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DIABETES Obs.: É comum o diabético ter doença periodontal (entupimento dos capilares). Se não cuidar da diabetes a doença periodontal não melhora. - Insulina: é um hormônio produzido por células beta do pâncreas. · Função: pegar a glicose do sangue e armazenar nos tecidos; · Hormônio hipoglicemiante: diminui a glicose; · Doença silenciosa; · Entupimento dos capilares causa a maioria dos problemas. - Adrenalina em pacientes descompensados: Hormônio hiperglicemiante vai no fígado quebra a glicose e aumenta a glicemia (Não dar adrenalina). - Adrenalina em pacientes compensados: (Pode usar adrenalina) – Pacientes com hiper tireoide podem desenvolver diabetes (T3 e T4 aumentam a ação da adrenalina que quebra mais glicogênio, liberando glicose no sangue. DIABETE MELLITUS Resulta de uma insuficiência absoluta (tipo I – nasce sem insulina) ou relativa de insulina (tipo II – adquire geralmente após os 40 anos, onde a insulina não tem mais eficácia, ela não consegue mais armazenar o glicogênio no fígado e nos músculos. · Baixa produção do pâncreas; · Falta de resposta dos tecidos periféricos (tipo II – onde o organismo não responde mais adequadamente a ação da insulina, e isso acarreta uma hiperglicemia sanguínea. · Principal causa de cegueira – A glicose é uma molécula C6H12O6 e essa molécula ao se acumular no sangue(hiperglicemia) ela começa a entupir pequenos vasos (vênulas ou arteríolas), interrompendo o fluxo sanguíneo para o local causando necrose ao órgão alfa, além do mais, há o problema das células de defesa do local (entope os vasos da retina). · 3ª causa de morte; · Distúrbio metabólico. Obs.: O principal problema dos diabéticos é a infecção, que pode ocasionar até em amputações de membros. - Pâncreas – Produz insulina que tem a função da entrada de glicose nas células, ela armazena e forma o glicogênio tanto no fígado, quanto nos músculos. - Insulina: É fundamental para o metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas, e sua falta vai ocasionar a diminuição de glicose nos tecidos e consequentemente essa glicose nos tecidos e consequentemente essa glicose vai ficar sobrando no sangue. - Sintomas: · Aumento da eliminação de urina (poliúria) e aumento de eliminação da glicose pela urina (glicosúria); · Ingestão maior de líquidos (Polidipsia – tentativa de diluir o excesso de glicose pela urina; · Perda de peso – perda de glicose pela urina; · Aumento da ingestão de alimentos (Polifagia). - Diagnóstico: De acordo com ADA: · Normal - < 99mg/dl (em jejum) · Pré-diabetes – entre 100 e 125mg/dl · Diabetes - > 120mg/dl em pelo menos 2 exames +GTT: - 140 a 199 – pré-diabetes - Acima de 200 – diabetes Se a pessoa ficar descompensada ela começa a aproveitar outras fontes de energia, como a gordura, quando o organismo aproveita a gordura como fonte de energia, ela começa a produzir ácidos graxos, conhecidos como corpos cetônicos (acaba tendo um hálito mais forte). A persistência da carência absoluta ou relativa de insulina faz com que eleve muito os níveis desses ácidos no sangue, tornando-o acidificado. Obs.: Quando faz o hemograma é característico que apareça basófilos, que são células básicas tentando reequilibrar o PH de 7.4 que está muito acidificado por conta dos corpos cetônicos. Quando o paciente chega nesse nível é muito importante que identificadas essas situações clínicas peça ao paciente para fazer exames de glicemia, pois pode evoluir para um possível coma. - Complicações metabólicas: · Intolerância a glicose – é tanta glicose que o organismo começa a rejeitar, a ter um déficit energético, porque tudo no organismo como fonte de energia é a glicose. (Ciclo de Krebs – Forma a adenosina trifosfato 32 ATPs, mas precisa da glicose como fonte de energia). A pessoa começa a ficar enfraquecida. · Metabolismo anormal das proteínas: procura outras fontes energéticas, começa a perder músculo, pois não tem de onde retirar a energia. · Metabolismo anormal dos ácidos graxos (começa a emagrecer formando corpos cetônicos) com cetoacidose): - Náusea e vômito, dor abdominal; - Cheiro de acetona na respiração (rápida e profunda); - Instabilidade cardiovascular; - Desidratação, alterações do estado mental; - Coma, morte. Obs.: Deve se preocupar principalmente com a hipoglicemia, por isso é recomendado que o paciente faça ingestão de alimentos de 3 