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Doenças mais comuns em neonatos SLIDES

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Doenças mais comuns em 
neonatos 
Msc. Jordanna de Almeida e Silva 
Neonatologia 
• “Ciência que estuda os neonatos ou recém-
nascidos” 
• Fisiologia e assistência neonatal – Poucos 
estudos 
• Extrapolação de dados de animais adultos 
• Particularidades 
• Prematuro 
• Dismaturo 
Neonatologia 
• Qual a importância dos bezerros para a 
bovinocultura e do potros para a 
equideocultura? 
• Custos? 
• Taxas de morbidade e mortalidade? 
• Viabilidade econômica 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS NEONATOS 
 Reserva de gordura limitada 
 Rápida utilização do estoque de energia 
 Pouca capacidade gliconeogênica 
 Agamaglobulinemia 
 Renina, Lactase e Lipase salivar – elevadas 
 Imaturidade intestinal 
 Capacidade digestiva limitada: baixa digestão de proteína vegetal 
Neonatologia 
• 1 a 28 dias 
• 30 dias – produção endógena de Ig 
 
colostragem 
• Tipo de imunidade 
• Tipo de placenta 
• Componentes do colostro 
– IgG (65 a 90%) 
– IgA, IgE, IgM (10 a 35%) 
– Linfócitos (20 a 30%) – 36h no intestino 
– Vitamina A, E, carotenóides 
– Minerais 
– Carboidratos 
– Gordura 
– Proteínas 
– Hormônios 
– Ativos antimicrobianos 
 
 
colostragem 
• Quantidade? 
• Tempo? 
• Sucção natural 
• Mamadeira 
• Sondagem 
nasoesofágica 
• Eficiência da 
colostragem 
– IDGA 
– ELISA 
– PT, Globulinas, 
Gamaglobulina e GGT 
– quantitativo indireto 
 
• Densidade do colostro 
– Uso do colostrômetro – 20 a 25 graus 
– Uso do refratômetro – de Brix ou convencional 
– Banco de colostro 
– Substitutos do colostro 
 
colostragem 
Refratômetro de Brix 
- Valor limite: 21% 
- 8,4% de Brix: sucesso na colostragem 
Refratômetro para proteínas 
- Menor que 5,0g/dL: Falha 
- 5,0 – 5,4g/dL: Moderada 
- Maior que 5,5g/dL: Sucessso 
colostragem 
onfalopatias 
Umbigo 
• Via de comunicação : feto 
mãe 
• Constituição 
• Artéria: sangue pobre em 
oxigênio do feto para 
placenta 
• Veia: sangue rico em 
oxigênio da placenta para o 
feto 
• Úraco: se estende da bexiga 
ao umbigo eliminando a 
urina fetal para a cavidade 
alantoideana 
Umbigo 
• Perda da função e involução em até 10 dias 
• Artérias: ligamento redondo da bexiga 
• Veia: ligamento redondo do fígado 
• Úraco: ligamento médio da bexiga 
 Condições que favorecem as onfalopatias 
 Manuseio do umbigo por pessoas leigas ou descuidadas 
 Traumas 
 Ligadura inadequada 
 Altura do rompimento do umbigo 
 Coágulos 
 Locais contaminados 
onfalopatias 
• “Processo inflamatório pós-natal, excepcionalmente 
intrauterino, da pele e tecido perivascular de 
componentes do cordão umbilical” 
 
• ONFALITE SIMPLES 
 
 Restrito à pele do umbigo 
– Aumento de volume 
– Aumento de temperatura 
– Hiperemia 
– Sensibilidade 
 
onfalopatias 
• “Processo inflamatório pós-natal, excepcionalmente 
intrauterino, da pele e tecido perivascular de 
componentes do cordão umbilical” 
 
• ONFALITE apostematosa 
 
 Restrito à pele do umbigo 
– Aumento de volume com consistência flutuante 
– Aumento de temperatura 
– Hiperemia 
– Sensibilidade 
– Exsudado purulento ou sanquinolento 
 
 
onfalopatias 
• onfaloflebite 
 
 
 
 
 
 Pele e componentes internos 
 
– Aumento de volume com consistência flutuante 
– Aumento de temperatura 
– Espessamento de cordões intra abdominais, 
– Sensibilidade à palpação 
– Presença de secreção purulenta 
– Febre, diarréia, apatia, prostação 
 
