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FACULDADE CNEC FARROUPILHA Mantida pela Campanha Nacional de Escolas na Comunidade - CNEC CURSO DE BACHAREL EM DIREITO MARIA ELAINE RIBEIRO ALVES REFORMA TRABALHISTA E AS MUDANÇAS NA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Farroupilha/RS 2019 2 MARIA ELAINE RIBEIRO ALVES REFORMA TRABALHISTA E AS MUDANÇAS NA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Projeto de Conclusão de Curso de Bacharelado em Direito da Faculdade CNEC de Farroupilha - RS, para requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Direito Orientador: Prof. Dr. João Carlos Carpes Vieira Farroupilha/RS 2019 3 Lista de abreviaturas e siglas [ABNT] Associação Brasileira de Normas Técnicas [OAB] Ordem dos Advogados do Brasil [CF] Constituição Federal [CLT] Consolidação das Leis do Trabalho [TST] Tribunal Superior do Trabalho [MTE] Ministerio do Trabalho e Emprego 4 SUMÁRIO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 2. TEMA 3. PROBLEMA 4. HIPÓTESE 5. JUSTIFICATIVA 6. OBJETIVO GERAL 7. OBJETIVO ESPECÍFICO 8. REFERENCIAL TEÓRICO 9. METODOLOGIA 10.PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVISÓRIO 11.CRONOGRAMA 12.REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 5 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Título do projeto: Reforma Trabalhista e as mudanças na contribuição sindical Autora: Maria Elaine Ribeiro Alves Endereço: RS 122, nº 3.000, apto 395, bairro Centenário, CEP 95177-150, Farroupilha/RS Telefone: (54) 984325530 E-mail: elaynne.ribeiro@hotmail.com Área de concentração: Direito Trabalhista Instituição: Faculdade CNEC Farroupilha mailto:elaynne.ribeiro@hotmail.com 6 2. TEMA A Reforma Trabalhista e as mudanças na contribuição sindical. 3. PROBLEMA A Reforma trabalhista é um assunto que está sendo discutindo desde as primeiras suposições das mudanças, e ainda mais, após sua concretização. Algumas dessas conjecturas são convertidas em forma de análise, para que, assim, possa-se realmente entender o que foi alterado e de que forma essas mudanças afetam os trabalhadores na questão jurídica. Com uma legião de comentário em torno desse assunto, leva-se a crer que realmente precisa-se pesquisar e analisar para chegar ao entendimento do que realmente é o Direito trabalhista, conduzindo para essa pesquisa o objetivo de analisar as alterações da reforma trabalhista trazidas pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, que provocou modificações na CLT; nas leis relativas ao trabalho temporário; terceirização; não obrigatoriedade da contribuição sindical; FGTS, e custeio da seguridade social. Quanto à contribuição sindical, há os que defendem a não obrigatoriedade do desconto. Alega-se que os sindicatos fazem pouco em benefício dos empregados e sem a contribuição obrigatória, com o passar do tempo, eles deixariam de existir; que o foco principal dos mesmos seria apenas a questão financeira, ou seja, apenas embolsar o valor da contribuição. Esse argumento foi usado por Rogério Marinho para fazer a justificativa de incluir essa questão na reforma trabalhista. Por outro lado, os sindicatos representam extrema importância para a constituição dos direitos do trabalhador, pois uma das grandes vitórias em todo o processo de conquista dos Direitos Trabalhistas e civilização aconteceu por meio do movimento feito pelos sindicalistas, pois eles atuavam como uma espécie de mediadores, buscando soluções para os conflitos entre empregados e empregadores, e assim chegarem a uma solução dos mesmos, além de fazer todo um trabalho combatendo a desigualdade social. 7 Atualmente, os sindicatos não possuem o mesmo peso em que tiveram no início do movimento sindical, pois muitos direitos foram conquistados, leis foram criadas, a compreensão das pessoas não é mais a mesma, os trabalhadores são bem mais instruídos, comparado a antigamente, os meios de comunicação estão a disposição de todos. Todavia, isso não tirou de forma alguma a importância deles, apenas aliviou o peso de todos aqueles conflitos que houveram antes e que atualmente não acontece da mesma forma. Analisando-se as modificações feitas e de todas os debates sobre o tema, surge-se o questionamento de que, sem a contribuição sindical, quem estaria “do lado” do trabalhador em um possível desentendimento de direitos e deveres entre empregados e empregadores? Assim, pode-se afirmar que a alteração havida quanto ao desconto da contribuição sindical respeita os princípios e a hierarquia das normas jurídicas? 4. HIPÓTESE Fazendo-se a leitura do artigo 5º, inciso II da CF, onde diz que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei e artigo 8º, inciso V, também da CF, onde é determinado que ninguém é obrigado a se filiar ou a se manter filiado a uma entidade sindical, poderíamos nos precipitar sobre a questão da constitucionalidade ou não da não contribuição sindical. Porém, um dos princípios que é estabelecido na Lei nº 13.467/2017 é de que o negociado por intermédio de acordo ou convenção coletiva prevalece sobre a CLT, com exceção apenas nos casos em que a negociação é considerada como objeto ilícito. Dessa forma, sendo previsto a contribuição sindical nos acordos coletivos, podemos entender que a alteração para não obrigatoriedade da contribuição sindical não é constitucional. 