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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
 PAULA ARCARI ROCHA BORGES
r.a
 Projeto Integrador II
 
 Orientadora: 
 
 Ribeirão Preto,2020
Sumário
 Ribeirão Preto,2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................	6
2. JUSTIFICATIVA	8
3.PROBLEMA	10
4. REFERÊNCIAS	13
1 PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES
Este trabalho apresenta algumas considerações para a abordagem do processo de alfabetização de crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). alertando profissionais sobre a importância de práticas flexíveis e diferenciadas no desenvolvimento e aprendizagem dessas crianças, oferecendo diferentes materiais e alternativas buscando atingir um mesmo objetivo: a alfabetização.
 A apropriação do sistema da escrita pelos alunos com Transtorno do Espetro Autista (TEA) é uma forma de facilitar a sua comunicação, dificuldade peculiar do transtorno. 
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE Pedagogia
 nome do aluno
 Ra: 
 Transtorno do Espectro Autista (TEA)
 Ribeirão Preto,2020
1. INTRODUÇÃO
O transtorno do Espectro Autista, também chamado TEA é considerado um distúrbio do Neurodesenvolvimento (DSM,2014).Organização das Noções Unidas (ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são acometidas pelo transtorno que costuma ser diagnosticada logo na infância geralmente entre um e três anos de idade e se prolonga por toda a vida, o transtorno afeta a comunicação e a capacidade de aprendizagem e adaptação da criança no meio social.
Na verdade, e como já foi dito, o autismo pode também chamar-se de espectro de autismo porque, para além de haver comportamentos característicos desta perturbação, muitos autistas possuem os seus próprios comportamentos. Por isso, e no decorrer do tratamento do autismo, um método pode ser muito útil para uma criança e inútil para outra. Cabe aos familiares e professores decidirem qual adoptar e por quanto tempo já que também é possível que um método chegue até determinado ponto e estacione. O importante é não parar de tentar, pesquisa e lutar. 
 O processo de alfabetização é muito mais do que reconhecer símbolos e letras, é saber interpretar o que está a sua volta com a leitura de mundo, como diz FREIRE(1993). Cada sujeito realiza essa aprendizagem de forma diferente, elas aprendem os conteúdos de maneira única, cada um apresenta característica próprias como resposta ao trabalho pedagógico.
Para contribuir com processo de alfabetização de pessoas com autismo é fundamental considerar as suas dificuldades de comunicação com mundo.
De acordo com FREIRE (1993, P11) a leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que posterior leitura desta não passa prescindir da continuidade da leitura.
 Ao falamos sobre alfabetização temos que reconhecer que é um processo lento difícil, Alfabetizar exigi um conjunto de pensamentos e habilidades psicomotoras que permite a compreensão do ambiente e das formas de representação da linguagem. E para isso a criança precisa desenvolver coordenação motora total, coordenação viso motora, distinção da imagem e do som, além de entender a noção do espaço tempo.
 2.Justificativa
De acordo com Bereohff(1991),para educar uma criança autista, é preciso levar em considerações a falta precária, dificuldades na fala e a mudança de comportamento que apresentam essas crianças.
Neste sentindo a autora descreve que é básico que a programação psicopedagogia a ser traçada para estas crianças, esteja centrada em suas necessidades (BEREOHFF,1991, s/pág.)
Segundo a autor há várias técnicas de ensino para as crianças com autismo. Tendo o objetivo de prevenir ou reduzir as deficiências primarias.
Educar uma criança autista é uma experiência que leva o professor a rever questionar suas ideias sobre desenvolvimento, educação, normalidade e competência profissional. Torna-se um desafio descrever um impacto dos primeiros contatos entre este professor e estas criança tão desconhecidas e na maioria das vezes imprevisíveis (BEREOHFF,1991 s/pág.).
A escola necessita ter uma rotina estruturada, onde o aluno autista possa situar-se no espaço e tempo. O professor deve fazer parte da mesma, para que assim, a rotina caminhe melhor.
Raviere apud Bereohff(1984 s/pág.),explica que esta relação põe à prova, mais do que nenhuma outra, os recursos e habilidades do professor.
Se desejamos compreender e ajudar uma criança com autismo, devemos por um lado, perceber que somos parte deste ambiente no qual está criança tem que viver e crescer e, por outro lado, tentar ver seu comportamento, desempenho, habilidades e incapacidades em relação ao que sempre perfeito nela, a vivencia da sua própria personalidade.
