava a contribuição, a CEME (Central de Medicamentos), a LBA (Legião Brasileira de Assistência), a FUNABEM (Fundação Nacional do bem-estar do menor) e a DATAPREV, que existe até hoje, e gere os dados da previdência.
CF/1988, a seguridade social fica estabelecida na forma do art. 194 (veremos a seguir).
1990 – Lei 8.029/90 institui o INSS, que unifica as entidades que formavam o SINPAS (INPS + IAPAS), mantendo em separado apenas o DATAPREV. E concede os benefícios da previdência social e o “BPC”.
Lei nº 8.080/90 – que criou o SUS (Sistema Único de Saúde), extinguindo o INAMPS.
SEGURIDADE SOCIAL: “Art.194CF/88
Conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da Sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos à ...”
● Saúde: não precisa pagar. É direito de todos e dever do Estado. (Brasileiro, estrangeiro residente ou não - abarca tudo). 
● Assistência Social: Só para quem dela necessitar. Também não paga nada. Mas na saúde é para todos e aqui é só pra quem precisa. Tem o CRAS (Cad Único). Assim como a saúde tem o SUS (PA (menos avançado) e hospital (mais avançado)). Aqui tem-se os CRAS (família intacta - não teve rompimento familiar, mas precisam da ajuda do Estado) e CREAS (violência contra idosos, crianças e tal. É mais avançado que o CRAS. Há uma quebra do vínculo familiar). Se o idoso não tem mais vínculo familiar algum, vai para as casas de repouso e tal, sendo acolhidos pelo Estado (também é mais avançado isso). 
● Previdência Social: é contributiva. Tem que pagar para usar a previdência. 
Obs: a saúde está ligada a previdência e a assistência. Por exemplo, não sabe que tem que pagar a previdência e aí acontece um acidente que impossibilita a pessoa de trabalhar. Então, como essa pessoa vai viver se não contribuiu para a previdência? No caso vai "ficar" com a assistência. Porém, a assistência cai no bolso de todos nós. E na previdência o camarada colabora pelo menos um pouco. 
Obs: A saúde tem verba vinculada na Constituição. A previdência tem verba vinculada, a gente contribui com um pouco e o Estado com o resto. Já a assistência não tem verba vinculada então pode ser tirada a assistência por um órgão executivo. 
Obs: se não paga nem um real para a previdência, não se aposenta. Simplesmente cai na assistência. Ex: BPC / loas. 
Obs: temos 6 modalidades de segurados. E em cada uma delas a contribuição será feita de forma diferente e com alíquotas diferentes. 
1- Saúde: Direito de Todos e dever do Estado, independente de contribuição para o custeio. (Art. 196 CF/88) (Lei 8.080/90)
2- Assistência Social: Será prestada a quem dela necessitar (impõe o preenchimento de requisitos legais), independente de contribuição para o custeio.(Art.203 CF/88) (Lei 8.472/93)
3- Previdência Social: Direito subjetivo dos SEGURADOS e seus dependentes, depende de contribuição independente da condição social.
SAÚDE
SAÚDE –direito de todos e dever do Estado. Independente de filiação e contribuição, é indenizável.
Princípios e diretrizes:
I - acesso universal e igualitário;
II – provimento das ações e serviços mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sistema único (SUS - Lei nº 8.080/90);
III descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
IV - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas;
V – participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento; e
VI - participação da iniciativa privada na assistência à saúde (forma complementar).
Participação do setor privado - art.199 CF.
A contratação deve ocorrer quando insuficiente o serviço público prestado, por contrato ou convênio precedidos de licitação, com preferência para as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos;
Tem natureza de serviço público por delegação e as empresas e dirigente estão sujeitos à lei 8.429/92 – improbidade administrativa;
Regulada pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar (autarquia criada pela lei nº
9.961/2000). 
Súmulas do STJ: 469-“Aplica-se o CDC aos contratos de Plano de Saúde.” e 302 “É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado.”
Meio ambiente do Trabalho é competência do SUS.
● Controle de substâncias psicoativas
● Vigilância sanitária
● Saneamento básico
● Medicamento
● RH na área de saúde
● Controle nutricional de alimento
● Desenvolvimento científico
Vedado capital estrangeiro, salvo autorizado por lei.
Recurso mínimo 15% receita corrente líquida (E.C.86/15) – União.
Para Estado, DF e Municípios LC 141/2012.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Assistência Social – “está garantida a quem dela necessitar, independente de contribuição.” (art. 203 CF).
Possui um Sistema Único de Assistência Social – SUAS regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei Nº 8.742, de 7/12/1993.
“não é meramente assistencialista, porque não se destina a dar socorro provisório e momentâneo ao necessitado. Pretende a Constituição Federal que a Assistência Social seja um fator de transformação social.” (SANTOS, Marisa Ferreira, 2015).
Poderão vincular até 0,5% de sua receita (Estados e DF).
Objetivos da Assistência Social (CF):
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso – BPC 
Objetivos (LOAS):
I - a proteção social;
II – vigilância socioassistencial;
III – defesa de direitos.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Visa resguardar o Beneficiário dos seguintes Riscos Sociais (art. 201 CF):
O beneficiário pode ser o segurado (quem paga) e o dependente (recebe os benefícios).
A previdência é uma espécie de seguro. 
Obs: ninguém paga seguro querendo receber de volta. Então tem que pagar a previdência sem esperar receber de volta. E sem achar que vai "tomar água de coco na praia".
A previdência é pra dar o mínimo necessário para sobreviver, caso fique impossibilitado de trabalhar. Se não pagar, vai ter que ir para assistência.
No caso do pipoqueiro, se ele pagasse a previdência, por ele ter filhos menores de idade, se ele morresse com a explosão, os filhos dele receberiam seguro por morte. 
Doença, invalidez, morte, idade avançada, maternidade, desemprego involuntário (não é pago pelo INSS), encargos familiares (Salário-família e auxílio- reclusão).
OBS: Tempo de contribuição não é risco social. -> não importa se contribuiu por 30 anos e tal. 
27/08/2021
Modelos de Previdência Social
O Brasil adota, em síntese, dois modelos de previdência social:
a) modelo de repartição simples, de caráter obrigatório e contributivo, fundamentado no princípio da solidariedade; e (RGPS e RPPS)
b) modelo de capitalização, considerado como um regime complementar, de caráter facultativo.
(Previdência privada/complementar)
A Seguridade Social como Direito Humano e a Teoria do Mínimo Existencial.
Direito Social segundo José Afonso da Silva são “Prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais.
São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade.”
Previdência x Dignidade x Mínimo Existencial.
Inaplicabilidade da reserva do possível.
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
REGIMES E PRINCÍPIOS 
Regimes da Previdência Social 
A previdência é uma só e a gente tem os planos básicos e os planos complementares. 
Nós temos o regime obrigatório e facultativo. 
Plano básico: obrigatório. A previdência social no Brasil é obrigatória.
Dentro do plano básico nós temos: o RGPS (regime geral de previdência social no Brasil) e o RPPS (regimes próprios da previdência social). 
(Nossa aula basicamente estuda o RGPS). 
Regime geral x regime próprio
O regime geral é para a população como um todo e o regime próprio são para os servidores públicos estatutários. Pois os servidores públicos celetistas vão se encaixar no regime geral, por exemplo, alguém que presta concurso para o Banco do Brasil, Banestes e tal, será um celetista, sendo assim do regime geral. 
No Brasil nós temos: Um regime próprio federal (para os servidores federais); cada estado e o DF possuem seus regimes próprios para os servidores estaduais. Já os municípios nem todos possuem regime próprio. Ex: Sooretama. (Os municípios que não têm regime próprio, vão cair no regime geral). 
Os dois regimes são obrigatórios, a professora, por exemplo, contribui para os dois. É obrigada a isso. 
