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Diabetes Mellitus: Conceito e Tipos

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DIABETES MELLITUS 
O que é a diabetes 
A diabetes é uma doença crônica caracterizada 
pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no 
sangue. A quantidade de glicose no sangue, 
chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, 
chama-se: hiperglicemia. 
 
Hipoglicemia: abaixo de 70 mg/dL 
Normal: 70 – 99 mg/dL 
Pré-diabético: 99 – 125 mg/dL 
Diabético: 126 mg/dL ou mais 
 
 
 
DIABETES MELLITUS 
• Grupo de doenças metabólicas caracterizadas por 
HIPERGLICEMIA e associadas a complicações, disfunções e 
insuficiência de vários órgãos (olhos, rins, nervos, cérebro, 
coração e vasos sanguíneos) 
 
• Fisiopalogia é a ciência médica que estuda os mecanismos, as 
causas que levam ao aparecimento de determinadas doenças. 
 
 
DIABETES MELLITUS 
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que existam 
350 milhões de pessoas com daibetes, o dobro das que havia 
em 1980. Na China, há 90 milhões de casos; na Índia, 61,3 
milhões; nos Estados Unidos, 25,8 milhões; no México, 10,3 
milhões. Em 2010, o censo do IBGE encontrou no Brasil cerca 
de 12 milhões. 
 
 
Pâncreas 
 
•Órgão acessório do trato digestório e endócrino 
•Função 
•Localização - atrás do estômago e entre o duodeno e o 
baço 
•Glândula Mista 
 Porção Exócrina -secretando suco pancreático, que 
contém enzimas digestivas. 
 Porção Endócrina – produz muitos hormônios 
importantes, como insulina, glucagon e somatostatina. 
•Tipos de células 
–Células α, Células β, Células δ 
Pâncreas 
 
• Células alfa - produzem o 
glucagon (polipepitídeo). 
Hormônio importante no 
metabolismo dos hidratos de 
carbono e aumenta a glicemia 
(nível de glicose no sangue) 
 
• Células beta – produzem a 
insulina, hormônio responsável 
pela redução da taxa de glicemia 
no sangue 
Efeitos da Insulina 
•Estimula a captação de glicose 
pelas células; 
•Estimula o armazenamento de 
glicogênio hepático e muscular; 
•Estimula o síntese de proteínas e 
ácidos graxos. 
 
Com isso há queda gradual da 
glicemia que estimula as células α-
pancreáticas a liberarem o glucagon. 
 
No diabetes o pâncreas poderá não produzir insulina, produzir em 
quantidades muito pequenas ou ainda produzir pouco e seu organismo 
tem grande dificuldade para utilizá-lo. 
 
Efeitos do Glucagon 
•Hormônio de ação antagônica à insulina; 
•Efeitos: 
–Estimular a mobilização dos depósitos de 
aminoácidos e ácidos graxos; 
–Estimular a glicogenólise e 
–Estimular a glicogênese. 
 
- Aumentando os níveis de glicose no sangue 
 
Glucagon 
• É um hormônio que, como a insulina é produzido pelo pâncreas. 
• Ele faz com que a glicose seja liberada da corrente sanguínea a partir 
dos estoques de amido no fígado. 
• Pode ser usado para recuperar alguém de uma hipoglicemia se a 
pessoa estiver muito agitada ou inconsciente para engolir a glicose. 
• Glucagon não pode ser armazenado em solução, como a insulina, 
mas sim um frasco contendo pó, necessitando de uma seringa e um 
fluído estéril. 
• Glucagon só tem efeito de curta duração e, consequentemente, é 
importante sucedê-lo com um pouco de glicose no sangue. 
Glicose 
Glucagon 
Diabetes Mellitus 
 
 
Distúrbio na concentração sérica de glicose; 
•O organismo não libera ou não utiliza de modo 
adequado a insulina; 
•Concentração sérica normal: 70 – 99 mg/dL. 
 
 
Existem vários tipos de diabetes, mas os mais 
comuns são a diabetes tipo I e tipo II. 
 