No momento que reconhecemos as nossas dificuldades, fraquezas e deficiências um novo caminho se abrira e neste caminho que o educador começa a aprender que se portador de necessidades especiais não impede ninguém de viver por mais limitante que pareça ser.
3.Problema
QUAIS AS DIFICULDADES DE ALFABETIZAR UM AUTISTA?
Alfabetizar é sempre um desafio, um dos principais problemas enfrentado nas escolarização de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o fato de que muitas delas experimentam dificuldade para estabelecer uma relação socializada com os outros.
Os alunos com autismo possuem desafios específicos em relação ao processo de aprendizagem. A escrita, por exemplo, é um desafio para muitos estudantes autistas, pois envolve coordenação motora, habilidades motoro, linguagem e organização.
Principalmente na infância, o desenvolvimento da linguagem exige atenção, uma vez que a criança autista não tem o hábito de se comunicar com os outros. Por isso, o programa educacional destinado à criança autista deve ser adequado às suas habilidades cognitivas, assim como o meio-ambiente e as instituições devem ser bem estruturados. Porém, esta não é a realidade brasileira. O autista acaba ficando sem opção de escola. São poucas as instituições realmente especializadas no problema e o governo não incentiva nem fornece recursos para as mesmas, o que acaba por dificultar o trabalho com autistas.
Neste aspecto, a relação professor e aluno também é um importante meio para retirar a criança autista do seu isolamento. Para SCHWARTZMAN e ASSUNÇÃO JUNIOR (1995), quanto mais significativos para a criança forem os seus professores, maiores serão as chances dela promover novas aprendizagens, ou seja, independentemente da programação estabelecida, ela só ganhará dimensão educativa quando ocorrer uma interação entre o aluno autista e o professor.
Em cada aula, o professor deve estabelecer uma rotina e segui-la, contando com o apoio da coordenação e supervisão na definição das atividades adequadas ao grupo. O professor terá que assumir sempre uma postura de calma e continência diante de problemas ou de uma crise da criança, transmitindo segurança e controle da situação. O elogio e a atenção são excelentes armas para a obtenção de comportamentos positivos SGHWARTZMAN & ASSUNÇÃO JUNIOR (1995) apontam ainda que outro fato relevante na educação do autista é que o professor promova interações das crianças autista com outras crianças do ensino regular. Os autores citados acreditam que o autista ganha através dos modelos oferecidos pelas crianças do ensino regular, e pela quantidade de estimulação que este ambiente escolar propicia.
Lavando-se em que o (TEA) apresenta espectros, ou seja, variações diversas em suas maneiras de manifestar em uma pessoa, recebe-se que não há uma formula pronta para alfabetizar uma criança com autismo.
Objetivo Geral 
Verificar possibilidades para uma ação docente mais adequada, possibilitando que as criançasautistas tenham direito a educação de qualidade.
Objetivos Específicos
Analisar a importância da inclusão das criança autistas na sociedade;
Identificar as dificuldades encontradas pelos educadores se relacionar com a criança autista;
Verificar como é realizado a interação dos autistas com outras crianças no ambiente escolar.
Metodologia
Nos dias atuais existem várias crianças com autismo e consequentemente em diferentes graus.
Não se pode desenvolver uma metodologia e depois aplica-la para todas as crianças.
Cada uma delas aprende de forma diferente em seu tempo, tem que levar em considerações o seu grau de desenvolvimento.
Através de pesquisa em livros, sites e até mesmo na experiência que já tive, e de suma importância que a criança tenha rotina não só em casa mas na escola também, pois facilitara o seu aprendizado.
É necessário o educador desenvolver o seu plano de aula pensando em como poderá adaptar o material da aula para a criança autista, não se pode fecha os olhos e esquecer-se dessa criança.
Quando o educador busca conhecimento e se aprimora acontece uma interação entre ele e a criança, não se pode deixar de lado que todos que fazem parte do ambiente escolar onde essa criança está inserida precisam se socializar com ela mostrando que ela é capaz e se quem tiver preparado, paciência e amor consegue auxiliar o desenvolvimento.
Só através de estímulos a criança autista se desenvolve, por isso e preciso trabalhar coordenação motora, incentivar a se sujar, participar de atividades que tenham contato com outras crianças, animais texturas e experimentarem sabores diferentes, tudo isso contribuiu para o seu desenvolvimento. Para que ocorrem ensino de qualidade.
 