5. JUSTIFICATIVA No Brasil, a grande maioria da população é composta por empregados. E dessa forma seria de interesse de todos estar a par de seus direitos trabalhistas, 8 principalmente quando houvesse alterações, para que assim pudessem opinar, criticar, até discutir, se fosse preciso e, principalmente, reivindicar caso algum desses direitos ou alterações feitas ferisse a sua dignidade, seu direito como trabalhador, porém, o que ocorre na prática, é bem diferente. Com a internet a disposição, o volume de fake news cresce e se espalha, ficando difícil para a população, no geral, saber discernir quais informações são confiáveis, verdadeiras e até claras, então simplesmente não sabem, não entendem e se manifestam com comentários incoerentes e confusos. A Reforma Trabalhista é um tema novo, se comparado a outros do Direito Trabalhista, e se tornou um dos assuntos mais comentados nos últimos tempos. Então, se torna de extrema relevância pesquisar sobre todas as modificações que foram feitas, para assim compreender as verdades e incoerências dos diversos comentários que surgem a cada dia, mas especialmente analisar se as reformas observam os preceitos legais. Na faculdade de Direito fala-se que há uma hierarquia das normas jurídicas e que as mesmas devem ser respeitadas, que a CF é a fonte de onde as demais normas devem buscar a fundamentação legal, sendo na Constituição que encontramos regras que indicam quem pode e quem deve fazer o que, quantos turnos e qual quórum para aprovação, qual tipo de instrumento e também quais seriam os limites a serem seguidos. Esse trabalhotrata-se de uma análise, trazendo uma pesquisa jurídica, analisando os direitos coletivos e os instrumentos jurídicos, os sindicatos, a mudança no ordenamento jurídico, a insegurança jurídica às organizações e a necessidade de a academia analisar a matéria. 6. OBJETIVOS 6.1 Objetivo Geral Analisar a legislação trabalhista, com ênfase na legalidade das alterações havidas por meio da Lei nº 13.467/2017, especialmente quanto às contribuições sindicais. 9 6.2 Objetivo Específicos ● Contextualizar acerca da história do Direito Trabalhista no Brasil, principalmente a evolução da proteção a esses Direitos; ● Elencar, de acordo com o que prevê a CF/1988 e a CLT, o Direito Trabalhista do Brasil; ● Verificar a hierarquia das normas trabalhistas, especialmente no que concerne à contribuição sindical e os acordos coletivos; ● Analisar as alterações promovidas pela Reforma Trabalhista, conforme a Lei nº 13.467/17. 7. REFERENCIAL TEÓRICO Será abordado no referencial teórico as leis, doutrinas e jurisprudências necessários para contextualizar, elencar, verificar e analisar as questões pertinentes ao problema objeto dessa pesquisa, trazendo levantamentos acerca do mesmo. DIREITO TRABALHISTA Segundo Thiago Chohfi e Marcelo Chaim Chohfi , a existencia do Direito 1 do Trabalho deu-se inicio a partir do principio da melhoria da condição social dos trabalhadores, pois essa parte do direito surgiu com o objetivo de trazer melhores condições sociais aos trabalhadores. Entretanto, além desse fator, tiveram varios outros que serviram de ponto de partida à muitas das regras trabalhistas, “tal como os políticos, sociais e econômicos”, tendo como finalidade da legislação do trabalho é defender o mínimo social do trabalhador. Ainda, pode-se observar com certa frequencia decisões de tribunais contra acordos e convenções coletivas que não fazem junção desse principio, não respeitando direitos fulcrais como hora noturna reduzida ou até mesmo a maleabilidade de regras sem uma compensação benéfica aos empregados. 1 CHOHFI, Thiago; CHOHFI, Marcelo Chaim. Relações sindicais e negociações trabalhistas. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. 2011. p. 13. 10 Conceito de Direito do Trabalho De acordo com Gustavo Cisneiros , o conceito que a grande maioria dá 2 para o Direito do Trabalho em ser protetor do trabalhador, que seria a parte mais fragil da relação trabalhista, está, em partes, incorreto, pois o mesmo garante também direitos ao empregador, porém em menor proporção. [...] ele também consagra, em menor proporção, direitos do empregador, o qual, por exemplo, pode demitir por justa causa o empregado que cometer falta grave, como define o art. 482 da CLT, já que detém o poder diretivo, do qual derivam os poderes de fiscalização e disciplinar. O aviso-prévio, previsto no art. 487 da CLT, é outro bom exemplo de direito patronal, quando a rescisão decorrer de pedido de dispensa do obreiro. A indenização prevista no art. 480 da CLT também