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Atividade de Economia sobre Emprego e Desemprego - FATEC GUA - 2020_1

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Desemprego cresceu 10,8% entre a primeira e a última semana de maio 
Segundo o IBGE, Brasil tinha 8,8 milhões de pessoas em trabalho remoto 
na última semana de maio 
 
Por Bruno Villas Bôas, Valor — Rio 
16/06/2020 14h52 Atualizado há um dia 
 
 
O número de trabalhadores desempregados cresceu 10,8% ao longo do 
mês de maio, para 10,875 milhões de pessoas, mostram dados da Pnad 
Covid19, pesquisa inédita divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística (IBGE). Isso significa 1,05 milhão de desempregados a mais entre a 
primeira semana (3 a 9 de maio) e a última semana de maio (24 a 30). 
Com isso, a taxa de desemprego cresceu de 10,5% na primeira semana 
de maio para 11,4% na última semana do mês, conforme dados da nova 
pesquisa. 
O aumento do desemprego veio da volta da busca por trabalho ao longo 
do mês, e não de novas demissões. O número de pessoas ocupadas — 
empregados, empregadores, contas próprias, servidores, por exemplo — não 
piorou ao longo do mês. O país tinha 84,431 milhões de pessoas ocupadas na 
última semana de maio, 0,6% a mais do que no início daquele mês (83, ,945 
milhões). 
 Para o diretor de Pesquisa do IBGE, Eduardo Rios-Neto, os impactos da 
pandemia no mercado de trabalho foram concentrados na segunda quinzena de 
março e em abril. “No mês de abril é que o ‘elevador caiu’ em termos de 
ocupação." 
Já a força de trabalho — pessoas ocupadas ou procurando emprego — 
cresceu 2,1% da primeira para a última semana do mês, embora com flutuação 
ao longo do mês. 
Segundo a pesquisa, porém, cerca de 17,7 milhões de pessoas ainda não 
procuraram emprego na última semana de maio por causa da pandemia de 
covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Por não 
procurarem vaga, essas pessoas não são consideradas desempregadas. 
Somado ao contingente estimado de cerca de 10,9 milhões de 
desempregados, o país tinha 28,6 milhões de pessoas que queriam um 
emprego, mas enfrentaram dificuldades para se inserir novamente no mercado 
de trabalho, seja por falta de vagas ou receio da pandemia. 
Dos 84,4 milhões de trabalhadores ocupados na última semana do mês, 
14,6 milhões estavam temporariamente afastados do trabalho devido ao 
isolamento social ou férias coletivas, o que representava 17,2% do total de 
empregados. Esse dado também caiu ao longo do mês, em 1,8 milhão. 
A pesquisa mostra também que 29 milhões de trabalhadores estavam na 
informalidade na última semana de maio. São desde empregados no setor 
privado sem carteira, passando por trabalhadores domésticos e empregadores 
sem CNPJ, por exemplo. 
 
 
Trabalho remoto 
 
O país tinha 8,811 milhões de pessoas em “home office” (trabalho remoto) 
na última semana de maio (24 a 30), o que representa 13,2% dos trabalhadores 
ocupados do país, mostram dados da Pnad Covid19, pesquisa inédita divulgada 
hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Durante a pandemia de covid-19, empresas e o setor público colocaram 
trabalhadores em regime de trabalho remoto para atender à demanda por 
isolamento social. A pesquisa mostra que a parcela de trabalhadores em “home 
office” é relativamente pequena diante do universo de trabalhadores. 
A Pnad Covid19 foi realizada pelo IBGE por entrevistas por telefone, 
assim como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad 
Contínua), que acompanha o mercado de trabalho em trimestres móveis. 
O diretor-adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, disse que os 
resultados da Pnad Covid não são comparáveis a outras pesquisas de emprego, 
por motivos de metodologia. Segundo ele, é preciso aguardar a divulgação da 
Pnad Contínua de maio, no fim do mês, para tirar conclusões. 
 
“Na Pnad Covid, estamos dentro de um universo de tempo muito 
curto, dentro do mês de maio. É a evolução apenas de uma semana 
para outra. Dentro da semana, temos flutuação dos indicadores. 
São movimentações que ocorrem porque a pandemia acontece de 
forma diversa pelo país, com 'lockdown' diferente por regiões", 
disse ele. 
 
 
 
Fonte: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/06/16/desemprego-cresceu-
108percent-entre-a-primeira-e-a-ultima-semana-de-maio.ghtml 
 
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/06/16/desemprego-cresceu-108percent-entre-a-primeira-e-a-ultima-semana-de-maio.ghtml
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/06/16/desemprego-cresceu-108percent-entre-a-primeira-e-a-ultima-semana-de-maio.ghtml

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