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Diabetes mellitus ! diferença entre 1 e 2: tempo de evolução dos sintomas DISTURBIOIS DA GLICEMIA · Grupo heterogêneo de alterações caracterizado pela alteração persistente de glicemia, com repercussões sistêmicas · HIPOGLICEMIA – glicemia < 70mg/dL · HIPERGLICEMIA – glicemia de jejum > 100mg/dL · PRÉ DIABETES: · Glicemia de jejum alterada · Intolerância à glicose · DIABETES MELLITUS hipoglicemia Glicemia < 70 mg/dL Maior morbidade e maior mortalidade Causas: insulinoma, hipo auto imune, hipo reativa, hipo de exercício Não diabéticos – tríade de Whipple · Sintomas conscientes de hipoglicemia · Baixa glicose sanguínea < 50mg/dL · Sintomas desaparecem após a normalidade da glicemia · Sintomas comum: palidez, suor excessivo, tontura, palpitação, sensação de fome, mudança de humor; caso esteja muito baixa alteração no nível de consciente e coma Diabetes mellitus Desbalanço: hiperinsulinemia terapêutica X auto defesa à queda do açúcar Tratamento: Glicose oral, glicose EV, glucagon SC/IM (água com açúcar) Atenção: hipoglicemia acontece em pacientes diabéticos e não, tratamento é o mesmo Diabetes mellitus - tipos Diabetes mellitus tipo 1 · 1:10DM · Destruição auto imune da célula B · FALTA INSULINA Diabetes mellitus tipo 2 · 1:8/9 DM · Resistência à insulina · Falência progressiva da célula B · MUITA INSULINA, futuramente faltará · Diabetes mellitus gestacional: 2° e 3° trimestre · Outros tipos específicos: · DM monogênico (1 a 5%)= MODY · Secundário · Pós transplante INSULINA · Hormônio produzido nas células B do pâncreas · Fornece e conserva a ENERGIA: · Promova transporte intracelular de glicose · Inibe glicogenólise e lipólise · Estimula a síntese proteica GLUCAGON · Hormônio produzido nas células a do pâncreas · Principal contra regulador da insulina · Estimula a glicogenolise e lipólise · Manutenção da euglicemia – da glicemia normal principalmente quando não há fornecimento · mantém SNC funcionando independente da insulina site: diabetes atlas Epidemiologia · 1 em 11 adultos são diabéticos · 425mi · Mais de 318mi pré · Previsão: aumento de 50% em 25 anos · 1 a cada 2 adultos com DM não sabe que tem · Mais de 1mi de crianças e adolescentes tem · 1 a cada 6 bebes possuem hiperglicemia na gestação · 2/3 com DM estão em idade de trabalho · Essencialmente urbana – hábitos de vida · Doença de países subdesenvolvidos · DM2 – principalmente idosos, mas todas as faixas são afetadas · Antes e durante menopausa quase se equilibra com o homem Diabetes tipo 1 · HLA DR/ DQ (posicionamento cromossômico – 90%) · Auto Ac: anti GAD, ICA, ZnT8, insulina (Ac produzidos contra enzimas produzidas no pâncreas) · Mais comum iniciar na infância, não quer dizer que só acontece na infância · Risco doença autoimune, lúpus, vitiligo... · Evolução variável 30% cetoacidose ao diagnostico Diabetes mellitus 2 Relacionado à: · Fatores de risco · Predisposição genética · Idade · Obesidade · Alterações epigenéticas, relacionadas a sedentarismo, tabagismo, disruptores endógenos (liberados em plásticos e agrotóxicos) Fisiopatogenia DM II NO FIGADO · Menor efeito da insulina no fígado devido à resistência hepática à insulina · Paradoxo: muita açúcar no sangue e pouco intracelular · Por isso fígado aumenta a gliconeogenese e glicogenolise – causando elevação da GJ NOS MÚSCULOS ESTRIADOS ESQUELÉTICOS · Responsáveis pelo resgate pós prandial – de açúcar pós refeição · Resistência periférica à insulina · Reduzindo a captação de glicose, se manifestando como hiperglicemia pós prandial · Levando a intolerância à glicose NO TECIDO ADIPOSO · Resistência à insulina (responsável por lipólise) · Excesso de catecolamina e falta de insulina nas células · Lipólise liberando ácidos graxos livres no plasma · Os quais são responsáveis por aumentar a resistência insulínica no fígado e músculos (periférico) NO PÂNCREAS · Os ácidos graxos também influencia por meio do efeito lipopancreático tóxico/ glucopancreatotóxico (gordura e açúcar como toxinas) · Hiperglicemia · Causando hiperinsulinemia e secreção insuficiente nas células B · Levando futuramente a falência pancreática de células B · DIABETES Fatídico octeto de Defronzo · Até então sabia-se que havia diminuição de secreção de insulina nas células B, aumento de secreção hepática de glicose, lipólise e menor captação de glicose nos músculos · Descobre o efeito das incretinas que são hormônios produzidos a nível intestinal que dão sensação de saciedade (GLP1/GIP) · A incretina, em hipeglicemia, ao contato com açúcar no intestino, estimula em nível pancreático produção de insulina pelas células B · Nos DM, há um menor efeitos das incretinas no pâncreas · Observou o aumento de secreção de glucacon pelas células a · No cérebro, ocorria uma alteração na secreção neurosinápticos – desregulação do apetite · A nível renal, em hiperglicemia, aumenta-se a excreção renal de glicemia, aumento da glicosúria, perdendo água livre, contudo há ajuste na resposta renal, fazendo reabsorção de glicose, · Com DM há diminuindo da capacidade de ajuste da resposta renal à reabsorção de glicose · Todos os fatores unidos levarão a HIPERGLICEMIA, piorando o quadro de DM unidos à falência progressiva das células B do pâncreas Paciente não DM: 1h após alimentar, aumento de insulina, diminuição de glucagon Pacientes DM: 1h após alimentar, aumento de insulina, porem resposta deprimida/retardada a ela e elevação de glucagon Progressão da falência das células B – importante, pois há uma resistência ao tratamento insulínico a nível de atenção básica Diabetes e síndrome metabólica possuem os mesmos fatores de risco Obs: pessoas inteiras gordinhas possuem menor risco que aqueles que têm apenas na circunferência abdominal Misto de tudo em roxo = síndrome metabólica Paciente com DM terá resistência à insulina Paciente com hiperinsulinemia agravará as condições de hipertensão, dislipidemia e disfibrinólise Quadro clinico diabetes tipo 1 – sintomas ABRUPTOS · Muita sede, boca seca · Urina muito · Fadiga · Muita fome · Perda abrupta de peso · Sonolência · Vista embaçada Quadro clinico diabetes tipo 2 – sintomas INSIDIOSOS · Muita sede, boca seca · Urina frequente e abundantes · Ausência de energia, fraqueza intensa · Formigamento, adormecimento em mãos e pés · Infecções fúngicas recorrentes na pele · Lenta cicatrização de feridas · Vista embaçada · Pode chegar com sintomas de neuropatia, retinopatia · Leva meses ou anos ! Mesmos sintomas – apenas muda o tempo de evolução dos sintomas Barreiras para excelência no atendimento: Risco aumentado de: hipertensão, dislipidemia, DCV, infecções, câncer, hipoacusia, fraturas, doenças autoimunes (DM1 tireoide, celíaca), bacteremias, depressão, ansiedade, 2x pancreatite, hipogonadismo, esteatohepatite, fibrose, cirrose, hepatite B, demência, apneia do sono, desordens alimentares Complicações agudas · Hipoglicemias: > glicemia <70mg/dL · Descompensações hiperglicêmicas · Coma hiperosmolar (>DM2) · Cetoacidose diabética (>DM1) Complicações crônicas · Microangiopatias, macroangiopatias e neuropatia Estratégias para dianostico Diagnostico das hiperglicemias Pré-diabético: · UMA GJ alterada: Pré diabético, mesmo com TOTG normal e HbA1C normal · Ou TOTG positivo (140 a 200), mesmo com GJ e HbA1c normal TOTG: teste oral de tolerância à glicose Diabetes mellitus: · 2GJ alteradas acima de 125 · 1 TOTG – acima de 200 · HbA1c > 6,5% · Glicose casual > 200 + sintomas Quando pesquisa diabetes: Se sintomas: · Em crianças e adolescentes: · Sobrepeso (>/= percentil 85) ou obeso (95) + 1 fator de risco · DM gestacional · Af +DM em parente de 1° grau · Sinais de resistência à insulina · Acantose nigricans, HAS, dislipidemia, SOP, nascido PIG · Em adultos · >45ª · Se IMC >25 (23 p/ orientais) + 1 fator de risco · AF 1° grau · AP DCV ou mulher com SOP, sedentarismo ou sinais resistência à insulina · HAS · Dislipidemia aterogênica: HDL < 35, TG >250 Triagem de doença cardiovascular · Sintomas ICo · Angina típica ou atípica · Faltade ar inesplicada, desconforto no peito · Sinais e sintomas de doenças cardiovascular · Sopro carotídeo, AIT, AVC, claudicação, onda Q ao ECG · Assintomático · Triagem ou screening de rotina NÃO são recomendados · Não altera sobrevida SE FR cardiovasculares adequadamente tratados Pedir para o paciente DM: ECG de rotina e atenção aos sinais e sintomas Complicações microvasculares: Doença renal crônica Acessar anualmente: · Após 5ª DM1, DM2 desde o diag (tardio) e todos se HAS · Creatinica para calculo RFG estimado · CKD-EPI · Razão albumina/creatinina · Ideal 1° amostra da urina matinal · >30 mg/gCr = microalbuminúria · >300 = macroalbuminúria · >0,5g proteinuria/urina de 24h = macroproteinuria · Repetir para confirmar · Falsos + (exercícios, HAS descompensada) · Leucocitúria, exercícios vigorosos, HAS mal controlada Doença renal diabética · Normal perda de 1mL/min/ano · Na DRD com HAS mal controlada: 1mL/min/mês Referir a nefrologista se: · Incerteza na etiologia · Dificuldade no controle · Pressórico, anemias, eletrolítica, hiperparatireoidismo estagio 4 · Rápida progressão · CONTRAINDICACAO antiinfamatorio não hormonal – AINH · Iniciar IECA ou BRA · Se HAS · SE albuminúria Retinopatia Acessar anualmente · Após 5ª DM1, DM@ desde o diag e todos se HAS · DM gravida: antes ou 1° trimestre pos parto · Se alteração ou muito grave, monitorar a cada 4 a 6 meses Oftalmo: · Dilatar pupila · Fundoscopia direta · Retinograma · RD não contraindica aspirina · Edema macular, RD não proliferativa ou proliferativa · Referir ao oftalmo experiente Neuropatia periférica · Polineuropatia axonal difusa · 50% assintomáticos · Bilateral · Botas e luvas · Checar sensibilidade dos pes, trofismo, e pulsos Acessar anualmente · Após 5ª DM1, DM2 desde o diag · SE diminuição sensibilidade, avaliar a cada consulta +autoexame · Anamneses sobre parestesias, alterações de sensibilidade, formigamento ou dor · Monofilamento de 10g ou temperatura (pequenas fibras) · Vibração com diapasão 128 Hz (longas fibras) · TX · Otimizar controle glicêmico, suspender tabagismo · Pregabalina, duloxetina ou gabapetina para dor neuropatica Neuropatia autonômica Complicação mais precoce · Pode estar presente desde o diag DM · Monitorar desde a 1° consulta · Melhora com controle glicêmico Diarreia, gastroparesia, hiperhidrose · Dx exclusão Cardiovascular = taquicardia fixa, hipotensão postural · Hipotensão postural · Medir PA 5min deitado e 2min após mudança rápida em pé · Se delta PAS > 20mmHg e FC pouco variável · Otimizar controle glicêmico · MAPA Não adianta fazer o tratamento glicêmico se não houver mudança de postura do paciente Metas no tratamento do diabetes · Glicemia plasmática – mg/dL · Jejum ................................ <110 · 2h pós prandial .................<140 · Hemoglobina glicada %...........<6.5 <7,5 sem dialise < 8 criança, idoso, cardiopata · ADEQUAÇÃO PRESSORICA E USO DE ESTATINAS SÃO FUNDAMENTAIS Ideal: PA 12X8, IDM: 20/25 Modificações no estilo de vida para o tratamento de DM e SM · Redução de peso · Aumentar atv física (ir aumentando até 250min/sem) · Consumo moderado de álcool, Na, gordura saturada, colesterol · Manter consumo diária adequado de K, Ca e Mg · Evitar tabagismo Educação do paciente · Dieta X insegurança alimentar · Focar em que DEVE comer – não no que não pode · Diminuir consumo de carboidrato e índice glicêmico · REFORÇAR IMPORTÂNCIA DE NÃO GANHAR PESO · Estilo de vida · Técnicas de monitorização glicêmica · Instruções especificas · Conduta em emergências · Hipoglicemia: como evitar, reconhecer, tratar · Complicações da doença · Estender a educação aos familiares Tecnologia na monitorização glicêmica · Glicemia capilar · Limpar pontas de dedos · Não assoprar · Menor acurácia · Altas alturas · Acidose metabólica, anemia, ma perfusão, edema · Glicemia no tecido subcutâneo · Indicam o sentido da glicemia, se em elevação ou diminuindo · Sensor FreeStyle · Menor acurácia se <100mg/dL ou >250 CHECAR · CGMS ou sensor acoplado à BIISC · Calibrar 3x ao dia
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