Buscar

Unidade+2_Materiais+de+Construção+Civil+II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Materiais de Construção 
Civil II
Ensaios e controle tecnológico do concreto
PROFª. ME. MARIANA STOCCO
Unidade 2 | Ensaios e controle tecnológico do concreto
Seção 2.1 – Resistência do concreto
Seção 2.2 – Ensaios para análise do concreto
Seção 2.3 – Controle tecnológico do concreto
Ementa do Curso
Resistência do concreto
Abordaremos as propriedades mecânicas do concreto, os fatores que interferem
na resistência, além de entender como realizar os ensaios de tração e
compressão e o cálculo desses parâmetros.
Resistência do concreto
Controle tecnológico do concreto
 Controle de concretagem
 Cuidados na concretagem
 Utilização de aditivos químicos e adições minerais
Resistência do concreto
Fatores que influenciam na resistência do concreto
Segundo Tutikian & Andrade (apud MEHTA e MONTEIRO, 2008) existe uma
grande quantidade de fatores que apresentam influência na resistência
mecânica do concreto, que podem ser:
 Proporcionamento dos componentes (relação água/cimento e relação
agregado/cimento).
 Condições de cura e idade dos corpos-de-prova.
 Propriedades dos componentes (cimento, agregado, aditivo e adições
minerais).
Resistência do concreto
O uso de aditivos químicos no concreto já é uma prática mais que
consagrada, em virtude da melhora das caraterísticas de trabalhabilidade do
concreto, da redução do consumo de água e consequente redução da relação
a/c, além do acréscimo de resistência à compressão. Neste mercado o
desenvolvimento de produtos químicos com melhor performance é constante a
fim de atender necessidades especificas, tais como: o tempo de manutenção do
concreto, o aumento da resistência inicial, os concretos submersos, entre outros.
Os agregados empregados no concreto interferem de diferentes formas na 
resistência à compressão.
Resistência do concreto
Resistência à compressão
A resistência à compressão é a propriedade mais utilizada no controle
tecnológico do concreto. Esse parâmetro pode ser associado a outras
propriedades do concreto (fluência, módulo, etc.), além da durabilidade. Esses
corpos-de-prova devem ser preparados para a realização do ensaio de
resistência, sendo fundamental:
 Garantia de cura dos corpos-de-prova conforme a NBR 5739 (ABNT, 2018).
Resistência do concreto
Regularização do corpo-de-prova: regularizar as extremidades (topo e base).
Determinar por meio de um paquímetro a altura no eixo longitudinal e o
diâmetro do corpo-de-prova.
A data de ruptura deve seguir as tolerâncias nas datas de ruptura
especificadas:
Resistência do concreto
A data de ruptura deve seguir as tolerâncias nas datas de ruptura
especificadas, sendo que a equação para a determinação da resistência à
compressão é expressa da forma a seguir :
em que fh/d é o fator de correção de forma.
Resistência do concreto
Quando se determinam as dimensões do corpo de prova ensaiado, deve-se
atender uma relação altura/diâmetro (h/d) entre o intervalo: 1,94 < h/d ≤ 2,02,
sendo a relação máxima admissível de 2,02. Caso a relação h/d seja inferior a
1,94, deve-se aplicar um fator de correção:
Resistência do concreto
Em muitos casos práticos é comum a execução da extração de
testemunhos de concreto da própria estrutura de concreto aplicada para avaliar
a resistência do concreto ali aplicado.
Resistência do concreto
Resistência à tração
A existência dos esforços de momento fletor e força cortante em
elementos estruturais geram na seção transversal tensões de tração e
deformações. Quando a tensão de tração atinge a capacidade limite do concreto,
existe a possibilidade do início das fissuras no material.
A tensão de tração é fundamental no dimensionamento de elementos
estruturais, pois está associada à determinação do momento de fissuração,
verificação das aberturas de fissuras e da resistência de aderência.
Resistência do concreto
Para que possamos determinar a resistência à tração direta no concreto, é
necessário aplicar forças centralizadas em um corpo de prova até a sua ruptura.
O corpo de prova deve ter seção central retangular de 9 x 15 cm e extremidades
quadradas de 15 x 15 cm (conforme a figura), com análise similar ao ensaio de
compressão.
Ensaio de tração direta
Resistência do concreto
Resistencia à tração diametral - indireta
Consiste no emprego de um corpo de prova de dimensão 15 cm de
diâmetro por 30 cm de altura, colocado com o eixo horizontal entre os pratos da
máquina de ensaio. O contato entre o corpo de prova e os pratos deve ocorrer
somente ao longo de duas geratrizes diametralmente opostas, sendo aplicada
uma força até a ruptura por fendilhamento devido à tração indireta (PINHEIRO,
2010).
