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– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
CONTEÚDO DA AULA:
Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento. Aborto provocado por terceiros.
Qualificadoras do aborto. Excludentes de ilicitude do
aborto. Arts. 124 a 128, CP.
SEMANA
7
– ABORTO: QUESTÕES INTRODUTÓRIAS –
> CONCEITO DE ABORTO: Aborto é a interrupção da gravidez, com destruição do produto da concepção.
> ABORTO x ABORTAMENTO: O legislador chama o crime de aborto, mas a medicina legal utiliza a
expressão “abortamento”, que é a expressão técnica. 
Abortamento Aborto
É a conduta criminosa. É o resultado.
Interrupção da gravidez. Feto sem vida.
> PRESSUPOSTO DO CRIME: Mulher grávida.
>> Termo inicial da gravidez: Considera-se a mulher grávida a partir da nidação (implantação do óvulo
fecundado no endométrio, mucosa que reveste a face interna do útero). 
# Se o entendimento fosse o de que a gravidez ocorre com a fecundação (encontro do
espermatozoide com o óvulo), a pílula do dia seguinte seria considerada técnica abortiva.
> CLASSIFICAÇÃO DE ABORTO (ABORTAMENTO):
(i) Aborto natural: Interrupção espontânea da gravidez. Não é crime.
(ii) Aborto acidental: Decorrente de acidentes em geral. Por si só, não é crime.
(iii) Aborto criminoso (abortamento): Decorre de conduta dolosa (arts. 124 a 126, CP).
(iv) Aborto legal / permitido: Decorre de conduta dolosa autorizada pela lei (art. 128, CP).
(v) Aborto miserável / econômico-social: Praticado por razões de miséria, incapacidade financeira
para sustentar a vida futura. É crime. Não é autorizado pelo atual Código Penal.
(vi) Aborto eugenésico / eugênico: Praticado em face dos comprovados riscos de que o feto nasça
com graves anomalias psíquicas ou físicas. É crime. Não é autorizado pelo atual Código Penal ou pelo
STF.
# O STF autoriza uma única modalidade de aborto eugênico (ADPF 54), que é o de feto
anencéfalo. Trata-se de uma relativização.
# OBS.: Ao final da aula estudaremos decisão do STF (HC 124306), de 2016, que sinaliza a
possibilidade do STF afastar o crime quando o aborto for realizado no primeiro trimestre, todavia, o
mérito dessa hipótese de aborto não foi julgado pelo STF.
(vii) Aborto “honoris causa”: Realizado para ocultar gravidez adulterina. É crime.
(viii) Aborto ovular: Praticado até a 8ª semana de gestação. É crime.
(ix) Aborto embrionário: Praticado até a 15ª semana de gestação. É crime.
(x) Aborto fetal: Praticado após a 15ª semana de gestão. É crime.
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
– Página 1 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
> ANÚNCIO DE PRODUTOS OU MÉTODOS ABORTIVOS: Não constitui crime de abortamento e sim
contravenção penal (art. 20, LCP).
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto: 
Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil cruzeiros. 
TIPOS PENAIS DE ABORTO (ABORTAMENTO)
Art. 124, CP Art. 125, CP Art. 126, CP
Aborto provocado pela gestante ou
com seu consentimento
Aborto provocado por terceiro sem
o consentimento da gestante
Aborto provocado por terceiro com
o consentimento da gestante
Art. 124 - Provocar aborto em si
mesma ou consentir que outrem lho
provoque:
Pena - detenção, de um a três
anos. 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o
consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez
anos. 
Art. 126 - Provocar aborto com o
consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro
anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena
do artigo anterior, se a gestante
não é maior de quatorze anos, ou é
alienada ou debil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência 
> TEORIA MONISTA REGRADA: Embora a teoria monista seja adotada pelo art. 29 do CP, o próprio CP a
excepcionada. Por isso, alguns a chamam de “Teoria Monista Regrada” ou “Teoria Monista Temperada”.
TEORIA MONÍSTICA TEORIA DUALÍSTICA TEORIA PLURALÍSTICA
Independentemente do número
de pessoas envolvidas, o crime
permanece único, embora as
penas possam ser diferentes a
depender da culpabilidade.
Haverá dois crimes: um para
coautores e outro para partícipes.
Haverá tantos crimes quanto
forem os concorrentes.
REGRA DO CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer
modo, concorre para o crime
incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua
culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de
menor importância, a pena pode
ser diminuída de um sexto a um
terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes
quis participar de crime menos
grave, ser-lhe-á aplicada a pena
deste; essa pena será
aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave. 
EXCEÇÕES À TEORIA MONISTA:
– Aborto: 124 e 126, CP.
– Corrupção: 317 e 333, CP.
– Falso testemunho mediante suborno: 342 §1º e 343, CP.
– Descaminho ou contrabando facilitado: 318 e 334 / 334-A, CP.
– Bigamia: 235 caput e 235 §1º, CP.
– Lei de Drogas (11.343/06): tráfico (33) e financiamento ao tráfico
(36); tráfico (33) e colaborar como informante (37).
– Crimes de trânsito: 309 e 310, CTB.