Cronograma 
	Atividades
	Fevereiro
	Março
	Abril
	Maio
	1-Observar orientações
	 X
	
	
	
	2-Pesquisa bibliográfica
	
	X
	
	
	3-Pesquisa de campo
	
	X
	
	
	4-Analise do material coletado
	
	
	X
	
	5-Redação do artigo
	
	
	X
	
	6-Finalização do artigo
	
	
	
	X
	7-Postagem do artigo
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MENEZES, A. R. S. Inclusão escolar de alunos com autismo: quem ensina e quem aprende? Dissertação de Mestrado, UERJ,
2012.
SILVA, Maria do Carmo Bezerra de Lima;BRO THERHOOD, Rachel de Maya. Autismo e inclusão: da teoria à prática. In:VECPP, Maringá,out.2009.Disponívelem:<http://www.unicesumar.edu.br/epcc2009/anais/maria_carmo_bezerra_lima_silva.pdf>.Acesso em:novembro,2019
TOLEZANI, Mariana. Son-rise uma abordagem inovadora.
Revista Autismo: informação gerando ação, São Paulo, ano 1, n.
0, p. 8-10, set.2010.
 
Artigos
 
O Autista sente dificuldade em se relacionar ou se comunicar com outras pessoas, uma vez que ele não usa a fala como um meio de comunicação. Não se comunicando com outros pessoas acaba passando a impressão de que a pessoa autista vive sempre em um mundo próprio, criando por ele e que não interage fora dele (Menezes,2012, p.25)
Cabe a escola promover a interação social entre o aluno autista e os demais alunos, para que assim o desenvolvimento de habilidades relacionadas a linguagem e socializam sejam desenvolvidas.
Para que a escola possa promover a inclusão do autista é necessário que os 
Profissionais que nela atuam tenham uma formação especializada, que lhes permita conhecer as características e as possibilidades de atuação destas crianças. Tal conhecimento deveria ser efetivado no processo de formação desses profissionais, sobretudo dos professores que atuam no ensino fundamental (SILVA;BROTHERHOOD, 2009, p. 3)
O professor por sua vez, deve ter consciência que 
para a concretização da aprendizagem significativa por parte da
criança autista é importante a mudança de suas 
crenças e atitudes, pois toda criança é capaz de aprender basta um olhar reflexivo para quais habilidades esta possui, assim é possível focar em suas aptidões. 
A política Nacional de Educação Especial Inclusiva (BRASIL, 2008) e a legislação educacional vigente no País, garantem à pessoa com autismo o direito à educação e a inclusão escolar. Diante disso, 
surgiu a necessidade de realizar esta pesquisa sobre o autismo e o professor, afim de verificar mais de perto como acontece a inclusão de alunos autistas. Pois é de suma importância enfatizar que há uma grande necessidade dos profissionais da educação em especial os professores em se aprofundarem mais nos estudos 
sobre autismo e a inclusão de alunos autistas na escola.
Devido melhora significativa durante o tratamento da criança no espectro autista, 
pois “oferece uma abordagem educacional prática e abra
ngente para inspirar as 
crianças, adolescentes e adultos com autismo a participarem ativamente em 
interações divertidas, espontâneas e dinâmicas com os pais, outros adultos e 
crianças” (TOLEZANI, 2010, p. 8).
.1 Elementos Pré-textuais
3.1.1 Dedicatória
“Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr ser essencial еm minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia, ао mеυ esposo Vanderson, minha mãе Marilda,meus filhos Kaio e Otavio,minha cunhada Maíra е аоs meus irmãos Wesley e Jessé.”
3.1.2 Agradecimentos
Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este projeto de pesquisa com saúde e forças para chegar até o final.
Sou grato à minha família pelo apoio que sempre me deram durante toda a minha vida.A minha companheira durantes estes quatro anos Nicole e a Tassia obrigada.
Deixo um agradecimento especial ao meu orientador pelo incentivo e pela dedicação do seu escasso tempo ao meu projeto de pesquisa.
Também quero agradecer à Universidade Anhanguera e a todos os professores do meu curso pela elevada qualidade do ensino oferecido.
3.1.3 Resumo
Crianças com autismo apresentam diferenças significativas no desenvolvimento cognitivo, como percepção visual e auditiva, confraternização social e atraso na linguagem. Porém, problemas de comunicação verbal variam muito para crianças autistas. Algumas apresentam atrasos, enquanto outras podem parecer com o desenvolvimento linguístico comum. As crianças autistas dificilmente se envolvem em brincadeiras imaginativas e com criação de personagens. Elas se concentram na repetição, focando intensamente um assunto de interesse. Assim, a verdade é que, para diagnosticar uma criança autista, é necessário avaliar vários fatores no seu desenvolvimento. Assim como cada criança aprende de forma diferente, cada aluno com autismo também tem suas limitações e habilidades, que devem ser observadas e trabalhadas. As seguintes estratégias são comprovadas em sucesso na alfabetização de alunos com autismo e podem ser trabalhadas com crianças na sala de aula.
