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1 5 D E J U L H O D E 2 0 1 7   E D I Ç Ã O E S P E C I A L
G E R E N C I A M E N T O 
D E O B R A S
D i c a s d o e n g e n h e i r o 
D a n i l o l o r e c e n t o  
O R Ç A M E N T O 
D E O B R A S  
D i c a s d o E n g e n h e i r o 
M u r i l o R e i s  
Destaque 
Este material é protegido pela lei de direitos autorais 
(Lei 9.610 de 19/02/1998). 
Nenhuma parte desse eBook poderá ser 
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do autor, seja por meio digital, eletrônico, impresso, 
fotográfico ou quaisquer outros. 
Quando este tipo de ação é identificada, todas as 
medidas judiciais (indenização) e criminais 
(prisão) serão tomadas. 
Pirataria é crime previsto no código civil e penal.
SOU ENGENHEIRO CIVIL E AGORA? 
 No momento vejo muitos ex-alunos meus 
vibrando pela obtenção do “canudo” de 
engenheiro civil, mas passada a ressaca da 
comemoração a pergunta que se faz é: E 
agora? 
PRA ONDE MANDO MEU CURRÍCULO? 
De antemão já adianto que a possibilidade de 
conseguir um emprego disparando currículos 
é irrisória. Na verdade as maiores chances de 
conseguir a primeira oportunidade serão 
dadas através de sua rede de 
relacionamentos formadas durante os anos da 
graduação, seja na faculdade, seja nos 
estágios. Se você foi sempre aquele cara 
malandrão que sempre levou tudo na 
brincadeira, sempre passou colando e 
chorando aquele meio ponto, e empurrou o 
curso com a barriga, sinto dizer suas chances 
diminuíram sensivelmente. Se você nunca 
estagiou também tá numa situação mais 
delicada. 
Experiência própria: Meu primeiro emprego 
foi em uma das empresas em que estagiei. 
 E O SALÁRIO? 
 Sinceramente, acho que não deve ser uma preocupação no momento, o importante é 
entrar no mercado de trabalho, para aprender, se consolidar, ganhar nome e incrementar 
sua rede de relacionamentos. Se você for bom aos poucos seu salário aumentará e 
tenderá a média em pouco tempo. 
Experiência própria: Em 2003 topei a primeira oportunidade pra ganhar menos de um 
salário-mínimo como recém-formado, o que queria era aprender. Como a sorte 
acompanha quem está preparado, uma conjunção de fatores me beneficiaram e a cada 6 
meses ia sendo valorizado. Depois de 2 anos já ganhava o mesmo que os demais 
engenheiros da empresa. 
Plantão Engenharia - 1 
 OBRA X ESCRITÓRIO? 
 Cada pessoa tem um perfil, mas acredito que sempre deve-se priorizar nesse início de 
carreira a obra. É importante conhecer o dia-a-dia de uma construção, as etapas, as 
dificuldades, a sequência construtiva... Mas você pode me dizer: Eu quero ser 
orçamentista/projetista!! E eu te respondo: Para ser um bom 
projetista/orçamentista/planejador/gerente/executivo no ramo da construção civil é essencial 
conhecer a obra. Você só será bom mesmo se souber como se faz. Acredite nisso! 
 QUEM MANDA AQUI SOU EU! 
 Calma lá!! Humildade não faz mal a ninguém. Na nossa área você se relacionará com 
pessoas de alto nível e com o “peão” da obra. A última palavra se você for engenheiro de 
uma obra será sua. Mas tudo pode ser mais fácil se você souber se relacionar e tiver a ment
aberta. A obra é o local onde o empirismo dos operários e mestre-de-obras se junta a técnica
do engenheiro. E tem muitas coisas que você vai aprender com eles, não perca a 
oportunidade. Se você ver alguma coisa errada, chame o mestre-de-obras em particular, 
explique, convença, ouça, analise e tome a decisão. Seja firme, mas não arrogante. Pondere
bem antes de agir. 
 TÔ COM DÚVIDA, E AGORA? 