consagra um típico direito do empregador. Pedro Paulo Teixeira Manus , ”pressupõe, de início, a conceituação da 3 própria disciplina, a fim de entendermos o espaço que ocupa no universo do conhecimento e da realidade.” Com isso, entendemos que o conceito de Direito do Trabalho é uma espécie de espelho para que possa-se ter uma visão do universo jurídico nas relações empregatícias. Para Amauri Mascaro Nascimento , o Direito do Trabalho teve seu 4 desenvolvimento sempre se ordenando em relações jurídicas entre particulares. História do Direito do Trabalho O autor Marcelo Moura faz referência desde a época da escravidão, 5 descrevendo os grupos em que se formavam, nos fazendo entender que o trabalho vem de muito tempo, antes mesmo da escravidão, porém o Direito no Trabalho nem sempre se fez presente. Depois do surgimento da escravatura foi que então os grandes pensadores começaram a lançar falas que, de certa forma, já previam a necessidade de algo que modificasse àquela situação. A sociedade escravagista atingiu grandes proporções entre egípcios, gregos e romanos. (...) Aristóteles (384 a.C. até 322 a.C.), um dos maiores filosofos da Grecia antiga, chegou a afirmar que a aquisição da cultura dependia do ócio que, por sua vez, só era possível pela presença dos escravos, sobrando tempo para o aperfeiçoamento do estudo de seus proprietários. O grande filósofo previu que a escravidão só poderia desaparecer quando a lançadeira do tear se movimentasse sozinha. Premonitória a previsão de Aristóteles. 2 CISNEIROS, Gustavo. Direito do Trabalho Sintetizado. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. São Paulo Ed. Metodo. 2016, p. 1. 3 MANUS, P. P. Teixeira. Direito do Trabalho. 14ª ed. São Paulo. Ed. Atlas S.A, 2011. p. 3. 4 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciando ao Direito do Trabalho. 35ª ed. São Paulo. Ed. LTr, 2009. p. 61. 5 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 48. 11 De acordo com Sérgio Pinto Martins , a história do trabalho surgiu, 6 primordialmente, com a denominação dada. Para começar o exame da matéria, é preciso, em primeiro lugar, estudar sua denominação. No Direito Romano usava-se a seguinte expressão "initium doctrinas sit consideratio nomanis", isto é, a doutrina deve começar a estudar certo assunto pelo nome. Várias foram as denominações usadas no decorrer do tempo, cada uma com suas particularidades adquiridas e modificadas de acordo com a época em que foram criadas, e consequentemente o aprimoramento . Algumas das expressões 7 usadas foram Legislação do Trabalho, Direito Operário, Direito Industrial, Direito Corporativo, Direito Social e Direito Sindical. Para Evaristo e Antônio Carlos , o 8 conceito de Direito do Trabalho se dá como um conceito de norma jurídica, fazendo junção, ao mesmo tempo, de dois valores primordiais, a segurança das relações jurídicas e a justiça. A norma jurídica, de natureza pragmática e objetiva, nada mais é do que um comando destinado à composição dos conflitos de interesses que ocorrem no meio social. Mister se faz, no entanto, para legitimidade desse comando, que ele venha revestido de alguns requisitos indispensáveis, quanto à capacidade, à forma e à causa. É preciso que o comando emane de determinadas pessoas, revista-se de certa forma e tenha em vista particulares conflitos de interesses. Ainda complementando sua definição com a seguinte fala. Não bastam, porém, essa universalidade e essa informação valorativa, se não vem a norma jurídica distinguida das outras normas gerais de conduta social. Necessário se faz que o direito seja positivo, munido de sanção institucionalizada e tenha como objeto de sua aplicação somente às ações exteriores dos homens. Em suma, o direito é uma norma de conduta social, de indispensável coexistência humana (viver é conviver), universal, positiva, exterior, emanada de autoridade legítima, tendo em vista a composição dos conflitos de interesses segundo certos ideais ou valores de segurança e de justiça, munida de sanção institucionalizada. 9 Para Martins , a expressão Direito do Trabalho, usada na atualidade, 10surgiu por volta de 1912 na Alemanha e dava foco nas relações do trabalho e não 6 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 1999. p. 39. 7 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 1999. p. 39 à 41. 8 FILHO, Evaristo de Moraes e MORAES, Antonio Carlos Flores. 7ª ed. Revista atualizada. São Paulo. Ed. LTDA, 1995. p. 39. 9 FILHO, Evaristo de Moraes e MORAES, Antonio Carlos Flores. 7ª ed. Revista atualizada. São Paulo. Ed. LTDA, 1995. p. 39. 10 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 1999. p. 41. 