3.1.4 Sumário 
 Sumário
 Ribeirão Preto,2020
Sumário
1. Introdução.......................	6
2. Desenvolvimento	8
3.Considereções Finais	10
4. Referências	13
3.2 Elementos textuais
3.2.1 Introdução
Levar uma criança que tem o transtorno do espectro autista até o momento da alfabetização é a preocupação de muitos pais e professores e é sempre um caminho que precisa ser percorrido com paciência, sem pressa e envolve muitas etapas. Por isso, esse artigo busca trazer algumas informações, sugestões e estratégias de avaliação de alternativas de atividades para alfabetizar as nossas crianças.
Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do desenvolvimento neurológico caracterizado pelo comprometimento de habilidades sociais e, consequentemente, de comunicação, podendo apresentar comportamentos estereotipados, restritivos ou repetitivos.
 	Existem graus de autismo, que vão do mais leve até o mais severo. Dentro do transtorno, as dificuldades são as mesmas, porém podem aparecer em graus diferentes.
O autismo afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, bem como de estabelecer relacionamentos ede responder adequadamente ao ambiente. Além do isolamento social, ausência de contato visual, pobreza de expressão verbal inexistência de empatia, em geral os autistas não compreendem metáforas e as interpretam literalmente. Manifestam, ainda, extrema aversão a certos sons. Dessa forma, a alfabetização precisa levar em conta esse tipo de perfil de usuário.
Autistas de capacidade expressiva adequada podem ter inabilidade em iniciar ou manter uma conversação apropriada. Déficits de linguagem e de comunicação persistem na vida adulta e uma proporção significativa deles permanece não-verbal. No entanto, aqueles que adquirem habilidades verbais podem demonstrar déficits persistentes em conversação (Barbosa 2009).
Cada criança tem suas características, o professor terá o papel de mediador nessa fase pois, auxiliará em um processo, que pode ser essencial para a comunicação da criança com a sua família e o mundo.
Então, o professor em um primeiro momento deve conhecer quem é esse aluno e quais são as suas características, a fim de entender se já é possível iniciar o processo ou não. Em alguns casos, já se pode poder entrar com o trabalho vendo os fonemas de imediato, mas em outros tem que se percorrer um longo caminho, construindo uma história até chegar na fase onde vai ser possível decodificar a leitura.
Ao conhecer o seu aluno, o professor cria um vínculo, onde consegue perceber os aspectos mais necessários para cada criança e família. Nesse trabalho o apoio e participação dos familiares é imprescindível.
3.2.2 Desenvolvimento
A causa do autismo ainda é desconhecida, o que nós temos são muitas hipóteses, sendo que uma das possíveis causas diz respeito ao prejuízo qualitativo na área da linguagem. 
Por isso, dentro de uma visão desenvolvimentista, que considera a linguagem como ponto central no estudo do autismo, é necessário voltar aos precursores de linguagem que nada mais é do que tudo aquilo que acontece desde o nascimento de um bebê até o momento em que ele vai falar, expressar oralmente aquilo que ele deseja, ou seja, onde surge a linguagem expressiva e compreensiva.
De acordo com Trevathen e colaboradores (1998), o autismo é uma condição que afeta o desenvolvimento desse sistema interativo pré-lingüístico inato, devido a uma falha, provavelmente no primeiro mês do desenvolvimento do embrião, em uma região do cérebro por eles chamada de Formação de Motivo Intrínseca (Intrinsic Motive Formation).
Desta maneira, a falta de respostas expressivas e de orientação, por parte do bebê autista, tenderia a cortá-lo das transações comunicativas e emocionais dos outros. A raíz do problema seria, então, um déficit específico na percepção e na motivação com relação a pessoas. E isto impediria a passagem para a segunda fase do relacionamento intersubjetivo, a da intersubjetividade secundária que se desenvolve por volta dos 9 meses de idade e é caracterizada pela proto-linguagem.
