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TIPOS DE INTERVENÇÃO VERBAL DO TERAPEUTA

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TIPOS DE INTERVENÇÃO VERBAL DO TERAPEUTA
De forma geral, nas psicoterapias há uma grande variedade de possibilidades de intervenções verbais por parte do psicoterapeuta
Interrogar o paciente, pedir-lhe dados precisos, ampliações do relato. Explorar as respostas detalhadamente
É consultar a consciência do paciente continuamente, sondando as limitações e distorções. É se colocar com uma atitude investigadora diante dos fenômenos humanos, tornando o terapeuta em não onipotente. A atitude não esquemática é transmitida ao interrogar detalhes, respeitando a singularidade do sujeito.
Perguntando, o terapeuta aciona a ampliação do campo perceptivo do paciente, explicitação verbal no resgate dos fatos, relações do mundo do implícito emocional, rompendo assim, as limitações e encobrimento presentes na linguagem convencional.
Em psicoterapia, é essencial passar dos dados iniciais da experiência subjetiva à análise minuciosa das situações
Proporcionar informações
O terapeuta não apenas investiga, mas também informa. Nas psicoterapias é essencial esclarecer elementos de perspectivas da cultura adolescente atual ou da problemática social da mulher, além dos aspectos da dinâmica dos conflitos, etc. 
O terapeuta pode indicar leituras, proporcionando e facilitando a obtenção de conhecimento geral que pode demarcar o problema do paciente, fazendo com que ele deixe de ver seu problema como algo estritamente individual.
Confirmar ou retificar os conceitos do paciente sobre sua situação
Inerente ao exercício de um papel ativo do terapeuta. A retificação permite ressaltar as ambiguidades do discurso, as limitações do campo da consciência e o papel das defesas. As intervenções auxiliam no enriquecimento desses tópicos. A confirmação é a contribuição para a consolidação dos recursos egóicos do paciente, reforçando os desempenhos positivos. Uma relação madura se forma com a capacidade do terapeuta de lidar de forma flexível com as retificações e confirmações dos enunciados do paciente.
A resposta do paciente para as confirmações possui inúmeras sugestões, sendo sumamente produtivo o trabalho sobre as respostas, ou em nível mais maduro (aceita o próprio potencial) ou mais infantil (confirma a onipotência ou nega a sua capacidade e se refugia na do terapeuta).
Elucidar, reformular o relato do paciente de modo tal que certos conteúdos e relações deste assumam maior importância
Desembaraçam, descomplicam o relato do paciente, recortando os elementos significativos a partir de uma reformulação sintética. Esse esclarecimento ensina o paciente a perceber sua própria existência de uma maneira diferente, olhando seletivamente os acontecimentos, discriminando-se para compreender-se.
Recapitular, resumir pontos essenciais surgidos no processo exploratório de cada sessão e do conjunto do tratamento.
É relembrar as informações dadas, estimulando a capacidade de síntese e que pode atuar como um fechamento provisório, auxiliando o pensamento do paciente para que este possa avançar. São interpretações panorâmicas
Assinalar relações entre dados, sequencias, questões significativas, capacidades manifestas e latentes do paciente
Estimulam o paciente a perceber sua experiência, recortando elos de uma sequência e focando a atenção para conteúdos significativos que mostram relações peculiares. Nas psicoterapias é importante sempre assinalar antes de interpretar, pois assinalando os dados, o paciente pode se interpretar, melhorando sua auto compreensão. Diante de cada assinalamento, pode-se notar a capacidade de insight do paciente, seus recursos intelectuais, o papel de seus mecanismos defensivos e a situação transferencial.
Interpretar o significado dos comportamentos, das motivações e das finalidades latentes, em particular os conflituosos
É um instrumento que introduz uma racionalidade onde até então só havia dados soltos, ilógicos e desconexos, propondo um modelo para a compreensão. 
Descobre com o paciente, suas motivações e sistemas internos de transformações destas, suas modalidades de expressão e os sistemas de interação que se estabelecem. Toda interpretação é um hipótese, que irá ser confirmada através do processo interminável com base nos dados obtidos no decorrer do processo de investigação da terapia. Nenhuma hipótese pode ser considerada confirmada.
As interpretações podem: a) proporcionar hipóteses sobre conflitos atuais do paciente; b) reconstruir determinadas constelações históricas significativas; c) explicitar situações transferenciais significativas no processo; d) resgatar capacidades do paciente negadas ou não cultivadas; e) tornar compreensível o comportamento dos outros em função de novos comportamentos do paciente; f) destacar as consequências que decorrerão de o paciente encontrar alternativas capazes de substituir estereótipos pessoais ou grupais.
Sugerir atitudes determinadas, mudanças a título de experiência. 
Propõe comportamentos alternativos, orientando o paciente à experiências originais. 
Proporciona insights a partir de novos ângulos, contendo pensamento antecipatório facilitam uma compreensão prévia à ação. 
Constitui um caminho diferente para o insight sobre as próprias dificuldades do paciente, as do outro e sobre a dinâmica da comunicação entre os dois. 
Assinalar especificamente a realização de certos comportamentos com caráter de prescrição (intervenções diretivas)
Indicam as necessidades do processo terapêutico e as atitudes-chave a ser em evitadas fora da relação terapeuta-paciente. O que se produz ou evita, resulta em um ganho interno, podendo ser incorporado em outras experiências. A situação se torna necessária ao uso da intervenção diretiva quando o paciente se encontra desprovido de recursos egóicos necessários para lidar com uma situação traumática. 