Resistência do concreto
Resistência do concreto
A distribuição de tensões é praticamente uniforme, sendo a determinação 
da resistência a tração dada pela equação:
fct,sp - resistência à tração por compressão diametral.
F – força aplicada pela máquina de ensaio.
d – diâmetro do corpo de prova cilíndrico.
l – comprimento do corpo-de-prova cilíndrico.
Resistência do concreto
Resistência à tração por ensaios na flexão - indireta
Segundo a NBR 12142 (ABNT, 2010), o ensaio de resistência à tração na
flexão é realizado em corpos de prova prismáticos submetidos à carga de flexão
em duas seções simétricas (aplicada nos terços da amostra). A figura a seguir
apresenta a sistemática desse ensaio.
Resistência do concreto
A determinação da tensão de tração na flexão pode ser obtida de acordo
com as equações a seguir.
Quando a ruptura ocorre no terço médio da distância entre elementos de
apoio:
b e h - largura e altura média do corpo de prova na seção de ruptura (mm).
Resistência do concreto
Quando a ruptura ocorre fora no terço médio da distância entre
elementos de apoio, mas não mais que 5% do comprimento do vão:
a - distância média entre a linha de ruptura na face tracionada
e a linha correspondente ao apoio mais próximo, com base em três
medições realizadas.
- Nichos de concretagem (bicheiras): 
◦ Verificar no elemento estrutural que o concreto foi aplicado apresenta o mesmo problema. 
◦ Problema de moldagem x Problema na estrutura: Traço inadequada - Necessidade de reforço 
estrutural; Resistência comprometida – extração de testemunhos - segurança? 
- Procedimentos de moldagem do corpo de prova
- Tamanhos diferentes – fator de correção – influencia na resistência
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d =
19200
78,54
∙ 0,098 ∙0,98=23,47 Mpa
2.2 Ensaios para análise do concreto 
Após a desforma de uma linha de vigas, foi identificada a ocorrência de uma 
falha de concretagem no concreto:
2.2 Ensaios para análise do concreto 
A seção 2.2 irá explorar as falhas de concretagem, ensaios de laboratório e
campo, além de saber como fazer a previsão da resistência à compressão em
diferentes idades do corpo de prova.
Defeitos de concretagem 
Quando identificamos problemas em estruturas concretadas, dizemos que o
concreto possui uma patologia. As manifestações patologia ocorrem por
diferentes origens, sendo associados:
▪ Problemas no processo de preparo de forma.
▪ Aplicação inadequada do concreto.
▪ Problemas nos materiais componentes do concreto.
▪ Deficiências de misturas.
▪ Falhas de concepção de projeto.
Manifestações patológicas mais comuns 
Causas: Falta de vibração, erros no lançamento,
uso de CAA com formas com problemas de
estanqueidade, entre outros.
Cuidados no lançamento do concreto
• O concreto deve ser lançado o mais próximo possível do seu localdefinitivo.
• Em nenhuma hipótese, o lançamento deve ocorrer após o início de pega do concreto.
• O lançamento deve ser feito de maneira uniforme nas fôrmas, evitando a concentração e
deformação delas.
• O lançamento nas fôrmas deve ser feito em camadas de altura compatível com o
adensamento previsto.
• Alturas inferiores a 2,5 metros, evitando que haja a segregação dos agregados graúdos.
• Caso a altura de queda livre do concreto ultrapasse os 2 m, recomenda-se o uso de concreto
com características para bombeamento, emprego de dispositivos que conduzam o concreto,
entre outros.
• O emprego de janelas de inspeção auxilia também na concretagem, além da vibração
adequada.
Emprego de CAA
• Se o traço for bem estudado e o concreto
confeccionado corretamente, o CAA evita
falhas de concretagem.
• Contudo, o CAA também requer uma
estabilidade na mistura, caso contrário,
efeitos de segregação do concreto podem
ocasionar problemas estruturais e estéticos
no elemento empregado.
Uma linha de vigas da edificação, após a desmoldagem, apresentou
manifestações patológicas do tipo “bicheiras”/nichos de concretagem, como
evitar e corrigir este problema?
Causas
Treinamento dos colaboradores
Falta de vibração do concreto
Consistência inadequada do concreto
Estanqueidade ruim das formas
Controle nos processos de concretagem
Utilizar adições para melhorar a coesão
Realizar um estudo de dosagem
Analisar também a viabilidade da elaboração de CAA
Como corrigir as bicheiras:
A recuperação deve ser realizada com a quebra do concreto com martelete e a
reconstituição com concreto fluido (graute).