Nesta fase, as interações mãe-bebê passam a incluir eventos e objetos que são motivo de interesse. O bebê, por exemplo, olha para a mãe, mostra um brinquedo e vocaliza, enquanto a mãe olha para o brinquedo, ouve a verbalização e pega o brinquedo. Aqui, o bebê passa a combinar vocalizações com gestos para fazer declarações, observações, orientações; a compartilhar interesse em eventos e objetos. É a atenção compartilhada cuja ausência é um dos marcadores do autismo.
Os autores concluem que o desenvolvimento humano é essencialmente interpessoal; que a vida humana depende da intersubjetividade. O problema central na comunicação da criança autista estaria relacionado à falta de reconhecimento das funções interpessoais da linguagem, a uma falha específica na compreensão de como ter reciprocidade com outras pessoas, e não a sistemas cognitivos envolvidos na compreensão e expressão de palavras. As falhas de linguagem seriam um efeito secundário. Diante disso, o processo de alfabetização tem o papel importante no resgate da fala e de comunicação com o mundo
Fundamentação Teórica
Esse caminho que a criança percorre envolve o uso do olhar, sendo que a troca do olhar com o cuidador é responsável pelo afeto e, consequentemente, pelo desenvolvimento da inteligência. Isso, inclusive, é explicado pelas teorias desenvolvimentistas e cognitivistas: a afetividade está presente na troca do olhar. Dessa forma, o olhar está diretamente ligado a alfabetização, pois é através dele que a criança pode acompanhar todas as atividades que lhe estão sendo fornecidas e é fundamental que esse olhar seja um olhar de qualidade e respeito.
Nesse contexto, muitas pessoas ficam com dúvidas, uma vez que é muito falado que o autista não olha nos olhos. No entanto, às vezes conhecemos portadores da síndrome de asperger que olham nos olhos, sim. Nesses casos, o que é avaliado é a qualidade do olhar, como que esse olhar se comunica, se tem uma duração socialmente aceita, se é muito fixo, vazio, entre outros aspectos.
Em seguida, vem o sorriso responsivo no desenvolvimento da criança - não aquele sorriso espontâneo, já que normalmente o bebê sorri porque você sorriu para ele, ou seja, é uma resposta, um diálogo sem palavras. Porém, caso a criança ainda não tenha desenvolvido sorriso responsivo, isso não é um obstáculo para alfabetização como é a falta do uso do olhar. 
Também há a questão da vocalização, que são os gritos que o bebê costuma dar no berço ou no colo, que são sinais de saúde, de que a linguagem está tomando o percurso adequado, está interpretando. 
Quando a criança vocaliza, isso facilita o processo de alfabetização, pois é mais fácil fazer com que a ela repita os fonemas. Do contrário, isso não representa um impedimento, pois existe uma diversidade muito grande dentro do autismo, tendo crianças não-verbais e com plenas capacidades de aprender a ler e escrever.
Os autistas não-verbais interpretam, escrevem o que estão pensando, você pode fazer perguntas sobre o texto e ela mostra na gravura o que ela vê. Portanto, o autista não-verbal também pode aprender a ler e escrever.
Outro fator que merece atenção, é a imitação arbitrária, que é quando a criança aprende a fazer uma imitação espontânea, sendo ela muito necessária para cópia, escrita, para pronunciar os fonemas e repetir. 
Também temos a fala referencial, que em geral antecede a fala fluente. Ou seja, é o momento em que a criança começa a falar pedaços de palavras e apelidos. Assim, a criança está iniciando uma verbalização e isso normalmente ocorre aos um ano e oito meses de idade.
No caso da alfabetização, é comum encontrar crianças com 6, 7, 8, 12 anos que não tem esses precursores e por consequência, sem a fala, sem o olhar, sem o sorriso responsivo e assim por diante. Isso significa que antes de mais nada, para alfabetizar, é preciso desenvolver esses precursores de linguagem, fazendo com que aquilo que não aconteceu naturalmente, aconteça de uma forma artificial por meio de um acompanhamento terapêutico. Desse modo, é fundamental fazer uma avaliação detalhada e fidedigna para que a intervenção e as atividades sejam mais acertivas e apropriadas para as necessidades da criança. O educador tem que ter em mente que o trabalho no TEA envolve sempre o resgate do desenvolvimento, da afetividade e da interação social para que as demais áreas possam ser desenvolvidas, alguns desses processos podem ser mais trabalhosos e demandarem mais tempo.
 