 Inúmeras situações da vida profissional você terá dúvidas, o real não é tão ideal quanto
nos livros, e gerenciar é tomar decisões a todo momento, dúvidas vão surgir. Mais uma vez é
importante a rede de relacionamentos construídos durante a faculdade, ligue para aquele seu
amigo que tem mais experiência, dependendo da intimidade até mesmo para um professor, 
talvez você consiga um Norte, uma dica de como resolver seu problema, mas lembre-se a 
decisão final, assim como a responsabilidade é SUA!
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Plantão Engenharia - 3
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 CHEGUEI NA OBRA, E AGORA? 
 Se você foi contratado é porque algo precisa melhorar. Lembre-se você é pago pra 
pensar. Você tem que organizar a obra, otimizar as equipes, produzir mais com qualidade e 
usando menos recursos, pra isso serve o engenheiro. Ao chegar, conheça a equipe, se 
entrose, seja parceiro e até amigo do seu mestre-de-obras mantendo sua autoridade na 
camaradagem. Pague uma grade de cerveja e um galeto pra turma que pega pesado na 
sexta-feira, passe lá converse um pouco, você ganha eles com atenção. Lembre-se que um 
servente pode te boicotar e fazer com que você tenha grandes problemas, basta por 
exemplo ele adicionar menos cimento na massa ou adicionar mais água no concreto, você 
não conseguirá estar em todos os cantos da obra ao mesmo tempo pra fiscalizar tudo. 
Minha primeira dica é: Olhe analiticamente pro seu canteiro de obras. Ele está limpo? 
Organizado? Racional? Seguro? É o primeiro ponto onde o engenheiro pode imprimir sua 
marca na gestão da obra e dá uma boa impressão pro dono da empresa ou para um 
visitante. 
 Depois se debruce sobre os projetos, você deve conhecer o projeto, o orçamento e o 
cronograma da obra. A fixação de plantas, cronogramas nas paredes lhe ajudarão a sempre 
estar com a obra na cabeça e isso é fundamental. Sua obra está atrasada ou adiantada? 
Nesse ritmo quando ela se concluirá? São perguntas que você tem que saber responder. 
Organizado o canteiro e conhecido o cronograma é hora de ir para os detalhes, como anda 
sua equipe, está sub ou superdimensionada? É possível otimizar? Qual a produtividade está
sendo alcançada nas principais atividades? É compatível com a média? Lembre-se que 
quanto mais serventes você precisar na sua obra, pior é sua logística de canteiro. Tente 
diminuir a quantidade deles, não agrega valor a obra. No início o mestre reclamará, mas 
logo a obra funcionará normalmente e até melhor, tenha como meta a proporção de 3 
profissionais pra 1 servente. E te digo que fazer a obra com 4 profissionais pra 1 servente é 
possível. 
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 PONHA O OVO E CARCAREJE!! 
 Engenheiro tem que saber fazer seu marketing pessoal. Tem que saber mostrar o 
seu resultado. Faça contas e mostre o quanto melhorou a obra sob sua gestão. Diminuiu o 
número de empregados? Aumentou a produtividade? Isso tudo pode ser mensurado e 
transformado em R$. O dono da empresa vai ficar radiante ao ver esses números. Faça 
um relatório e entregue mensalmente, mesmo sem ser solicitado. 
Experiência própria: Foi dessa forma que consegui mostrar resultados, ter 
reconhecimento e aumento de salário. 
Espero que essas dicas sejam valorosas. Gostaria de tê-las lido lá em 2003. Boa 
sorte!! 
 Dicas do engenheiro Murilo Reis 
Apoio : 
@upgrade.slz_
Plantão Engenharia - 5
Estratégia para um empreendimento na construção 
civil 
 Existe uma característica de singularidade em cada empreendimento de construção civil. 
Diferentes tipos de empreendimento necessitam de diferentes abordagens gerenciais e 
diferentes técnicas de gestão. É necessário avaliar os desafios de cada empreendimento e o 
ambiente em que o mesmo está inserido, de forma a criar uma estratégia eficaz. A estratégia 
correta pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso de um empreendimento. 