1- RGPS:
O Regime geral de previdência social (RGPS) é de natureza pública, filiação obrigatória, repartição simples, benefício definido, caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, bem como do trabalhador e dos demais segurados da previdência social.
Qualquer pessoa que exerça um trabalho remunerado tem o dever de contribuir para a previdência, na condição de segurado obrigatório do RGPS.
Obs: o regime geral não é só para os celetistas. Pois tem gente que não trabalha de carteira assinada e são beneficiadas pelo regime geral. 
2-	O RPPS - regime próprio de previdência social. É de natureza pública, filiação obrigatória, repartição simples, benefício definido, caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela E. C. nº 103/19) Alterações pela Reforma ficam para a aula de regime próprio.
Obs: a EC 103 abriu a possibilidade de que cada regime próprio criasse uma série de regras próprias. Devendo estudar apenas aquele que interfere em você. Quando passar num concurso, quando estiver contribuído para um regime desses ou quando estiver com um cliente sobre tal regime ou quando você vai fazer uma prova e cai tal regime (só assim pra estudar). (ART. 40 e seguintes da CF). -> regime próprio é uma mistura de direito previdenciário e direito administrativo. 
SÃO FACULTATIVOS.
Organizado sob o regime de capitalização (formando um fundo que mais tarde pagará os benefícios para aqueles chamados "assistidos“)
Planos complementares são os pontos facultativos. 
 Previdência complementar Privada- Art. 202 da CF e Lei Complementar 109/2001 – regras gerais.
O plano complementar privado é facultativo. Qualquer pessoa pode ir a um banco, instituição financeira, seguradas e tal. E estabelecer um plano complementar privado. 
É um complemento da renda. Por exemplo, fazer um "puxadinho" para alugar e ter uma renda extra. É um plano de investimento, podendo ser por meio de instituições financeiras (bancos) também. Esse seria um plano complementar privado, não cabendo as regras de direito previdenciário. Exceto, a lei complementar 108 e 109 que vai regular algumas coisinhas, mas regra geral é relação contratual. 
- 	Aberta (Qualquer pessoa pode participar)
- 	Fechada (Restrita à um grupo de pessoas. EX: Petros.)
 	Previdência complementar Pública (L.C. 108/2001) -> o concursado só vai contribuir sobre o teto do regime geral. (Isso é para limitar o valor da previdência. Isso era para equiparar com o celetista). 
No regime próprio você contribui para o resto da sua vida. 
Plano complementar público: historicamente o indivíduo fazia concurso para a magistratura pública, com salário inicial de 25 mil reais e ele contribuia sobre esse valor todo, para que ele aposentasse podendo receber esse valor todo (isso no regime próprio), só que o teto da previdência no regime geral hoje é aproximadamente 6 mil e cento e poucos reais, então hoje, mesmo que ganhe 20 mil onde trabalha, só vai contribuir sobre o limite que é de 6 mil cento e poucos reais, então se precisar de um regime previdenciário ele vai tá limitado ao teto. Porém, a previdência começou a não aguentar os valores do regime próprio, pois são altos para ela suportar, então tivemos uma alteração Constitucional que é a seguinte: se o ente público criar um plano complementar público ele pode estabelecer um limite pra aposentadoria no regime próprio de previdência social no teto igual ao regime geral de Previdência social, ou seja, no mesmo valor do regime geral (valor atualizado nesse momento).
Obs: se não quiser receber esse valor por ser abaixo do que recebe no "serviço", pode fazer um regime complementar privado? Deve. Para manter sua qualidade de vida. Independente de qual seja o plano de regime complementar que escolher. 
Fechada (Restrita aos servidores públicos amparados por regime próprio).
 	Art. 40 §§ 14, 15 e 16 da CF/88:(Redação dada pela E. C. nº 103/19) Alterações pela Reforma ficam para a aula de regime próprio.
 	Lei 12.618/2012 - Institui o regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo.
 PRINCÍPIOS
 (Art. 194§ único CF e a Lei 8.212/91 art. 1º paragrafo único)
I - Universalidade da cobertura e do atendimento; (ideal)
É o ideal que a previdência almeja alcançar. (A previdência deseja prever a proteção de todos os riscos sociais). 
• 	universalidade objetiva (cobertura): Todos os riscos sociais receberão a cobertura. Fatos e situações que geram as necessidades básicas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e morte. (Seguridade social ideal) (atender a todos esses riscos). 
• 	universalidade subjetiva (atendimento) abrange todas as pessoas, pois é considerado um direito humano. (É universal. Só atende para quem contribui e é obrigatória para quem é segurado. Se trabalha e gera renda, tem que contribuir.). Obs. Renda de investimento financeiro não é renda laboral. Ex: renda de um aluguel (não paga o INSS, só paga o que vem do salário). É universal pois atende a pessoa que facultativamente contribui para a previdência, além das que precisam (obrigação) contribuir. 
É universal, porque qualquer pessoa pode se filiar à previdência, se ela não se enquadrar nas hipóteses de segurado (segurado empregado, doméstico, avulso, contribuinte individual) ela pode se filiar como facultativo (não trabalha, mas quer ser filiado). Aí pode ir lá e pagar a previdência. 
 II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais Princípio da Igualdade forma/material. Exemplo: Diferença constitucional no tratamento dos trabalhadores rurais que exercem atividades de economia familiar e aposentadoria em idade menor.
Antes da CF/88 tínhamos uma regra para urbana e rural. Com a CF/88 essas regras foram unificadas. 
III	- Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços
Se o Estado não tem condições de pagar certos benefícios para todo mundo ele seleciona algumas pessoas para pagar os benefícios. No caso são o auxílio reclusão e o salário família (sendo somente para beneficiário de baixa renda). Obs: beneficiário de baixa renda NÃO é a mesma coisa que família de baixa renda. 
Princípio da Igualdade só material.
• 	Compreende o atendimento prioritário aos mais carentes; 
Exemplo, os benefícios salário família e o auxílio reclusão só serão pagos àqueles segurados que tenham renda mensal inferior a R$ 1.503,25 (janeiro 2021); (só atendem os segurados de baixa renda) -> quem recebe até esse valor são segurados de baixa renda. Os dependentes desses segurados vão receber auxílio reclusão. Obs: há quem entende que é inconstitucional o fato do segurado não ser de baixa renda e ser preso, e os dependentes não poderem receber o auxílio reclusão. Pois não significa que os dependentes não precisam de auxílio. 
Se a mulher recebe 5 mil reais e o marido 1 mil reais. Ele recebe salário família, ela não. Se ela for presa, o marido recebe auxílio reclusão, pois ele recebe só 1 mil reais, mas se o marido for preso, a mulher não recebe auxílio reclusão, pois ela recebe 5 mil reais (recebe acima do limite). 
IV	-Irredutibilidade do valor dos benefícios;
Os valores não podem ser reduzidos. 
O benefício previdenciário sempre vai ser atualizado pelo INPC. (Sempre mais baixo que o do salário mínimo)
Renda mensal inicial (RMI): recebe no começo. E com o passar dos anos perde em razão de benefício e não que vai diminuir o valor. 
A irredutibilidade dos benefícios da SEGURIDADE é nominal, ou seja, o valor expresso em números não pode ser reduzido; (como o salário mínimo e o benefício previdenciário atualizam por institutos diferentes, sendo que ao longo dos anos o salário mínimo enfrentou uma política de valorização, dessa forma ele cresceu (aumentou) mais que o benefício previdenciário que só aumenta por outro instituto (INPC) e ao longo dos anos o crescimento foi menor). Exemplo: alguém aposenta anos antes e recebe o equivalente a três salários mínimos da época, com o passar dos anos o salário mínimo aumentou, mas o benefício previdenciário aumentou por meio diferente do salário mínimo e sem a mesma proporção. (Benefício Previdenciário não tem a mesma atualização do salário mínimo). 
