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P2 - Microeconomia (FINAL)


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Curso: Administração Disciplina: Microeconomia
	Professor(a): Luciane Fonseca
	Aluno(a): Vinícius Figueiredo Carneiro Turma: 4F - 8° período
	Data: 15/06/2020 Valor Total: 10 pontos Nota Obtida: 
 
	Prova 2020.1 (1ª chamada – 2º bim)
 Esta avaliação tem o objetivo de verificar a aprendizagem do aluno referente aos seguintes temas abordados em sala de aula:
1. Compreender as diferentes estruturas de mercado e suas implicações para a economia
2. Compreender o estudo da teoria da firma de maneira especial os custos de produção
 _____________________________________________________________________________________
Questão 1 (valor = 2 pontos): Na semana 11 estudamos a estrutura de mercado conhecida como oligopólio. Na sequência temos um trecho de um artigo extraído do infomoney e que pode ser acessado por meio deste link: https://www.infomoney.com.br/colunistas/terraco-economico/acordo-de-cavalheiros-e-oligopolios-no-brasil/ 
A justificativa para os setores oligopolizados nacionais sempre passou pela ameaça da concorrência internacional. Tanto a construção civil quanto o setor petroquímico e o setor financeiro, constituíram-se em oligopólios ao longo do século XX. A grande entrada de multinacionais que se deu com maior volume a partir do governo Kubitschek (1956-1961), acendeu o sinal de alerta no governo: não convinha permitir a alguns setores estratégicos que seu controle fosse alienado ao estrangeiro. O surgimento de grandes players nacionais que pudessem concorrer com as empreiteiras internacionais era necessário. O surto de obras do governo militar deu a direção do movimento que se seguiria ao longo do último quarto do século passado: contratos com a União e outros entes da federação seriam o principal negócio de um seleto grupo de empresas de construção civil pesada, que já vinham crescendo amparadas pelo intenso processo de urbanização. Aproveitando o fluxo de caixa garantido pelos contratos firmados, as empreiteiras cresceram tanto que logo foram além, passando a operar internacionalmente (a Odebrecht foi a primeira, já em 1979). A importância das obras só fez aumentar, constituindo grande peça de propaganda do regime militar: Itaipú, Transamazônica, etc. Daí a permissividade – ou em alguns momentos o incentivo – à oligopolização deste mercado. 
Como o próprio artigo destaca o processo de “oligopolização” traz consigo elementos distintos que suscitam um amplo debate. Neste contexto, descreva por que surgem os oligopólios, quais as formas de atuação das empresas oligopolistas, quais os tipos de oligopólios existentes. Na sequência dê 2 exemplos de oligopólios no Brasil e as implicações desta estrutura de mercado para os consumidores. 
No contexto desta questão, o oligopólio surge como uma blindagem do governo contra as marcas multinacionais, vistas como ameaça para o mercado interno, o governo passa de certa forma restringir a aliança de setores específicos com organizações estrangeiras, afim de fortalecer as marcas nacionais e fazer com que as mesmas tenham embate com as internacionais, exemplo das empreiteiras durante o surto das obras citado acima. As empresas que formar esse sistema oligopolistas, podem atuar de diversas formas e tipos, sendo: Truste, ocorre quando uma determinada empresa presente em um oligopólio perde sua força e precisa se unir com alguma outra para se manter “viva” no mercado, ou até mesmo quando um conjunto de empresa se une eliminando dependências para constituir uma única organização. Holding, caracterizado por uma empresa maior controlar outras subsidiárias, mantendo controle sobre a outra por deter maior parte de suas ações, e oferecendo mesmo produto no mercado. Cartel, quando as empresas de um mesmo segmento se unem com acordos para exercer preços elevados de forma cooperativa, prática ilegal, mas comumente observada em postos de gasolina do país. Caracterizado por poucas empresas no mercado que fornecem determinado produto, podemos citar como exemplo de oligopólio no Brasil as operadoras (TIM, Vivo, Claro e OI), bem como o grupo AMBEV que detém cerca de 70% do mercado de cerveja brasileiro. Creio que o que mais implica para os consumidores nessa estrutura é o fato de não existir uma competição de forma acirrada entre as empresas, prejudicando o consumidor uma vez que deve se contentar com o produto/serviço que geralmente são de mesmo nível e preço.
Questão 2 (Valor = 2 pontos): Um mercado monopolista está constituído por um único vendedor e por muitos compradores. Diferentemente de um mercado em concorrência perfeita, em que cada empresa possui um impacto imperceptível sobre o preço de mercado, um monopolista deve reconhecer que sua decisão de produção afeta substancialmente o preço de mercado do produto. Quando um agente individual pode afetar o preço que prevalece no mercado, dizemos que esse agente possui poder de mercado. Num monopólio, o vendedor possui poder de mercado. Nesse contexto, seria possível citar um exemplo de empresa monopolista no Brasil? Justifique sua resposta. Há alguma forma de o governo atuar no sentido de coibir a formação de monopólios?