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
– Página 2 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
 
(INSTITUTO ACESSO/2019) Ana, após realizar exame médico, descobriu estar grávida. Estando
convicta de que a gravidez se deu em decorrência da prática de relação sexual extraconjugal que
manteve com Pedro, seu colega de faculdade, e temendo por seu matrimônio decidiu por si só
que iria praticar um aborto. A jovem comunicou a Pedro que estava grávida e pretendia realizar
um aborto em uma clínica clandestina. Pedro, por sua vez, procurou Robson, colega que cursava
medicina, e o convenceu a praticar o aborto em Ana. Assim, alguns dias depois de combinar com
Pedro, Robson encontrou Ana e realizou o procedimento de aborto. Sobre a questão
apresentada, é correto afirmar que a conduta de Ana se amolda ao crime previsto no 
a) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 126, do Código Penal (aborto
provocado por terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson. 
b) art. 124, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124, segunda parte, do Código
Penal. Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana.
c) art. 125, segunda parte, do Código Penal (consentimento para o aborto). Robson, por sua
vez, tem sua conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto
provocado por terceiro sem consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de
Robson. 
d) art. 124, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua
conduta subsumida ao crime previsto no art. 126 do Código Penal (aborto provocado por
terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como partícipe no crime de Ana. 
e) art. 126, primeira parte, do Código Penal (autoaborto). Robson, por sua vez, tem sua
conduta subsumida ao crime previsto no art. 124 do Código Penal (aborto provocado por
terceiro com consentimento). Já Pedro responderá como participe no crime de Ana. 
Gabarito: “a”.
O legislador criou uma exceção à teoria monista ou unitária no concurso de pessoas (Art. 29 CP) e criou
crimes distintos (teoria pluralista): a gestante responde pelo Art. 124, 2ª parte, CP e o terceiro que provoca o
aborto responde pelo Art. 126, CP. Esse crime é de mão propria, pois somente a gestante pode prestar o
consentimento. Não admite coautoria,mas admite participação. 
 
(IBADE/2017) Abigail, depois de iniciado parto caseiro, mas antes de completá-lo, sob influência
do estado puerperal, mata o próprio filho. Abigail praticou crime de: 
a) infanticídio. 
b) homicídio qualificado. 
c) homicídio. 
d) consentimento para o aborto.
e) autoaborto. 
Gabarito: “a”
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
– Página 3 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
– ABORTO: TIPOS PENAIS E EXCLUDENTES –
a) Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento – Art. 124,
CP
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos. 
> GRAVIDADE: Trata-se de infração penal de médio potencial ofensivo (admite suspensão condicionado do
processo, art. 89 da Lei 9.099/95).
> SUJEITO ATIVO: Gestante.
1ªc) [PREVALECE] Trata-se de crime de mão própria, só podendo ser praticado pela gestante. Admite
participação, mas não coautoria. O terceiro executor responde nas penas do art. 126 do CP. (César
Roberto Bittencourt)
2ªc) Trata-se de crime próprio. Admite participação e coautoria, no entanto o coautor responde pelo
crime do art. 126, CP. Trata-se de exceção pluralista à teoria monista. (Luís Regis Prado)
CRIME COMUM CRIME PRÓPRIO CRIME DE MÃO PRÓPRIA
Pode ser praticado por qualquer 
pessoa.
Exige uma qualidade especial do 
agente e admite delegação.
Exige uma qualidade especial e 
não admite delegação.
Admite concurso de agentes, nas 
modalidades coautoria e 
participação
Admite concurso de agentes, nas 
modalidades coautoria e 
participação, com base no art. 
30, CP.
Admite concurso de agentes, 
somente na modalidade 
participação (somente o agente 
tem domínio do fato).
– EX.: Art. 124, CP.
– EX.: O namorado que induz ao
aborto, responde como partícipe
do art. 124, CP. Se o namorado
for executor do aborto,
responderá pelo art. 126, CP.
> SUJEITO PASSIVO: 
1ªc) Sujeito passivo é o Estado. Não sendo o feto titular de direitos previstos na lei civil, o sujeito passivo
é apenas o Estado.
# Na gravidez de gêmeos, o crime é um só.
2ªc) [PREVALECE] O feto, abrangendo todos os estágios gestacionais, é o sujeito passivo. A partir da
nidação já existe vida intrauterina, sendo passível de tutela jurídica.
# Na gravidez de gêmeos, há concurso formal impróprio de crime. Sendo gêmeos serão dois
crimes de aborto, em concurso formal (uma só ação ou omissão) impróprio (desígnios autônomos
por saber da gravidez de gêmeos).
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
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– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
> TIPO OBJETIVO: São duas condutas proibidas:
(i) Auto-aborto: A própria gestante provoca a interrupção da gravidez (valendo-se de qualquer meio).
(ii) Consentimento para que outrem lho provoque: A gestante apenas consente, ficando a execução a
cargo de terceiro (este responderá nas penas do art. 126, CP).
 
(FUNCAB/2015) Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua
noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez.
Preocupado em não decepcionar seus familiares, Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o
aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua
residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana
uma lesão leve (pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s)
crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente: 
a) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto praticado por terceiro
com consentimento da gestante, em concurso material de crimes com o delito de lesão
corporal leve. 
b) autoaborto, aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o
delito de lesão corporal e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso
formal de crimes com o delito de lesão grave em sentido estrito. 
c) consentimento para o aborto, aborto provocado por terceiro com consentimento
especialmente agravado e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em
concurso material com lesão corporal de natureza leve. 
d) autoaborto, aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante e aborto
provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão
corporal de natureza leve.
e) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro 
Gabarito: “e”
> TIPO SUBJETIVO: Somente dolo, direto ou eventual. A culpa não está tipificada no aborto (fato atípico).
