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Projeto de pesquisa violencia intafamiliar contra a pessoa idosa1

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 SERVIÇO SOCIAL 
 
 
Polo: SOBRADINHO 
 
 
RA: 430515 Gislaine Andrea Almeida Medeiros 
 
 
 
 
 
PROJETOS DE PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA - ATPS 
 
 
Semestre 5º 
 
 
 
Sobradinho/DF 
NOVEMBRO 2015 
 
 
Página 2 de 8 
 
 
ATPS: Projeto de Pesquisa em Serviço Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semestre 5º 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO CIENTÍFICO apresentado como atividade 
avaliativa da disciplina de Projeto de pesquisa em 
Serviço Social do Curso de SERVIÇO SOCIAL do 
Centro de Educação a Distância da Universidade 
Anhanguera-Uniderp, sob a orientação do professor-tutor 
presencial SHEILA OLIVEIRA, Professor EAD. 
 
 
 
 
Sobradinho/DF 
Novembro 2015 
 
 
Página 3 de 8 
 
PROJETO DE PESQUISA 
TEMA 
VIOLENCIA INTRAFAMILIAR CONTRA A PESSOA IDOSA E A 
INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial. No Brasil, ocorre em ritmo 
acelerado, acarretando modificações nas políticas sociais e constituindo-se em um dos grandes 
desafios da Saúde Pública. 
A violência contra o idoso no âmbito familiar é um problema que se agrava a cada dia e se 
estende, gradativamente, na atualidade. O idoso se torna uma vítima fácil, por muitas vezes, o 
mesmo por depender de seus familiares em diversos aspectos, seja nos cuidados da saúde, nas 
relações sociais, na dependência financeira ou até mesmo pela simples convivência familiar. 
A violência não pode ser vista como um fenômeno unívoco, ela tem causas conjugadas, ou 
seja, várias causas tais como a violência de gênero, culpa, econômica, dentre outras. 
A falta de respeito para com as necessidades do idoso é uma questão de cidadania, O idoso 
necessita ser respeitado e conquistar a garantia das necessidades básicas, e de uma vez por 
todas garantir a inclusão das pessoas idosas na sociedade com dignidade e respeito. 
Na maioria das vezes vivenciamos fatos de brutalidade (agressão), mas isto é algo que 
machuca superficialmente, existem maneiras mais violentas e degradantes de se tratar um 
indivíduo podemos citar a da culpa em que muitas vezes um idoso, devido aos atos praticados 
pela família, se sente um peso desnecessário por não mais poder contribuir com a renda 
familiar, e muitas vezes necessitam do apoio financeiro da família para poder complementar 
suas necessidades com medicamentos entre outras. 
Este projeto de pesquisa tem por objetivo refletir sobre as múltiplas formas de violência 
acometida ao idoso. A intenção é abranger discussões que retratem a questão da violência e 
desnaturalizar este fenômeno que é ainda muito presente em nossa sociedade. 
 
 
JUSTIFICATIVA 
Para compreender o sentido de violência vamos procurar entender primeiramente qual o 
significado da palavra. Violência deriva do latim “violentia”, tem caráter violento ou bravio, 
referente a força. O verbo “violare” significa tratar com violência, profanar, transgredir. Tais 
termos devem ser referidos a “vis”, que quer dizer força, vigor potência, violência emprego de 
força física, mas também quantidade, abundância, essência ou caráter essencial de uma coisa. 
De modo mais abrangente, a palavra “vis” significa a força em ação, o recurso de um corpo 
para exercer a sua força, e, portanto, a potência, o valor, a força vital. 
As violências contra idosas podem ser definidas não apenas como agressões físicas, mas 
também como omissões e ações que prejudicam a integridade física, emocional da vítima. Por 
ser um fenômeno histórico é apontado como crime na constituição federal de 1988 e no 
estatuto do idoso de 2003. Este tipo de crime, em especial a negligência passa despercebida 
pela própria vítima. A negligência contra os idosos é uma realidade que está presente em 
nossa sociedade sendo que os principais agressores os próprios familiares, vizinhos ou 
cuidadores, pessoas de sua confiança, onde o papel delas é protegê-los de situações de risco e 
 