O estatal ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) é um exemplo que todos conhecem do nosso país, pois possui monopólio garantido pela lei para entrega de malotes, e correspondências pessoais e comerciais, além da fabricação e emissão de selos postais. O governo pode atuar com órgãos e instituições voltadas para o combate da formação de monopólios, como exemplo o CADE, entidade vinculada ao Ministério da Justiça que tem como objetivo defender a livre concorrência no mercado, evitando assim a formação de monopólios. A entidade também é responsável pela autorização ou veto de empresas que desejam se unir.
QUESTÃO 03 (2 pontos): Os custos da empresa são variáveis importantes nas decisões de produção e determinação dos preços. Nesse sentido, a análise dos custos das firmas é variável fundamental no estudo das firmas. Os custos de produção de uma firma podem ser classificados de duas formas: Implícitos e explícitos. Faça uma comparação entre eles apontando diferenças e/ou semelhanças. Dê um exemplo que represente um custo explícito de uma empresa e um custo implícito.
O custo implícito é parte do custo de oportunidade que corresponde a recursos de propriedade da propria empresa, não sendo nenhum pagamento monetário e sim custos estimados a partir de uma suposição de quanto poderia ser ganho na melhor utilização do recurso. Já o custo explícito envolve diretamente o desembolso monetário, como as despesas correntes de uma determinada empresa, como por exemplo: salários, aluguel, materiais, juros, impostos, etc. Para o custo implícito, pode ser explicado em qualquer custo não incorrido, que não podem ser mensurados com precisão para fins de contabilidade. A principal diferença 
entre esses dois tipos de custo é simplesmente que os implícitos são os custos de oportunidade e o explícitos qualquer gasto pago com os ativos da empresa.
QUESTÃO 04 (valor = 2 pontos): Complete a tabela abaixo.
	PRODUÇÃO 
	CUSTO
	PREÇO
	RECEITA
	LUCRO 
	CUSTO 
	RECEITA
	E VENDAS
	TOTAL
	UNITÁRIO
	TOTAL
	TOTAL
	MARGINAL
	MARGINAL
	0
	 10,00 
	 7,00 
	 0
	 -10
	0
	 0
	1
	 15,00 
	 7,00 
	 7
	 -8
	 15
	 7
	2
	 18,00 
	 7,00 
	 14
	 -4
	 9
	 14
	3
	 20,00 
	 7,00 
	 21
	 1
	 6,67
	 21
	4
	 21,00 
	 7,00 
	 28
	 7
	 5,25
	 28
	5
	 23,00 
	 7,00 
	 35
	 12
	 4,6
	 35
	6
	 26,00 
	 7,00 
	 42
	 16
	 4,33
	 42
	7
	 30,00 
	 7,00 
	 49
	 19
	 4,29
	 49
	8
	 35,00 
	 7,00 
	 56
	 21
	 4,38
	 56
	9
	 41,00 
	 7,00 
	 63
	 22
	 4,56
	 63
	10
	 48,00 
	 7,00 
	 70
	 224,48
	 70
	11
	 56,00 
	 7,00 
	 77
	 21
	 5,09
	 77
Questão 5: (Valor = 2 pontos) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça tem como principal função estimular a livre concorrência. Quanto mais empresas disputam entre si a preferência dos clientes, melhores serão os produtos ofertados e menores os preços praticados no mercado. Neste contexto, o Cade deve atuar em relação a formação de 2 estruturas de mercado. Que estruturas seriam essas? O que explica o surgimento dessas estruturas de mercado e quais as semelhanças e diferenças entre elas? 
As duas estruturas que o CADE deve combater são o monopólio e oligopólio, ocorrem quando existe uma única empresa ou um número reduzido de empresas ofertando certo produto ou serviço. No monopólio, uma determinada empresa possui o privilegio de ofertar seus produtos e serviços sem concorrência, pois ela tem a posse daquele segmento, os monopólios geralmente surgem pelas particularidades de um determinado mercado, pela inovação de produtos ou serviços que não se tem concorrentes, ou até devido a uma ordem governamental. Já o oligopólio tem como característica um conjunto de organizações que dominam algum setor ou produto do mercado, colocando preços abusivos e buscam eliminar qualquer possibilidade de concorrência, podendo vir ocasionar até a formação de carteis, quando as empresas firmam algum tipo de cooperação entre elas para obrigar consumidores a pagar preços elevados. A única diferença entre essas estruturas é que no monopólio só temos um detentor do mercado, devido à ausência de concorrentes, já o oligopólio são poucos, mas que detém a grande parte do mercado.