12 nas particularidades, como por exemplo, o trabalho no sindicato. E foi na Lei nº 2.724/56 que mudou a denominação antes usada nas cadeiras nas Faculdades de Direito para Direito do Trabalho, como já era usado em outros países como Alemanha, Inglaterra, França e Portugal, alterando também na CF de 1946. Mauricio Godinho diz que o Direito do Trabalho é composto por princípios e normas jurídicas, assim como os outros ramos do Direito e que o trabalho livre 11 surge de forma relevante a partir da Idade Moderna. Pressuposto histórico-material (isto é, trabalho livre) do elemento nuclear da relação empregatícia (trabalho subordinado) somente surge, na história ocidental, como elemento relevante, a contar da Idade Moderna. De fato apenas a partir de fins da Idade Média e alvorecer da Idade Moderna verificam-se processos crescentes da expulsão do servo da gleba , rompendo-se as formas servis de utilização da força de trabalho. Esse quadro lançaria ao meio social o trabalhador juridicamente livre dos meios de produção e do proprietário desses meios. 12 O Direito do Trabalho se relaciona, consequentemente, com outros ramos do Direito, onde percebe-se uma relação muito estreita, por exemplo, como o Direito Constitucional, pois é na CF que se encontra vários Direitos Trabalhistas de forma geral, onde observamos principalmente nos art. 7º a 11. É contrado também uma relação com o Direito Civil, pois, afinal, é dele que o Direito do Trabalho se origina. Na visão de Sérgio Pinto Martins , em mais uma de suas grandes obras, 13 “é impossível compreender o Direito do Trabalho sem conhecer seu passado. Esse ramo do Direito é muito dinâmico, mudando as condições de trabalho com muita frequência, pois é intimamente relacionado com as questões econômicas.” Atualmente, a expressão Direito do Trabalho abrange princípios, normas e instituições referentes à relação de trabalho subordinado, onde visa, através de medidas de proteção, melhores condições de trabalho e sociais aos trabalhadores. A maioria dessas normas se encontra na CLT, porém, segundo o autor Martins, não existem apenas um conjunto de princípios e normas, "mas também de instituições, de entidades, que criam e aplicam o referido ramo do Direito. " Tendo como objeto 14 o estudo do trabalho subordinado. 11 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo. Ed. LTDA, 2009. p. 80. 12 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo. Ed. LTDA, 2009. p. 81 e 82. 13 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 3 14 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 1999. p. 43 13 Marcelo Moura , descreve como surgiu e como foi a aprovação das 15 primeiras leis de proteção ao trabalho. A aprovação das primeiras leis de proteção ao trabalho não surgiu espontaneamente, como bem relata Souto Maior ³¹, Além do próprio interesse do Estado de evitar os conflitos sociais, as primeiras reações trabalhistas, que consideravam o local de trabalho uma prisão, ocorreram com destruição de máquinas e paralisações no trabalho. No ano de 1779 iniciaram-se estes movimentos, que se intensificaram a partir de 1811, ganhando a denominação de “Ludismo”, em razão ao nome de um de seus líderes: “Ned Ludd”. As máquinas, na visão da época, eram destruídas por serem consideradas as causadoras dos males à saúde dos trabalhadores. No mesmo ano de 1779 é editada na Inglaterra uma lei que proíbe qualquer associação de trabalhadores. Os princípios do direito do trabalho Os princípios do direito do trabalho são uma forma de regular as relações jurídicas entre empregados e patrões. Para Sergio Martins , “princípio é onde 16 começa algo. É o início, a origem, o começo, a causa. O princípio de uma estrada seria seu ponto de partida.” Dessa forma, podemos analisar como tudo começou e compreender a “ideia central” quando tais princípios foram criados e o que foi criado a partir deles. Princípio da proteção ou protetor Segundo Marcelo Moura, esse princípio se expressa por meio do in dubio pro operario, da norma mais favorável e da condição mais benéfica, regras essas que se fazem bem distintas. O direito do trabalho nasceu da necessidade de se fixar limites à exploração da mão de obra empregada, diante das linhas de produção em série estabelecidas pela revolução Industrial. Assim, o princípio da proteção do trabalhador, ou simplesmente princípio protetor, constitui a espinha dorsal do direito do trabalho. Trata-se do princípio basilar que orienta as relações jurídicas individuais de direito do trabalho, bem como a interpretação deste ramo do direito. 17 Mais três princípios são englobados dentro do princípio da proteção, pois, segundo ele, teriam objetivos muito semelhantes. 18 Temos como regra que se deve proporcionar uma forma de compensar a superioridade econômica econômica do empregado em relação ao empregado, dando a este último superioridade jurídica (Galart Folch, 15 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 55 e 56. 16 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 61. 17 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 117 18 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 69. 