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1 - José Henrique, vendedor de uma fábrica de geladeiras e outros eletrodomésticos do Paraná, foi transferido em 01 de fevereiro de 2018 para trabalhar na mais nova filial da fábrica em Cabo de Santo Agostinho, mudando-se com a família e passando a viver naquele Município. Além de seu salário fixo, recebeu ao final do mês de fevereiro comissão pelas vendas realizadas, ajuda de custo no valor correspondente a 40% da sua remuneração mensal e prêmio do dia do "representante de eletrodomésticos" (paga todo ano no mês de fevereiro). Possui plano de saúde médico e odontológico e um curso de inglês totalmente pagos pela empresa. O empregado foi reclamar com seu gerente o não pagamento do adicional de transferência. O empregado tem direito ao adicional de transferência? Independente se a transferência foi provisória ou definitiva, sim, lhe é devido o adicional de transferência de no mínimo 25% sobre sua remuneração mensal nos termos do artigo 469, § 3.º, da CLT. A ajuda de custo de 40% da sua remuneração se aplicaria como tal e teria que estar especificado que se trata de adicional se for o caso. 2 - Matheus Castro durante muitos anos foi sócio da empresa Vigilância Atenta Ltda. Porém, resolveu se retirar da sociedade empresária de modo regular, averbando esta condição no contrato social. Um ano após sua saída da sociedade, Eduardo Cambraia, empregado da empresa, ingressou com ação trabalhista buscando que lhe fossem pagas verbas trabalhistas inadimplidas pela sociedade. De acordo com a Reforma Trabalhista responda: A) Matheus Castro poderá responder pelo pagamento destas verbas? Sim, poderá. Em ações ajuizadas em até 2 (dois) anos após sua saída da sociedade da Empresa, nos termos do Artigo 10-A da CLT. B) Se sim, sua responsabilidade será solidária? Responderá subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio. 3 - O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprovada, em detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material. Tal assertiva refere-se a qual importante princípio do Direito do Trabalho? Princípio da Primazia da Realidade. Define que em uma relação de trabalho o prevalecerão os fatos que ocorrem, ainda que formalmente algum documento indique o contrário. 4 - Caso um empregado, após a Reforma Trabalhista, venha a exercer por onze anos uma função de supervisor, recebendo uma gratificação de função em decorrência disso, e o empregador resolva retorná-lo ao seu cargo de origem, esse empregado faz jus à incorporação desta gratificação? Não, esta garantia já se subsiste com a Reforma Trabalhista, em face da Lei 13.467/2017 inclui o § 2º no art. 468 da CLT, estabelecendo que a gratificação não será incorporada à remuneração do empregado, ainda que este receba tal verba por mais de 10 anos. 5 - [XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 2018 - FGV - OAB] Ramiro, auxiliar de serviços gerais, trabalhou para a sociedade empresária Bom Tempo S/A, de 17/12/2017 a 25/02/2018. Cumpria jornada das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, de 8h às 12h. De segunda a sexta-feira, deveria ter intervalo de uma hora, mas, em razão do volume de trabalho, só conseguia desfrutar de 40 minutos. Tendo Ramiro procurado você como advogado (a), considerando os exatos termos da legislação trabalhista em vigor, responda aos itens a seguir. A) O que você deverá pleitear em sede de reclamação trabalhista quanto ao intervalo? Justifique. Nos termos do Art. 71, § 4º, da CLT Deverá ser requerida a indenização de 20 minutos de intervalo de segunda a sexta-feira, com acréscimo de 50%. B) Qual é a natureza jurídica do pagamento do intervalo suprimido de Ramiro? Justifique. Tem natureza jurídica indenizatória, nos termos do Art. 71 § 4º, da CLT.
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