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2 bimestre Aula1- RESPIRAÇÃO CELULAR – ANAERÓBICA E AERÓBICA · Destinos do piruvato: O piruvato produzida pela glicólise ou por outra via celular poderá ter destinos diferentes dentro da célula Se esse piruvato for proveniente da glicólise, será metabolizado pela respiração anaeróbica, que ocorre no próprio citossol, pelo processo aeróbico que é mitocondrial · Reoxidação do NADH citossólico O que determina que uma célula realize o processo aeróbico ou anaeróbico? Presença de mitocôndrias e aporte de oxigênio (necessariamente as duas coisas) levam a célula a aerobiose A falta de um dos itens direciona para a anaerobiose Reoxidação do NADH citossólico A 6ª reação da glicólise (oxidação) NAD ↔NADH Portanto, glicólise: NAD↓ ↔ NADH↑ Reoxidação do NADH em NAD, senão a glicólise será interrompida (para de produzir energia) Os elétrons do NADH serão transferidos para o oxigênio (O2) na mitocôndria – AEROBIOSE ou para o piruvato - ANAEROBIOSE Respiração anaeróbica Processo citossólico, independente de oxigênio, realizado por diferentes organismos Utiliza glicose como substrato energético Diferentes tipos de fermentação e seus fermentadores · Fermentação alcoólica Realizada por leveduras e algumas bactérias anaeróbicas. 1 – Glicólise com produção de NADH 2 – Descarboxilação pela enzima piruvato descarboxilase 3 – Redução pela enzima álcool desidrogenase Fermentação láctica Realizada por bactérias anaeróbicas Hemácias→ Não contém mitocôndrias Fibras musculares de contração rápida → Fibras brancas, não contém mioglobina e nem mitocôndrias. Fibras musculares de contração lenta → Baixo aporte de O2 Musculatura em contração intensa ou com baixo aporte de O2 -> Produção de lactato pelo músculo em anaerobiose -> O lactato será liberado no sangue e transformado em glicose no fígado (gliconeogênese) Reciclagem do lactato: Ciclo de Cori Cotransporte de lactato e H+ Respiração aeróbica Processo mitocondrial e com aporte de O2 Produção de grande quantidade de energia (ATP) Utiliza outros substratos energéticos, além de glicose (Triglicérides, aminoácidos, corpos cetônicos, etanol, etc) Etapas: -Produção de acetil-coA -Ciclo de Krebs -Cadeia de transporte de elétrons e fosforilação oxidativa Respiração aeróbica: Translocação do piruvato. Existem translocases especiais para transferir o piruvato pela membrana interna da mitocôndria. A piruvato translocase é um simportador de piruvato e H+ 1ª Etapa: Produção de acetil -CoA Acetil- Coenzima A (CoA) A acetil-CoA pode ser produzida a partir de: Piruvato ( a partir de aminoácidos ou glicose) Ácidos Graxos (lipólise) Corpos cetônicos produzidos durante a cetogênese Etanol -ocorre na matriz mitocondrial -reação irreversível catalisada pelo complexo multienzimático piruvato desidrogenase (PD) -3 enzimas: piruvato desidrogenase; lipoato acetil transferase; lipoamida desidrogenase Piruvato desidrogenase (PD) Descarboxilação e oxidação do piruvato a acetil-CoA A PD utiliza 5 coenzimas (vit. B1, B2, B3, CoA e lipoato) Composto por 3 enzimas e 5 coenzimas: Piruvato Desidrogenase (E1) (cofator= TPP vit B1) Diidrolipoamida acetiltransferase (E2) (cofator= Lipoamida, CoA) •Diidrolipoamida desidrogenase (E3) (cofator= FAD, NAD+) Regulação da PD 2ª Etapa: Ciclo de Krebs (Ácidos Tricarboxílicos) 8 reações: 7 ocorrem na matriz mitocondrial e uma associada a face interna da membrana interna da mitocôndria - neste ciclo ocorre oxidação total da acetil-CoA a CO2 e coenzimas reduzidas (NADH e FADH2) Ciclo de Krebs Produção de 3 NADH, 1 FADH2 e 1 GTP por giro e Liberação de 2 CO2 Enzimas do ciclo de Krebs 1 CITRATO SINTASE 2 ACONITASE 3 ISOCITRATO DESIDROGENASE 