 Uma estratégia clara facilita a priorização de atividades, recursos e a resolução de 
conflitos, definindo inclusive como a equipe reagirá ás mudanças que certamente ocorrerão. 
Uma vez definida, a estratégiadeve ser comunicada reiteradamente a todos os envolvidos e 
ser cuidadosamente monitorada, de forma a garantir que continue pertinente. A estratégia 
deve ser documentada e aprovada formalmente, no Termo de Abertura do Empreendimento. 
 Um dos principais objetivos da estratégia é definir as diretrizes, orientarão a elaboração do 
planejamento do empreendimento. Diretrizes são orientações ou instruções que definem e 
regulam o caminho a seguir. São linhas sobre as quais traçaremos o planejamento do 
empreendimento. Compõem as diretrizes: premissas, restrições, fatores críticos para o 
sucesso, riscos, etc.
Plantão Engenharia - 
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 Parte do planejamento se baseia sobre as premissas, que por definição, são fatos ou 
 condições que assumimos como verdade para efeito de planejamento (prazo de entrega 
 de fornecedores, disponibilidade de recursos, capacidade da equipe, clima, produtividade, 
 etc.), por não termos informações suficientes. Devemos buscar definir premissas que 
sejam o mais próximo possível da realidade, pois, se mal definidas, podem jogar todo 
planejamento e o resultado do empreendimento no lixo. Por exemplo: se assumimos como 
premissa que os fornecedores locais terão condições de atender à demanda do 
empreendimento, devemos durante o planejamento e execução confirmar que esta 
premissa é verdadeira, caso não seja, teremos de mudar a estratégia e buscar 
fornecedores externos, podendo impactar custos e o prazo. 
 Restrições são quaisquer fatores que limitam as opções do gestor. Nesse caso, não
existe a incerteza, ou seja, o empreendimento deve respeitá-la. Existem restrições internas 
e externas, como, por exemplo, condicionantes ambientais, legislações municipais, como 
horários de carga e descarga, limitações de tráfego de veículos pesado, requisitos 
técnicos e de desempenho, requisitos normativos ou até mesmo os próprios objetivos de 
prazo, custo, escopo e qualidade do empreendimento. Essas restrições devem ser 
consideradas no planejamento do empreendimento para que ele seja realista e factível. 
 Existem fatores que influenciam fortemente o desempenho do sistema e que 
fracassando em algum deles pode significar o fracasso do empreendimento como um 
todo: são os fatores críticos de sucesso. Em outras palavras, são algumas poucas áreas, 
onde não podemos nos dar o luxo de falhar. Como recursos são limitados, em caso de 
falta, eles devem ser priorizados para esses fatores e precisam ser acompanhados e 
monitorados durante todo o empreendimento, como metas. Um exemplo clássico de 
fatores críticos de sucesso são as datas marco. A perda da data de abertura de um 
shopping implica na perda da janela comercial e de multas contratuais, que podem 
inviabilizar o empreendimento. 
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Como liderar equipes dentro do canteiro
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 Em um canteiro, liderar equipes está além das habilidades técnicas e sim humanas, 
você precisa ter uma visão sistêmica para liderar sua equipe, e nem sempre é fácil 
coordenar pessoas de diferentes culturas, valores, pensamentos, e experiências de vida 
diferente. Você precisa ter perfil de liderança e influenciar pessoas e isso não significa 
ser mandão e autoritário. Ele deve se identificar com a visão e os valores da empresa e 
só assim fará com que goste do que faz. É de extrema importância saber expor objetivos 
e metas de forma clara para que as pessoas entendam e aceitem o que é delegado. Os 
consultores afirmam: o bom comunicador não é aquele que fala muito, nem o que fala
para as pessoas sem dar chance de resposta, mas quem estabelece conversas, utiliza o 
tom de voz adequado à situação e, principalmente, se comporta de forma coerente com 
o que diz. Ou seja, é quem faz o que diz, liderando pelo exemplo. 