 
Gestante esportista, que está muito feliz com a gestação e organizando o quarto e o enxoval para
o nascimento de seu filho, durante uma manobra esportiva muito abrupta ocasiona aborto.
a) A gestante praticou autoaborto com dolo direto.
b) A gestante praticou autoaborto com dolo indireto.
c) A conduta da gestante foi culposa, logo, o aborto é fato atípico.
d) Não responderá criminalmente porque estava em exercício regular de direito ao esporte.
Gabarito: “c”
 
(VUNESP/2014) “X” recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso contrário, poderia
sofrer um aborto. Ocorre que “X” precisa trabalhar e não consegue fazer o repouso desejado e,
por essa razão, acaba expelindo o feto, que não sobrevive. Em tese, “X” 
a) não praticou crime algum. 
b) praticou o crime de aborto doloso. 
c) praticou o crime de aborto culposo. 
d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.
e) praticou o crime de desobediência. 
Gabarito: “a”
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
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– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
> CONSUMAÇÃO: Se consuma com a morte do feto (delito material).
# Não importa se a morte do feto ocorreu dentro ou fora do ventre materno, desde que tenha sido em
decorrência das manobras abortivas. É possível que a consumação se dê fora do útero. 
– EX.: Praticada a manobra abortiva, o feto é expelido com vida mas morre em razão das
manobras abortivas três dias após. Responde por 124, CP (teoria da ação, art. 4º do CP).
Gestante realiza manobras abortivas (...)
Se em decorrência das
manobras abortivas, o feto é
expelido sem vida: 
Se o feto nasce com vida,
mas morre após o
nascimento em razão das
manobras abortivas:
Se o feto nasce com vida e
morre depois da gestante
renovar a execução, agora
sobre a vida extrauterina:
Art. 124, CP. Art. 124, CP c/c art. 4º, CP. Art. 121 ou 123, CP
(Progressão criminosa)
# Progressão Criminosa: A gestante provoca aborto, o feto é expelido com vida; após, ela
asfixia o neonato e o mata → substituição do dolo → responderá apenas pelo homicídio ou
infanticídio (conforme o caso), por força do princípio da consunção (o bem jurídico é o
mesmo).
> TENTATIVA: É possível, por tratar-se de crime material plurissubsistente.
b) Aborto provocado por terceiro sem consentimento – Art. 125, CP
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
> GRAVIDADE: Trata-se de infração penal de maior potencial ofensivo (não admite qualquer medida
despenalizadora da Lei 9.099/95).
> SUJEITO ATIVO: Crime comum.
> SUJEITO PASSIVO: Delito de dupla subjetividade passiva: a gestante e o feto.
> CONDUTA PROIBIDA: Provocar aborto sem o consentimento da gestante.
> TIPO SUBJETIVO: Somente dolo,direto ou eventual.
– EX.: Desferir violento pontapé em mulher que sabe estar grávida (8º mês de gestação), responde por
aborto a título de dolo eventual. A lesão corporal é absorvida com base no princípio da consunção, já que
pra provocar o aborto é necessário passar pela lesão corporal.
– EX.: Marido chega em casa bêbado e dá um soco no rosto da mulher que não sabe estar grávida (1º
mês de gestação), ela desequilibra, cai da escada e provoca aborto.
# Como não tem consciência da gravidez responderá pelo 129. Se tivesse consciência da
gravidez, sem querer o aborto (o aborto é culposo), responderia pelo 129, §2º, V (preterdolo).
# Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente. (A culpa pressupõe a previsibilidade)
>> Matar mulher que sabe estar grávida: responderá por homicídio ou feminicídio (dependendo da
presença ou não de razão de gênero) em concurso formal impróprio (desígnios autônomos) com aborto.
No 121 há dolo direto de 1º grau e no 125 há dolo direto de 2º grau (consequência necessária do meio
escolhido).
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
– Página 6 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
> CONSUMAÇÃO: Se consuma com a morte do feto (delito material).
> TENTATIVA: É possível, por tratar-se de crime material plurissubsistente.
 
(CONSULPLAN/2017) Determinado indivíduo, sabendo que Dorotéia estava grávida, e
assumindo conscientemente qualquer consequência que disso pudesse advir, desferiu nela
golpes de faca na nuca, matando-a, e provocando também a morte do feto em face do aborto.
Nesse caso, conforme jurisprudência consolidada no STJ, é correto afirmar que a hipótese é de 
a) homicídio e aborto provocado por terceiro, sendo que as penas devem ser aplicadas
cumulativamente, em decorrência do concurso formal próprio. 
b) duplo homicídio, caracterizando-se o concurso material, sendo que as penas devem ser
somadas. 
c) homicídio e aborto provocado por terceiro, devendo ser aplicada a pena mais grave,
aumentada de 1/6 a 2/3, pela regra da continuidade delitiva.
d) homicídio e aborto provocado por terceiro, aplicando-se a pena nos moldes preconizados
para o concurso formal imperfeito. 
Gabarito: “d”.