4 α-CETOGLUTARATO DESIDROGENASE 5 SUCCINIL-COA SINTETASE 6 SUCCINATO DESIDROGENASE* 7 FUMARASE 8 MALATO DESIDROGENASE * Localizada na face interna da membrana interna da mitocôndria (associada ao complexo II da cadeia de transporte de elétrons) Reações do Ciclo de Krebs 1a Reação: Ligação entre carbonos. A hidrólise da ligação sulfidrila da acetil-CoA produz energia para a fusão entre acetil (2C) e OXA (4C) * Citrato Sintase Reações do Ciclo de Krebs 2a Reação: Isomerização do citrato *aconitase Reações do Ciclo de Krebs 3a Reação: Oxidação (NADH) e descarboxilação (CO2) *Isocitrato Desidrogenase 4a Reação: Oxidação (NADH) e descarboxilação (CO2). Enzima semelhante a Piruvato desidrogenase (estrutura e função) α- Cetoglutarato Desidrogenase 5a Reação: Síntese dirigida pela hidrólise da ligação tioéster da CoA. Produz um GTP Succinato sintetase 6a Reação: Oxidação (FADH2). A enzima Succinato Desidrogenase pertence a Cadeia de Transporte de Elétrons (CTE). É o Complexo II. 7a Reação: Hidratação da dupla ligação 8a Reação: Oxidação (NADH). Regulação do ciclo de Krebs Inibido por ATP e NADH Ativado por ADP, AMP e NAD Relação ATP/ADP: ALTA: CK inibido BAIXA: CK ativado Relação NADH/NAD+: ALTA: CK inibido BAIXA: CK ativado Ciclo de Krebs: via anfibólica- ocorre tanto no catabolismo e anabolismo; os intermediários do ciclo de Krebs são intermediários de outras vias metabólicas 3ª etapa: Cadeia de Transporte de Elétrons (CTE) e fosforilação oxidativa -NADH e FADH2 devem ser reoxidados para que o ciclo de Krebs possa continuar “rodando” -Reoxidação é feita em várias etapas para otimizar a transferência de energia sem que a célula seja lesionada. -Elétrons provenientes das coenzimas reduzidas são doados a complexos enzimáticos localizados na membrana interna da mitocôndria e transferência efetuada até o aceptor final, o O2. -Os elétrons são carreados do Complexo I e do complexo II para o III pela coenzima Q, e do complexo III para o IV pelo citocromo C -Complexo II – Succinato desidrogenase. Três subunidades hidrofóbicas Fosforilação oxidativa -cada NADH bombeia para o espaço intermembranas 8 H+ -cada e FADH2 bombeia para o espaço intermembranas 6 H+ -O2 é aceptor final dos elétrons e forma H2O metabólica -Bombeamento de prótons para o espaço intermembranas gera “força próton-motriz” (Teoria Quimiosmótica de Mitchell) -Prótons não atravessam membrana devendo ser transportados de volta à matriz mitocondrial por canais específicos: ATP sintase ATP sintase: Composta de duas unidades funcionais F0 e F1 F0 é um canal de prótons transmembrana, F1 é composta por várias subunidades (αβγδε) e dentre elas, a subunidade β catalisa a reação de síntese de ATP Fosforilação oxidativa: corresponde à etapa de retorno dos prótons à matriz mitocondrial que gera energia para fosforilação do ADP a ATP. A volta dos H+ dá-se pelo complexo transmembrana ATP sintase. ACOPLAMENTO DO TRANSPORTE DE ELÉTRONS À SÍNTESE DE ATP: controle respiratório →As velocidades do transporte de elétrons e da síntese de ATP são regulados pela concentração de ADP → O ajuste da produção de ATP ao seu gasto é promovido pelo acoplamento entre CTE e fosforilação oxidativa (produção de ATP), e vice-versa. Quando a síntese de ATP é mínima, no estado de repouso, o gradiente eletroquímico na MI acumula-se e impede a continuação do bombeamento de prótons, inibindo o transporte de elétrons, fazendo com que o pH no espaço intermembrana diminua Quando a síntese do ATP aumenta, o gradiente eletroquímico é dissipado, permitindo o reinício do transporte de elétrons INIBIDORES DA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS → Existem drogas capazes de atuar a cadeia de transporte