 Um líder precisa planejar todas as frentes de serviço e selecionar equipes montando 
escalas de trabalho, traçando metas, define prioridades, integra e orienta novos 
funcionários e ajuda a desenvolver habilidades pessoais. Em um canteiro, o gestor de 
equipes atua de forma parecida com um maestro ou técnico de time de futebol, 
organizando o trabalho, liderando e motivando o pessoal. Engenheiros, mestres de obras 
e encarregados desempenham esse papel em parceria. Só que quase sempre realizam 
essa função sem ter recebido formação para isso. Cursos para mestres e até mesmo a 
faculdade de engenharia se dedicam a ensinar aspectos técnicos, e não temas 
relacionados às relações humanas que é uma grande falha na metodologia de ensino. 
Os gestores acabam aprendendo, na prática, por meio de erros e acertos, a lidar com 
pessoas e gerenciar conflitos.
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 Em um canteiro, liderar equipes está além das habilidades técnicas e sim humanas, 
você precisa ter uma visão sistêmica para liderar sua equipe, e nem sempre é fácil 
coordenar pessoas de diferentes culturas, valores, pensamentos, e experiências de vida 
diferente. Você precisa ter perfil de liderança e influenciar pessoas e isso não significa 
ser mandão e autoritário. Ele deve se identificar com a visão e os valores da empresa e 
só assim fará com que goste do que faz. É de extrema importância saber expor objetivos 
e metas de forma clara para que as pessoas entendam e aceitem o que é delegado. Os 
consultores afirmam: o bom comunicador não é aquele que fala muito, nem o que fala
para as pessoas sem dar chance de resposta, mas quem estabelece conversas, utiliza o 
tom de voz adequado à situação e, principalmente, se comporta de forma coerente com 
o que diz. Ou seja, é quem faz o que diz, liderando pelo exemplo. 
 Um líder precisa planejar todas as frentes de serviço e selecionar equipes montando 
escalas de trabalho, traçando metas, define prioridades, integra e orienta novos 
funcionários e ajuda a desenvolver habilidades pessoais. Em um canteiro, o gestor de 
equipes atua de forma parecida com um maestro ou técnico de time de futebol, 
organizando o trabalho, liderando e motivando o pessoal. Engenheiros, mestres de obras 
e encarregados desempenham esse papel em parceria. Só que quase sempre realizam 
essa função sem ter recebido formação para isso. Cursos para mestres e até mesmo a 
faculdade de engenharia se dedicam a ensinar aspectos técnicos, e não temas 
relacionados às relações humanas que é uma grande falha na metodologia de ensino. 
Os gestores acabam aprendendo, na prática, por meio de erros e acertos, a lidar com 
pessoas e gerenciar conflitos.
 Instrumento importante na gestão é o feedback (em português, retorno), que nada 
mais é do que informar as pessoas sobre seu desempenho e sua conduta. O feedback 
ajuda a equipe a compreender o que está fazendo bem, onde está falhando e como 
melhorar. Não se trata apenas de repreender, mas de conduzir as pessoas na direção 
certa. O líder que aplica corretamente essa técnica ganha o respeito dos liderados e, 
consequentemente, amplia a produtividade. 
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Pratique e incentive atitudes otimistas e entusiasmadas das pessoas 
SEJA o exemplo 
Pense coletivamente. Nunca deixe sua equipe sozinha 
Comemore as realizações da equipe. Reconheça os bons resultados 
Permita a tomada de decisões de forma participativa 
Seja equilibrado e justo. 
Elogie em público,chame atenção no particular 
Ser amigo e sociável 
Use a honestidade total, sob qualquer circunstância; e conceda 
confiança 
Pratique e incentive os quatro Cs: Comunicação, Cooperação, 
Colaboração e Comprometimento 
Algumas dicas para você ter maior 
eficiência e produtividade nas suas 
decisões tomadas
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Dicas de orçamentos de Obras 
Plantão Engenharia - 11
 O ofício de orçar obras de construção é uma ciência muito antiga, tão antiga que é 
encontrada uma passagem bíblica que trata do orçamento de obras: 
 “Poisqual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as 
contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? 
 Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo 
acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, 
Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” 
Lucas 14:28-30 
 Observa-se que nessa passagem bíblica a preocupação é a de Orçar uma obra 
errando para menos, e ficar com a mesma inacabada por falta de recursos, pois se faz 
uma programação financeira em cima do orçamento estimado e no decorrer da obra 
percebe-se ser insuficiente. Situação bem comum no nosso País. Quem nunca viu uma 
obra inacabada? 
 Mas também pode haver erro de orçamento para maior. Nesse caso poderá se pagar 
ao executor da obra um valor maior do que é devido com desperdício de recursos do 
contratante. Atenção especial é necessária se a obra for com dinheiro público, pois nesse 
caso o orçamentista pode inclusive incorrer em crime por superfaturamento de obra. 
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Plantão Engenharia - 12
 Ambos os casos podem acontecer, pois orçar uma obra é um exercício de futurologia, ou 
seja, vai se estimar os custos de algo que ainda não saiu do papel. Para isso deve-se utilizar 
muito conhecimento técnico e experiência por parte do orçamentista, além de ter projetos 
bem definidos e detalhados. 
 Uma obra é composta por insumos (materiais, mão-de-obra e equipamentos) e sendo 
assim para um correto orçamento é necessário mensurar o consumo de cada um desses 
insumos no decorrer da execução do empreendimento. Para isso recorremos a valores 
médios de consumo que podem ou não se confirmarem na obra devido a inúmeros fatores. 
Portanto: 
TODO ORÇAMENTO DE OBRA É UMA ESTIMATIVA. O VALOR EXATO SÓ PODE SER 
IDENTIFICADO APÓS A CONCLUSÃO DA MESMA. 
 Fatores que levam a diferenças entre o orçamento e o custo real: 
• Insumos utilizados na obra. 
• Produtividade efetivamente conseguida na obra. 
• Consumo real dos materiais e equipamentos. 
• Influência externas ocorridas durante a sua execução (chuvas, 
feriados, obsolescência de equipamentos). 
• Distâncias e tipos de transportes efetivamente utilizados. 
• Incidência de tributos relativos à obra. 
• Influência dos custos indiretos efetuados na obra. 
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 É importante ainda saber que além de determinar os custos prováveis da obra, um 
orçamento tem outras utilidades, como:
• Levantamento dos insumos a serem utilizados na obra 
• Obtenção de índices para gerenciamento da obra 
• Dimensionamento de equipes 
• Elaboração de cronogramas 
• Análise de viabilidade 
O que é necessário para orçar uma obra? 
 Inicialmente como já dito é necessário um projeto bem definido, compatibilizado e 
detalhado. Quando falamos em projeto nos referimos a parte gráfica, memorial descrito 
e especificações técnicas. Quanto melhor for o projeto, menor a possibilidade de erro no 
processo de orçamentação. 
 Além disso é necessário um profissional (orçamentista) que tenha experiência no 
tipo de obra que está orçando, ou seja: 
 UM BOM ORÇAMENTISTA, NÃO É ORÇAMENTISTA DE TODO TIPO DE 
OBRA. ELE SERÁ UM BOM ORÇAMENTISTA DAS OBRAS EM QUE TEM 
EXPERIÊNCIA DE CAMPO E CONHECIMENTO TÉCNICO. 
 Isso é fundamental pois o orçamentista tem em mãos um projeto e ele precisa para 
fazer um orçamento correto imaginar cada etapa da obra acontecendo e identificar os 
insumos necessários para executa-la. Nem tudo está explicitado no projeto. Somente 
com essa capacidade de abstração o orçamentista consegue realizar essa 
identificação corretamente, entender todas as dificuldades para execução de cada 
serviço que compõe a execução do projeto. 
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 Além do projeto que informações a mais o Orçamentista precisa saber 
para elaboração do orçamento?
 Forma de contrato (critérios de medição, prazo, jornada de trabalho...)
 Conhecer o local de execução da obra (vias de acesso, disponibilidade de insumos...)
Conhecer o planejamento da obra 
 Sim. É necessário conhecer ou conceber um planejamento da obra, pois muitos dos 
custos de uma obra advém da duração que ela terá. Por exemplo, como incluir o custo de 
um engenheiro da obra sem saber qual a duração da obra?