 
•Dois tipos: 
–Diabetes tipo I ou diabetes mellitus insulino-
dependentes (DMID); 
–Diabetes tipo II ou diabetes mellitus não insulino-
dependentes (DMNID) 
 
Diabetes Insulino-
dependente 
Doença Auto-Imune 
DIABETES MELLITUS I 
Aparece 
quando o SI 
do doente 
ataca as 
células beta 
do pâncreas 
→ défice de 
insulina 
O tipo de 
alimentação 
ou estilo de 
vida não 
têm 
qualquer 
influência 
neste tipo de 
Diabetes. 
Estes doentes 
necessitam de 
injecções 
diárias de 
insulina. 
O corpo 
produz 
pouca ou 
nenhuma 
insulina. 
HIPERGLICEMIA Normalmente 
tem inicio na 
infância ou 
adolescência 
16 
DIABETES MELLITUS I 
 
 
• Pouca ou nenhuma produção de insulina; 
• Necessária a aplicação de insulina; 
• Acomete menos de 10% dos pacientes; 
• Autoimune em 95% dos casos; 
• Como acontece: 
 Anticorpos contra as células-beta; 
 Insulite nas ilhotas de Langerhans 
 
 
TRATAMENTO 
Formas 
INTENSIVA 
3 ou mais 
doses/dia 
CONVENCIONAL 
Máximo 
2 
doses/dia 
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DIABETES MELLITUS II 
Resistência à insulina. 
↘ na resposta dos receptores de 
glicose presentes no tecido periférico à 
insulina. 
As células beta do pâncreas ↗ a 
produção de insulina → a resistência 
à insulina acaba por levar as células 
beta à exaustão. 
Diabetes do 
adulto, diabetes 
relacionada com 
a obesidade, 
diabetes não 
insulino-
dependente. 
Desenvolve-se 
frequentemente 
em etapas 
adultas da vida. 
Associada ao uso 
prolongado de 
corticóides 
19 
DIABETES MELLITUS II 
 
 Forma mais comum da doença; 
 Acomete 80 a 90 % dos pacientes diabéticos; 
 Sintomas “silenciosos”; 
 Diagnóstico; 
 Células – β funcionais; 
 Fatores genéticos; 
 Não há vírus ou anticorpos auto-imunes envolvidos; 
 Alterações metabólicas mais leves. 
 
Diferenças maiores entre Tipo I e Tipo II 
 Tipo I 
 20% dos casos 
 aparecimento em 
crianças e jovens 
 ausência de 
insulina por 
destruição das 
células beta 
 tendência a 
cetoacidose 
 não é hereditário 
• Tipo II 
• 80% dos casos 
• aparecimento na 
idade adulta e idosos 
• resistência do tecido 
alvo ou diminuição 
da secreção de 
insulina 
• história familiar 
frequente 
• Obesidade em 80% 
Diferenças maiores entre Tipo I e Tipo II 
 
Diabetes Gestacional 
 
Diabetes Gestacional 
 
Diabetes Gestacional – Fatores de Risco 
 
Diabetes Gestacional – Diagnóstico 
 
Diabetes Gestacional – Tratamento 
 
Diabetes Gestacional – Tratamento e Prevenção 
 
 
Sintomas 
Complicações tardias 
• Piora da visão (retinopatia) 
• Pressão arterial alta 
• Problemas de cicatrização 
• Problemas imunológicos (candidíase 
recorrente) 
• Impotência sexual 
• Problemas renais (insuficiência 
renal) 
 
 
 
 
Diabetes Mellitus - Complicações 
 
NEUROPATIA DIABÉTICA 
 
• É causada por uma redução do fluxo sanguíneo ou por níveis elevados 
de açúcar no sangue. A alta taxa de glicemia lesa as bainhas de mielina, 
resultando em atraso ou cessação na comunicação entre os neurônios 
 
• O início dos sintomas começa 10 ou 20 anos depois do diagnóstico de 
diabetes, os primeiros sintomas são formigamento ou dormência nos 
pés, pernas, braços ou mãos, a neuropatia pode prejudicar a 
comunicação entre o cérebro e os músculos e órgãos, causando dores 
que enfraquecem o corpo, o que no final pode levar à perda da 
sensibilidade naquela região. A neuropatia não causa apenas novos 
problemas de saúde, ela também agrava as complicações já existentes e 
pode até interferir na vida sexual 
Diabetes Mellitus - Complicações 
 