14 1936:16). Esta é conferida ao empregado no momento em que se dá ao trabalhador a proteção que lhe é dispensada por meio de lei. Pode-se dizer que o princípio da proteção pode ser desmembrado em três: (a) o in dubio pro operario; (b) o da aplicação da norma mais favorável ao trabalhador; (c) o da aplicação da condição mais benéfica ao trabalhador. In dubio pro operario A principal finalidade desse princípio é proteger o trabalhador, a parte mais frágil da relação jurídica, como bem explica Marcelo Moura. Não há como se comparar igualmente o “peso” em uma balança entre empregador e empregado, pois assim o trabalhador sairia sempre em desvantagem, por isso a criação desse princípio. Na dúvida quanto ao alcance ou à intenção de uma norma de proteção trabalhista, esta deve ser interpretada favoravelmente ao empregado. Trata-se de uma manifestação, no direito do trabalho, dos princípios do in dubio pro reo (direito penal) e favor debitoris (direito civil). Rejeita-se a aplicação de tal princípio no campo processual por ferir o princípio da igualdade. Atualmente, a enorme gama de técnicas de interpretação, acompanhada de farta jurisprudência, vem tornando desnecessáriaa atuação deste princípio. Leia-se: o princípio existe, é aplicável no direito nacional, mas tende a cair em desuso. 19 Esse princípio, para Sérgio Pinto, não seria aplicado inteiramente ao processo, pois, “havendo dúvida, à primeira vista, não se poderia decidir a favor do trabalhador, mas verificar quem tem o ônus da prova no caso concreto, de acordo com as especificações dos arts. 333 do CPC e 818 da CLT.” 20 Norma mais favorável A divergência entre normas é tão previsível que foi criado esse princípio, mas resolver situações em que essas divergências venham a ocorrer, levando sempre em conta aquela que for mais favorável aos empregados. Havendo mais de uma norma jurídica potencialmente aplicável a determinados empregados, valerá, para a relação jurídica com o empregador, aquela que se mostrar mais favorável aos interesses daqueles. Na interpretação deste princípio se deve ter em conta a coletividade dos trabalhadores a quem a norma se aplica no caso concreto. 21 19 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 118 20 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 69 21 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 118 15 No art. 7º da CF está previsto o princípio da norma mais favorável, estabelecendo direitos mínimos, que são melhorados pela vontade das partes ou pela legislação ordinária, tendo assim o objetivo de melhorar ainda mais as condições para o trabalhador. A aplicação da norma mais favorável pode ser dividida em três maneiras: (a) a elaboração da norma mais favorável, em que as novas leis devem dispor de maneira mais benéfica ao trabalhador. [...] (b) a hierarquia das normas jurídicas: havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica, deve-se observar a que for mais favorável ao trabalhador. [...] (c) interpretação da norma mais favorável: da mesma forma, havendo várias normas a observar, deve-se aplicar a regra mais benéfica ao trabalhador. O art. 620 da CLT prescreve que “as condições estabelecidas em convenção , quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em acordo”. A contrario sensu, as normas estabelecidas em acordo coletivo, quanto mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva. 22 Teoria da acumulação (ou atomista) Essa teoria, de certa forma, faz um comparativo entre normas, e em dado momento mescla algumas delas, fazendo assim a criação de uma terceira norma que na prática favorece o trabalhador. Na comparação entre dois estatutos jurídicos se extrai, quando a cada tema, a norma mais favorável. Assim, comparando-se, por exemplo,a convenção coletiva de trabalho e o acordo coletivo de trabalho, pode-se encontrar na convenção uma cláusula mais benéfica disciplinando o adicional de horas extras e no acordo uma mais favorável quanto ao adicional noturno. Observa-se que a noção de conjunto se perde, desprezando-se o contexto em que cada instrumento normativo foi aprovado. Particularmente se considerarmos que a origem destas fontes autônomas é a negociação coletiva, despreza-se, na teoria atomista, a vontade dos sujeitos envolvidos na formação deste negócio jurídico, quais sejam, os sindicatos e as empresas. O intérprete acaba tomando o lugar da fonte de direito. 23 Teoria do conglobamento (ou do conjunto) Quando se trata das relações de trabalho, a desigualdade entre empregador e empregado são nítidas, fazendo assim ser necessário estabelecer legislação protetiva, materializada principalmente na CLT, porém o trabalhador não tem suas garantias limitadas apenas na existência de normas protetivas, a interpretação também deve ser protetiva para caso surjam conflitos o empregado esteja seguro de não ser prejudicado por uma interpretação errônea. 22 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 69 e 70. 