O STF entende que “o princípio da irredutibilidade é garantia contra a redução do “quantum” que se recebe, e não daquilo que se pretende receber para que não haja perda do poder aquisitivo em decorrência da inflação.” (RE263252)
“Princípio da preservação do valor real dos benefícios”: A previdência é protegida pelo princípio da preservação do valor real do benefício (Ver art. 201 § 4º). (Desde 2006 o reajustamento dos benefícios é feito anualmente pelo INPC art. 41-A da Lei nº 8.213/91)
 Sobre a arrecadação:
V-Equidade na forma de participação do custeio da seguridade;
Quem ganha mais paga mais. A alíquota mais baixa é 7,5% e quem ganha pouquinho paga mais ou menos isso. (Mesma regra do imposto de renda). 
Fundado no princípio da igualdade e da capacidade contributiva. Quem pode mais, paga mais, e quem pode menos, paga menos. Participação de acordo com a capacidade de pagamento. Ex: alíquota progressiva de contribuição.(Ver art. 195 § 9º.
Foi baseado nesse princípio, junto com esse dispositivo constitucional, que o STF entendeu ser constitucional o acréscimo de 2,5% que tem na contribuição básica das empresas em relação às instituições financeiras.
Sobre os segurados, os próprios empregados, trabalhadores avulsos e empregados domésticos têm alíquotas diferenciadas (7,5 até 14%) dependendo do valor do seu salário de Contribuição.
VI	- Diversidade da basede financiamento;
Todo mundo contribui (empregado, empregador e o Estado). É uma pizza de três fatias. 
Art. 195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (...)
A ideia da Tríplice/tripartide forma de custeio (Empregadores, Trabalhadores e Estado) foi ampliada pela CF 88, pois a lei poderá criar outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (§4º do art. 195)
OBS: sobre aposentadorias e pensões do RGPS não incide contribuição;
Objetivos/Princípios (Art. 194§ único CF)
VII - Gestão quadripartite
Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo através de órgãos colegiados. (É quadripartite, pois participa os trabalhadores, os empregadores, os aposentados e o governo - 4 seres). 
Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) – art. 3º da Lei 8.213/91.
OBS: A saúde e a assistência social tem seus respectivos conselhos.
Outros princípios: 
• 	O princípio da solidariedade contributiva está previsto no art. 195, caput, CRFB/88 (pessoas físicas ou jurídicas contribuem e, às vezes, não recebem nada durante ou após o período de contribuição – Você contribui para o regime e não para você!) -> você contribui para o regime e não para você. Pois o nosso regime é um regime de repartição e não de capitalização então é uma solidariedade contributiva. 
• 	Princípio da pré-existência do custeio ou princípio da precedência do custeio ou princípio da contrapartida. Ele está previsto no art. 195, §5º, CRFB/88: Art.195. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. -> não pode criar benefícios se não tiver fonte de custeio para sustentar aquele benefício. (Princípio muito importante). 
• 	Princípio do valor mínimo (art.201, §2º), que diz que nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou rendimento do trabalho poderá ter valor inferior ao salário mínimo. (Apenas os benefícios previdenciários que vão substituir o rendimento do trabalho) -> é a respeito ao salário mínimo como renda substitutiva da manutenção da vida do indivíduo. Ele tem que garantir um salário mínimo. 
• 	Da recomposição monetária (Art. 201, §3º da CF) – Correção dos valores para realização dos cálculos para concessão dos benefícios. (Correção e atualização dos valores previdenciários na hora de fazer o cálculo dos benefícios). 
03/09/2021
SEGURIDADE SOCIAL 
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL BPC/LOAS 
BPC – Benefício de Prestação Continuada ​-> único benefício que envolve os operários do direito. 
Obs: o bolsa família é um benefício de transferência de renda (não é gerido pelo INSS e não têm atuação da advocacia). 
O BPC é gerido pelo INSS e tem muita atuação da advocacia. (a demanda de BPC tem sido cada vez maior). 
Art.203,V da CF/88, 20 e 21 da LOAS Lei 8.742/93.​ 
É muito comum ouvir que alguém aposentou sem nunca ter pagado ao INSS. Mas é possível alguém aposentar sem nunca contribuir? Não. Pois a previdência é contributiva e só se aposenta se contribuir. Alguém que recebe sem nunca ter contribuído para o INSS recebe o BPC. (Se recebe 13°, é aposentado. Se não recebe 13°, recebe BPC). 
Visa ao enfrentamento da pobreza, à garantia da proteção social, ao provimento de condições para atender contingências sociais e a universalização dos direitos sociais.​
O INSS é o responsável pela operacionalização processamento do benefício. A União delegou essa atribuição ao INSS. ​
É um benefício assistencial e não vai gerar pensão por morte e Abono anual. ​-> abono anual é o mesmo que 13° (não recebe por ser um benefício assistencial - não contribuiu para a previdência).
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL PARA O IDOSO E PARA O DEFICIENTE - BPC/LOAS.​
Requisitos para recebimento do benefício:​ (pessoa que necessita). 
O que a lei considera como requisito para ser idoso e como requisito para ser pessoa com deficiência?​
1. Idoso, maior de 65 anos e renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo.​ (O estatuto do idoso trata o idoso como maiores de 60 anos. Mas para receber o BPC tem que ter mais de 65 anos). 
2. Pessoa com Deficiência e renda per capita familiar inferior a ¼ do salário mínimo. ​(Renda per capita é de cada indivíduo dentro da família) - deficiência de longo prazo, física, mental, intelectual ou sensorial. 
O art. 20 da Lei nº 8.742/93: § 2º “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com diversas barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”​ -> existe uma tabela e o médico vai detalhar um laudo com base nessa tabela. (Devendo o advogado quando quiser questionar o laudo da perícia do INSS, usar os mesmos parâmetros que o médico da perícia do INSS usou). 
Centro de referência de assistência social (CRAS) - os CRAS dos municípios tem uma equipe psicossocial que visita as famílias para ver "como estão as pessoas". O juiz vai se basear para tomar a decisão da deficiência por meio dos dados no Cadúnico (onde nas visitas verificam se aquela família realmente precisa daquela assistência. As visitas é para confirmar o que está no laudo e etc.). 
O benefício é precário e pode ser revogado a qualquer momento. Então se muda as situações de miserabilidade, muda as situações de recebimento do benefício. Então o governo tem que fazer essas verificações para saber se continua precisando do benefício. 
§10 – impedimento de longo prazo “aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.”​
Histórico do §3º art. 20 da Lei nº 8.742/93: ​
Desde de 1993, quando a lei entrou em vigor o critério de miserabilidade é o mesmo = ¼ do salário mínimo.​ -> na época ¼ do salário mínimo era um valor totalmente diferente de agora. Até porque tem quase 30 anos isso. A política financeira do Brasil mudou. 
STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial do artigo 20, § 3º, da LOAS, assim, a existência de miserabilidade deverá ser analisada no caso concreto com base em critérios subjetivos, podendo a comprovação da renda ser feita por outros meios probatórios.​ 
INSS em observância ao princípio da legalidade cumpre com os ditames da Lei n. 8.742/93 concedendo o BPC somente àqueles que se enquadram nos requisitos da lei ou por decisão judicial. ​-> ex. Da família recebendo 5 mil por mês, mas tem um filho que é deficiente e com todos os gastos com o filho os 5 mil não são suficientes para suprir esses gastos. Então, na esfera judicial pode usar isso como argumento. Na esfera administrativa não pode. 
Lei 13.981 de 24 de março de 2020, alterou o artigo 20, § 3º, da Lei 8.742/93 ampliando a renda mensal per capita para ½ (meio) salário mínimo, de modo a ampliar o número de pessoas que passariam a ter direito ao BPC. (Patamar de ½ salário mínimo foi sugerido em alguns julgados do STJ)​ -> o INSS não daria conta de pagar o benefício para todo mundo que necessita do benefício. 