▪ Demarcar a área;
▪ Cortá-la/escarificá-la;
▪ Limpar e remover todas as partes soltas
▪ Limpar a armadura e passar um primer anticorrosão;
▪ Umedecer o local e aplicar o graute.
Importância do controle tecnológico e de 
concretagem 
Rastreabilidade de problemas
Principalmente de resistência e porosidade
- Recebimento de 5 caminhões betoneira por dia, na fase atual da
execução;
Mapa de concretagem
 Identificação do caminhão (nº do selo/nº da
nota);
 Horários de concretagem;
 Que elementos foram concretados com
aquele caminhão;
 Atendeu-se o slump test previsto.
Controle de concretagem
Concreto usinado
 Moldagem de CP’s para amostragem de controle de qualidade, entre outros.
 Cada tipo de classe de concreto a ser colocada na estrutura deve ser
submetida aos ensaios de consistência e resistência à compressão.
 A amostragem pode ser total ou parcial, mas para um melhor controle, a
amostragem total é mais indicada e utilizada.
Para concreto dosado em obra, deve-se moldar amostras e realizar o slump test
nas seguintes situações:
Primeira amassada do dia;
Ao reiniciar o preparo, após uma interrupção de pelo menos duas horas;
Na troca de operadores; e
Cada vez que forem moldados corpos de prova.
Amostragem
Aleatória;
Dois CP’s por idade para cada amassada;
Após 15% e antes de 85%.
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 − 0,98
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d =
19200
78,54
∙ 0,098 ∙0,98=23,47 Mpa
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
CP: 100x200 mm
Carga de ruptura: 15 tf
fh/d=
ℎ
𝑑
=
20
10
= 2 − 1
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d =
15000
78,54
∙ 0,098 ∙ 1 = 18,72 Mpa
fh/d=
ℎ
𝑑
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
CP: 100x175 mm
Carga de ruptura: 7 tf
fh/d=
ℎ
𝑑
=
17,5
10
= 1,75 −0,98
𝐴 = 𝜋 ∙ 𝑟2 ou 𝐴 =
𝜋∙𝐷2
4
𝐴 = 𝜋 ∙ 52=78,54 cm2
𝑓𝑐 =
𝐹
𝐴
∙ 0,098 ∙ fh/d =
7000
78,54
∙ 0,098 ∙0,98 = 8,56 Mpa
2.2 Ensaios para análise do concreto 
Após a desforma de uma linha de vigas, foi identificada a ocorrência de uma 
falha de concretagem no concreto:
2.2 Ensaios para análise do concreto 
A seção 2.2 irá explorar as falhas de concretagem, ensaios de laboratório e
campo, além de saber como fazer a previsão da resistência à compressão em
diferentes idades do corpo de prova.
Defeitos de concretagem 
Quando identificamos problemas em estruturas concretadas, dizemos que o
concreto possui uma patologia. As manifestações patologia ocorrem por
diferentes origens, sendo associados:
▪ Problemas no processo de preparo de forma.
▪ Aplicação inadequada do concreto.
▪ Problemas nos materiais componentes do concreto.
▪ Deficiências de misturas.
▪ Falhas de concepção de projeto.
Manifestações patológicas mais comuns 
Causas: Falta de vibração, erros no lançamento,
uso de CAA com formas com problemas de
estanqueidade, entre outros.
Cuidados no lançamento do concreto
• O concreto deve ser lançado o mais próximo possível do seu local definitivo.
• Em nenhuma hipótese, o lançamento deve ocorrer após o início de pega do concreto.
• O lançamento deve ser feito de maneira uniforme nas fôrmas, evitando a concentração e
deformação delas.
• O lançamento nas fôrmas deve ser feito em camadas de altura compatível com o
adensamento previsto.
• Alturas inferiores a 2,5 metros, evitando que haja a segregação dos agregados graúdos.
• Caso a altura de queda livre do concreto ultrapasse os 2 m, recomenda-se o uso de concreto
com características para bombeamento, emprego de dispositivos que conduzam o concreto,
entre outros.
• O emprego de janelas de inspeção auxilia também na concretagem, além da vibração
adequada.
Emprego de CAA
• Se o traço for bem estudado e o concreto
confeccionado corretamente, o CAA evita
falhas de concretagem.
• Contudo, o CAA também requer uma
estabilidade na mistura, caso contrário,
efeitos de segregação do concreto podem
ocasionar problemas estruturais e estéticos
no elemento empregado.