NEUROPATIA DIABÉTICA 
 
PÉ DIABÉTICO 
lesão ulcerada pós erisipela 
PÉ DIABÉTICO 
Necrose extensa do dorso do pé 
PÉ DIABÉTICO 
Desbridamento e amputação de 3º 
pododáctilo 
Neuropatia Diabética – Pé Diabético 
Pé Diabético 
Aproximadamente 40 a 60% de todas as amputações não traumáticas dos 
membros inferiores são realizadas em pacientes com Diabetes; 
 
85% das amputações dos membros inferiores relacionadas ao Diabetes 
são precedidas de uma úlcera no pé; 
 
Quatro dentre cinco úlceras em indivíduos diabéticos são precipitadas 
por trauma externo. 
 
A prevalência de uma úlcera nos pés é de 4 a 10% da população diabética. 
 
 
Pé Diabético 
 
Pé Diabético é uma complicação crônica do diabetes mellitus, 
caracterizando-se por Infecção, ulceração e ou destruição dos 
tecidos profundos associadas a anormalidadesneurológicas e vários 
graus de doença vascular periférica nos membros inferiores. 
Pé Diabético 
 
Fatores de Risco para o Pé Diabético: 
 
• Ter diabetes; 
• Possuir controle glicêmico inadequado; 
• Ser tabagista; 
• Possuir mais de 40 anos; 
• Apresentar deformidades nos pés; 
• Ter histórias de ulceras ou amputações 
Retinopatia Diabética 
Retinopatia Diabética 
 
• As mais frequentes nos adultos são as por 
diabetes e por hipertensão arterial, e uma 
complicação grave, evolui lentamente, os 
diabéticos têm 25 vezes mais chances de se 
tornarem cegos do que os não diabéticos. 
• É devido ao nível elevado de glicose no 
sangue, que danifica os vasinhos no tecido 
da parte traseira do olho (retina). Os vasos 
sanguíneos danificados podem deixar vazar 
líquidos ou sangrar, fazendo com que a 
retina inche e a visão fique desfocada. 
• Há dois estágios principais da 
retinopatia diabética: 
 •não proliferativo 
 •proliferativo 
Retinopatia Diabética 
• Os primeiros sintomas incluem moscas 
volantes, borrões, áreas escuras na 
visão e dificuldade de distinguir cores. 
Pode ocorrer cegueira. 
 
• É possível tratar casos leves com um 
controle cuidadoso do diabetes. Já os 
casos avançados podem necessitar de 
tratamento a laser ou cirurgia. 
 
Retinopatia Diabética 
Diabetes Mellitus - Complicações 
Diabetes Mellitus - Complicações 
Diabetes Mellitus - Complicações 
• O diabetes resulta em um número de fatores que aumentam o risco 
de infarto e AVC. 
 
• A parede interna ou revestimento interno da artéria (endotélio) 
perde suas propriedades protetoras, permitindo que células 
anormais entrem no vaso. 
 
• Essa disfunção endotelial é a anormalidade inicial na formação de 
ateroesclerose (placas de gordura). 
 
• As plaquetas, iniciam a formação de coágulos no sangue, são mais 
aderentes em pacientes com diabetes, aumentando a probabilidade 
de obstrução do endotélio anormal. 
Diabetes Mellitus - Complicações 
NEFROPATIA 
Diabetes Mellitus - Complicações 
NEFROPATIA 
 
•É a doença renal que resulta das lesões provocadas pela Diabetes Mellitus. 
É causada pelo controle inadequado da glicemia, pela obesidade e pela 
pressão arterial elevada. 
 
•A nefropatia diabética determina-se através de uma análise feita à urina. 
Esta é obrigatória em todos os diabéticos adultos e em qualquer criança 
ou jovem com mais de cinco anos de diabetes e deve ser realizada pelo 
menos uma vez por ano. 
 
•Estima-se que entre 30% a 50% dos pacientes com diabetes do tipo 1 e de 
20 a 30% do tipo 2 apresentem algum grau de problema no rim depois de 
10 a 20 anos do aparecimento da doença, de 8 a 20% das pessoas que 
fazem diálise perderam a função do rim por causa do diabetes. 
 
Diabetes Mellitus - Complicações 
NEFROPATIA 
• A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos dos 
rins, que leva à perda de proteína por meio da urina. 
 