O presidente da república impetrou a ADPF 662 MC/DF sendo acolhida como ação direta de inconstitucionalidade pelo Ministro Gilmar Mendes do STF, que por medida cautelar suspendeu a eficácia do artigo 20, § 3º, da Lei 8.742/93 com redação dada pela Lei 13.981 por não ter contemplado a indicação da correspondente fonte de custeio da majoração do BPC.​ -> deveria ser pelo menos a metade de um salário mínimo.
Como estamos em 2021...​
As alterações do §3º art. 20 da Lei nº 8.742/93: ​
§ 3º Observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei, terão direito ao benefício financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa com deficiência ou a pessoa idosa com renda familiar mensal per capita igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº14.176, de 2021)​. -> o INSS deve seguir a lei. (Critério objetivo). 
Obs: se for negado o INSS na esfera administrativa, a pessoa pode entrar na esfera judicial com essa negativa. Mas se não quiser entrar na esfera judicial, pode recorrer na esfera administrativa. 
Obs: o BPC não pode cumular com outro benefício. Ex: BPC com aposentadoria não pode. 
Obs: mais de uma pessoa da família pode receber o BPC. Pois a renda familiar é a renda da família e o BPC não está incluso nessa renda (não soma com a renda para fins da miserabilidade - o BPC não é renda é benefício). Ex. Da Dona Maria: 3 filhos com deficiência e dona Maria que tem mais de 65 anos. 
Art. 20-A. 	 (Revogado pela Lei nº 14.176, de 2021) (que tratava da ampliação do critério de miserabilidade para casos de COVID)​.
BPC/LOAS - Processo Judicial​
Principais motivos de judicialização:​
1- Não demonstração de deficiência de longo prazo​. (Da situação de pessoas com deficiência). 
2- Renda per capita familiar que atinge ou supera ¼ salário mínimo.​
Sobre o item 2 falamos no histórico acima.​
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL PARA O IDOSO E PARA O DEFICIENTE - BPC/LOAS.​
Será preciso comprovar, para ter direito ao benefício de um salário mínimo, a situação de necessidade de assistência, demonstrando não haver condições de prover o seu sustento ou de tê-lo provido por sua família em ambos os casos (CadÚnico).​ (Isso é visto por meio do Cadúnico)
A concessão do benefício para o deficiente ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).​
O Estatuto do Idoso exclui do cômputo, para o cálculo da renda per capita, o BPC já concedido a outro idoso do mesmo grupo familiar. ​ (O BPC em si não é considerado renda familiar). 
Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita.​ (Estágio não é renda familiar) 
A pessoa com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, o benefício BPC será suspenso pelo órgão concedente. (Se a situação não melhorar (não der certo no mercado de trabalho), ela pode voltar a receber o benefício, por isso fica apenas suspenso e não extinto, aí pode retornar ao benefício). Exceto a contratação de PCD como aprendiz, por 2 anos.​ (Pessoa com deficiência). 
Extinta a relação trabalhista ou a atividade empreendedora do deficiente, poderá ser requerida a continuidade do pagamento do benefício suspenso, sem necessidade de realização de perícia médica ou reavaliação da deficiência e do grau de impedimento para esse fim.​
A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência​. (Quando é acolhido pelo município no asilo (casa lar / casa de repouso), o Estado cuida dela. E ainda assim ela pode receber o BPC.)
O BPC:​
· não está sujeito a desconto de qualquer contribuição; ​
· deve ser revisto a cada 02 (dois) anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem; ​
· será devido a partir da data da entrada do requerimento (DER)​ (liga 135). 
· será suspenso se identificada qualquer irregularidade na sua concessão ou manutenção, ou se verificada a não continuidade das condições que deram origem ao benefício. (Se a pessoa ganha na loteria, se a pessoa curou da deficiência e tal). 
O pagamento do benefício cessa: ​
1. em caso de morte do beneficiário; ​(morte presumida ou ausência). 
1. em caso de morte presumida ou de ausência do beneficiário, declarada em juízo; ou ​(o cartório já informa o INSS, pois antigamente as famílias demoravam a informar sobre a morte da pessoa. Então os cartórios comunicam o INSS. E por ser assistencial não tem pensão por morte). 
1. em caso de constatação de irregularidade na sua concessão ou manutenção. ​
O beneficiário ou seus familiares são obrigados a informar ao INSS a ocorrência das situações acima.​ (Mesmo com o cartório informando é dever da família informar).
O BPC da assistência social não pode ser acumulado com qualquer outro benefício da seguridade social ou de outro regime, inclusive seguro-desemprego, salvo o pensão especial de natureza indenizatória.​ (Natureza indenizatória são casos muito raros. Muito específicos. Ex: os portadores do zika vírus receberam uma pensão e tal pela situação caótica e o caso do Césio-137).
Qualquer pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, especialmente os Conselhos de Direitos, os Conselhos de Assistência Social e as organizações representativas de pessoas com deficiência e de idosos, é parte legítima para provocar a iniciativa das autoridades do Ministério do Desenvolvimento Social, do INSS, do MP e dos órgãos de controle social, e para lhes fornecer informações sobre irregularidades quando for o caso.​
Alteração da Lei 14.176/2021 ​
Art. 40-B. Enquanto não estiver regulamentado o instrumento de avaliação de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a concessão do benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação do grau da deficiência e do impedimento de que trata o § 2º do art. 20 desta Lei, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas, respectivamente, pela Perícia Médica Federal e pelo serviço social do INSS, com a utilização de instrumentos desenvolvidos especificamente para esse fim. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)​
Art. 40-C. Os eventuais débitos do beneficiário decorrentes de recebimento irregular do benefício de prestação continuada ou do auxílio-inclusão poderão ser consignados no valor mensal desses benefícios, nos termos do regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)​ (se a pessoa irregularmente recebeu algum benefício). 
BPC/LOAS - Processo administrativo​
Códigos de concessão:​
87 – Amparo assistencial ao portador de deficiência​
88 - Amparo assistencial ao idoso​
Instrumentos utilizados:​
PORTARIA CONJUNTA MDSA/INSS Nº 1, DE 03/01/2017 disponível no link - Regulamenta regras e procedimentos de requerimento, concessão, manutenção e revisão do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC. https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/20575033/do1-2017-01-04-portaria-conjunta-n-1-de-3-de-janeiro-de-2017-20574928 ​
CAD Único – atualizado nos últimos 2 (dois) anos, e o INSS confrontará as informações referentes à renda com outros cadastros ou bases de dados de órgãos da administração pública disponíveis, prevalecendo as que indiquem maior renda.​
Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF. Disponível no link http://www.periciamedicadf.com.br/cif2/cif_portugues.pdf​
Indispensável para o parecer médico-pericial.​
INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 77, DE 21/01/2015. Estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência Social. Disponível no link http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/38/inss-pres/2015/77.htm​
Sobre Parecer Social: “Art. 409 - Os recursos técnicos utilizados pelo Assistente Social são, entre outros, o parecer social, a pesquisa social, o estudo exploratório dos recursos sociais, a avaliação social da pessoa com deficiência aos requerentes do Benefício de Prestação Continuada - BPC/LOAS”​
O Anexo VI comtempla a possibilidade de solicitação de informações ao médico-assistente – SIMA para fins de avaliação médica.​
PORTARIA CONJUNTA MDS/INSS nº 2, de 30/03/2015.​
Laudos previstos no Anexo I e II comtemplam os critérios para a Avaliação Social e para a Avaliação Médico-pericial para maiores de 16 anos e menores de 16 anos. Disponível no link http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/assistencia_social/portarias/2015/portaria_conjunta_INSS_2_2015_BPC.pdf ​
O formulário de Solicitação de Informações Sociais – SIS previsto no Anexo V da referida portariaserve para instrumentalizar a coleta e subsidiar a avaliação social.​
OBS: não constitui exigência para concessão do benefício a interdição judicial (total ou parcial), observando-se as regras do procedimento de tomada de decisão apoiada previsto no art. 1783-A do Código Civil.​
10/09/2021
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS: SEGURADOS, DEPENDENTES FILIAÇÃO, INSCRIÇÃO E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO. 
