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RESUMO EPIDEMIO – 2° PROVA Epidemiologia descritiva É o estudo da distribuição de frequência eventos relacionados à saúde animal com relação à população, espaço e tempo. · Pessoa: quem tem a doença? · Tempo: como muda com o tempo? · Lugar: onde está ocorrendo o problema? Utilidade na Saúde pública e Defesa sanitária animal · Avaliação das tendências em saúde; · Realizar comparações entre diferentes regiões, municípios, estados e países; · Monitorar as doenças conhecidas e identificar problemas emergentes; · Fornecer base para o planejamento, organização e avaliação de serviços de saúde; CARACTERES EPIDEMIOLÓGICOS RELATIVOS AO INDIVÍDUO (PESSOA) CARACTERES EPIDEMIOLÓGICOS RELATIVOS AO LUGAR Conhecimento do lugar onde ocorre determinada doença é muito importante em epidemiologia para caracterização do evento – há fatores geográficos que podem influenciar a distribuição das doenças, como fatores climáticos, fauna, relevo, hidrografia, solo e etc. Se os casos de uma determinada doença se concentram num determinado local pode estar indicando: · Bolsões de baixa cobertura vacinal; · Áreas em que a população está sujeita a grande aglomeração intradomiciliar. Classificação: · Caso autóctone: Quando a doença é adquirida no local de residência do animal ou pessoa; · Casos importado: Quando a doença é adquirida fora do local de residência do animal ou pessoa; · Área indene: Área reconhecidamente sem transmissão de uma determinada doença; · Caso índice: 1º caso - Responsável pela introdução da doença no grupo atingido. Caracteres epidemiológicos relativos ao tempo Curva epidêmica (feita como histograma) - Fornece informações sobre: · Curso da doença (início, final e duração). · Forma/tipo de contágio/transmissão. · Período de exposição. · Variação do período de incubação. Formas de apresentação das doenças numa população · Esporádica: Ocorre de maneira irregular e casual; · Endêmica: atinge uma população de uma região geográfica específica - enzootica · Variações cíclicas - espaços de tempo que ultrapassam o período de um ano; · Variação sazonal - estão relacionadas com uma estação ou uma época do ano em particular; · Variação ou tendência secular - mudanças da incidência de determinada doença ao longo de considerável tempo (décadas) · Epidêmica: concentração de determinados casos de uma doença em um mesmo local e época, claramente em excesso em relação ao que seria teoricamente esperado – Epizootia. · brusco, pois um aumento gradual corresponde à alteração do nível endêmico. · temporário, havendo posteriormente um retorno aos níveis endêmicos previamente observados. · estatisticamente significante, isto é, exceda o número de casos esperados Surtos: Forma particular de epidemia. Ocorrência de casos relacionados entre si no tempo e no espaço, atingindo um grupo específico de pessoas/animais. · Fonte comum: Número de casos apresenta rápida progressão; · Progressiva ou propagada: Progressão é mais lenta - Transmissão do agente etiológico ocorre de pessoa/animal a pessoa/animal ou por vetor. Doença transmitida por alimento (DTA) Sintomas digestivos não são as únicas manifestações dessas doenças. Podem ocorrer ainda afecções extra intestinais. Podem ser causadas por: Fatores que influenciam no crescimento de DTAs: · Crescente aumento das populações · Existência de grupos populacionais vulneráveis ou mais expostos · Processo de urbanização desordenado e a necessidade de produção de alimentos em grande escala · Deficiente controle dos órgãos públicos e privados em relação a qualidade dos alimentos ofertados as populações · Maior exposição das populações a alimentos destinados ao pronto consumo coletivo – fast-foods · Mudanças de hábitos alimentares - Consumo de alimentos em vias publicas · Mudanças ambientais – globalização Aspectos epidemiológicos no Brasil Somente alguns estados e/ou municípios dispõem de estatísticas e dados sobre os agentes etiológicos mais comuns, alimentos mais frequentemente implicados, população de maior risco e fatores contribuintes. · Distribuição geográfica · Morbidade, mortalidade e letalidade · Modo de transmissão - Ingestão de alimentos e/ou água contaminados · Modo de contaminação - Maiores responsáveis por surtos: alimentos de origem animal preparados para consumo coletivo · Período de incubação - Conforme o agente etiológico · Suscetibilidade e resistência - Certos grupos como crianças, idosos, imunodeprimidos