 Metodologia
Antes de começar o processo de alfabetização o educador tem que ter conhecimento de algumas características, para poder avaliar o seu aluno e assim, conseguir iniciar o processo utilizando as metodologias mais adequadas para cada caso.
O uso do “olhar” sabemos que a criança com autismo tem certa dificuldade de sustentar o “olho no olho” e acaba direcionando o olhar para a nossa boca. Essa diferença é muito sutil e por isso deve ser avaliada com atenção. Ao sustentar o olhar nos olhos do interlocutor, a criança tem a possibilidade de entender as sensações e emoções que estão sendo passadas, o que fará diferença no futuro,em um estágio mais avançado, deverão ser feitas perguntas sobre a emoção de um personagem, sobre o que o autor quis dizer, quais foram os sentimentos expressos no determinados parágrafos, entre outras questões de interpretação, é interessante que o educador mova-se verificando se a criança acompanha estes movimentos.
Movimentos antecipatórios são movimentos que a criança faz, quando bebê, lançando o corpo ou esticando os braços ao pedir alguma coisa. Durante a fase de alfabetização o que se espera é que a criança estique o braço para buscar algo. É possível aproveitar esses momentos para trabalharmos também as habilidades de nomeação. 
Ao percebermos que a criança gosta muito de determinado objeto, podemos fazer um gesto pela metade, levando o objeto até o meio do caminho estimulando o indivíduo a esticar o braço até alcançá-lo. Junto com o objeto desejado, é interessante entregar à criança algo que esteja relacionado ao processo de escrita que possibilite a familiarização com a possibilidade de desenhar, escrever, ouvir sons, etc.
Imitação arbitrária, é comum que uma criança autista com 6-7 anos que não imita ou então tem uma imitação atrasada, ou seja, aquela em que a criança ouviu uma frase há um tempo e acaba repetindo fora de contexto.
Para o processo de alfabetização acontecer a criança precisará repetir o fonema que você está emitindo, imite a escrita, pois a cópia é uma forma de imitação.
 Um ótimo exercício para isso é utilizar o espelho, as imitações motoras são também bastante atrativas: brincar de bola, pular em uma cama elástica, jogar bolinhas para o alto... Ensinar a criança a imitar coisas simples e através da brincadeira, auxiliarão muito na imitação da escrita, que nada mais é do que uma cópia.
Para conseguir se apropriar da leitura e da escrita, a criança precisa possuir as seguintes habilidades: visoespaciais, compreender e expressar a linguagem, percepção visual e localização no espaço, simbolizar, memorizar e evocar a informação aprendida. 
A memória é outra habilidade fundamental, pois a construção de qualquer aprendizagem se dá em etapas, aumentando o repertório de aprendizagem: primeiro apresenta-se um fonema, depois outro, que juntos formarão uma sílaba que se transformará em uma palavra. Ou seja, se não existir a habilidade de memorização, certamente haverá prejuízos no processo de leitura. 
O estimulo a memória é muito importante, não somente com o copiar ou o decorar, mas sim pela busca de criar um repertório dentro do sujeito, para que ele possa construir novas aprendizagens.
 A criança precisa ter percepção visual e auditiva bem desenvolvidas para aprender a ler e escrever. Quando se trata em crianças com TEA, essa questão é mais complicada, pois existe a possibilidade de hiper ou hipossensibilidade visual e/ou auditiva, ou seja, a incapacidade de perceber diferenças ou mesmo ter aversão à certos estímulos. Nesse caso, o educador deve estar atento para modificar as metodologias e atividades para assim, atender melhor o seu aluno.
 Outra importante atividade prática que pode ser feita na escola e na área terapêutica, é o trabalho com a música. Alguns médicos, inclusive, recomendam a musicoterapia. 