Principais 
agentes: 
- E. coli 
- S. 
zooepidemicus 
- Clostridium sp 
onfalopatias 
onfalopatias 
• Persistência de úraco 
 
• Associado à algum comprometimento da região 
umbilical 
• Promove à eliminação de urina por meio da região 
umbilical, principalmente em fêmeas 
• Pode regredir espontaneamente em alguns dias 
• Inflamação e infestação bacteriana 
• Uroperitôneo 
• Cirúrgico 
 
 
onfalopatias 
• Artrite ou Poliartrite séptica 
• Comprometimento das articulações a partir de um 
sítio primário de infecção: onfaloflebites 
• Rápida destruição da articulação e cartilagem articular 
• Osteomielite : perda irreversível da superfície articular 
• Predisposição: 30 dias de vida 
– Falha na transferência de imunidade passiva 
– Associação com doenças bacterianas 
 
 
 
Principais agentes: 
- Streptococcus sp. 
- E. coli 
- Stafilococcus sp 
- Clostridium sp. 
onfalopatias 
• Artrite ou Poliartrite séptica 
• Aumento das articulações 
• Claudicação 
• Dor 
• Diarréia 
• Líquido sinovial: serohemorrágico, 
fibrinoso ou purulento 
 
• Diagnóstico 
• Prognóstico 
• Tratamento 
onfalopatias 
• Cura do umbigo 
Enterites ou 
diarréia 
diarreia 
 “Aumento na frequência de defecção 
ou no volume das fezes” 
 
• “80% dos potros e bezerros apresentam quadro de 
diarreia ao menos uma vez até os 6 meses de vida” 
• Incidência de até 100% 
• Letalidade de 27 a 50% 
 
diarreia 
• Enfermidade de caráter multifatorial 
• Ocorre, prioritariamente, nas primeiras 4 
semanas de vida 
• Causas interligadas: 
– Fatores ambientais 
– Práticas de manejo 
– Nutrição 
– Ampla variedade e associação de patógenos 
 
 
Fatores predisponentes 
Enteropatógenos mais 
comuns 
Protozoários 
 Eimeria sp. 
 Giardia sp. 
 Cryptosporidium sp. 
Vírus 
 Rotavirus 
 Coronavirus 
Bactérias 
 Escherichia coli 
enterotoxigênica 
 Salmonella sp 
 Clostriium perfringens 
tipo C 
 Rhodococcus sp 
Outras condições comuns 
• Cio do potro 
• Sucedâneo de leite 
• Pastos novos 
• Antibioticoterapia 
• Gastrites e úlceras 
• Doenças parasitárias 
Fisiopatogenia da diarreia 
• 1) Osmótica: Causada por pressão osmótica excessiva 
no intestino que fazer com que a água se mova para o 
intestino para restabelecer o equilíbrio osmótico. 
• Por exemplo: substitutos de leite de baixa qualidade - 
excesso de fibra, que não serão digeridos. 
2) Má absorção: Causada por danos na parede intestinal 
fazendo com que os nutrientes não sejam absorvidos e se 
acumulem, levando aos problemas de pressão osmótica e 
posteriormente a infecções. 
• Ocorre p. ex.: nos casos de coccidiose 
Fisiopatogenia da diarreia 
• 3) secretora: Causada por toxinas produzidas por 
microorganismos. O bezerro tenta "diluir" ou "lavar" 
as toxinas para fora do intestino pela movimentação 
de grandes quantidades de água de outras áreas 
do corpo. 
• A toxina produzida pela E. coli é um exemplo. 
• 4) motilidade alterada: Causada por contrações 
excessivas do intestino, aumentando a movimentação 
do material através do intestino. 
Fisiopatogenia da diarreia 
• Combinação de dois ou mais destes mecanismos 
Infestação parasitária 
Fisiopatogenia da diarreia 
• Independente do mecanismo de ação vai acarretar: 
– Perda de água 
– Perda de eletrólitos: Sódio, Cloro, Potássio e Bicarbonato 
COMPONENTE SADIO DIARREIA 
Água g 51, 927 
Proteína 5,5 41 
Sódio 5,0 41,6 
Potássio 2,2 39,9 
Animais hígido: 0,3% de fluido em relação ao pv 
Animais com diarreia: 13 a 21% de fluido em relação ao pv 
Aumento de 22 a 40 vezes no volume fecal 
Sinais clínicos 
• Sintomatologia similar 
• Fezes amolecidas ou aquosas 
• Fétidas 
• Desidratação 
• Apatia 
• Febre 
• Falta de apetite 
• Acidose metabólica 
 