 
(IBADE/2017) Terêncio, em razão da condição de sexo feminino, efetua disparo de arma de fogo
contra sua esposa Efigênia, perceptivelm ente grávida, todavia atingindo, por falta de habilidade
no manejo da arma, Nereu, um vizinho, que morre imediatamente. Desconsiderando os tipos
penais previstos no Estatuto do Desarmamento e levando em conta apenas as informações
contidas no enunciado, é correto afirmar que Terêncio praticou crime(s) de: 
a) homicídio culposo, feminicídio majorado, na forma tentada, e aborto, na forma tentada. 
b) aborto, na forma tentada, e feminicidio majorado. 
c) homicídio culposo e aborto, na forma tentada.
d) feminicídio majorado.
e) aborto, na forma tentada, e homicídio 
Gabarito: “b”.
c) Aborto provocado por terceiro com consentimento – Art. 126, CP
Aborto provocado por terceiro
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é
alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Gestante maior de 14 anos, sem
problemas mentais e sendo livre o
consentimento dela
Gestante não é maior de quatorze anos, ou
é alienada ou débil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude,
grave ameaça ou violência.
Art. 126, caput, CP. Art. 126, parágrafo único, CP.
Reclusão, de um a quatro anos. Reclusão, de três a dez anos.
Trata-se de infração penal de médio
potencial ofensivo (admite suspensão
condicional do processo, art. 89 da Lei
9.099/95).
Trata-se de infração penal de maior
potencial ofensivo (não admite qualquer
medida despenalizadora da Lei 9.099/95).
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
Site Dizer o Direito.
– Página 7 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
> SUJEITO ATIVO: Crime comum (qualquer pessoa).
> SUJEITO PASSIVO: O feto, apenas.
> CONDUTA PROIBIDA: Provocar aborto com o consentimento da gestante.
>> Gestante, depois de consentir, se arrepende e determina a interrupção das manobras abortivas:
# Se o terceiro não obedecer e consumar a morte do feto, o terceiro responderá pelo 125.
# Havendo consumação da morte do feto, a gestante responderá pelo 124, pois seu
arrependimento foi ineficaz (art. 15, CP, exige a eficácia do arrependimento para excluir a
punibilidade, o que não ocorreu no exemplo).
> TIPO SUBJETIVO: Somente dolo, direto ou eventual.
> CONSUMAÇÃO: Se consuma com a morte do feto (delito material).
> TENTATIVA: É possível, por tratar-se de crime material plurissubsistente.
> DISSENSO PRESUMIDO: Parágrafo único do art. 126, CP.
>> Situações de dissenso presumido ocorrem quando a gestante:
(i) Gestante não é maior de quatorze anos;
(ii) Gestante é alienada ou débil mental;
(iii) O consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
>> Para incidir o parágrafo único é indispensável que o terceiro provocador saiba das condições
pessoais da gestante ou das formas como o consentimento foi obtido, evitando responsabilidade penal
objetiva.
> QUADRO COMPARATIVO 125 x 126:
ART. 126, CP ART. 125, CP
Reclusão, de um a quatro anos: admite suspensão
condicional do processo, art. 89 da Lei 9.099/95.
Reclusão, de três a dez anos: não admite qualquer
medida despenalizadora da Lei 9.099/95.
Sujeito ativo: crime comum. Sujeito ativo: crime comum.
Sujeito passivo: feto. Sujeito passivo: feto e gestante (dupla
subjetividade passiva).
Conduta: provocar aborto com consentimento da
gestante.
Conduta: provocar aborto sem consentimento da
gestante.
Voluntariedade: dolo, direto ou eventual. Voluntariedade: dolo, direto ou eventual.
Consumação: morte do feto. Consumação: morte do feto.
>> O namorado convence a namorada a interromper a gravidez. Conduz a namorada até um médico,
que realiza o abortamento com o consentimento da gestante.
# Gestante: responde pelo art. 124, CP.
# Médico: responde pelo art. 126, CP.
# Namorado: responde pelo art. 124, CP, na condição de partícipe da gestante.
>> O namorado convence a namorada a interromper a gravidez. Conduz a namorada até um médico,
que realiza o abortamento com o consentimento da gestante, mediante o pagamento da quantia de R$
1.000,00 que é realizado pelo namorado.
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
Site Questões de Concurso.
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– Página 8 –
– Direito Penal 3 – 2020.1 – Professor Wantuil Luiz Cândido Holz – Aula 7ª semana –
# Gestante: responde pelo art. 124, CP.
# Médico: responde pelo art. 126, CP.
# Namorado: foi partícipe da gestante e do médico, como não pode responder pelos dois delitos
responderá pelo mais grave que é o 126.
d) Aborto majorado – Art. 127, CP
Forma qualificada 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
> NATUREZA JURÍDICA: Embora a rubrica lateral chame de “forma qualificada”, na verdade se trata de causa
de aumento de pena (majorante de pena).
> CAUSAS DE AUMENTO DE PENA EXCLUSIVAS DOS ARTS. 125 E 126: Não se aplica à gestante face o
princípio daalteridade, o Direito Penal não pune a autolesão. Aplica-se apenas ao terceiro provocador e
seus partícipes.
> RESULTADOS MAJORANTES: São figuras preterdolosas (preterintencionais).
Antecedente doloso Consequente culposo Agravação pelo resultado
Aborto Lesão grave na gestante Aumento de 1/3 a pena
Aborto Morte da gestante Duplicação da pena
>> Se o agente quer o resultado lesão corporal, responderá por aborto em concurso com lesão corporal.
Se o agente quer o resultado morte, responderá por aborto em concurso com homicídio.