Defeitos de concretagem 
Uma linha de vigas da edificação, após a desmoldagem, apresentou
manifestações patológicas do tipo “bicheiras”/nichos de concretagem, como
evitar e corrigir este problema?
Defeitos de concretagem 
Causas
Treinamento dos colaboradores
Falta de vibração do concreto
Consistência inadequada do concreto
Estanqueidade ruim das formas
Controle nos processos de concretagem
Utilizar adições para melhorar a coesão
Realizar um estudo de dosagem
Analisar também a viabilidade da elaboração de CAA
Defeitos de concretagem 
Como corrigir as bicheiras:
A recuperação deve ser realizada com a quebra do concreto com martelete e a
reconstituição com concreto fluido (graute).
▪ Demarcar a área;
▪ Cortá-la/escarificá-la;
▪ Limpar e remover todas as partes soltas
▪ Limpar a armadura e passar um primer anticorrosão;
▪ Umedecer o local e aplicar o graute.
Defeitos de concretagem 
Importância do controle tecnológico e de 
concretagem 
Rastreabilidade de problemas;
Principalmente de resistência e porosidade;
- Recebimento de 5 caminhões betoneira por dia, na fase atual da
execução;
Controle de concretagem
Concreto usinado
 Moldagem de CP’s para amostragem de controle de qualidade, entre outros.
 Cada tipo de classe de concreto a ser colocada na estrutura deve ser
submetida aos ensaios de consistência e resistência à compressão.
 A amostragem pode ser total ou parcial, mas para um melhor controle, a
amostragem total é mais indicada e utilizada.
Controle de concretagem
Para concreto dosado em obra, deve-se moldar amostras e realizar o slump test
nas seguintes situações:
Primeira amassada do dia;
Ao reiniciar o preparo, após uma interrupção de pelo menos duas horas;
Na troca de operadores; e
Cada vez que forem moldados corpos de prova.
Amostragem
Aleatória;
Dois CP’spor idade para cada amassada;
Após 15% e antes de 85%.
Mapa de concretagem
 Identificação do caminhão (nº do selo/nº da
nota);
 Horários de concretagem;
 Que elementos foram concretados com
aquele caminhão;
 Atendeu-se o slump test previsto.
Amostragem
2.3 Controle tecnológico do concreto
 Amostragem do concreto;
 O controle de concretagem;
 Análise dos resultados de resistência do concreto;
Principais siglas e definições 
 Lote: é certa quantidade de concreto empregado em uma concretagem.
Deve ser homogêneo e corresponder a um mesmo traço de concreto.
 Exemplar: quantidade de corpos de prova que representa o lote de
concreto produzido no dia. Entre exemplares de um mesmo lote, o valor de
resistência à compressão do concreto refere-se ao valor mais alto de dois corpos
de prova “irmãos” para ruptura em uma mesma idade, coletados de uma
mesma betonada de concreto produzido.
 Amostra: conjunto de exemplares que se admitem como representativos
de um lote de concreto.
Principais siglas e definições 
 fi: resistência do concreto à compressão individual de cada um dos
exemplares de uma amostra.
 fck: resistência característica do concreto à compressão, corresponde ao
valor de referência adotado pelo projetista como base de cálculo. Está associada
a um nível de confiança de 95%
 Fck,est: resistência característica estimada do concreto à compressão, é
uma estimativa feita a partir de uma amostragem.
Amostragem para controle de qualidade
O controle de qualidade do concreto aplicado em estruturas requer
cuidados associados ao processo de preparo e aplicação do concreto
empregado. A norma NBR 14931 (ABNT, 2004) especifica que o preparo e os
critérios de controle de concreto devem atender aos requisitos da NBR 12655
(ABNT, 2015).
Conforme a norma, para cada tipo e classe de concreto a ser colocado
em uma estrutura, devem ser realizados os ensaios de consistência e
resistência à compressão, além de ensaios que venham a ser
específicos do projeto estrutural.
Amostragem para controle de qualidade
 No preparo do primeiro concreto do dia, há a necessidade de controle
rigoroso pela interferência da umidade dos agregados miúdos (areias).
 Ao reiniciar o preparo após uma interrupção da jornada de concretagem de
pelo menos 2 h.
 Na troca dos operadores.
 Cada vez que corpos de prova forem moldados.
 Para o concreto preparado por empresa de serviços de concretagem (centrais
de concreto), devem ser realizados ensaios de consistência a cada betonada.