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 Quais as etapas para orçar uma obra? 
1. Identificação dos serviços necessários (EAP) através dos projetos e do plano de 
ataque da obra (sequência executiva) 
2. Conhecer em detalhes as especificação de tais serviços 
3. Quantificar esses serviços através de levantamentos nos projetos (área, volume, 
peso, distâncias...) 
4. Elaboras as composições de custos unitárias ou busca-las em tabelas 
referenciais 
5. Pesquisar os preços de cada insumo, se atentando especialmente para o custo 
da mão-de-obra que compreende o salário, os encargos sociais, trabalhistas, 
indenizatórios e complementares, além de eventuais valores de pagamento por 
produtividade. 
6. Calcular os custo desses serviços 
7. Acrescer os custos indiretos, que são todos aqueles custos que não fazem parte 
diretamente dos serviços da obra, mas que são necessários para que a obra 
aconteça como, por exemplo: administração local da obra, canteiro de obras, 
controle tecnológico de materiais, custo de manutenção do canteiro, etc. 
8. Acrescer o BDI (%), que é composto do Lucro da construtora mais algumas 
despesas de difícil mensuração como: Administração central, impostos sobre a 
obra (não confundir com encargos trabalhistas), despesas financeiras, risco do 
empreendimento, seguros e garantias por ventura exigíveis. 
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 É importante ainda ter o conhecimento que existem diferenças na forma de elaborar 
orçamentos de obras públicas e privadas. As obras públicas possuem critérios mais 
rígidos exigidos por meio da legislação e de acórdãos de órgãos de controle. 
Também é importante frisar que ainda não existe uma norma técnica (NBR) que defina 
claramente e padronize procedimentos, sendo assim existem ainda formas e 
entendimentos diferentes das maneira de elaborar um orçamento. 
 É uma área que necessita constante estudo e atenção pois podem haver mudanças 
significativas em pouco espaço de tempo devido a alteração de legislação e no mercado 
existem ainda poucas opções de bibliografia, sendo que muitas delas encontram-se com 
informações obsoletas.
Esperamos ter ajudado, e podem contar conosco! 
Forte abraço! 
Eng. Murilo Reis 
@eng.jmuriloreis 
(98) 98806-0809 
Porque as faculdades de engenharia quase não ensinam 
sobre Gestão, durante a Graduação?
 Você já deve ter se perguntado isso, e muito 
provavelmente na sua primeira experiência 
profissional, seja ela no estágio ou até mesmo 
nos primeiros anos de formado, você deve ter 
percebido que há muitas atribuições gerenciais 
que são atividades de um Engenheiro no dia a 
dia. Além de ser um técnico por obrigação, ele 
tem que saber contratar, demitir, comprar, ser 
líder, gerenciar crise, negociar e o mais 
importante: estar preocupado com o custo, 
prazo e qualidade o tempo todo. Todos os dias 
você escuta: "Sua obra está atrasada!!!", "Sua 
obra está com o custo estourado", "Troque a 
equipe!!!" e por ai vai. 
 Então eu me pergunto: Por que as Faculdades de Engenharia quase não se 
preocupam em ensinar o Engenheiro também a ser um Gerente? A gente quando vê 
alguma coisa sobre gestão, vê muito pouco, o mesmo acontece com a questão dos 
orçamentos e cronogramas. 
Imagine só, você quase não aprende sobre orçamentos de obras e o que mais vai escutar 
é que tem que economizar nisso ou aquilo. Exatamente isso pois o que move uma 
empresa é o lucro, e uma das formas de garantir este lucro é tentar atingir esse 
orçamento. Ou ainda da mesma forma acontececom o prazo, você sai da faculdade 
sabendo muito pouco sobre cronogramas, sabendo só o superficial.
É triste, mas é uma realidade, e sabe o que vai acontecer? Ou você vai ter que aprender 
na raça, ou tentar aprimorar esse conhecimento em outro local que não seja a graduação.