 
(FUNCAB/2012) Após ter ciência da gravidez de sua namorada Silmara, Nicanor convence a
gestante a abortar, orientando-a a procurar uma clínica clandestina. Durante o procedimento
abortivo, praticado pelo médico Horácio, Silmara sofre grave lesão, decorrente da imperícia do
profissional, perdendo, pois, sua capacidade reprodutiva. Nesse contexto, considerando que a
intervenção cirúrgica não era justificada pelo risco de morte para a gestante ou em virtude de
estupro prévio, Silmara, Nicanor e Horácio responderão, respectivamente, pelos crimes de: 
a) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); consentimento para o aborto (artigo
124, 2ª parte, CP); e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes
com o delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º, III, ambos doCP). 
b) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); aborto provocado por terceiro com
consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do CP); e aborto
provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127,
ambos doCP). 
c) consentimento para o aborto (artigo 124, 2ª parte, CP); consentimento para o aborto (artigo
124, 2ª parte, CP); e aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente
agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos doCP). 
d) autoaborto (artigo 124, 1ª parte, CP); aborto praticado por terceiro com consentimento, em
concurso de crimes como delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º,
III, ambos doCP); e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes
com o delito de lesão corporal qualificada (artigo 126 c/c artigo 129, § 2º, III, ambos doCP). 
e) autoaborto (artigo 124, 1ª parte, CP); aborto provocado por terceiro com consentimento
especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do CP); e aborto provocado por
terceiro com consentimento especialmente agravado (artigo 126 c/c artigo 127, ambos do
CP). 
Gabarito: “c”.
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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(FUNCAB/2013) Anderson, ginecologista, foi procurado por Zéfira, que estava grávida de seu
amante Josenildo. Zéfira solicitou que Anderson interrompesse sua gravidez, mediante a
utilização de uma curetagem, objetivando esconder a traição. Anderson, que era inimigo de
Josenildo, efetuou um procedimento cirúrgico causando a expulsão do embrião e, para se vingar
de Josenildo, retirou os dois ovários de Zéfira. Assim, pode-se afirmar: 
a) Zéfira deve responder pelo crime de aborto provocado com o consentimento da gestante
(artigo 124 do CP), em concurso de agentes com Anderson. 
b) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo
126 do CP) com a causa de aumento de pena prevista no artigo 127 do CP. 
c) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo
126 do CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função – artigo
129, § 2º, III do CP), emconcurso formal. 
d) Anderson deve responder pelo crime de aborto com o consentimento da gestante (artigo
126 do CP) e lesão corporal gravíssima (se resulta perda ou inutilização de função - artigo
129, § 2º, III, do CP), em concurso material.
e) Anderson deve responder pelo crime de lesão corporal gravíssima (se resulta aborto). 
Gabarito: “c”
> TENTATIVA DE ABORTO COM RESULTADO MAJORANTE: Executadas as manobras abortivas, o feto
sobrevive e a mulher morre. Responde por tentativa de aborto com a majorante de obtenção de resultado
culposo. A morte do feto, pois, é dispensável para a aplicação da majorante.
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, (...)
(...) “em consequência do aborto” (...) (...) “ou dos meios empregados para provocá-lo” (...)
Há morte do feto, consumação. Não há morte do feto, tentativa.
>> OBS.: Prevalece ser possível tentativa em crime preterdoloso, quando restar frustrado o
resultado atribuído ao agente a título de dolo (ou seja, o antecedente).
# Todavia, quando o resultado consequente (atribuído a título de culpa) restar frustrado, não há
que se falar em tentativa. Não existe tentativa em conduta culposa.
>>> Fernando Capez discorda (para ele, crime preterdoloso não admite tentativa), aplicando o
raciocínio do STF no crime de latrocínio estampado na Súmula 610:
# Súmula 610, STF: “Há crime de latrocínio” (aborto) “quando o homicídio se consuma,
ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima” (o abortamento).
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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e) Aborto permitido / legal – Art. 128, CP
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando
incapaz, de seu representante legal. 
> NATUREZA JURÍDICA: Apesar do art. 128 trazer a expressão “não se pune”, prevalece tratar-se de causa
excludente de ilicitude (descriminantes especiais / causas especiais de exclusão de ilicitude).
> HIPÓTESES DE ABORTAMENTO PERMITIDO: 
I) Aborto necessário / terapêutico: Art. 128, I, CP. Causa especial de estado de necessidade.
>>> São requisitos:
1) Ser praticado por médico;
2) Haver risco para a vida da gestante (não basta risco à saúde);
3) Impossibilidade de uso de outro meio para salvá-la (inevitabilidade do aborto).
>>> Não precisa do consentimento da gestante.
>>> Não precisa de autorização judicial. 
>>> Se o aborto necessário for praticado por outra pessoa que não o médico (não é médico mas
tem suficiente conhecimento técnico para perceber o risco à vida) não se aplicará o art. 128, I,
mas sim o art. 24 do CP.
II) Aborto sentimental / humanitário / ético: Art. 128, II, CP. Causa especial de exercício regular de
direito.
>>> São requisitos:
1) Ser praticado por médico;
2) Ser decorrente de estupro (abrange o estupro de vulnerável, caso em que o
consentimento será de seu representante legal);
# Se a gravidez resultar de violação sexual mediante fraude ou “estelionato sexual”
(215) não se deve admitir, pois não é dotado da mesma gravidade (violência ou grave
ameaça).
3) Consentimento da gestante ou do seu representante legal.
>> Não precisa de autorização judicial. Há orientação no sentido de exigir formalização por boletim
de ocorrência policial, mas essa formalidade não está na lei.