 No caso de concreto auto adensável, a frequência de realização dos ensaios
está estabelecida na NBR 15823-1 (ABNT, 2017).
Controle de concretagem
No controle de concretagem é fundamental a realização dos ensaios de
consistência e resistência. Além disso, o mapeamento do concreto lançado na
estrutura permite controlá-lo de forma situada. Para tanto, caso haja problema
de resistência do concreto é possível averiguar a região em que ele foi aplicado e
atuar de forma corretiva, seja com análise do projeto, reforço estrutural ou
demolição localizada.
Controle de concretagem
O mapeamento de uma laje, por exemplo, pode ser realizado da seguinte
forma: a laje deve ser dividida de acordo com o planejamento de concretagem e
os limites de cada concretagem devem ser desenhados no mapa.
No momento da concretagem, o anotador deve marcar
em cada trecho:
• Número da betoneira que descarregou o concreto.
• Data e hora do início da concretagem.
• Número da nota fiscal referente à compra do concreto.
Análise de ensaios de corpos de prova
A análise dos ensaios em corpos de prova de controle é feita com base no
controle de resistência à compressão, em que a determinação da resistência
característica à compressão do concreto estimada (fck,est) é o parâmetro
estabelecido por norma para aceitação do concreto.
Consideram-se dois tipos de controle de resistência: o controle estatístico do
concreto por amostragem parcial e o controle do concreto por amostragem total.
Controle de amostragem total
Segundo a NBR 12655 (ABNT, 2015),
a amostragem total consiste no fato de
que todas as betonadas são
amostradas e representadas por um
exemplar que define a resistência à
compressão daquele concreto naquela
betonada.
Controle de amostragem parcial 
Conforme a NBR 12655 (ABNT, 2015), na amostragem parcial, são retirados
exemplares de betonadas distintas.
 As amostras devem ser de, no mínimo, 6 exemplares para os concretos do
grupo I (classes de resistência até C50, inclusive);
 12 exemplares para os concretos do grupo II (classes superiores a C50),
como estabelece a NBR 8953 (ABNT, 2015).
Controle de amostragem parcial 
Lotes com números de exemplares 6 ≤ n ≤ 20: o valor do fck,est na idade
especificada é dado por:
Controle de amostragem parcial 
Não se pode tomar para fck,est valor menor que 6*f1, adotando-se para 6 os 
valores do quadro:
Condições de preparo
CONDIÇÃO A (aplicável a todas as classes de concreto): o cimento e os agregados são medidos
em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e
corrigida em função da umidade dos agregados.
CONDIÇÃO B (pode ser aplicada às classes C10 a C20): o cimento é medido em massa, a água de
amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em
massa combinada com volume.
CONDIÇÃO C (pode ser aplicada apenas aos concretos de classe C10 e C15): o cimento é medido
em massa, os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume
e a sua quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados da
determinação da consistência do concreto, conforme disposto na NBR NM 67 (ABNT, 1998) ou
outro método normalizado.
Essas condições também são empregadas no estudo de dosagem de concretos, interferindo no
valor da resistência de dosagem do traço.
Controle de amostragem parcial 
Lotes com números de exemplares n ≥ 20: o valor do fck,est, na idade
especificada, é dado por fck,est = fcm – 1,65*Sd, sendo:
O desvio padrão do concreto representa
um dado técnico que indica a uniformidade
do processo de preparo e produção de um
traço de concreto.
Esse parâmetro é muito empregado na
representação de qualidade do concreto
produzido por uma empresa. Segundo a
NBR 9062 (ABNT, 2017), o desvio padrão
inferior a 3,5MPa define se uma empresa
que produz peças de concreto pode ser
classificada como pré-fabricada
Nos casos de concreto produzido por betonadas de pequeno volume e sempre
que o número total de betonadas (lote) seja superior ao de exemplares da
amostra que representa esse lote, ou seja, trate-se de amostragem parcial, pode
se dividir a estrutura em lotes correspondentes a, no máximo, 10 m³ e amostrá-
los com número de exemplares entre 2 e 5. Nestes casos, denominados
excepcionais, o valor estimado da resistência característica é dado por:
Exemplificando
Resultados de resistência aos 28 dias 
para fck de projeto com 30MPa.
Exemplificando
Com os dados da tabela, calcula-se a resistência média:
E o desvio padrão:
Exemplificando
Para o cálculo da resistência característica estimada, tem-se 19
exemplares. Por tratar-se de um número ímpar, deve-se considerar
n=18, dessa forma, tem-se:
Exemplificando
Verificação para fck,est valor menor que 6*f1:

Continue navegando