23 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 118 16 Nessa teoria as normas jurídicas potencialmente aplicáveis são comparadas no seu conjunto. A análise de dois estatutos jurídicos, como o cotejo entre uma lei e a convenção coletiva de trabalho, pode, por vezes gerar um resultado impróprio, já que não se leva em consideração o contexto em que cada uma das normas foi aprovada. Ademais, adotar-se uma decisão entre condições laborais díspares há de gerar, na maioria das vezes, um resultado arbitrário, já que a lei foi instituída para ser aplicada em toda uma comunidade, ao passo que a convenção coletiva incide somente em uma categoria profissional. 24 Teoria do conglobamento por instituto (ou teoria da incindibilidade dos institutos) Nessa teoria, não se faz comparativo de temas diferentes como na teoria atomista, nem como na teoria do conglobamento que compara todas as cláusulas. “Nesta teoria a análise observa o conjunto de cláusulas que se refere ao mesmo instituto jurídico-trabalhista. Comparam-se, entre os dois estatutos jurídicos, qual será mais favorável ao empregado no regime normativo da duração do trabalho.” 25 Condição mais benéfica Esse princípio entende que, em relação às vantagens que já foram conquistadas pelos trabalhadores, não podem mais ser alteradas prejudicando o trabalhador. “É a aplicação da regra do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da CF), do fato de que o trabalhador já conquistou certo direito não pode mais ser modificado.” 26 Continuidade do contrato de trabalho Em regra, presume-se que relação de trabalho seja dado continuidade após o contrato de experiência, com exceção para os casos de contrato temporário e determinado, proibindo a empresa de fazer uma série de contratos por prazo determinado, um em sequência do outro. A súmula 212 do TST adota essa ideia ao dizer que “o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado”. São exemplos da continuidade do contrato de trabalho encontrados na legislação: a transferência do empregado (art. 469 da CLT), que preserva a relação de emprego; a estabilidade ou garantia de emprego, que impedem a dispensa do trabalhador por parte do empregador; a suspensão e a 24 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 118 25 MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. p. 118 26 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. p. 71 17 interrupção dos efeitos do contrato de trabalho, especialmente a suspensão para qualificação profissional (art. 476-A da ClT) [...]. 27 SINDICATOS Para Marcelo Badaró Mattos , a estrutura sindical teve movimentos mais 28 marcantes durante a Ditadura Militar e foi o que restou de mais concreto e proveitoso dela. Os sindicatos resistindo a toda repressão sofrida daquela época e ainda persistindo até os dias atuais. Para ele, os sindicatos seriam os parachoques das relações entre trabalhadores e empregadores. As relações entre Estadoe trabalhadores viveram, no primeiro governo Vargas, diferentes fases. Uma primeira, limitada ao período 1930-34, foi marcada pela criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC), chamado de “Ministério da Revolução”. Do MTIC, nessa etapa, originou-se a quase totalidade das leis que foram depois reunidas e sistematizadas, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O Ministério também foi responsável pela difusão do novo modelo do sindicato oficial, reconhecido mas tutelado, que de início enfrentou competição das organizações sindicais autônomas construídas ao longo das três primeiras décadas do século. Os objetivos desses novos sindicatos eram claros: servir como interlocutores dos trabalhadores junto ao governo e vice-versa, funcionando por dentro do Estado, como órgãos públicos e, portanto, submetidos também às diretrizes das demais instâncias governamentais. Luciano Martinez descreve que o direito sindical se estrutura,com fins 29 sociais, através das relações de trabalho, agindo de forma a especificar princípios e regras a serem seguidas Perceba-se que na definição de direito sindical e coletivo do trabalho é destacado o protagonismo das entidades coletivas trabalhistas — sindicatos de trabalhadores e associações patronais — na construção de um direito suplementar àquele oferecido como mínimo pelo Estado. Aliás, essa é a razão de ser do ramo laboral ora analisado. Ele, como se verá a seguir, vive em função da edificação de padrões mais elevados do que aqueles alcançados pela norma heterônoma, ainda que muitas vezes seja difícil determinar o que seja efetivamente uma melhoria. Ainda segundo Luciano , a liberdade de fundar-se um sindicato não é 30 total, há limitações, pois, observa-se que ainda continua a ser oclusa a constituição de qualquer organização sindical na mesma base territorial. 27 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo. Ed. LTDA, 2009. p. 71 e 72. 28 MATTOS, Marcelo Badaró. Sindicalismo Brasileiro Após 1930.1ª ed. Jorge Zahar Editor, 2003. p.8. 29 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. 2018. Ed. Saraiva, São Paulo. p. 904. 