• Nessa complicação, o órgão pode reduzir sua função lentamente, 
porém, de forma progressiva, até a paralisação total. 
 
• Contudo, esse quadro é controlável e existem exames para 
detectar o problema ainda no inicio. 
 
• O tratamento é o controle estrito da hipertensão arterial, controle 
da glicemia e controle através de fármacos. 
 
Atenção 
 
 
 
• Sede intensa 
• Perda de peso 
• Familiares com diabetes 
• Cansaço, desânimo 
• Fome intensa 
• Urinar muitas vezes e em grande quantidade 
• Urinar a noite 
• Obesidade 
Hipoglicemia 
• O principal objetivo do tratamento do Diabetes é normalizar 
sua glicemia (açúcar no sangue). 
 
• A hipoglicemia é a queda excessiva da glicemia. 
 
• A aparição dos sintomas é rápida e os níveis de glicose no 
sangue estarão abaixo de 70 mg/dL. 
Hipoglicemia 
CAUSAS 
- Excesso de exercícios físicos; 
- Falta de uma refeição regular ou fora do horário; 
- Pouca quantidade de alimentos; 
- Vômitos ou diarreia; 
- Administração de alta dose de insulina ou ingestão de maior 
quantidade de hipogliceminantes orais; 
- Consumo de bebidas alcoólicas. 
Hipoglicemia 
Fome súbita, Fadiga, Tremores, Tontura, Taquicardia, Pele fria, pálida e úmida, Dormência 
nos lábios e língua, Irritabilidade, Desorientação, Mudança de comportamento, 
Convulsões. 
Hipoglicemia 
Tratamento 
 
• Glicose Intravenosa 
• Glucagon 
• Administração de alimento ricos em açucares 
(bala, chocolate) 
Glucagon 
Hipoglicemia 
A hipoglicemia deve ser evitada para proteger o cérebro e prevenir a 
disfunção cognitiva – Glicose é a principal fonte de energia do cérebro. 
 
Um episódio de hipoglicemia severa pode ser prejudicial ou mesmo fatal 
principalmente devido a seus efeitos sobre o sistema nervoso central. 
 
55 mg / dL - disfunção cognitiva. 
40 mg / dL - resultam em sonolência e alteração comportamental (por 
exemplo, agressividade). 
30 mg / dL - podem causar convulsões, déficits neurológicos permanentes 
e morte. 
 
Também afeta o sistema cardiovascular, 
Hipoglicemia 
 Em indivíduos com doenças cardiovasculares 
subjacentes, arritmias potencialmente fatais, infarto do 
miocárdio e acidentes vasculares cerebrais podem ser 
precipitados por hipoglicemia. 
 
 Em pacientes com oftalmopatia, a hipoglicemia pode 
desencadear hemorragias na retina. 
 
 Hipoglicemia grave tem sido relatada como sendo, pelo 
menos, um fator que contribui para a causa de morte em 
3% a 13% dos pacientes com diabetes do tipo 1, que 
incluem, por exemplo, acidentes automobilísticos e 
lesões ocupacionais. 
Hipoglicemia 
Quando o diabético estiver inconsciente, deve ser feito o seguinte: 
- Colocar na boca, do lodo interno da bochecha, açúcar ou mel. 
 
- Friccionar a parte interna da bochecha para facilitar o absorção. Estas medidas 
devem ser imediatas, por isso você deve informar às pessoas que convivem com 
você; colega de escola ou trabalho, familiares e amigos. Eles podem salvar sua vida. 
 
- Se, após estas medidas, o diabético continuar inconsciente, leve-o imediatamente 
ao Pronto-Socorro mais próximo, informando ao médico plantonista o 
antecedente de Diabetes, os sintomas do hipoglicemia que a pessoa apresentou e 
o que já foi feito até o momento, Seguramente, ele administrará glucagon ou 
glicose endovenosa e verificará a glicemia. 
 
- Quando a reação terminar, o diabético deve ingerir algum alimento de absorção 
lenta, como um sanduíche, bolachas, uma fruta ou outro alimento que tenha 
costume de comer normalmente. 
 