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abandono. 
A criação do estatuto do idoso, em 2003, é a mais nova conquista dos idosos, tendo o intuito 
de regular os direitos assegurados às pessoas com idade superior ou igual a 60 anos, embora 
ainda passível de análise e aperfeiçoamento. 
A violência intrafamiliar é de origem da violência social, isso é acarretado desde os tempos da 
colonização do Brasil, ou seja, o processo exploratório ao qual o Brasil foi submetido deixou 
raízes profundas. 
O que pode ser visto claramente é que com o passar dos tempos a violência intrafamiliar 
atinge parcela importante da população, e cada vez mais os idosos, repercutindo de forma 
significativa sobre a saúde das pessoas a elas submetidas. 
As pessoas que sofrem agressões, sejam elas físicas ou verbais, se tornam contraditórias ao 
convívio social. Elas acabam se isolando em um mundo só seu, para não ter que contar o que 
vem ocorrendo, pode vergonha ou medo. 
A violência intrafamiliar, é aquela que acontece dentro do contexto da família, ou seja, nas 
relações entre os membros da comunidade familiar, formada por vínculos de parentesco 
natural (pai, mãe, filhos etc.) ou civil (marido, sogra, padrasto ou outros), por afinidade (por 
exemplo, o primo ou tio do marido) ou afetividade (amigo ou amiga que mora na mesma 
casa). 
Já a violência doméstica é aquela que acontece dentro de casa ou unidade doméstica e 
geralmente é praticada por um membro da família que viva com a vítima. As agressões 
domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico, a negligência e o abandono. 
Ao mesmo tempo em que a sociedade prega que a “terceira idade” ou a “melhor idade” deve 
ter qualidade de vida, deve participar de programas para conviver na vida social. Por outro 
lado, envelhecer em muitos casos não é visto como uma etapa da vida tão tranquila assim, em 
muitos lares a violência contra o idoso é uma realidade. 
Cada esfera da sociedade vê o envelhecimento de uma forma, em algumas o velho não se 
distingue de outras faixas etárias, enquanto em outras após envelhecer e não participar mais 
do mercado de trabalho a pessoa perde a sua função social enquanto ser humano. 
A violência contra os idosos há tempos vem existindo no cotidiano da convivência social, 
fazendo parte de seu dia a dia, observa-se que onde quer que o idoso esteja, na grande maioria 
das vezes sofre algum tipo de maltrato, por mais simples que seja, revelando conflitos de 
relações interpessoais que afetam a convivência pacífica, a solidariedade humana e 
consequentemente a qualidade de vida das pessoas. 
Um dos grandes desafios para os estudos sobre os maus-tratos, não apenas especificamente 
em relação aos idosos, reside na definição das categorias e tipologias que designem as suas 
várias nuances. Classifica-se os maus tratos e a violência contra os idosos em: 
1. Maus tratos físicos: uso da força física para constranger os idosos a fazerem o que não 
desejam, para feri-lo, provocar-lhes dor, incapacidade ou morte. 
2. Maus tratos psicológicos: agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar os 
idosos, humilhá-los, restringir sua liberdade ou isolá-los do convívio social. 
3. Abuso financeiro ou material: exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou uso não 
consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais. 
4. Abuso sexual: refere-se ao ato ou jogo sexual de caráter homo ou hetero relacional, 
utilizando pessoas idosas. Visam obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas por meio 
de aliciamento, violência física ou ameaças. 
5. Negligência: recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários aos idosos por parte dos 
responsáveis familiares ou institucionais. Geralmente, se manifesta associada a outros abusos 
que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais, em particular, para os que se 
encontram em situação de múltipla dependência ou incapacidade. 
6. Abandono: ausênciaou deserção dos responsáveis governamentais, institucionais ou 
 
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familiares de prestarem socorro a uma pessoa idosa que necessite de proteção. 
7. Autoabandono ou autonegligência: conduta de uma pessoa idosa que ameace a sua própria 
saúde ou segurança, com recusa ou fracasso de prover a si próprio o cuidado adequado. 
A forma como os maus-tratos e a violência contra os idosos são percebidos entre culturas e 
sociedades. Em um passado, não tão distante, muitas sociedades tradicionais consideravam a 
harmonia familiar como um importante elemento das relações familiares. Esse papel da 
família era legitimado e reforçado tanto por tradições filosóficas quanto por políticas públicas, 
não se reconhecendo a existência de maus-tratos contra idosos e, muito menos, a sua 
denúncia. 
A violência e os maus-tratos contra idosos, crianças ou mulheres independem de raça, gênero 
ou classe social e ocorrem nos ambientes onde se encontram as vítimas. No caso dos idosos, 
estes ambientes são suas casas, comunidade, centros de convivência ou instituições de longa 
permanência. É bastante comum a ocorrência de várias formas de maus-tratos 
simultaneamente. Maus tratos financeiros ou materiais, por exemplo, são, em geral, difíceis de 
serem identificados e tendem a ocorrer concomitantemente com maus-tratos físicos e 
emocionais. 
A implementação do Estatuto requer que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos 
contra os idosos sejam obrigatoriamente comunicados aos seguintes órgãos (art. 19): 
autoridades policiais, Ministérios Públicos ou aos Conselhos Estaduais e Municipais do Idoso. 
Em 24 estados os conselhos estaduais de defesa dos direitos do idoso já estão em 
funcionamento. Em 10 estados, os Ministérios Públicos contam com promotorias voltadas 
para a questão do idoso. Sete estados contam com a existência de delegacias do idoso. Em 12 
estados, outras instituições, que não os Conselhos do Idoso ou o Ministério Público auxiliam 
no encaminhamento das denúncias de maus-tratos a idosos. Ou seja, em praticamente todo o 
território nacional existem instâncias para as denúncias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROBLEMA 
Que dificuldades encontram os Assistentes Sociais na intervenção contra a violência a 
pessoa idosa? 
 