 
Avaliação da desidratação 
Acidose metabólica 
Diminuição do bicarbonato – aumento de H – diminuição do pH – redução da pressão 
de PCO2 
diagnóstico 
• Histórico 
• Anamnese 
• Vistoria na propriedade 
• Senso crítico 
 
“Para o controle e tratamento eficaz das diarreias é necessário 
que o profissional responsável enxergue todas as etapas do 
sistema de criação sem negligenciá-las e desenvolva 
ferramentas para monitorar o ambiente, as periparturientes, o 
nascimento, a colostragem e criação dos neonatos. “ 
Diagnóstico laboratorial 
• Isolamento 
• Cultura 
• Antibiograma 
• ELISA 
• IDGA 
• Histopatologia 
• Aspecto e coloração das fezes 
 
tratamentos 
“ Independentemente do agentecausador, do 
mecanismo de ação e/ou da administração de 
medicamentos como antimicrobianos e anti-
inflamatórios, as diarreias tem como 
consequência a perda de grandes 
quantidades de eletrólitos e água nas fezes, 
paralelo a redução no consumo de leite e 
concentrado” (Smith, 2009). 
antimicrobianos 
• Uso de antimicrobianos em condições especiais 
• Características de envolvimento sistêmico como 
bacteremia e septicemia: febre, depressão, 
anorexia 
• β lactâmicos: Ceftiofur, Amoxicilina, Penicilina 
• Sulfonamidas: Sulfa + Trimetropim 
• Fluorquinolonas 
• Quimioterápicos 
 
 Eliminação de bactérias que produzam lactato 
 
analgésicos 
• Dor abdominal 
• Espasmos 
• Cólicas 
 
• Butorfanol – 0,02mg/kg 
• Escopolamina – 0,2mg/kg 
Anti - inflamatórios 
• Meloxican 
• Flunixim meglumine – 0,25 até 2,2mg/kg 
• NÃO usar corticoides 
 
• Analgésicos, anti-inflamatórios, antipiréticos e 
anti-secretorias, devido a seu efeito sobre a 
motilidade intestinal, melhorando a condição 
física e prognóstica do bezerro enfermo 
• Indicado quando há sangue nas fezes 
desverminação 
• À partir de 6 meses, ou com exceções 
 
reposição hidro eletrolítica 
• Fluidoterapia oral ou parenteral 
• Reposição de eletrólitos 
• Manutenção do leite 
• Bicarbonato – 48 mMol/L 
• Acetato – 48mMol/L 
• Cloro – 99mMol/L 
• Sódio – 114mMol/L 
• Potássio – 28mMol/L 
• Glicose – 110mMol/L 
reposição hidro eletrolítica 
 Bicarbonato 
• Prontamente convertido em bicarbonato. 
• Alcaliniza o abomaso, interfere na absorção do leite, 
alcaliniza o intestino e favorece o crescimento 
bacteriano. 
• Não usar junto ao fornecimento de leite 
 
 Acetato de sódio ou citrato de sódio 
• Absorvido para posteriormente ser convertido em 
bicarbonato 
• Produz de duas a quatro vezes mais moléculas de 
bicarbonato 
• Não interfere na absorção e metabolização do leite 
 
Cálculo de fluidoterapia 
Aula prática 
Métodos de prevenção 
• Ambiente 
• Aglomeração 
• Manutenção da homeostase 
• Alimentação de qualidade 
• Ingestão de colostro 
• Vacinação 
 
 
 
 
 
vacinação 
• Vacina Rotatec J5 
• Mastite ambiental 
• Endotoxemia 
• Dois antígenos contra Rotavirus 
• J5: contra E. coli 
 
• 3 ml SC ou IM 
• 1ª 60 dias antes do parto, secagem 
• 2ª 30 dias antes do parto 
• 3ª 1 a 15 dias antes do parto 
 
Conclusões 
• Estudos com neonatos 
• Manejo sanitário 
• Avaliação da propriedade 
• Esclarecimento dos proprietários e da mão de 
obra 
• Custos 
• Prevenção

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