Dar um enquadre à tarefa
 Especificações relativas à relação terapêutica: local das sessões, posição dos participantes um em relação ao outro, duração e frequência das sessões, ausências, honorários. O trabalho em conjunto do terapeuta e paciente na elaboração do enquadre, constitui uma experiência clínica muito mais rica.
 Meta-intervenções: comentar ou esclarecer o significado de ter recorrido a qualquer das intervenções anteriores
Todas intervenções do terapeuta cujo objeto são suas próprias intervenções. Esclarecem o significado de uma determinada intervenção que foi ou está sendo realizada. 
A segunda intervenção serve para precisar os fundamentos das primeira, auxiliando o paciente a seguir de perto o método de compreensão. Isso proporciona uma aprendizagem essencial, pois o questionamento do terapeuta sobre sua própria intervenção, assinala o caráter parcial de seus fundamentos e o caráter hipotético de algumas premissas. 
Situa o vínculo terapêutico em relações de reciprocidade, evitando o efeito sub-reptício de doutrinação próprio das relações autoritárias nas quais o terapeuta apresenta suas opiniões como “saber”, negligenciando a presença da ideologia na bas e de suas elaborações.
Outras intervenções (cumprimentar, anunciar interrupções, variações ocasionais dos horários, etc.). 
Tais intervenções estão ligadas a técnica psicoterapêutico. A amplitude do espectro do terapeuta da conta da variada gama de possibilidades abertas em cada sessão. 
Devido a variedade de intervenções, não há uma hierarquia de importância entre elas. 
Psicoterapia Psicanalítica 
Gabbard,2016
Intervenções
Interpretação
Observação
Confrontação
Clarificação
Encorajamento para falar
Validação empática
Psicoeducação
Orientação ou elogio
Interpretação
Tornar consciente algo que era inconsciente
Vincula um sentimento, pensamento, ação ou sintoma a significado inconsciente
Ex.: paciente relutante em aceitar o que é dito “Talvez você sinta necessidadede discordar do que eu digo porque evoco em você a lembrança de seu pai”.
Dependendo do momento da terapia as interpretações podem ser transferenciais como no exemplo acima ou extratransferenciais, focando em uma situação externa ocorrida com o paciente, ou as resistências e fantasias que são extratransferenciais.
Só deve ocorrer quando o paciente tiver um relativo acesso, ou estejam quase pré conscientes. 
Observação
O terapeuta aponta um comportamento não verbal do paciente (traço de emoção no rosto, comportamento, padrão de ação na sessão) e faz uma associação com o processo terapêutico.
Ex.: “Percebi que ao entrar em meu consultório, no início de cada sessão você parece um tanto amedrontado e puxa a cadeira em direção a parede antes de sentar”.
O terapeuta não interpreta mas estimula a colaboração do paciente sobre o assunto.
A diferença da interpretação é que não tenta fazer vínculos causativos
Confrontação
Aborda algo que o paciente quer evita ou minimiza 
Geralmente se dá sobre conteúdos conscientes que o paciente tem dificuldade de integrar ou não parece aceitar
Ex.: na finalização de um longo processo terapêutico, um paciente se demora falando de problemas do carro a caminho da sessão e o terapeuta confronta: “parece que é mais confortável para você neste momento falar a respeito do carro do que sobre a tristeza de finalizar o tratamento”.
“No início da sessão você havia dito que passou um final de semana feliz pois simplesmente adora cozinhar para a família toda, mas neste momento trouxe que sente como se fizesse tudo por todos e isso é cansativo”.
Clarificação
Envolve uma reformulação ou síntese das coisas ditas pelo paciente até então na sessão ou tratamento.
Busca uma visão mais coerente do que está sendo comunicado
Uma clarificação tem por objetivo ajudar o paciente a colocar em palavras algo que está difícil
Ex.: “O que você está me dizendo é que não se sente confortável quando as pessoas te elogiam, isso?”
Encorajamento para falar
Pedido por informações a respeito
Pode ser mais aberto “ O que você acha disso?”
Ou “Fale-me mais a respeito de seu pai”
Tem por objetivo estimular a associação do paciente a respeito de alguma questão.
Validação empática
Demonstração de sintonia empática do terapeuta com o estado interno do paciente
“parece que você se sente deprimido com isso, pode ser difícil mesmo essa situação”
“você tem o direito de ter raiva de...”
Quando o paciente percebe que o terapeuta é empático com seu estado interno aceita mais facilmente as interpretações.
Intervenções psicoeducacionais
Envolvem informações compartilhadas com um paciente com base no conhecimento específico
Ex,: Explicar a diferença entre luto e depressão.
Orientação ou elogio
Sugestões diretas para o paciente a respeito de algum assunto em que seja pertinente ou necessário uma conduta mais rapidamente
Ex.: em uma situação de ameaça orientar sobre a importância de fazer uma ocorrência/ em uma situação com um filho orientar a respeito de uma conduta que possa ser necessária ou urgente a respeito.
Elogios podem fortalecer novas associações comportamentos que ainda não estavam bem consistentes para os recursos do Ego do paciente visando algum objetivo do tratamento. Tem que haver um cuidado para não implicar em uma sugestão direta para o paciente
Ex.: em caso de uma mulher vítima de violência que encerrou o relacionamento, pode ser dito “que importante que você tenha dito que não deseja mais esse relacionamento e que momentaneamente não quer mais vê-lo”.
ao invés de 
“Acho que você deveria se separar/ não deveria mais ver esse homem”
FIORINI, H. J. Teoria e Técnica de Psicoterapias. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

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