O assistente social é o profissional que contribui na resolução de problemas de relações 
sociais que se expressam na prática cotidiana. 
A primeira dificuldade encontrada quando se discute o tema violência contra o idoso é 
definir exatamente o que é violência e como identificá-la. 
Um dos principais campos de confusão refere-se à caracterização da diferença na avaliação 
do que é violência e do que é acidente, sendo que enquanto o primeiro ato é um tipo de 
crime, o segundo é apenas um acaso onde ninguém é o culpado direto. 
Segundo a Classificação Internacional de Doenças - CID (OMS, 1995) tanto a violência 
quanto os acidentes são classificados como originados por causas externas que englobam, 
agressões (físicas, psicológicas e sexuais), lesões auto provocadas, acidentes de trânsito e 
de trabalho, quedas e envenenamentos. Porém, a diferença crucial entre as categorias 
violência e acidente está no fato de a primeira, além de causar danos à vida de forma geral, 
é também fruto de um ato proposital, enquanto que o acidente é um evento não-intencional. 
É possível então considerar que violência contra o idoso é um ato intencional, que pode ser 
perpetrado tanto por outra pessoa quanto por ele mesmo, como é o caso do suicídio ou 
autonegligência. 
É importante salientar que em um ato de violência pode se considerar que o agressor possui 
não somente a necessidade de machucar o idoso, mas também a necessidade de reafirmar o 
seu poder sobre ele. 
O Estatuto do idoso, Lei 10.741/03, surge com a intenção de estabelecer a garantia dos 
direitos dos idosos, sendo mais específica que a Política Nacional do Idoso, como por 
exemplo, o direito do idoso a assistência social, a previdência, ao lazer, ao transporte, ao 
atendimento, etc. 
Consta-se que, diante do exposto, é notório que há leis concedidas aos idosos, porém essas 
leis não são de fato efetivadas, e por conta disso, a população se manifesta por melhorias 
na condição de vida dessa categoria. É nítido que o papel as leis são apresentadas de forma 
que garanta a propagação e efetivação dos direitos, mas na realidade, no dia a dia, o que 
ocorre é o desamparo das autoridades, desviando dinheiro que deveria ser para a realização 
do que está previsto em lei, porém diante de uma sociedade individualista o que se pensa 
não é no nós, mas no individual e por isso, talvez, que devemos lutar constantemente para a 
plena efetivação de direitos, e que geralmente são direitos básicos para sobreviver. 
O Assistente Social ao intervir na questão do idoso, precisa compreender que este está 
inserido num contexto onde o Estado garante o mínimo para o social, privando a favor dos 
interesses do capitalismo os direitos de muitas pessoas, inclusive, os direitos de muitas 
pessoas, inclusive, os direitos de pessoas idosas. É dever do Assistente Social, buscar 
conversar com as famílias, ver as causas do abandono e conscientizar da importância do 
convívio familiar como de primeira instância na vida do idoso. È direito da população e do 
profissional de assistência social, exigir políticas sociais, ao Estado, que garantam vida 
digna e cidadã aos idosos, onde possam desfrutar dos mesmos direitos e deveres que todos 
têm ao vivem em comunidade. 
O estudo contribui para confirmar a hipótese da existência de violência doméstica contra os 
 
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idosos. Dentre as formas de maus-tratos observadas, sobressaem-se o abandono e as 
agressões físicas, provavelmente em função do tipo de serviço analisado ser voltado para o 
recebimento de denúncias. 
Por fim, devemos esclarecer que, quando a família do idoso não cuida deste, ela também 
precisa de cuidados. A ação do assistente social, nessa perspectiva, deve ser realizada junto 
à essa família, à comunidade em que o idoso está inserido, à sociedade para que ela 
entenda que a pessoa idosa tem suas limitações, enfim, considerar todos os aspectos 
econômicos, políticos e sociais que norteiam a questão do idoso. 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - promulgado em 5de 
outubro de 1988 
Cartilha do idoso: Acessibilidade atendimento prioritário a pessoa idosa. 
Estatuto do idoso. Séria E. Legislação de saúde. 1ª edição. 2ª impressão. Brasília-DF 2003. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1994. 
Lei Orgânica do Serviço Social- LOAS 
SISTEMA ÙNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL-SUAS-instituído pela Constituição 
Federal de 1988. 
SITES 
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8610/6579 
http://entendeudireito.blogspot.com.br/2015/01/estatuto-do-idoso-direitos.html 
www.mte.gov.br 
www.scielo.br/scielo.php 
www.presidencia.gov.br/ 
www.onu-brasil.org.br/ 
http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm

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