em 3 horas, porque ele já toma hipoglicemiante ou insulina, joga muita glicose fora. Se ele não se alimentar de 3 em 3 horas rapidamente ele pode ter um coma hipoglicêmico. Para se ter um coma hipoglicêmico, é necessário 40mg/dl. Para se ter um coma hiperglicêmico, precisa chegar a 400mg/dl. - Complicações vasculares: · Grandes vasos: · Doenças das artérias coronárias; · Doença cerebrovascular; · Doença vascular periférica. · Pequenos vasos: · Retinopatia diabética (cegueira – entupimento dos vasos da retina) · Doença renal diabética - insuficiência renal (entupimento dos vasos renais, causando diminuição do fluxo glomerular e causando diminuição da filtração. O rim do diabético é sofrido, pois além de passar glicose que é uma molécula grande e começa a machucar todos os cálices reais, ele ainda tem uma insuficiência renal, devido a diminuição da vascularização do local. - Complicações neurológicas: · Neuropatias periféricas com perdas sensoriais – gangrena nos pés, justamente pela diminuição da irrigação. Há uma diminuição da ida das células de defesa, e qualquer machucado que o diabético tem ele não sente dor, e quando vai perceber já está infeccionado, e com isso vai precisar de uma terapia antibiótica muito forte, chegando pouco antibiótico no local, por isso que a maioria acaba tendo que amputar os dedos do pé, ou até o próprio pé. · Insuficiência autônoma: · Impotência sexual (diminuição do calibre dos vasos do pênis). · Anormalidade motilidade intestinal (começa a ter variações do peristaltivo intestinal, ficando com prisão de ventre, ou as vezes aumentando. · O maior problema do diabético são as complicações infecciosas. - Complicações: · Hipertensão (vai diminuir o calibre dos vasos devido ao entupimento pela glicose, formando trombos, e vai causar o aumento da pressão arterial. Todo diabético que não é compensado(controlado), provavelmente vai se tornar um hipertenso. · Trombose e coágulos na corrente sanguínea. · Problemas dermatológicos (decorrente da incorreta vascularização, começa a ter problemas, como secura). · Problemas na coagulação sanguínea. - Inicio juvenil – diabete tipo 1 (10%dos pacientes nascem com): · Causada pela destruição das células beta no pâncreas por processos autoimunes (infecções viróticas ou hereditariedade). · Antes dos 25 anos. · Pacientes insulinodependentes. · Suscetível a cetoacidose. · Pacientes com peso abaixo do normal. · Complicações progressivas. - Início no adulto – diabete tipo 2 (90% dos pacientes): · Depois dos 40. · Pacientes obesos, idosos e sedentários. · Cetoacidose é rara. · Causas: · Resistência dos tecidos à insulina (especialmente músculos) · Produção aumentada de glicose pelo fígado. · Secreção de insulina pancreática alterada. - Outros tipos de diabetes · Defeitos genéticos nas células beta do pâncreas. · Doença ou traumatismo pancreático · Infecções (rubéola...citomegalovírus) · Diabete induzido por medicamentos (hormônios esteroidais e tireoidianos) · Outros distúrbios endócrinos(hipertireoidismo). · Síndromes genéticas. · Diabete gestacional: · 4% das gestantes. · Terceiro trimestre. · Mesma fisiopatologia da tipo 2. · Intolerância à glicose (IGT): · Glicemia em jejum alterada (IFG): · Maior resistência tecidual. · Pré-disposição para tipo 2. - Tratamento médico · Diabete do adulto: · Normalização do peso. · Controle da glicosúria. · Hipoglicêmicos orais ou insulina. Obs.: Evitar cetoacidose e hipoglicemia. · Diabete juvenil: · Insulinodependentes. - Hipoglicêmicos orais · Sulfonilureias – estimulam a produção pancreática de insulina (elas vão lá no pâncreas e fazem o aumento dessa produção): · Clorpropamida. · Gliburina (Glibenclamida, Gliburida ou Glibenciclamida é um agente antidiabéticoda classe das sulfonilureias de segunda geração). · Repaglinida – estimulam a produção pancreática de insulina. · Metformina – evita glicogenólise no fígado, melhora resistência tecidual (não deixa com que haja quebra do glicogênio eliminado no sangue. Faz uma barreira no fígado e melhora a resistência residual, melhora a resposta do organismo a ação da insulina). · Tiazolidinedionas (TZDs) - atuam diminuindo a resistência à insulina. · Acarbose – torna lenta a absorção de carboidratos (mesmo que o diabético faça a ingestão de carboidratos, ele torna lenta essa absorção, diminuindo o índice glicêmico). - Preparados de insulina humana - Achados