 Comigo aconteceu os dois, tive que aprender na raça e posteriormente fiz um MBA em 
Gerenciamento de Projetos. O problema é que quando uma empresa contrata um 
Engenheiro, implicitamente ela já espera que o profissional tenha essas características, e 
quando ele não tem, porque não aprendeu ele é simplesmente "queimado", sim, "torrado". 
Como exigir uma coisa que o profissional não tem? 
Eu recebia inúmeros currículos todos os dias, a maioria para estágio e recém-formados e 
quase todos sem exceção tinham as mesmas características, as quais, não traziam 
experiências gerenciais.
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 O correto é não se exigir deste profissional neste momento esta atribuição e ir 
construindo aos poucos para que ele não seja "torrado" no mercado. E eu também 
recomendo que todos procurem maneiras externas de se capacitarem nesses temas para 
que eles sejam um diferencial no currículo de vocês, com base nisso e com o intuito de 
melhorar essa deficiência criamos cursos de pequena duração de Gerenciamento de 
Projetos na Construção Civil, como base nos conceitos do PMBOK, focados 
principalmente no conceito de restrição tripla Escopo, Custo e Tempo, tentamos de uma 
forma bem clara e rápida, elucidar esses conceitos com exemplos do dia-a-dia, para 
aproximar cada vez mais esse profissional desta realidade e cada vez mais diminuir a 
chance de ele ser torrado. 
Contato para Cursos e 
Palestras : 
Danilo Lorenceto 
+55 (34) 9 9206 2475
O que é Gerenciamento de Projetos, PMI, PMBOK e PMP?
 Olá, tudo bem? Eu sou Danilo Lorenceto, Gostaria de dizer que é um grande prazer estar 
aqui compartilhando meu conhecimento com vocês. 
 Vamos lá, antes de mais nada vamos esclarecer uma comum confusão. Quando falamos 
em Gerenciamento de Projetos algumas pessoas tendem a achar que estamos falando do 
gerenciamento da confecção dos projetos de engenharia como projetos arquitetônicos, 
estruturais, complementares e etc. 
 Quando na verdade entendemos por projeto tudo aquilo que tiver como resultado um 
produto ou serviço, que durar um tempo, ou seja, tem: início, meio e fim e ainda vão ter 
pessoas envolvidas. Então dentro deste conceito, projetos tem um sentido bem mais amplo, 
por exemplo: as suas férias tão sonhadas podem ser um projeto, um evento importante, a 
construção de um motor, a construção de um avião e principalmente uma obra de 
construção civil, todos estes exemplos se encaixam perfeitamente na definição de projeto. 
 O Gerenciamento de Projetos é basicamente a utilização de várias ferramentas e 
administração de várias áreas que influenciam diretamente nos projetos, assim tendendo de 
forma gerencial conduzir o projeto para o sucesso. 
CONTATO PARA CURSOS E PALESTRAS : 
 
DANILO LORENCETO 
 
+55 (34) 9 9206 2475
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 Posto isto, sabemos que projetos existem e são realizados desde a antiguidade, como 
por exemplo as Pirâmides do Egito, Muralha da China entre outros, mas não há registros 
de como estes projetos foram controlados e gerenciados. Com o passar do tempo e 
principalmente com a Revolução Industrial no final do século 19, houve uma grande 
necessidade de se consolidar o Gerenciamento de Projetos, seus processos e 
ferramentas. Temos vários pensadores e estudiosos como Henry Gantt (O cara das 
barrinhas coloridas dos cronogramas) e até Frederick Winslow Taylor, que são 
precursores do que estudamos hoje em Gerência de Projetos. 
 Já no final dos anos 60, uma galera nos EUA se reuniu para discutir as melhores 
práticas em Gerenciamento de Projetos e assim fundaram o PMI - Project Management 
Institute (Instituto de Gerenciamento de Projetos), que hoje está espalhado pelo mundo 
todo, inclusive no Brasil, onde suas sedes, filiais são chamadas de Capítulos (Chapter), 
assim temos os Chapters São Paulo, Rio de Janeiro entre outros. 