>>> Se o aborto humanitário for praticado por outra pessoa que não o médico não se aplicará o
art. 128, I, CP. O terceiro não pode alegar exercício regular de direito, porque o terceiro
provocador não é titular desse direito. O terceiro vai responder pelo crime.
# Se o aborto for provocado pela própria gestante, poderá ocorrer inexigibilidade de conduta
diversa.
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos:Editora JusPodvm.).
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(UERR/2011) Em relação ao crime de aborto em suas diversas modalidades tipificadas nos
artigos 124 a 128 do Código Penal é INCORRETO afirmar:
a) Para a realização do aborto de gravidez resultante de estupro, basta que o médico tome
conhecimento da ocorrência policial, não necessitando de autorização judicial ; 
b) Em caso de aborto necessário feito por médico, nenhum crime pratica a enfermeira que o
auxiliou; 
c) O namorado que acompanha a gestante que deseja abortar ou paga o aborto criminoso, a
pedido dela, comete o crime de auto-aborto na condição de co-autor; 
d) Para a realização do aborto necessário é prescindível o consentimento da gestante ou de
seus familiares; 
e) No caso de incapaz vítima de estupro que resultou em gravidez, em conformidade ao que
preceitua o Código Penal, a autorização para a realização do aborto deve partirde seu
representante legal. 
Gabarito: “c”.
Explicação da letra “B” estar certa: Teoria da acessoriedade limitada (Para punir o partícipe é preciso que o
autor tenha praticado um fato típico e antijurídico, pelo menos. Se falta tipicidade ou ilicitude, não há
cabimento em punir o partícipe.)
 
(FGV/2008) A organização não-governamental holandesa "Women on the waves", dirigida pelo
médico holandês Marco Van Basten, possui um barco de bandeira holandesa que navega ao
redor do mundo recebendo gestantes que desejam realizar aborto. Quando passou pelo Brasil, o
navio holandês recebeu a bordo mulheres que praticaram a interrupção de sua gestação, dentre
elas Maria da Silva, jovem de 25 anos. Na ocasião em que foi interrompida a gravidez, o barco
estava em alto-mar, além do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro país. Sabendo que a
lei brasileira pune o aborto (salvo em casos específicos, não aplicáveis à situação de Maria) ao
passo que a Holanda não pune o aborto, assinale quais foram os crimes praticados por Marco e
Maria, respectivamente. 
a) Nenhum dos dois praticou crime. 
b) Provocar aborto sem o consentimento da gestante e provocar aborto em si mesma. 
c) Provocar aborto com o consentimento da gestante e provocar aborto em si mesma. 
d) Provocar aborto em si mesma e provocar aborto sem o consentimento da gestante.
e) Provocar aborto em si mesma e provocar aborto com o consentimento da gestante. 
Gabarito: “a”
Fato ocorrido fora do território nacional (art. 5º e 6º, CP).
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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f) Aborto de anencéfalo – ADPF 54
FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E
REPRODUTIVA – SAÚDE –DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS –
CRIME – INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto
anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal.
(STF, ADPF 54)
> O aborto de anencéfalo é MODALIDADE DE ABORTO EUGÊNICO / EUGENÉSICO.
> FETO ANENCÉFALO: Embrião, feto ou recém-nascido, que, por malformação congênita, não possui uma
parte do sistema nervoso central, faltando-lhe os hemisférios cerebrais, possuindo uma parcela do tronco
encefálico (Maria Helena Diniz).
# Se está diante de vida extrauterina inviável.
> NÃO TEM PREVISÃO LEGAL. 
# NO PASSADO: A doutrina caracterizava como a inexigibilidade de conduta diversa, com a
consequente exclusão da culpabilidade. A jurisprudência autorizava essa espécie de abortamento, desde
que: 
1) presente anomalia inviabilizando vida extrauterina.
2) anomalia atestada por perícia médica.
3) prova do dano psicológico da gestante.
# STF – ADPF 54: Admitiu essa espécie de aborto, aos argumentos de que:
1) Diante de uma deformação irreversível do feto, há de se lançar mão dos avanços médicos
postos à disposição da humanidade, evitando sentimentos mórbidos;
2) Argumentou a permissão com base nos princípios da dignidade da pessoa humana, legalidade,
liberdade e autonomia da vontade;
3) Implicitamente reconheceu a atipicidade da conduta, por ausência de viabilidade da vida
extrauterina.
# RESOLUÇÃO DO CFM: Após a decisão do STF, o Conselho Federal de Medicina regulamentou o
procedimento (Resolução 1.989/2012): 1) Prevê exames de ultrassonografia a partir da 12ª semana de
gestação (período de maior certeza do diagnóstico); 2) O laudo deve ser assinado por dois médicos; 3)
Deve haver consentimento da gestante; 4) Deve ser realizado em hospital público, privado ou em
clínicas particulares com estrutura adequada; 5) Garante assistência médica constante durante esse
período.
> OUTROS CASOS DE EUGÊNIA: Há quem queira estender ao feto com microcefalia. Outros concordam em
estender apenas aos casos em que a vida extrauterina é inviável.
 
(CESPE/2008) O Código Penal brasileiro permite três formas de abortamento legal: o
denominado aborto terapêutico, empregado para salvar a vida da gestante; o aborto eugênico,
permitido para impedir a continuação da gravidez de fetos ou embriões com graves anomalias; e
o aborto humanitário, empregado no caso de estupro. 