30 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. 2018. Ed. Saraiva, São Paulo. p. 937. 18 A partir de uma análise combinada dos incisos I e II do art. 8o do texto constitucional, é possível perceber que há, sim, uma limitação imposta à liberdade de fundar o sindicato. O inciso I19 expurga do ordenamento jurídico sindical qualquer interferência ou intervenção do Poder Público, salvo, evidentemente, do Poder Judiciário, se invocado a decidir eventual contenda entre os integrantes da categoria e as entidades sindicais, com base na garantia prevista no art. 5o, XXXV, da Carta constitucional. As palavras são claras e postas no sentido de que “a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato”, ressalvado apenas o registro no órgão competente, para a preservação da unicidade sindical, mantida no inciso II. O registro dessas entidades sindicais é feito pelo MTE, tendo essa como unica função de acordo com as Portarias MTE nº 186, de 10 de abril de 2008 e MTE nº 326, de 1º de março de 2013. 31 Para Thiago e Marcelo Chaim , a função dos sindicatos é viabilizar 32 melhorias nas conjunturas de trabalho dos trabalhadores, devendo antecer nas normas a questão de proteção minima para os mesmos e assim manter uma manutenção minima dessas conjuturas. Em vista disso, “o princípio da melhoria da condição social dos traba- lhadores serve tanto ao fim normativo, relativamente à criação das normas (especialmente as negociadas pelos sindicatos), como ao fim interpretativo”, fazendo com que se entendam as regras de forma mais benefica ao seu real fim. O sistema sindical brasileiro não autoriza a fundação de um sin- dicato por empresa, até em razão da vedação constitucional de se fi- xar a base de representação inferior ao município. Em outros países, como nos EUA e Chile, principalmente em grandes empresas multi- nacionais, o sindicalismo por empresa é adotado. 33 O sistema adotado no Brasil é o da unicidade, onde o controle é feito pelo MTE, somente autorizando o registro de novos sindicatos, e assim concedente a atual carta sindical. 34 CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 31 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. 2018. Ed. Saraiva, São Paulo. p. 938. 32 CHOHFI, Thiago e CHOHFI, Marcelo Chaim. Relações sindicais e negociações trabalhistas. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. 2011. p. 13. 33 CHOHFI, Thiago e CHOHFI, Marcelo Chaim. Relações sindicais e negociações trabalhistas. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. 2011. p. 41. 34 CHOHFI, Thiago e CHOHFI, Marcelo Chaim. Relações sindicais e negociações trabalhistas. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. 2011. p. 45. 19 Aristeu de Oliveira faz um comparativo em sua obra em como eram 35 antes previstas as contribuições sindicais e como ficou após a reforma trabalhista, assim, antes, conforme o artigo 578 da CLT previa que: As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de “Contribuição sindical”, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo. Após a reforma, o texto ficou com a seguinte previsão: As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamente autorizadas. Ressaltando que a contribuição sindical somente será recolhida mediante autorização do trabalhador, assim como também previsto no artigo 579 da CLT: 36 A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do Sindicato representativo da mesma categoria ou profissão, ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no artigo 591. (Artigo com redação pelo Dec.-lei 229/1967). Após a reforma: O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia e expressa dos que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta Consolidação. Dessa forma, as empresas estão expressamente proibidas de fazer o recolhimento da contribuição sindical sem que o trabalhador autorize a mesma. Para os autores Rodolfo Carlos Weigand Neto e Gleice Domingues de Souza , o imposto sindical sempre foi consderado um tema controverso. Ainda 37 destacam que o nome “imposto sindical” adotado na propria CLT, possuia desacerto de definição tipologica tributaria, Isso porque no art. 149 da Carta Magna, 35 OLIVEIRA, Aristeu de. Reforma trabalhista - CLT e Legislação comparadas. 3ª ed. São Paulo. Ed. Atlas. 2018, p. 141. 36 OLIVEIRA, Aristeu de. Reforma trabalhista - CLT e Legislaçãocomparadas. 3ª ed. São Paulo. Ed. Atlas. 2018, p. 141 37 WEIGAND NETO, R. C.; SOUZA, Gleice Domingues de. Reforma trabalhista Impacto no cotidiano das empresas. 1ª ed. São Paulo. Trevisan Editora. 2018.p. 0179. 20 fundamento esse constitucional, onde a nomenclatura usada é de de contribuição e não imposto. Na obra de Arnaldo Pipek Alexandre Lauria Dutra Isabella Renwick Magano, que fala da Reforma Trabalhista, eles também explicam sobre a não obrigatoriedade da contribuição sindical após a reforma. [...] a partir da nova lei, a contribuição passa a ser facultativa, de modo que os empregados poderão optar por pagá-la ou não. Para que o empregador possa efetivar o desconto da contribuição e repassá-la ao sindicato, deverá ter autorização por escrito do empregado. 