 Beneficiários da Previdência Social:
Art.11 da Lei nº8.213/91, Art.12 da Lei nº8.212/91 e Art. 9º Dec. 3048/99.
Beneficiário = Segurado + Dependentes 
· Cada detalhe traz variáveis enormes para cada um dos benefícios. Se é professor vai ser de um jeito; se for empregado vai ser estipulada uma certa alíquota. Então saber a qual categoria o seu cliente pertence é importantíssimo (em especial nos casos de aposentadoria, até porque a pessoa pode ter sido empregado, avulso e empregado doméstico durante toda a sua vida e tal). 
Beneficiário é gênero: temos o segurado (quem paga) e o dependente (não paga nada, mas recebe porque o segurado paga). O dependente só recebe pensão por morte e auxílio reclusão (só recebe quando não tem como pagar ao segurado). 
1- Dependente
2-	Segurados podem ser:
2.1 - Obrigatórios (são os que bancam a previdência).
• 	Empregado;
• 	Trabalhador Avulso;
• 	Empregado Doméstico;
• 	Contribuinte Individual;
• 	Segurado Especial. (É uma exceção. Pode receber benefícios previdenciários sem nunca contribuir para a previdência). 
OBS: É importante identificar corretamente pois afetará diretamente no custeio. -> pois pode indicar ao cliente o modo errado e o cliente pode acabar pagando mais que deveria. 
2.2 - Facultativos (não 	exerça atividade de vinculação obrigatória - Ver art. 11 §1º do Dec. 3.048/99)
Não exerce atividade laboral que incide o INSS. Ex: ter um puxadinho e manter alugado. (Vive de renda). 
Ele não é obrigado a contribuir, mas pode contribuir se quiser. Pois se em algum momento não ter como mais "viver de renda", se contribuir para previdência, pode até mesmo se aposentar ou então para ter seguro. 
O estagiário só se lasca e não tem direito a previdência. (Nos contratos de estágio tem uma apólice de seguro, pois o estagiário não é segurado pela previdência). -> o estagiário ele contribui facultativamente. 
Obs: se for atividade laboral é obrigatório contribuir.
Obs: É importante saber classificar, pois dependendo da atividade a pessoa vai contribuir com um valor diferente. Também é bom saber, pois às vezes exerce atividade laboral e não contribui para a previdência (é o caso do contribuinte individual. Ex: advogado). A diferença entre o contribuinte individual e os demais segurados obrigados é que o individual não é fiscalizado, ninguém bate na porta dele cobrando, mas ele tem que pagar, pois se a receita federal pegar, ele tá lascado. 
 Atenção!
Segurado Obrigatório = filiação compulsória a partir da execução de atividade laboral remunerada.
Não alcança remuneração sobre o capital (ex: aluguel e renda de investimento).
Somente pessoa física pode ser segurado. -> não existe empresa segurada. E o MEI (micro empreendedor individual) - contribui, mas não é para a empresa e sim para o CPF, para a pessoa física. 
Segurados obrigatórios: empregado
Regra geral, o segurado obrigatório é quem tem carteira assinada. 
• 	Definição da CLT - pessoalidade, caráter não eventual, subordinação e onerosidade.
• 	O Art.11, I da Lei nº8.213/91 elaborou uma lista de trabalhadores que se enquadram nessa categoria. Os que se enquadram no conceito da CLT com certeza serão segurados, mas há trabalhadores que mesmo não se enquadrando na CLT são segurados.
Observações por alínea:
a)	Aqui estão incluídos os empregados rurais (art. 11, I, a).
Observe que o trabalhador rural pode ser:
1- Empregado Rural. -> está se referindo ao camarada que trabalha na roça de carteira assinada. (O fazendeiro em si é contribuinte individual, quem o fazendeiro contrata para trabalhar pra ele é o empregado rural). O fazendeiro pode ter um trabalhador avulso também. 
Características de emprego: Pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade. 
2-	Trabalhador Avulso Rural
3-	Produtor Rural – Segurado Especial (mais comum) -> não tem contrato de trabalho com ninguém e nem tem as características de emprego. -> Nesse caso ele tem uma terrinha que pode chegar até 4 módulos fiscais. Nessa terrinha ele produz para o próprio sustento, tipo vendendo frutas e verduras e tal. Aí o dono da terrinha vai ter uma pessoa que vai poder ajudar no serviço por até 120 dias por ano. Para caracterizar que ele é segurado fiscal em 120 dias uma pessoa tem que ajudar ou 120 pessoas em um dia. Ex: precisa de duas pessoas, então aí vai ser 60 dias e não mais 120 dias. (Nesse caso cabe até as pessoas que fazem a colheita de café). 
Módulo fiscal (pesquisar). -> quanto maior o módulo fiscal maior a terra. 
4-	Produtor Rural Contribuinte Individual. 
Só não se enquadra na categoria de doméstico!
b)	Trabalhador temporário (necessidade transitória ou serviço extra).
Aqui se inclui também o contratado por tempo determinado.
c)	Brasileiro ou estrangeiro, (domiciliado) e contratado no Brasil para trabalhar no exterior, em empresa brasileira (agência ou sucursal).
d)	Presta serviço no Brasil a missão diplomática ou repartição consular, excluído o não-brasileiro sem residência no Brasil, e o brasileiro amparado pela respectiva missão diplomática ou repartição consular.
 e) Brasileiro civil que trabalha para a união no exterior em organismos oficiais brasileiros ou internacionais, dos quais o Brasil seja membro, mesmo se lá domiciliado e contratado, salvo segurado na forma da legislação do país de domicílio. (O brasileiro que trabalha para organismo internacional é contribuinte individual)
i) Empregado de organismos oficiais em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por RPPS.
 f) Brasileiro ou estrangeiro, contratado no Brasil para trabalhar no exterior em empresa com maioria do capital votante pertença a empresa brasileira.
 g) servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão na União, nos Estados, do Distrito Federal e nos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações (§13 art. 40 da CF).
j) exercente de mandato eletivo, desde que não vinculado a RPPS. (cuidado com as cumulações de cargo permitidas pela CF/88) Ex: Vereador pode continuar exercendo cargo público se compatível e pertencerá a 2 regimes o próprio e o geral
Obs: até a década de 90, quem tinha mandato eletivo contribuia de forma diferenciada (regime diferenciado). Hoje, se não tiver regime próprio por ter passado em concurso, vai cair no regime geral como todo mundo. 
Outros:
Obs: trabalhador intermitente está na modalidade empregado, pois tem as 4 características da relação de emprego. 
• 	Contrato temporário de trabalhador rural – safrista: contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei nº 5.889/73, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano.
• 	O menor aprendiz é segurado empregado, sendo definido o contrato de aprendizagem como contrato de trabalho especial. -> só pode trabalhar a partir dos 14 anos e só pode trabalhar como aprendiz. Sendo um segurado empregado, contribui para o INSS e recebe FGTS. 
Súmula 18 da TNU: Provado que o aluno aprendiz de Escola Técnica Federal recebia remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento da União, o respectivo tempo de serviço pode ser computado para fins de aposentadoria previdenciária.
Atenção que este cômputo será limitado até o dia 16/12/98 pois a E.C. nº 20/98 substituiu tempo de serviço para tempo de contribuição. (ver art. 76 da IN 77/2015)
 Segurados Obrigatórios: Doméstico
Trabalha como empregado para a família. 
Art.1º Lei complementar 150/15:
Se trabalha em até dois dias não é doméstico, é faxina. (É contribuinte autônomo e ele é que vai declarar, ou seja, contribuir para a previdência). -> contribui para a previdênciade acordo com a atividade laboral que exerce (o ADV. Tem que perguntar tudo ao cliente, até às faxinas que o cliente fez, pois pode fazer uma grande diferença). 