( ) Ceto / ( ) Errado
Gabarito: “Errado”
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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(VUNESP/2016) A anencefalia, de acordo com entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal
Federal, no julgamento da ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental),
ajuizada pela Confederação dos Trabalhadores na Saúde – CNTS, sob relatoria do Ministro
Marco Aurélio de Mello: 
a) não qualifica direito da gestante de submeter-se à antecipação terapêutica de parto sob
pena de o contrário implicar pronunciamento da inconstitucionalidade abstrata dos artigos
124, 126 e 128, I e II, do Código Penal, e, via de consequência, a descriminalização do
aborto. 
b) permite a antecipação terapêutica do parto, com proteção à vida da mãe, a exemplo do
aborto sentimental, que tem por finalidade preservar a higidez física e psíquica da mulher,
conclusão que configura interpretação do Código Penal de acordo com a Constituição
Federal, orientada pelos preceitos que garantem o Estado laico, a dignidade da pessoa
humana, o direito à vida e a proteção à autonomia, da liberdade, da privacidade e da saúde. 
c) não dispensa autorização judicial prévia ou qualquer forma de autorização do Estado para a
antecipação terapêutica do parto, implicando ajustamento dos envolvidos nas condutas típicas
descritas pelos artigos 124, 126 e 128, I e II, do Código Penal, com vistas à proteção do
direito à vida. 
d) estendeu a desnecessidade de autorização judicial prévia ou qualquer forma de
autorização do Estado para a antecipação terapêutica do parto, no aborto sentimental ou
humanitário, decorrente da gravidez em caso de estupro, em respeito aos princípios da moral
razoável e da dignidade da pessoa humana.
e) porque há vida a ser protegida, implica a subsunção da conduta dos envolvidos no
procedimento de antecipação terapêutica do parto aos tipos de aborto previstos no Estatuto
Repressivo, dependendo da qualidade do agente que o praticou ou permitiu a sua prática. 
Gabarito: “b”
 
(CESPE/2015) Dalva, em período gestacional, foi informada de que seu bebê sofria de
anencefalia, diagnóstico confirmado por laudos médicos. Após ter certeza da irreversibilidade da
situação, Dalva, mesmo sem estar correndo risco de morte, pediu aos médicos que
interrompessemsua gravidez, o que foi feito logo em seguida. Nessa situação hipotética, de
acordo com a jurisprudência do STF, a interrupção da gravidez
a) deve ser interpretada como conduta atípica e, portanto, não criminosa. 
b) deveria ter sido autorizada pela justiça para não configurar crime. 
c) é isenta de punição por ter ocorrido em situação de aborto necessário. 
d) configurou crime de aborto praticado por Dalva.
e) configurou crime de aborto praticado pelos médicos com consentimento da gestante. 
Gabarito: “a”
g) Pesquisa com células-tronco – ADI 3510
CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI DE BIOSSEGURANÇA.
IMPUGNAÇÃO EM BLOCO DO ART. 5º DA LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005 (LEI DE
BIOSSEGURANÇA). PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS. INEXISTÊNCIA DE
VIOLAÇÃO DO DIREITO À VIDA. CONSITUCIONALIDADE DO USO DE CÉLULAS-TRONCO
EMBRIONÁRIAS EM PESQUISAS CIENTÍFICAS PARA FINS TERAPÊUTICOS.
DESCARACTERIZAÇÃO DO ABORTO. NORMAS CONSTITUCIONAIS CONFORMADORAS DO
DIREITO FUNDAMENTAL A UMA VIDA DIGNA, QUE PASSA PELO DIREITO À SAÚDE E AO
PLANEJAMENTO FAMILIAR. DESCABIMENTO DE UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE INTERPRETAÇÃO
CONFORME PARA ADITAR À LEI DE BIOSSEGURANÇA CONTROLES DESNECESSÁRIOS QUE
IMPLICAM RESTRIÇÕES ÀS PESQUISAS E TERAPIAS POR ELA VISADAS. IMPROCEDÊNCIA
TOTAL DA AÇÃO.
(ADI 3510. Relator, Min.: Ayres Britto. Tribunal Pleno. Julgamento: 29/05/2008)
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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> CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS: Embriões a que se chega por efeito de manipulação humana em
ambiente extracorpóreo, porquanto produzidos laboratorialmente ou "in vitro", e não espontaneamente ou "in
vida". 
h) Aborto no primeiro trimestre – HC 124.306
(…) é preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos próprios arts. 124 a 126 do Código
Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção
voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos
direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade. 4. A criminalização é
incompatível com os seguintes direitos fundamentais: os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, que
não pode ser obrigada pelo Estado a manter uma gestação indesejada; a autonomia da mulher, que
deve conservar o direito de fazer suas escolhas existenciais; a integridade física e psíquica da gestante,
que é quem sofre, no seu corpo e no seu psiquismo, os efeitos da gravidez; e a igualdade da mulher, já
que homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a
vontade da mulher nessa matéria. 5. A tudo isto se acrescenta o impacto da criminalização sobre as
mulheres pobres. É que o tratamento como crime, dado pela lei penal brasileira, impede que estas
mulheres, que não têm acesso a médicos e clínicas privadas, recorram ao sistema público de saúde
para se submeterem aos procedimentos cabíveis. Como consequência, multiplicam-se os casos de
automutilação, lesões graves e óbitos. 6. A tipificação penal viola, também, o princípio da
proporcionalidade por motivos que se cumulam: (i) ela constitui medida de duvidosa adequação para
proteger o bem jurídico que pretende tutelar (vida do nascituro), por não produzir impacto relevante
sobre o número de abortos praticados no país, apenas impedindo que sejam feitos de modo seguro; (ii)
é possível que o Estado evite a ocorrência de abortos por meios mais eficazes e menos lesivos do que
a criminalização, tais como educação sexual, distribuição de contraceptivos e amparo à mulher que
deseja ter o filho, mas se encontra em condições adversas; (iii) a medida é desproporcional em sentido
estrito, por gerar custos sociais (problemas de saúde pública e mortes) superiores aos seus benefícios.