Hipoglicemia 
COMO EVITAR A HIPOGLICEMIA 
 
- Programar suas atividades físicas; 
- Ingerir alimentos extras antes de exercícios físicos; 
- Cumprir o plano alimentar: horário, quantidade e 
qualidade dos alimentos; 
- Em caso de vômitos e diarreia, informar seu médico 
imediatamente; 
- Utilizar a medicação prescrita nas doses e horários 
indicados pelo médico; 
- Evitar bebidas alcoólicas; 
Em situações especiais, como viagens, festas, entre 
outros, intercale sua alimentação regular com lanches 
extras, de acordo com a situação. 
Hiperglicemia 
• É o aumento da taxa de glicose no sangue. 
• Deve-se ter cuidado pois com o passar do tempo, o “açúcar alto” 
pode afetar órgãos vitais como: Olhos, rins, coração, nervos e 
vasos sanguíneos. 
 
Pode ser causado quando: 
• Ocorrer situações de stresse. 
• Se a pessoa estiver comendo demasiadamente. 
• Se a medicação (insulina ou hipoglicemiante oral) estiver em uma 
dosagem baixa. 
• Se estiver doente. 
• Uso de medicamentos (ex: Corticóides) 
Hiperglicemia 
O QUE PODE SENTIR? 
• Cansaço 
• Vontade de urinar 
• Muita sede 
• Apresenta visão distorcida 
 
 
O QUE FAZER? 
• Fazer o teste de glicemia capilar (se possível). 
• Comunicar o médico se ocorrer sempre ou em determinados 
horários para ele descobrir a causa 
• Sanar o problema. 
Diabetes – Monitoramento da Glicose 
Glicemia de jejum; 
 
Glicosímetro – Automonitoramente, frequênciaindividualizada 
 
Glicemia 2h após sobrecarga com 75g de glicose; 
 
HbA1C – 2 a 4 vezes por ano. 
 
Glicemia ao acaso. 
 
Diagnóstico do Diabetes Mellitus 
TRATAMENTO 
Mudança do estilo de vida… 
…na 
dieta. 
…no programa de 
exercícios físicos 
Redução da resistência periférica à insulina. 
OBJECTIVO 
Preservação da função das células beta pancreáticas (produtoras de insulina). 
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TRATAMENTO 
Enfatiza a necessidade de 
Agentes farmacológicos 
que previnam a 
deterioração das 
células beta, mantendo a 
secreção insulínica 
adequada e/ou 
melhorarem a ação 
insulínica periférica no 
sentido de evitar a 
hiperglicemia e seus 
efeitos a longo prazo. 
Classes de fármacos que 
auxiliam no tratamento: 
Hipoglicemiantes orais 
(Sulfoniluréias) 
Potencializadores da acção insulínica (biguanidas e 
tiazolinedionas) 
Antihiperglicemiantes (biguanidas, inibidores da alfa-
glicosidase) 
→ Estas medidas apresentam uma baixa aderência e 
tornam-se ineficazes a longo prazo… 
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Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
• São comprimidos que ajudam a controlar a taxa de glicose no 
sangue, não se trata de insulina. 
 
• Esses medicamentos são indicados para as pessoas que sofrem 
de diabetes tipo II. 
 
• Crianças – poucos estudos sobre hipoglicemiantes orais. 
 
• Mais utilizado é a Metformina, qual sua vantagem é de ser um 
anorexígeno (tira o apetite) ajudando assim na redução de 
peso e diminuição nos níveis de glicose. 
• As perturbações gastrointestinais são os efeitos colaterais 
mais frequentes 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
Classificação: 
 
 1Antidiabeticos orais Insulino secretores: 
 1.1Sulfaniliréias: clorpopamida, glibenclamida, glimepirida, gliclazida, 
 glipizida; 
 1.2 Meglitinidas: repaglinida, nateglinida 
 
 
 
 2. Antidiabéticos orais Insulino sensibilizadores 
 2.1 Biguanidas: Metformina; 
 2.2 Tiazolinedionas: pioglitazona 
 
 
 