A música, em geral, trabalha com rimas, então pode ajudar a criança a entender rimas, a finalização e inicialização de palavras e também auxilia na construção de uma prosódia bastante interessante. Então, ao trabalharmos com música, estamos preparando a criança para entender a pontuação. Além disso, é possível mostrar à criança como respirar na hora certa, o que fará com que, no futuro, ela saiba utilizar a vírgula no lugar adequado. 
 As rimas têm uma importância muito grande para trabalhar a percepção auditiva e a consciência fonológica. Ao trabalharmos dessa forma, podemos perceber que, algumas crianças com autismo não verbais e que vão se tornando verbais com o passar do tempo, começam a falar pelo final das palavras. Então a rima ainda colabora para a oralização da criança. Também se trabalha com a regularidade dos sons e da língua, ou seja, observando o que se repete sempre da mesma forma, fazendo com que a criança desenvolva uma audição para a escrita ortográfica. Quando trabalhamos com rimas, em uma fase inicial da alfabetização, não se utiliza a escrita, então utilizamos imagens e sons. A escrita aparece somente depois da percepção auditiva, ou seja, depois que tudo esteja bem organizado na cabeça da criança.
 A aliteração é fundamental, pois quando começarmos a trabalhar com fonemas, vamos perguntar à criança, por exemplo, “qual o desenho que começa com o som A?”. Para responder essas questões, a criança precisa entender como começam e como terminam as palavras. 
Métodos sintéticos
Os métodos sintéticos são utilizados para alfabetização de crianças com TEA, sendo eles: alfabético; silabação; fônico. Esses métodos são denominados sintéticos por que parte é uma parte menor, como a letra, a sílaba e o fonema para formar o todo (palavra e sílaba).
Método alfabético: é o método tradicional, em que é apresentado o alfabeto e o nome das letras.
Método de silabação: as famílias silábicas são apresentadas diretamente, para depois formar palavras e aumentar o repertório, também pelo campo da memória.
 Método fônico: o alfabeto é apresentado de uma maneira bastante singular, sem falar os nomes das letras, mas sim os seus sons.
O educador após a sua avaliação inicial deve escolher qual será o melhor método para cada criança, sempre tendo ciência de que talvez precise fazer a junção de vários métodos para uma mesma criança.
3.2.3 Considerações finais
A alfabetização não deve ser um processo autônomo; a criança precisa da instrução de alguém nesse processo, do contrário, não será uma leitura saudável. À medida que a criança aprende os movimentos antecipatórios, ela terá ampliada a capacidade de conviver.
 A possibilidade de aprender a ler e escrever representa uma conquista, e inserção social, A utilização de recursos extras que facilitam a compreensão desses alunos, são ferramentas importantíssimas que auxiliam, sendo fundamental aos atores envolvidos no processo: professores, a família, e terapeutas trocarem informações, buscando a melhor forma para promover a aprendizagem do aluno.
4 Referências Bibliográficas
blog.estantemagica.com.br/autismo-infantil-e-alfabetizacao/acesso em 03 mar 2020
MELO, H. A; FERREIRA, R. S. Necessidades educacionais especiais: uma lente para o reconhecimento das diferenças existentes na escola. Em Revista Pedagogia – Cotidiano Ressignificado; V1, n.1. São Luis: Central dos Livros.
PIMENTEL, Ana Gabriela Lopes; FERNANDES, Fernanda Dreux Miranda. A perspecitiva de professores quanto ao trabalho com crianças com autismo. Audiol., Commun. Res. vol.19 no.2 São Paulo abr./jun. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317- 64312014000200171&lng=pt&tlng=pt. Acesso em 10 mar. 2020.
PINHO, S.Z. Formação de educadores: o papel do educador e sua formação. Editora UNESP, 2009.
Monte, Idê Borges dos Santos – reimpressão-. Brasília: MEC S E ESP, 2004. 64p. (Educação Infantil; 3). A cesso e m 01/02 /2020.

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