de elétrons impedindo a transferência de elétrons. → Essa ação leva à paralisação do transporte de elétrons e das vias metabólicas que dependem da CTE para a reoxidação de coenzimas. → Com a CTE bloqueada, não forma o gradiente de prótons e, consequentemente, não há síntese de ATP. Essas drogas são potencialmente letais. DESACOPLADORES DA CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA → Em condições especiais o transporte de elétrons pode ocorrer sem a síntese de ATP → desacopladores: dissociama CTE da fosforilação oxidativa. (acontece o transporte de elétrons, porém a síntese de ATP para). → No início do século XX: Doença grave em trabalhadores da indústria de explosivos devido ao ácido pícrico (trinitrofenol). Sintomas: hiperpirexia e perda de peso. DESACOPLADORES: São hidrofóbicos (atravessam membranas). Transportam prótons do espaço intermembranas (pH baixo) para a matriz mitocondrial (pH alto), sem passar pela ATP sintase. O transporte de elétrons feito nessas condições é acelerado, aumentando o consumo de O2 e gerando calor. DNP = Dinitrofenol Expectativa de tratamento da obesidade: acelerar a oxidação de coenzimas sem produção de ATP levaria ao aumento da oxidação das reservas de gordura. Esse tipo de tratamento foi abandonado porque seu uso levou a acidentes fatais, além de verificar-se posteriormente, que tais agentes eram mutagênicos. Termogenina: Tecido adiposo marrom (multilocular)- animais que hibernam ou mamíferos recém nascidos → liberam calor desacopla da CTE e Fosforilação oxidativa OXIDAÇÃO DO NADH CITOSSÓLICO A membrana interna da mitocôndria é impermeável a NADH e NAD+ Sistemas de lançadeiras que transfere os elétrons do NADH citossólico pela membrana interna da mitocôndria para a matriz mitocondrial. LANÇADEIRA MALATO-ASPARTATO -Transfere os elétrons do NADHcit para a matriz mitocondrial como NADHmit -Ocorre nos tecidos muscular cardíaco, hepático e renal de mamíferos. -O NADH citossólico = NADHmit LANÇADEIRA GLICEROL-FOSFATO -Transfere os elétrons do NADHcit para a matriz mitocondrial como FADH2mit -Ocorre nos tecidos muscular esquelético e cérebro de mamíferos -NADH citossólico = FADH2 mitocondrial Portanto é a transferência de NADH citossólico para FADH2 mitocondrial Aula2: RADICAIS LIVRES E SISTEMAS ANTIOXIDANTES -2 a 5% do oxigênio respirado acaba gerando radicais livres (espécies instáveis altamente reativas) -compostos tóxicos que podem ser responsáveis por uma série de doenças e pelo envelhecimento ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO: radicais livres: ânion superóxido (.O2), radical hidroxil (.OH), radical óxido nítrico (.NO), etc. não-radicais: peróxido de hidrogênio (H2O2 ), ácido hipocloroso (HClO), oxigênio singlet (1O2), etc. O oxigênio passa de mocinho em bandido durante a CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS -A CoQ pode doar o elétron diretamente para o O2 (íon superóxido) -Enzimas oxidases, oxigenases e peroxidases geram superóxido e peróxidos -Radiação ionizante: ionizam água formando radicais hidroxil Problema: nem sempre O se transforma diretamente em H2O, pois em alguns pontos da mitocôndria ocorrem “vazamentos”. Ao ganhar um elétron, graças ao vazamento da mitocôndria, o oxigênio se transforma em ânion superóxido (.O2) O2 + elétron .O2 ânion superóxido (.O2) pode reagir com outro superóxido gerando peróxido de hidrogênio (H2O2) -água oxigenada não é um radical e não reage no mesmo lugar onde é formada. Porém, as moléculas de H2O2 são capazes de passar de uma célula para outra. “Trânsito” de H2O2 aumenta a probabilidade de esbarrarem em um átomo de ferro. A combinação entre H2O2 e átomos de ferro gera o terceiro e mais