7. Anote-se, por derradeiro, que praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo trata
a interrupção da gestação durante o primeiro trimestre como crime, aí incluídos Estados Unidos,
Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e Austrália. (HC 124306,
Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma,
julgado em 29/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-052 DIVULG 16-03-2017 PUBLIC 17-03-2017) 
> ABORTO NO PRIMEIRO TRIMESTRE: Decisão da 1ª turma do STF, em 2016, afastou a tipicidade de abordo
praticado no primeiro trimestre, com fundamento no princípio da proporcionalidade.
# É importante, no entanto, pontuar três observações:
1) Esta decisão foi tomada pela 1ª Turma do STF (não se sabe como o Plenário decidiria);
2) A discussão sobre a criminalização ou não do aborto nos três primeiros meses da gestação foi
apenas para se analisar se seria cabível ou não a manutenção da prisão preventiva dos médicos
que realizaram o procedimento;
3) O mérito da imputação feita contra os réus não foi julgado e o STF não determinou o
"trancamento" da ação penal. O habeas corpus foi concedido apenas para que fosse afastada a
prisão preventiva dos acusados.
# Obviamente, esta decisão representa um indicativo muito claro do que o STF poderá decidir caso seja
provocado de forma específica sobre o tema, tendo o Min. Roberto Barroso proferido um substancioso
voto que foi acompanhado pelos Ministros Edson Fachin e Rosa Weber. Os demais Ministros da 1ª
Turma (Marco Aurélio e Luiz Fux) não se comprometeram expressamente com a tese da
descriminalização e discutiram apenas a legalidade da prisão preventiva.
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Atividade: Escrever uma redação expositiva manuscrita com no mínimo 15 e no máximo 30 linhas
respondendo às questões abaixo, sendo um parágrafo para cada item, conforme formulário de redação
disponibilizado pelo professor.
Pontos a serem trabalhados:
1. Qual foi o objeto do julgamento?
2. O que significa o princípio da proporcionalidade?
3. O que é a teoria do impacto desproporcional?
4. Qual foi a conclusão do STF ao analisar o caso à luz do princípio da proteção ao bem jurídico?
Texto de apoio: “A interrupção da gravidez no primeiro trimestre da gestação é crime? Entenda o que decidiu
o STF”. Site “Dizer o Direito”.
1) No caso concreto, o STF analisava um habeas corpus impetrado por dois médicos que foram presos em
flagrante no momento em que supostamente estariam realizando um aborto com o consentimento da gestante
(art. 126 do CP). Segundo o Ministro, não havia motivo para a prisão preventiva, considerando o fato de que a
gravidez da mulher estava ainda no primeiro trimestre, razão pela qual a punição prevista nos arts. 124 e 126
do CP não seria compatível com a Constituição Federal, ou seja, não teria sido recepcionada pela CF.
2) O legislador, ao definir crimes e penas, deverá fazê-lo levando em consideração dois valores essenciais: o
respeito aos direitos fundamentais dos acusados e a necessidade de garantir a proteção da sociedade,
cabendo-lhe resguardar valores, bens e direitos fundamentais dos indivíduos. Assim, o princípio da
proporcionalidade funciona com uma dupla dimensão: proibir os excessos e também a insuficiência.
3) Toda e qualquer prática empresarial, política governamental ou semi-governamental, de cunho legislativo ou
administrativo, ainda que não provida de intenção discriminatória no momento de sua concepção, deve ser
condenada por violação do princípio constitucional da igualdade material se, em consequência de sua
aplicação,resultarem efeitos nocivos de incidência especialmente desproporcional sobre certas categorias de
pessoas.
4) A criminalização da interrupção da gestação no primeiro trimestre vulnera o núcleo essencial de um conjunto
de direitos fundamentais da mulher. Trata-se, portanto, de restrição inconstitucional.
> TEORIA DO IMPACTO DESPROPORCIONAL: Toda e qualquer prática empresarial, política, governamental
ou semi-governamental, de cunho legislativo ou administrativo, ainda que não provida de intenção
discriminatória no momento de sua concepção, deve ser condenada por violação do princípio constitucional
da igualdade material se, em consequência de sua aplicação, resultarem efeitos nocivos de incidência
especialmente desproporcional sobre certas categorias de pessoas.
> DISCRIMINAÇÃO INVISÍVEL: Adoção de critérios neutros e justificáveis mas que na prática ocasionam um
impacto negativo e desproporcional a um grupo vulnerável. Como exemplo, ADI1946 que analisou EC20/98
sobre limitação de benefícios previdenciários à licença gestante o que fomentava, na prática a contratação de
trabalhadores do sexo masculino. 
Fontes: Professor Rogério Sanches Cunha (Curso Carreiras Jurídicas: Cers) (Código Penal Para Concursos: Editora JusPodvm.).
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