bucais · Paciente não controlados – 75% doença periodontal (Na boca entope os pequenos vasos periodontais, com isso a retração, a não migração de células de defesa para o local, aumento da proliferação bacteriana). · Xerostomia - Boca anormalmente seca, muitas vezes causada por medicamentos. · Abcessos recorrentes. · Hipoplasia e hipocalcificação do esmalte – cárie. · Antes dos 10 anos – retardo na erupção. - Neuropatia diabética e dor orofacial (dessensibilização dos nervos) · Dor em pontada e aguda na mandíbula e língua, com envolvimento ocasional da mucosa. · Parestesia ou hipoestesia facial unilateral na região do nervo mentoniano, dor mandibular e resposta motora anormal nos músculos facial e masseter. - Doença periodontal · Relacionadas com o hospedeiro: · Modificações vasculares do periodonto. · Alterações na interação entre células e matriz intercelular. · Modificações do polimorfonucleares e macrófagos. · Modificações no metabolismo do colágeno. Os.: Evidências sugerem que a infecção periodontal também possa afetar adversamente o controle glicêmico do diabetes (é um ciclo vicioso, quanto diabetes, maior o índice glicêmico, e pior a doença periodontal, e quanto pior a doença periodontal, acaba aumentando o índice glicêmico (são retroalimentadas)). · Terapia antibiótica + terapia mecânica = controle glicêmico. - Protocolo · Verificar o nível de controle glicêmico e a presença de problemas sistêmicos concomitantes. · Solicitar avaliação endocrinológica para pacientes com sinais e sintomas sugestivos de diabetes descontrolado ou não diagnosticado. · Uso de glicosímetro para auxiliar na prevenção de emergência relacionadas ao diabetes. · Tratar agressivamente infecções orais agudas. · Marcar consultas antes ou após os períodos de pico de atividade da insulina. · Considerar sedação (se ele ficar nervoso, além de causar hipo, pode causar hiper. Quando fica nervoso libera adrenalina, quebrando glicogênio, liberando mais glicose no sangue, aumentando a glicemia). · Uso de adrenalina em pacientes com doença renal ou cardiovascular concomitante e nos pacientes não controlados (2 tubetes 1:200.000). · Candidose oral (antifúngico sem açúcar). · Infecção recorrente por HSV (antiviral oral) – aciclovir. · Síndrome de ardência bucal (amitriptilina). · Dieta pré e pós operatória. · Considerar antibioticoterapia profilática em infecções e cirurgias bucais nos pacientes não controlados (amoxicilina 2gm – 1 h antes ou azitromicina 1 dia antes, no dia e 1 dia depois do procedimento, sendo 10 dias de proteção antibiótica). · RAR (raspagem, alisamento radicular) com tetraciclina (manipular gel, injetar na bolsa e raspar) ou doxiciclina (periodontite avançada – inibem a colagenase do suco crevicular). · Corticosteroídes (hiperglicemiantes) – aumenta a ação da adrenalina (pode usar corticóide dose única). · Evitar AINES (o rim, já é machucado pela glicose, o anti-inflamatório é ácido, e a maioria nefrotóxico, piorando a condição renal) por no máximo 2 dias. · Pacientes de alto risco (glicemia de jejum > 250mg/dl ou com complicações frequentes – cetoacidose, hipoglicemia e sintoma frequentes). · Adiar tratamento eletivo (paciente compensado, pelo menos no máximo 150/160ml/dl. · Nos casos de urgência hospitalar, sedar e prescrever profilaxia antibiótica (não fazer em consultório, ele pode ter uma hiperglicemia. PACIENTES COM DIABETE MELITO Evitar estresse nas sessões clínicas, pelo perigo da liberação de adrenalina endógena, que é hiperglicemiante. · Antibióticos · Anti-inflamatórios · Analgésicos · Anestésicos locais - Adrenalina em pacientes descompensados: hormônio hiperglicemiante. Vai no fígado quebra a glicose e aumenta a glicemia (não dar adrenalina). - Adrenalina em pacientes compensados: (pode usar adrenalina) pacientes com hiper tireoide podem desenvolver diabetes (t3 e t4 aumentam a ação da adrenalina que quebra mais glicogênio, liberando a glicose no sangue). - Se estiver trocado de medicamento no último mês ele não é compenado ainda, não pode usar adrenalina, usa prilocaína com felipressina 3%. - Se utilizar o medicamento há mais de 3 meses, conferir a glicose (120/130). Deverá usar: antibiótico (maior risco de infecção), menos quantidade de anestésico, pode usar adrenalina, recomendado o uso de prilocaína/felipressina 3% - (paciente compensado).
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