terrível dos radicais: o radical hidroxila (·OH), altamente reativo Reação de Feton Fe2+ + H2O2 -> Fe3+ + OH- + ·OH Fe3+ + ·O2 -> Fe2+ + O2 _________________________________ H2O2 + ·O2 -> OH- + ·OH + O2 · O radical hidroxil pode danificar: -Peroxidação dos ác. Graxos insaturados da membrana celular -Altera estrutura terciária das proteínas -Induzem mutações no DNA Radicais Livres - Estresse Oxidativo • Fatores endógenos: – Metabolismo mitocondrial – cadeia respiratória – Fagocitose – Outros • Fatores exógenos: – Ambientais: poluição radiação, agrotóxicos, aditivos – Estilo de vida: excesso de exercício, má nutrição; – Álcool, drogas, fumo. As Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) são produzidas regularmente durante o processo respiratório. Os EROs são mantidos em níveis mínimos através dos mecanismos defensivos enzimáticos e não-enzimáticos, conhecidos como antioxidantes. -Antioxidantes: são capazes de anular o efeito dos radicais de oxigênio. Indivíduo Normal: equilíbrio entre a produção de EROs e antioxidantes Na maioria das vezes esses mecanismos agem impedindo a reação entre H2O2 e superóxido (·O2) na formação do radical hidroxil (·OH). Quando a produção de radicais livres está aumentada e os sistemas de defesa estão diminuídos estabelece-se uma situação de estresse oxidativo, ou seja, desproporção entre EROs e antioxidantes -Defesa Antioxidante enzimática: Sistemas enzimáticos mais importantes: * superóxido dismutase (SOD) * glutationa peroxidase * catalase SUPERÓXIDO DISMUTASE -A SOD é considerada a enzima central do sistema de defesa contra o estresse oxidativo. -Esta enzima catalisa a reação entre radicais superóxido produzindo peróxido de hidrogênio -SOD ·O2 + ·O2 -> H2O2 + O2 Dismutação: reação na qual 2 moléculas idênticas são transformadas em compostos diferentes. A SOD diminui a taxa de ânion superóxido e consequentemente, reduz a formação de radicais hidroxila. Catalases e peroxidases capturam o H2O2, e promovem sua degradação. CATALASES: convertem o H2O2 em H2O e O2 GLUTATIONA PEROXIDASE: -liquida definitivamente radicais livres, pois gera apenas água. -pode reagir tanto com a água oxigenada quanto com os íons hidroxil. -Consome glutationa. -GLUTATIONA PEROXIDASE H2O2 + 2GSH -> 2H2O + GSSG GSH – Glutationa reduzida GSSG – Glutationa oxidada Glutationa é um tripeptídeo-tiol (gamaglutamilcisteinilglicina) presente na maioria das células para neutralizar os radicais livres. No processo, forma-se glutationa oxidada (GSSG), que é regenerada pela Glutationa redutase (que usa NADPH). GLUTATIONA REDUTASE GSSG + NADPH + H+ -> 2 GSH + NADP+ Defesa antioxidante não enzimática: -inclui certos micronutrientes presentes na dieta, que têm propriedades antioxidantes. -Estes incluem vitaminas como: ácido ascórbico (vitamina C), a-tocoferol (vitamina E), b-caroteno (Vitamina A), além de outros carotenóides e micronutrientes. Antioxidantes naturais ajudam a proteger: membranas celulares, proteínas e DNA e outras macromoléculas, dos danos provocados por espécies reativas de oxigênio (EROs). VITAMINA E (a-tocoferol) -vitamina E: lipossolúvel, pode reagir com hidroperóxido (HO2·) e radical hidroxila (·OH), protegendo a membrana dessas espécies reativas. • maior ação antioxidante em membranas biológicas está em sua reação com os radicais peroxil (ROO·) e alcoxil (RO·), formados por ataque de radicais e propagadores da peroxidação lipídica ao reagirem com ácidos graxos poliinsatut Lipoperoxidação: reação radicalar em cascata que tem como uma das consequências a diminuição da fluidez, podendo levar à perda completa da integridade das membranas biológicas. -vitamina E (tocoferol) atua como um antioxidante doando