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SÚMULA 362. FGTS PRESCRIÇÃO 
 
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição 
do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo 
de dois anos após o término do contrato; 
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo 
prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir 
de 13.11.2014. 
Antes: 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não 
recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do 
contrato de trabalho”. 
 
Ocorre que, a Súmula 362 do TST foi alterada porque, na data de 13/11/2014, o STF entendeu por 
inconstitucional a prescrição de 30 (trinta) anos para o FGTS ao julgar o ARE 70912. Ao analisar o referido 
caso, o Supremo declarou a inconstitucionalidade das normas que previam a prescrição trintenária. 
De acordo com o ministro Gilmar Mendes, o artigo 7º, inciso III, da Constituição Federal prevê 
expressamente o FGTS como um direito dos trabalhadores urbanos e rurais e destacou que o prazo de cinco 
anos aplicável aos créditos resultantes das relações de trabalho está previsto no inciso XXIX do mesmo 
dispositivo. 
Na ocasião, o relator propôs a modulação dos efeitos da decisão da seguinte forma que, inclusive, está em 
vigor: 
 
(i) Para aqueles casos cujo termo inicial da prescrição – ou seja, a ausência de depósito no FGTS – ocorra 
após a data do julgamento, aplica-se, desde logo, o prazo de cinco anos; e, 
 
(ii) para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, 
contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir deste julgamento, conforme item II, da Súmula 362 do 
TST. 
 
Assim, a Suprema Corte, modulando os efeitos da declaração de inconstitucionalidade do artigo 23, § 5º, 
da Lei n. 8.036/1990, que seriam, em regra, ex tunc, determinou a aplicação da prescrição quinquenal das 
pretensões trabalhistas relativas ao FGTS apenas para o futuro (efeito ex nunc), como forma de se 
resguardar a segurança jurídica.

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