tem suscetibilidade aumentada · Agentes etiológicos mais comuns - Salmonella spp, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Shigella spp, Bacillus cereus e Clostridium perfringens Mecanismos patogênicos envolvidos na determinação das DTA INFECÇÃO X TOXINFECÇOES X INTOXICAÇOES Infecções: Causadas pela ingestão de microorganismos patogênicos, denominados invasivos, com capacidade de penetrar e invadir tecidos, originando quadro clinico característico. Exemplos: Salmonella spp, Shigella spp... Toxinfecções: Causadas por microrganismos toxigênicos. Quadro clinico é provocado por toxinas liberadas quando estes se multiplicam, esporulam ou sofrem lise na luz intestinal. Toxinas atuam nos mecanismos de secreção/absorção da mucosa do intestino. Exemplos: Escherichia coli enterotoxigenica, Vibrio cholerae... Intoxicações: Provocadas pela ingestão de toxinas formadas em decorrência da intensa proliferação do microrganismo patogênico no alimento. Mecanismos de ação dessas toxinas em humanos não estão bem esclarecidos. Exemplos: Causadas por Staphylococcus aureus, Bacillus cereus (cepa emética) e Clostridium botulinum, metais pesados, agrotóxicos, fungos silvestres... Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos (VE-DTA) Objetivos: Reduzir a incidência das DTA no Brasil a partir do conhecimento do problema e de sua magnitude. Subsidiar as medidas de prevenção e controle. Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Operacionalização da VE-DTA · Notificação · Investigação epidemiológica - Responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde Objetivos da investigação epidemiológica: Coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA. Diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto. Identificar os fatores de risco associados ao surto. Propor medidas de intervenção, prevenção e controle pertinentes e etc. Diagnóstico clínico-epidemiológico · Hábitos alimentares. · Consumo de alimentos suspeitos ou refeições incrimináveis. · Tempo de doença clínica. · Existência de outros familiares ou comensais com a mesma sintomatologia. Diagnóstico laboratorial: Diagnóstico de agentes de DTA e a elucidação de surtos dependem tanto das atividades analíticas relacionadas a bromatologia como a biologia médica. Investigação de Surtos de Doença de Transmissão Alimentar (DTA) Notificação ocorre sempre que há evidência epidemiológica de uma fonte comum de água ou alimento que originou o surto. Responsabilidade: Atividade primária da Secretaria de saúde do município em questão, Município pode solicitar apoio à Sec. Estadual de Saúde (SESA), SESA pode solicitar apoio ao Ministério da Saúde. A notificação pode ser formal (órgãos públicos, laboratórios, serviços de saúde e etc...), e informal (pela população, comerciantes, imprensa...). Orientações que devem ser feitas ao notificante no momento do conhecimento do surto · Evitar que os alimentos suspeitos continuem a ser consumidos ou vendidos. · Guardar, sob refrigeração, todas as sobras de alimentos na forma em que se encontram acondicionados até a chegada do grupo encarregado pela investigação. · Orientar os doentes a procurar o serviço de saúde. · Não fazer automedicação. · Orientar que a coleta de material biológico para exame seja feita 10 passos da investigação de um surto · 1. Confirmar a ocorrência de um surto · 2. Organizar o trabalho de campo · 3. Estabelecer uma definição operacional de caso · 4. Realizar a busca ativa de casos · Surtos fechados: Casos ligados por um evento com alimento contaminado - presídio, casamento, aniversário,congressos, cursos; · Surtos abertos: Alimento comum - Vendidos em restaurantes, ambulantes etc, industrializado com ampla distribuição; · 5. Caracterizar o surto em tempo, lugar e pessoa · Fazer curva Epidêmica · 6. Gerar hipóteses e adotar medidas de controle imediato · Vigilância epidemiológica - Quais alimentos e bebidas veicularam o agente etiológico · Vigilância sanitária - Modo como o alimento ou bebida foi contaminado · 7. Avaliar as hipóteses aplicando métodos de análise exploratória · Taxa de ataque do surto = Nº doentes / Nº expostos x 100 · Taxa de hospitalização = Nº hospitalizado/ Nº doentes x 100 · Letalidade = Nº óbitos / Nº doentes x 100 · 8. Desencadear as medidas de controle específicas · 9. Avaliar as medidas de controle · 10. Preparar um relatório técnico da investigação de campo
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