seu hidrogênio lábil e assim interrompendo a reação em cadeia da peroxidação lipídica. (Peroxil) ROO· + TOH -> ROOH + TO· (tocoferil) (alcoxil) RO· + TOH -> ROH + TO· -Durante sua ação como um antioxidante em membranas, o a-tocoferol (TOH) é consumido e convertido na forma de radical a-tocoferil (TO·). -Reciclagem é feita in vivo pelo ascorbato (AscH). Um sinergismo entre vitamina E e vitamina C, mostra que esta última pode reduzir o radical a-tocoferil de volta a a-tocoferol. AscH + TO· Asc· + TOH -O radical ascorbil (Asc·) pode ser removido por dismutação, produzindo ascorbato e desidroascorbato. -Ambos podem ser reduzidos por um sistema de enzimas que usam NADH ou NADPH com fonte redutora, e assim, o ascorbato é reciclado b-CAROTENO: Os carotenóides, como o b-caroteno, apresentam propriedades antioxidantes de lipídios, pouca informação está disponível sobre o mecanismo dessa atividade antioxidante. · Existe a hipótese de que o b-caroteno não atue como um antioxidante, como o ascorbato e a-tocoferol, mas que de alguma forma, atue no processo de peroxidação lipídica, sinergicamente com a-tocoferol, com efeito antioxidanteem membranas biológicas impedindo a reação em cadeia. RADICAIS LIVRES: EFEITOS BENÉFICOS -Os radicais livres são usados em nosso organismo como sistema de defesa contra organismos invasores -Leucócitos (neutrófilos e monócitos) são armados com mecanismos dependentes e independentes de oxigênio para matar micro-organismos. Há dois mecanismos dependentes de oxigênio: o sistema da mieloperoxidase e o sistema gerador de radicais de oxigênio livres. Após a fagocitose do micro-organismo, a NADPH Oxidase (localizada na membrana do leucócito) converte O2 em superóxido .O2. A seguir, a superóxido dismutase (SOD) converte o .O2 em H2O2. -Peróxido de Hidrogênio pode matar bactérias diretamente ou ser convertido em íons Hidroxila (OH-) ou hipoclorito (HClO), também chamado ácido hipocloroso, principal componente de desinfetantes. -A mieloperoxidase, presente no lisossoma (fagolisossoma), catalisa a conversão de H2O2 em HClO. Esses radicais são bactericidas potentes. -Doencas com envolvimento de radicais livres: Aterosclerose Câncer Diabetes mellitus Doenças respiratórias Doenças do sistema nervoso central -Doenças de Parkinson, Alzheimer e Huntington estão associadas com lesões oxidativas na mitocôndria. -Peroxidação lipídica: reação em cadeia entre EROs e os ácidos graxos polinsaturados dos fosfolipídios de membrana Aula 3- Metabolismo de lipídeos Produção de energia Importante fonte de energia para o nosso organismo, São oxidados produzindo muito mais energia que quando utilizamos glicose Podem ser armazenados em grande quantidade (forma anidra) Fontes de lipídeos para o organismo Fonte exógena: Triacilgliceróis (TAG) da dieta Fonte endógena: -TAG armazenado no tecido adiposo -Ácidos graxos recem-sintetizados pelo fígado a partir de uma dieta rica em glicose ou alguns aminoácidos Fonte exógena (dieta) Triacilgliceróis (TAG): Lipídeos mais abundantes na dieta Forma de armazenamento de energia no tecido adiposo TAG provenientes da dieta: Digestão no intestino; Sais biliares emulsificação das gorduras Lipases: suco pancreático hidrólise do TAG Células intestinais absorvem os ácidos graxos Transportados no sangue pelos quilomícrons Lipases- Enzima da classe das hidrolases (hidrólise de ligações) Atividade de lipase pancreática TAG -> 3 ácidos graxos + glicerol -A digestão dos triacilgliceróis ocorre principalmente no intestino delgado (ID) -Também existem outras lipases (lingual e gástrica) Fonte exógena (dieta): Emulsificação por sais biliares e hidrólise por Lipase pancreática Lipase pancreática-> suco pancreático