Se for empregado doméstico contribui com 8%. Se for segurado empregado contribui com 14% (modifica a alíquota). Por isso precisa saber direitinho.
● 	Aquele que presta serviços de forma contínua,
● 	subordinada,
● 	onerosa e
● 	pessoal e de
● 	finalidade não lucrativa
● 	à pessoa ou à família,
● no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana
 OBS: O Brasil ratificou através do Decreto Nº6.481/2008 a Convenção Nº182 da OIT, que trata das piores formas de trabalho infantil, em que não se pode trabalhar antes dos 18 (dezoito) anos, dentre elas está o trabalho doméstico.
Segurados obrigatórios: avulsos 
 Definição CLT: característica marcante da intermediação do OGMO ou do sindicato.
Para direito previdenciário o empregado avulso está sempre na categoria de segurado empregado.
• 	Art. 7º inc. XXXIV da CF/88 “igualdade de direitos entre trabalhador com vínculo permanente e o avulso.”
• 	Art. 9º, VI do dec. 3048/99 “aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra (se portuário) ou sindicato (para as demais atividades).”
Rol taxativo previsto no Decreto: a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco; b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); d) o amarrador de embarcação; e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto; h) o prático de barra em porto; i) o guindasteiro; e j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos.
• 	É dever do tomador do serviço o recolhimento das contribuições sociais , e o Trabalhador avulso goza de presunção de recolhimento das prestações previdenciárias.
• 	De acordo com o art. 10-A da Lei 9.719/98 “É assegurado, na forma do regulamento, benefício assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhadores portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que não cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei nº 8.213/91, e que não possuam meios para prover a sua subsistência.
Segurados obrigatórios: contribuinte individual
É aquele em que ele é a empresa dele mesmo ou é o dono de uma grande empresa. -> ele não se enquadra em nenhuma outra característica. 
 • Reunião 3 categorias – empresário, autônomo e equiparado a autônomo pela lei 9.876/99.
• 	São aqueles que fogem às regras dos anteriores(residual).
• 	Não possuem filiação automática. -> quando você é contratado em uma empresa, o seu vínculo com a previdência começa nesse momento, desde o primeiro dia de trabalho, a previdência já vai saber. (o contribuinte individual não tem ninguém pra informar pra previdência, assim a sua filiação para previdência vai surgir quando pagar a primeira guia). Ex: advogado que abre o próprio escritório. 
Obs: se o contribuinte individual antes de ser contribuinte individual foi empregado o seu cadastro no INSS vai ser diferente. Ex: advogado que já foi empregado de um escritório de advocacia e depois abriu o próprio escritório, dessa forma ele foi contribuinte empregado e contribuinte individual, assim ele vai contribuir para previdência nas duas atividades laborais que já exerceu.
a)	a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses dos §§ 9o e 10 deste artigo; É o produtor rural contribuinte individual.
b)	a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
Atenção: garimpeiro não é segurado especial mas possui o benefício de redução de 5 anos na aposentadoria nos termos do art. 201,II da CF/88.
c)	o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa; 
d) revogado.
 e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social;
f) 	o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração. (Atenção o síndico isento de taxa condominial é contribuinte facultativo);
g)	quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego;
h)	a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não;
Outros:
● 	O cooperado de cooperativa de trabalho;
● 	Condutor autônomo de veículo;
● 	Pessoa física que realiza obra de construção civil;
● 	Médico residente (e outras residências)
● 	Notário/tabelião
● 	Ambulante
● 	Pescador de médio e grande porte.
● 	Diarista doméstica. 
● 	Bolsista da Fundação Habitacional do Exército - FHE, mediante concessão de Bolsa de Complementação Educacional ou Bolsa de Iniciação Profissional (Art 22. da Lei 6855/80)
● 	Árbitro e auxiliar (Lei 9615/98)
● Membro de Conselho Tutelar (Art. 132 da Lei 8.069/90, quando remunerado)
Os antigos segurados empresários agora contribuintes individuais previstos na alínea “f”: 
EMPRESA CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
Sociedade Anônima S.A. Diretor não empregado
 	Membro do Conselho de Administração
 	Membro do Conselho Fiscal
Sociedade Limitada Ltda. O sócio gerente
 	O sócio cotista que recebe pró-labore
 	O administrador não sócio e não empregado
Sociedade em nome coletivo - Todos os sócios
Sociedade de capital e indústria - Todos os sócios
Firma Individual: Titular, o MEI
Cooperativa, associação, ou entidades afins associado eleito para cargo de direção, desde que seja remunerado.
Condomínio, Síndico, desde que receba remuneração ou isenção da taxa condominial.
Segurado Especial 
(§8º do art. 195 da CF) Art. 11, VII da Lei 8.213/91 - “a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo (limítrofe) a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros (máximo de 120 pessoas por dia §7º), na condição de:
Mais comum de contribuinte especial e o produtor rural.
O segurado especial pode ser beneficiário sem nunca ter contribuído, pois na maioria das vezes eles trabalham em um ambiente rural, às vezes o trabalho é pesado e tal, e antes a lei focava mais nos trabalhadores urbanos e os rurais, mesmo trabalhando igual burro ficava para escanteio. Por isso hoje tem essa coisa de segurado especial, podendo eles receberem sem nunca ter contribuído. 
Consegue ser segurado sem contribuir. Só vai contribuir com o excedente da produção que é comercializado, aí paga 2,5% se vender. 
a)	produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados (outorgante é contribuinte individual), comodatárioou arrendatário rurais, que explore atividade:
1.	agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais (mais a reserva legal);
2.	de seringueiro ou extrativista vegetal (sem limite de tamanho da terra) e faça dessas atividades o principal meio de vida;
b)	pescador artesanal ou a este assemelhado que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; que não utilize embarcação ou utilize embarcação de pequeno porte (arqueação bruta igual ou inferior a 20). -> 20 é a arqueação bruta da navegação (no caso seria de pequeno porte).
O segurado especial consegue contribuir para previdência sem contribuir pro INSS.
c)	cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo.
§ 6o Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
§ 8º Não descaracteriza a condição de segurado especial:
I 	– a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar;
II 	– a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 (cento e vinte) dias ao ano; 
III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado;
IV	– ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de programa assistencial;
V 	– a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei no 8.212/91;
VI	- a associação em cooperativa agropecuária ou de crédito rural; e 
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas.
§ 9o Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
I 	– benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio- reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de prestação continuada da Previdência Social;
II 	– benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar;
III	- exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou intercalados, no ano civil;
IV	– exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais;
V 	– exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais;
VI	– parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8o deste artigo;
VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social; e
VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da Previdência Social.
ALTERAÇÕES DA LEI n° 13.846/19
 Art. 38-A Lei 8.213/91 - O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), observado o disposto nos §§ 4º e 5º do art. 17 desta Lei, e poderá firmar acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital e municipal para a manutenção e a gestão do sistema de cadastro.
§ 1º O sistema de que trata o caput deste artigo preverá a manutenção e a atualização anual do cadastro e conterá as informações necessárias à caracterização da condição de segurado especial, nos termos do disposto no regulamento.
§ 2º Da aplicação do disposto neste artigo não poderá resultar nenhum ônus para os segurados, sem prejuízo do disposto no § 4º deste artigo.
§ 4º A atualização anual de que trata o § 1º deste artigo será feita até 30 de junho do ano subsequente.
§ 5º É vedada a atualização de que trata o § 1º deste artigo após o prazo de 5 (cinco) anos, contado da data estabelecida no § 4º deste artigo.
§ 6º Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de que trata o § 5º deste artigo, o segurado especial só poderá computar o período de trabalho rural se efetuados em época própria a comercialização da produção e o recolhimento da contribuição.
Art. 38-B. O INSS utilizará as informações constantes do cadastro de que trata o art. 38-A para fins de comprovação do exercício da atividade e da condição do segurado especial e do respectivo grupo familiar.