 Já em 1981 os diretores do PMI, começaram a desenvolver um guia muito completo, 
contendo todas as ferramentas e áreas de conhecimento bem como grupos de processos 
estudados, para ter um bom resultado em projetos de qualquer natureza, assim criaram o 
Guia PMBOK - Project Management Body of Knowledge, que hoje está em sua 5ª Edição, 
e ainda neste ano de 2017 deve sair a 6ª, e a cada nova edição, seguindo o raciocínio de 
melhoria contínua o PMBOK é atualizado e renovado. Hoje o PMBOK é um dos livros 
mais vendidos no mundo sobre Gerenciamento de Projetos, consolidando assim sua 
tamanha importância. 
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 Quando se estuda muito Gerenciamento de Projetos, e se tem um certo tempo de 
experiência gerenciando projetos de qualquer natureza, é possível você obter uma 
certificação, chamada de PMP - Project Management Professional (Profissional de 
Gerenciamento de Projetos ou simplesmente Gerente de Projetos), que é obtida através de 
uma difícil prova. Esta certificação é emitida pelo PMI e é reconhecida mundialmente, como 
já disse anteriormente há, também além da prova, a necessidade de se comprovar o 
mínimo de 4.500 horas de experiência na área de Gestão de Projetos. 
 Esta certificação é tão importante que algumas empresas exigem dos seus candidatos 
esta certificação, e existem escolas especializadas em cursos preparatórios para a prova de 
certificação. 
Bom pessoal era isso que tinha para dizer hoje, espero que vocês tenham gostado. 
Nos vemos no próximo artigo, um abraço e até lá!!! 
Referências: 
 · Carvalho, M. M.; Rabechini Jr., R. Fundamentos em Gestão de Projetos: Construindo 
Competências para Gerenciar Projetos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 · ©2013 Project Management Institute. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento 
de Projetos (Guia PMBoK®) — 5ª Edição 
 · Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Plantão Engenharia - 21
Produtos 
Plantão Engenharia - 22
Agradecimentos 
" Não andeis ansiosos por motivo algum; pelo contrário, sejam todas as 
vossas solicitações declaradas na presença de Deus por meio de oração 
e súplicas com ações de graça" . 
Felipenses 4 
 O empreendedorismo é a forma mais eficiente de fazer o bem é uma das 
formas mais bonitas de criação. Não consigo ver maior ação social do que 
gerar empregos e dar futuro às pessoas. Criar um empresa é dar vida a um 
sonho e oportunidades a todos os que acreditaram nele. É , nesse sentido, 
uma criação coletiva é indispensável.Sonho tem de ser grande.Sonho que 
você cumpre em um ano não é sonho. E sonhar pequeno geralmente dá o 
mesmo trabalho do que sonhar grande.Se você está pensando em abrir o seu 
primeiro negócio ( principalmente como o país se encontra ) , sonhe grande e 
se prepare muito, porque o caminho do sucesso nunca será uma linha reta. 
 Quase sempre ele é um ziguezague caótico que requer visão e ousadia, 
mas também calma e paciência. E , claro , uma excelente gestão. Não importa 
sua idade ( John Pemberton criou a Coca-Cola aos 55 anos ) , o seu ramo de 
atividade , os tombos que já levou ou os planos que tem pela frente. Aprenda 
a fazer das suas quedas degraus para sua vitória, tribulação gera 
perseverança que consequentemente te dará sucesso.Donald Trump entrou 
em falência 4 vezes ; Ninguém acredita em você? Não precisa sua vontade de 
vencer já basta.Só você poderá usufruir do fruto chamado " sucesso " e muitas 
das pessoas que não acreditaram em você irão te julgar como " sortudo". É 
muito fácil julgar a Peça sem olhar os bastidores. Não espere agradar a todos , 
isso nuca irá acontecer. Valorize as boas amizades e todas as pessoas que 
tragam positividade para sua vida, nunca se esqueçado velho ditado " Me 
diga com quem tu andas que eu digo quem tu és ". Faça seu esforço e seu 
trabalho valer a pena o fruto é bom mas o plantio é trabalhoso, não espere que 
suas mãos irão ficar do mesmo jeito na colheita. 
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Plantão Engenharia - 
Agradecimento