38 8. METODOLOGIA A definição do tipo de metodologia a ser utilizada na pesquisa é essencial para o bom desenvolvimento de um projeto de conclusão de curso, ou qualquer outro tipo de trabalho, pois é esse método escolhido que irá direcionar o tipo de abordagem, dando norte à pesquisa, como bem diz os autores João Almeida Santos e Domingos Farra Filho. [...] para qualquer atividade é grande a importância do talento e, talvez mais ainda, da consciência no trabalho; também os bons professores são importantes e os bons livros prestam grande contribuição, mas trabalhar metodologicamente é mais importante, para a aprendizagem, do que todas as ajudas anteriores. 39 Para Orides Mezzaroba e Cláudia Servilha Monteiro , traçar um plano de 40 pesquisa é a melhor metodo para extruturar e desenvolver uma pesquisa, pois “a melhor forma de investigar, de buscar soluções para os problemas ditos científicos está no estudo e na aplicação dos modelos de pes- quisas que já tenham demonstrado consistência teórica e prática.” A presente pesquisa se funda em material já publicado, ou seja, leis, doutrinas e, também, jurisprudências , fazendo análise através do método dedutivo, analisando e explicando fatos jurídicos 38 PIPEK, Arnaldo, DUTRA, Alexandre Lauria e MAGANO, Isabella Renwick. Reforma trabalhista. 1ª ed. São Paulo. Ed. Edgard Blücher Ltda. 2018, p. 88. 39 SANTOS, João Almeida e FARRA FILHO, Domingos. Metodologia científica. 2ª ed. São Paulo. Ed. Cengage Learning 2012. p. 12. 40 MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. 7ª ed. Manual de metodologia da pesquisa no direito. São Paulo. Ed. Saraiva. 2017, p. 81. 21 9. PLANO DE DESENVOLVIMENTO PROVISÓRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DIREITO TRABALHISTA NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO 2.1 História do direito trabalhista 2.2 Os princípios do direito do trabalho 2.3 As fontes do direito do trabalho 2.4 Os sujeitos da relação trabalhista 3. DIREITO COLETIVO TRABALHISTA 3.1 Contextualização do direito coletivo 3.2 Os instrumentos jurídicos de negociação coletiva 3.3 Sentença normativa 3.4 Organização sindical no ordenamento jurídico 4. A REFORMA TRABALHISTA A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 4.1 Contextualização das mudanças 4.2 A terceirização e as mudanças na legislação 4.3 A reforma trabalhista da Lei nº 13.467/2017 4.4 A contribuição sindical e sua (não) compulsoriedade 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 22 10.CRONOGRAMA Monografia I Atividades Fev/2019 Mar/2019 Abr/2019 Mai/2019 Jun/2019 Orientação Geral x Tema x Problema x x Hipótese x Justificativa x x Objetivos x Referencial Teórico x x x x Metodologia x Cronograma x Entrega do projeto I x Fonte: Maria Elaine Ribeiro Alves Monografia II Atividades Jul/2019 Ago/2019 Set/2019 Out/2019 Nov/2019 Introdução Capítulo I Revisão Capítulo II 23 Revisão Capítulo III Revisão Considerações finais Cronograma Entrega do projeto I REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 14ª ed. São Paulo. Ed. Atlas S.A, 2011. MOURA, Marcelo. Curso de Direito do Trabalho. 2ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva, 2016. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciando ao Direito do Trabalho. 35ª ed. São Paulo. Ed. LTr, 2009. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 1999. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 27ª ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2011. FILHO, Evaristo de Moraes e MORAES, Antonio Carlos Flores. Revista Atualizada. 7ª ed. São Paulo. Ed. LTDA, 1995. 24 DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo. Ed. LTDA, 2009. MATTOS, Marcelo Badaró. Sindicalismo Brasileiro Após 1930. 1ª ed. Jorge Zahar Editor, 2003. p.8. MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. 2009. Ed. Saraiva, São Paulo. SANTOS, João Almeida e FARRA FILHO, Domingos. Metodologia científica. 2ª ed. São Paulo. Ed. Cengage Learning 2012. CHOHFI, Thiago; CHOHFI, Marcelo Chaim. Relações sindicais e negociações trabalhistas. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. OLIVEIRA, Aristeu de. Reforma trabalhista - CLT e Legislação comparadas. 3ª ed. São Paulo. Ed. Atlas. 2018. WEIGAND NETO, R. C.; SOUZA, Gleice Domingues de. Reforma trabalhista Impacto no cotidiano das empresas. 1ª ed. São Paulo. Trevisan Editora. 2018. PIPEK, Arnaldo; DUTRA, Alexandre Lauria; MAGANO, Isabella Renwick. Reforma trabalhista. 1ª ed. São Paulo. Ed. Edgard Blücher Ltda. 2018. MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no direito. 7ª ed. São Paulo. Ed. Saraiva. 2017, p. CISNEIROS, Gustavo. Direito do Trabalho Sintetizado. 1ª ed. Rio de Janeiro. Ed. Forense. São Paulo Ed. Metodo. 2016.
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