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da condição e do exercício da atividade rural do segurado especial ocorrerá, exclusivamente, pelas informações constantes do cadastro a que se refere o art. 38-A desta Lei.
§ 2º Para o período anterior a 1º de janeiro de 2023, o segurado especial comprovará o tempo de exercício da atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do art. 13 da Lei nº 12.188/10, e por outros órgãos públicos, na forma prevista no regulamento.
*Ou seja, feito pelos Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Sustentável e da Agricultura Familiar ou órgãos similares.
§ 3º Até 1º de janeiro de 2025, o cadastro de que trata o art. 38-A poderá ser realizado, atualizado e corrigido, sem prejuízo do prazo de que trata o § 1º deste artigo e da regra permanente prevista nos §§ 4º e 5º do art. 38-A desta Lei.
§ 4º Na hipótese de divergência de informações entre o cadastro e outras bases de dados, para fins de reconhecimento do direito ao benefício, o INSS poderá exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 106 desta Lei.
§ 5º O cadastro e os prazos de que tratam este artigo e o art. 38-A desta Lei deverão ser amplamente divulgados por todos os meios de comunicação cabíveis.
SEGURADO ESPECIAL - PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 Fundamento Art. 106 da Lei nº 8.213/91:
A comprovação do exercício de atividade rural será feita, complementarmente à declaração de que trata o art. 38-B, por meio de:
I 	– contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II 	– contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural; (revogado em 2019)
 III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde que homologada pelo INSS;
IV	- Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ;
V 	– bloco de notas do produtor rural;
VI	– notas fiscais de entrada de mercadorias emitidas pela empresa adquirente da produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperativa agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado como vendedor ou consignante;
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social decorrentes da comercialização da produção;
IX	– cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda proveniente da comercialização de produção rural; ou
X 	– licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra.
Em atendimento ao art. 112 da IN nº 77/INSS/PRES de 2017, não mais se utiliza a Entrevista Rural mas sim o cumprimento da PORTARIA CONJUNTA Nº 1 /DIRBEN/DIRAT/INSS de 7/08/2017.
Disponível em: https://www.inss.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/Declara%C3%A7%C3%A3o-do-Trabalhador-Rural.pdf
SEGURADO ESPECIAL - PROCESSO JUDICIAL 
Motivo típico de indeferimento do pedido administrativo: Inexistência de prova material contemporânea
São exemplos de documentos contemporâneos:
● 	Certidãode casamento que consta a profissão lavrador ou pescador;
● 	Certidão de nascimento com inteiro teor que consta a profissão lavrador ou pescador;
● 	Documentação da terra;
● 	Declaração de ITR;
● 	Cadastro no INCRA;
● 	Notas fiscais de aquisição de produtos agrícolas;
● Comprovante de residência do meio rural.
SEGURADOS FACULTATIVO: 
Quem pode se filiar como segurado facultativo?
Preencher 2 requisitos cumulativos: Maior de 16 anos, não ser segurado obrigatório, ou pertencente a regime próprio.
Art. 11 § 1º do RPS Dec. 3048/99 (lista exemplificativa):
I 	- a dona-de-casa;
II 	- o síndico de condomínio, quando não remunerado; 
III - o estudante;
IV	- o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V 	- aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI	- o membro de conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer regime;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa;
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
IX	- o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
X 	- o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e
XI	- o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria. (Ilegal pois todo aquele que exerce atividade remunerada deve ser segurado obrigatório).
Atenção!!!
A idade Mínima do Segurado Facultativo é 14 anos ou 16 anos?
Lei n.º 8.212/1991, Art. 14. = 14 ANOS Lei n.º 8.213/1991, Art. 13. = 14 ANOS
EC nº 20/98 = alterou o Art. 7.º, inciso XXXIII da CF para 16 ANOS.
O que responder?
1.	Nos termos da CF/88 16 anos; (correto posicionamento dominante da doutrina e do INSS). 
2.	Mas se a pergunta for “Conforme a Lei n.º 8.212/1991 ou a Lei n.º 8.213/1991” - 14 anos.
 Segurados Facultativos - Observações
Art. 11 § 2º do RPS - É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de RPPS, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
§ 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.
A inscrição do segurado facultativo não pode retroagir, não sendo permitido o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.
§ 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado.
17/09/2021
CONTINUAÇÃO 
Beneficiário é gênero as espécies são segurados e dependentes.
 Filiação
1-	Relação jurídica entre o segurado e o INSS. -> o ato de relacionar com a previdência. Não há um procedimento, não precisa de papel. É o ato jurídico em si. (Fez a entrevista de emprego, passou, e começa a trabalhar dia 05 e aí a empresa vai enviar a documentação para o INSS conforme os prazos previstos em lei. Aí o INSS vai te inscrever em tudo lá dentro. A sua filiação começa no momento em que você firma o contrato de trabalho.) (Caso dos empregados)
No caso do contribuinte individual e dos facultativos eles não têm ninguém para fazer o cadastro para eles, então vai se filiar na primeira contribuição em dia. -> nesses casos a filiação coincide com a inscrição, só valendo a partir desse dia. (Se não fizer assim a contribuição retroativa pode ou não servir para carência e afeta profundamente o valor do benefício e até mesmo o tempo necessário para a aposentadoria, por exemplo. Só não afeta se o benefício não for superior a um salário mínimo). -> o contribuinte individual pode contribuir só 11% ou até 20% do salário mínimo se quiser. A diferença do filiado é o valor que você almeja do seu benefício. Aí a depender da data inicial vai influenciar profundamente no benefício. Ex: Adv. (Formou e começou a advogar e resolve não pagar a previdência, porque não quer. Diferente do segurado empregado que começa a pagar no momento em que começa a trabalhar, a partir do fato gerador já começa a valer para ele a previdência, mas a previdência dele só vai efetivar a partir do momento em que o empregador dele fazer o cadastro junto ao INSS (a referência dele vai ser quando ele entrou no INSS. Ex. Se se acidentar no primeiro dia de trabalho já pode entrar no INSS). -> no caso de Adv. Pode contribuir com 11% e aí recebe um salário mínimo como benefício ou 20% que ele recebe mais (mas depende do que ele quer pra vida dele). O fato gerador vai começar do momento em que ele começa a contribuir, mesmo que já exerça a profissão há uns 3 anos. Nesse caso você pode pagar a retroativa (referente aos 3 anos que não pagou - mas vai afetar na carência, vai afetar profundamente no valor do benefício, pois dependendo do tanto que for pagar vai ser muito mais caro para o ADV). 
2-	Dela decorre os direitos e obrigações.
3-	É automática a partir do exercício da atividade remunerada no caso do segurados obrigatórios, independente 	 se 	houver contribuição ou inscrição.(regra)
Se uma pessoa sofre um acidente no primeiro dia e fica com sequelas graves, o percurso é considerado acidente de trabalho, para o INSS sua filiação ocorreu naquele dia.
4- Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas; 
5- Pode ser provada posteriormente, sendo considerado o tempo mediante pagamento das contribuições em atraso. 
6- Para os segurados facultativos é a partir da inscrição e do primeiro recolhimento.
INSCRIÇÃO
Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS (dados):
1- Do segurado empregado, avulso e doméstico é feito a partir da inscrição no FGTS pelo empregador. -> a inscrição ocorre quando o empregador cadastra o empregado no INSS (o dia da inscrição começa a contar).
2- Do Contribuinte Individual: feita diretamente no INSS ou, mesmo, através da internet. (OBS: A empresa tomadora de serviço e as cooperativas de trabalho e de produção são obrigadas a inscrever o CI que lhe prestar serviço.)
3- Do Segurado Especial: feita pela apresentação de documento que comprove o exercício da atividade agropecuária, pesqueira artesanal ou extrativista vegetal. Art. 17 § 7º. Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo. (Incluído pela Lei nº	13.846/19) 
4- Facultativo: Feita diretamente no INSS ou através da internet, com a apresentação de documento de identidade e declaração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório. 