 3. Inibidores da Absorção dos Monossacarídeos pelo Intestino: 
 3.1Inibidores da a-glicosidade: acarbose 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
1.1. Sulfaniluréia (clorpopamida, glibenclamida, glimepirida, 
gliclazida, glipizida): 
Eficácia Antidiabetica oral: 
• Redução glicemia em jejum de 60-70 mg/dL; 
• Redução da hemoglobina glicada 1,2-2%; 
• Deve ser ingerido 30 min. antes das refeições; 
• Sua utilização por tempo muito prolongado reduz a 
efetividade; 
• Apresenta melhor resultado em pacientes não obesos 
na diabetes tipo 2 e se a duração da doença é inferior a 
5 anos; 
• Recomenda-se fazer uso das sulfaniluréias de curta 
duração, pós-prandial (gliclasida, glipizida), que são que 
tem melhor controle para esse uso; 
• As de ação intermediária é recomendado para pacientes 
que querem controlar a glicose noturna. 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
1.1. Sulfaniluréia (clorpopamida, glibenclamida, glimepirida, gliclazida, glipizida): 
Contraindicações: 
• Cetoacidose Diabética; 
• Gravidez; 
• Insuficiência Renal ou Hepática; 
• Distúrbios Gastro-Intestinais 
 
Reações Adversas: 
• Hipoglicemia; 
• Ganho de Peso; 
• Aumento da Pressão Arterial; 
• Anemia; 
• Leucopenia e distúrbios gastro-intestinais; 
• Rach cutâneo; 
• Efeito Antabus – depressão respiratória, arritmias e convulsão. 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
1.2 Metiglinidas (repaglinida, nateglinida): 
• Mecanismo de ação secretor semelhante as 
sulfaniluréias; 
• Grupo secretores menos potentes; 
• Porém apresentam um início e término de ação 
rápido 
 
Efetividade: 
• Reduz glicemia DM2 em até 20-30mg/dL e A1C 
0,7-1%; 
• Deve ser ingerido 15min antes das refeições; 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
2.1. Biguanidas (Metformina): 
 
• Não provoca aumento da secreção de insulina; 
• Entre suas ações se destacam: aumento do metabolismo da glicose nos 
tecidos, redução da gluconeogenises, inibição da absorção da glicose e 
aminoácidos a nível intestinal; 
• Sua principal ação consiste na redução da síntese hepática de glicose. 
• Também melhora a utilização de insulina nos tecidos periféricos; 
• Aumenta a glicose anaeróbica (aumentando o ácido lático); 
• Tem certa ação anorexígena, sendo o tratamento de escolha para obesos. 
• Reduz LDL e triglicerídeos; 
• Quando utilizado individualmente não causa hipoglicemia, se em conjunto 
pode causar. 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
2. 1Biguanidas (Metformina): 
 
Eficácia Diabética Oral: 
• Reduz glicemia DM2 60-70mg/dL; 
• Reduz A1C 1,5-2%; 
 
Contra-Indicações: 
• Cetoacidose; 
• Gravidez; 
• Insuficiência renal, hepática, cardíaca, e pulmonar; 
• Acidose lática (etanol) 
 
Reações adversas: 
• Distúrbios gastro intestinas (usada após refeições): diarreia, náusea, dor 
abdominal; 
• Acidose lática; 
• Anemias; 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2Tiazolidinedionas (pioglitazona): 
 
• São um grupo de fármacos que aumentam a sensibilidade 
da insulina aumentando a captação da glicose, 
especialmente no músculo esquelético e tecido adiposo. 
 
• Não são secretagogos e portanto não causam 
hipoglicemias. 
 
• Utiliza-se em DM2 em pacientes com resistência a 
insulina, e pode-se utilizar em conjunto com 
sulfaniluréias, insulina e metformina. 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2Tiazolidinedionas (pioglitazona): 
• Eficácia Diabética Oral: 
• Reduz glicemia 35-65 mg/dL; 
• A1C 1-2,2%; 
• Leva de 1 a 2 semanas para atingi seu efeito terapêutico 
 
Contra-Indicações: 
•DM1; 
•hipersensibilidade; 
•cetoacidose diabética, 
•insuficiência cardíaca congestiva; 
•Crianças; 
•Lactantes e gestantes 
 
 
Reações adversas: 
• Grave hepatotoxicidade; 
• Ganho de peso; 
• Retenção hídrica; 
• Cefaleia; 
• Cansaço; 
• Distúrbio gastrointestinal 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.Inib. da absorção de 
monossacarídeos pelo intestino 
(Ascarbose): 
 