Manutenção da qualidade de segurado
Manutenção ordinária: continuidade do trabalho e se estiver regular com as contribuições (contribuinte individual e facultativo).
(Enquanto contribui). O indivíduo arrumou o primeiro emprego da vida dele. Se for empregado, por exemplo, se torna segurado da previdência. Para manter a qualidade de segurado, tem que tá recebendo o pagamento. Aí enquanto trabalhar para tal empresa, enquanto houver retenção para o INSS é segurado da previdência.
(Segurados especiais. A ordinária sempre tem que lembrar do segurado especial que não paga a previdência, só precisa comprovar a condição de segurado especial. Agora esse segurado tem que ter um cadastro junto ao INSS. Porque antigamente ele esperava o tempo do benefício para provar, aí tem 2 anos que a lei determinou que esses segurados realizassem o cadastro e já informassem a condição mesmo que não precisa do benefício).
Manutenção extraordinária: Período de graça com a manutenção detodos os direitos da filiação (art. 15 da Lei nº 8.213/91). A extraordinária é de quando não contribui mais, porém ainda está no período de graça. E se sair do emprego amanhã? Ainda é segurado? A lei chama de "graça" (período de graça) ou a manutenção da qualidade de segurado. Nesse caso é necessário preencher alguns requisitos, aí depois que para de contribuir pra previdência a pessoa tem um período de graça, sendo um período em que você mantém podendo ser beneficiário da previdência. (Tecnicamente a pessoa paga uma apólice de seguro. Por exemplo, tem um mês que saiu da empresa e aí sofre um acidente que impede a pessoa de trabalhar, aí ela vai ser segurada.). A regra geral é que o período de graça dura de 12 a 36 meses.
I 	- sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício exceto do auxílio-acidente; (incluído pela Lei nº 13.846/19);
Obs. Auxílio acidente: pode voltar a trabalhar, mas não naquilo que trabalhava antes. E continua pagando o benefício. -> não mantém a qualidade de segurado, pois é uma verba indenizatória. 
(No próprio, quando aposenta continua pagando a contribuição mesmo recebendo benefício previdenciário).
II 	- até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; -> 12 meses para o segurado empregado, 6 meses para o facultativo e 12 meses para o individual. 
Obs: no regime geral enquanto você recebe o benéfico, você não contribui pra Previdência. Já no regime próprio, você continua contribuindo, mesmo recebendo um benefício. 
PRORROGAÇÃO:
1-	Para os trabalhadores com mais de 120 contribuições, há uma prorrogação para 24 meses. -> quem tem carteira assinada a mais de 10 anos pode aumentar para 24 meses. 
Obs: no caso de um servidor público morrer. Mesmo no regime próprio tem sim pensões, aposentadoria, salário maternidade e tal. 
2-	Pode ser acrescidos mais 12 meses (totalizando 36 meses se desempregado com o devido registro no cadastro nacional de emprego do Ministério do Trabalho (jurisprudência aceita outros meios de prova do desemprego). -> se passou os 24 meses e não conseguiu emprego o INSS só pede a comprovação que a carteira não está assinada e aí já ganha mais 12 meses) essa ordem pode mudar.
Até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou salário maternidade de qualquer segurado. (não está na Lei, mas na IN 77/2015) (Cabe as prorrogações legais)
Hipóteses que não cabem prorrogações:
III	- até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; -> (doenças infectos contaminosas, hoje não usa muito mais. É da época da hanseníase).
IV	- até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V 	- até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
Perda da qualidade de segurado
§ 4º do art. 15 da Lei 8.213/91 - A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos 	prazos fixados	neste 	artigo e seus parágrafos. -> (acabou o prazo de período de graça deixa de ser segurado).
OBS: O segurado pode recolher contribuições atrasadas referente ao período de graça.
 Atualização do Decreto 10.410/2020
Art. 13 do Decreto 3.048/99: Mantém a qualidade de segurado “II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E;” 
“§ 7º Para o contribuinte individual, o período de manutenção da qualidade de segurado inicia-se no primeiro dia do mês subsequente ao da última contribuição com valor igual ou superior ao salário-mínimo. -> (quando é individual se contribui com valor inferior ao mínimo antes da reforma era considerado um salário mínimo cheio, depois da reforma não pode mais, aí o INSS permite unificar a contribuição de dois meses para continuar como contribuinte) contribui esse mês, ai no dia 07 de outubro não contribui aí no dia 01 de novembro que o INSS considera que inicia o período de graça e a última contribuição tem que ser sobre o salário mínimo.
Ex. Diarista. Esse mês ela fez duas faxinas e cada faxina é 200 reais. Aí no mês que vem ela contribui mais que 200 reais. Antigamente poderia contribuir menos que um salário mínimo que ainda assim era entendido como um salário mínimo cheio. Depois da reforma ela não pode mais fazer isso. (Aí agora você pode unificar a contribuição de dois meses para dar o salário mínimo cheio. Mas se juntar pouco nos dois meses e no terceiro mês não conseguir contribuir aí já inicia o período de graça, pois o INSS vai entender que você não tá contribuindo mais). 
§ 8º O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupamento a que se referem o § 1º do art. 19-E e o § 27-A do art. 216.” “Art. 19-E. A partir de 13 de novembro de 2019, para fins de aquisição e manutenção da qualidade de segurado, de carência, de tempo de contribuição e de cálculo do salário de benefício exigidos para o reconhecimento do direito aos benefícios do RGPS e para fins de contagem recíproca, somente serão consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição. Assistir vídeo complementar sobre este slide. ” -> tem que atualizar para um salário mínimo. Reajustar. 
DEPENDENTES 
Só recebem em caso de pensão por morte ou auxílio reclusão. -> só recebe quando o segurado não está presente para receber o benefício aí vai para o dependente. 
Vamos olhar as classes. Tem a ordem preferencial das classes. (as classes prevalecem entre elas mesmas e não entre seus dependentes dentro de cada classe).
 	Classe 1ª- o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; -> a lei é de 91 em que o código civil era o de 1916, onde previa a maior idade de 21 anos. Então a maioridade previdenciária é 21 anos. (Depois disso não seguiu o CC de 2002). 
Obs: não precisa provar a dependência econômica. Exceto no caso de enteado e tutelado. 
Obs: o cônjuge e filho não precisam ser depende econômico da pessoa pra receber o benefício.
Obs: não importa se seja cônjuge ou companheiro. Se a pessoa tiver um cônjuge e um companheiro o INSS não paga para os dois, sequer divide entre as partes, pois é bigamia no Brasil. -> aí paga o primeiro que normalmente é o cônjuge. 
Deficiência: Incluído pelo Estatuto da Pessoa com deficiência, como não tem regulamento a sugestão é usar os critérios de deficiência da aposentadoria da PCD.
Prioridade recebimento do benefício. (Os de primeira classe tem prioridade absoluta).
Dependência econômica presumida. (Não precisa provar que o filho depende da pessoa).
Exceto: Enteado e tutelado tem que provar dependência econômica (§2º)
 	Classe 2ª- Os pais. 
Teoricamente caberia pai, mãe e também a mãe socioafetiva e o pai socioafetivo. (Pais e mães homoafetivos também). 
Obs: o INSS segue a classe à risca. Então não pode abdicar-se. Não pode abrir mão do benefício para outra pessoa mesmo que esteja em uma classe posterior. 
Tem que provar a dependência econômica. (O que é muito difícil). Ex: as contas estão no nome dos pais, mas é o filho que paga. Fica difícil provar que os pais são dependentes do filho, pois tudo indicava que eles eram autônomos. 
Classe 3ª- Irmão não emancipado menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
Tem que provar a dependência econômica. 
A existência de dependente na classe anterior exclui os da posterior, (art.16§1ºL.8.213/91)

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