•Diminuem a ação da alfa glicosidase 
intestinal (aumentando o transito intestinal), 
que se encontra ao longo do intestino 
delgado; 
•Impede a hidrólise de amido e dímero de 
sacarose, reduzindo a absorção de glicose 
nestes locais intestinais; 
•Retarda a velocidade de absorção da 
glicose; 
•Utilizada para redução do pico glicêmico 
pós-prandial imediato; 
•Deve ser administrado antes das refeições 
 
Hipoglicemiantes Orais/Antidiabéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.Inib. da absorção de monossacarídeos pelo intestino (Ascarbose): 
 
Eficácia Antidiabética Oral: 
Reduz a glicemia 20-30mg/dL; 
A1C0,7-1%; 
 
Contra –Indicação: 
Gravidez 
 
Reações Adversas: 
Flatulências e Diarreia; 
 
PREVENÇÃO 
Manter seu peso do corpo ideal: Especialmente quem tem 
histórico familiar de diabetes. 
Metformina (Glifage): 
Este medicamento pode ser útil 
para pessoas com níveis de 
glicose no sangue entre 100 e 
125 mg/dL, próximos aos níveis 
da diabetes (pré-diabéticos). 
Exercícios físicos: 
Podem retardar o aparecimento da 
diabetes em pessoas que estão nas 
fases precoces de resistência à insulina. 
→Controle rigoroso do açúcar no sangue: 
→Aspirina diária para diminuir os riscos de complicações 
associadas ao coração; 
→Controle da pressão alta, dos altos níveis de colesterol 
e dos triglicérides no sangue; 
→Deixar de fumar; 
→Visitar anualmente o oftalmologista; 
→Cuidados com os pés. 81 
Insulinas 
Histórico 
A insulina foi descoberta por Frederick Banting e Charles Best, no verão de 1921. 
 
O trabalho foi realizado no Departamento de Fisiologia da Universidade de Toronto, 
enquanto a maior parte da equipe estava de férias, o primeiro ser humano a 
receber insulina foi um garoto de 14 anos, que estava morrendo de diabetesno 
Toronto General Hospital. 
 
Esse foi um evento histórico, que representou o início do tratamento moderno do 
diabetes. Depois, coube aos farmacêuticos transformar a produção de insulina num 
processo industrial em grande escala. 
 
Rendeu aos descobridores o Prêmio Nobel de Fisiologia. 
Definição 
Insulina é um hormônio que ajuda a glicose a penetrar nas células do 
corpo. A insulina é produzida no pâncreas. 
 
No diabetes o pâncreas poderá não produzir insulina, produzir em 
quantidades muito pequenas ou ainda produzir pouco e seu organismo tem 
grande dificuldade para utilizá-lo. 
 
A insulina permite a entrada de glicose nas células para ser transformada 
em energia. 
 
No Diabetes o excesso de glicose produzido após a alimentação não é 
armazenado, mas se acumula na corrente sanguínea (hiperglicemia) e vai 
para a urina (glicosúria). 
Tipos de Insulina 
Classificação de acordo com o início de ação, pico e duração da ação 
Tipos de Insulina 
Insulinas 
Insulina - Aplicação 
Ângulos de aplicação 
Regiões recomendadas para aplicação 
Preparo da insulina 
Comprimentos das agulhas 
As agulhas de 
12,7 mm 
aumentam o risco 
de aplicação no 
músculo, inclusive 
em adultos 
obesos. Quando a 
aplicação é 
realizada no 
músculo a 
absorção da 
insulina é mais 
rápida e causa 
hipoglicemia. 
Armazenamento 
 A insulina que ainda não foi aberta deve ser guardada na geladeira 
entre 2 e 8ªC. 
 Depois de aberta, pode ser deixada à temperatura ambiente (menor 
do que 30°C) por 30 dias. 
 É importante manter todos os tipos de insulina longe da luz e do 
calor. 
 Descarte a insulina que ficou exposta a mais de 30°C ou congelada. 
 Não use medicamentos após o fim da data de validade. 
 Para ajudá-lo a acompanhar a data, o usuário pode anotar no rótulo 
o dia em que abriu o frasco. 
 Se você for passar um período extenso ao ar livre, em dias muito 
frios ou quentes, deve armazenar a insulina em um isopor bolsa 
térmica, podendo eventualmente conter placas de gelo, desde que 
este não tenha contato direto com a insulina.

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