Lipase lipoproteica->capilares Lipase hormônio sensível->tecido adiposo Composição do Quilomícron Apolipoproteínas, fosfolipídeos e colesterol (externo) Cerne: TAG e ésteres de colesterol Distribuição pelos quilomícrons Quilomícrons vão deixando TAG nos tecidos: Lipase lipoprotéica TAG 3 ácidos graxos + glicerol Os ácidos graxos e glicerol serão absorvidos pelos tecidos onde: -Adipócito: Reserva na forma de TAG -Miócito: Produção de energia -Hepatócito: Metabolização Adipócito: grande reserva de TAG Mobilização das reservas de TAG Tecido adiposo: A ativação de lipases hormônio sensíveis acontece através de: Glucagon (fome) Adrenalina (exercício) Lipase hormônio sensível TAG 3 ácidos graxos + glycerol Hormônio ativa Adenilato Ciclase que ↑AMPc, ativando proteína quinase. Ocorre a ativação da lipase hormônio sensível que hidrolisa TAG. Os ácidos graxos serão transportados pela proteína soroalbumina através do sangue Oxidação dos ácidos graxos Ocorre no interior das mitocôndrias Será transportado através da membrana interna da mitocôndria pela L-carnitina Trata-se de um processo aeróbico (depende de O2) Produz grande quantidade de energia Etapa I: Ativação dos ácidos graxos Ocorre na membrana externa da mitocôndria Ácido graxo + CoA Acil-CoA (Acil-coa sintetase) ATP AMP+PPi Equivale ao gasto de 2 ATP Etapa II: Ligação do ácido graxo a L-carnitina -Ocorre na face externa da membrana interna Acil-CoA + Carnitina ->* Acil-Carnitina + CoA *Enzima: carnitina aciltransferase I (transporta o ácido graxo para o interior da mitocôndria) Etapa III: Liberação do ácido graxo pela carnitina A carnitina libera o ácido graxo no interior da mitocôndria e volta para buscar outro ác. Graxo - Ocorre na face interna da membrana interna Acil-Carnitina + CoA * Acil-CoA + Carnitina *Enzima: carnitina aciltransferase II Etapa II: Ligação do ácido graxo a L-carnitina β- oxidação Processo de geração de energia Oxidação dos ácidos graxos em acetil-CoA Rendimento energético Glicólise Anaeróbica = 2 ATP/mol Glicólise aeróbica = 36 ATP/mol Triacilgliceróis = 387 ATP/mol Ciclo de lynen: Cada ciclo gera FADH2 e NADH; uma acetil-CoA Ác. Graxo 16 carbonos: Ocorrem 7 ciclos de Lynen, 7 FADH2, 7 NADH e 8 acetil-CoA 7X2 ATP= 14 ATP 7X3 ATP= 21 ATP 8X12 ATP= 96 ATP Total: 131 – 2 = 129 ATP TAG: 3x129 = 387 ATP β- oxidação no impar de C Lipogênese: Síntese de ácidos graxos Em mamíferos os ácidos graxos são sintetizados a partir do excesso de carboidratos e proteínas da dieta O processo de síntese de ácidos graxos ocorre no citossol e envolve 2 etapas: transporte do acetil-CoA para o citossol e síntese redutora de ácidos graxos Síntese de ácidos graxos: consiste na união sequencial de unidades de carbono 1ª é proveniente de acetil-CoA todas as subsequentes de malonil-CoA 2 reações capacitam a via de síntese: “ativação” do acetil-CoA pela adição de CO2 NADPH é usado como agente redutor Síntese de malonil-CoA-ACC: Enzima Acetil-CoA Carboxilase Síntese de ácido graxos Copiar ACC: Enzima Acetil-CoA Carboxilase Regulação Alostérica da ACC: Ativada por citrato; Inibida por acil-CoA, Inibida por AMP Regulação Hormonal da ACC: Ativada por insulina e Inibida por Glucagon: fosforilação e inativação no fígado Adrenalina: fosforilação e inativação no adipócito Complexo sintase de ácidos graxos complexo multienzimático contendo 2 carreadores ACPI (proteína carreadora de acila I): recebe a primeira acetil-CoA e os malonil-CoA subsequentes ACPII: liga a cadeia de ácido graxo em crescimento durante as reações de condensação e redução do ciclo Cetogenese: Produção de corpos cetônicos Ocorre no fígado em condições de jejum intenso ou ausência de carboidratos na alimentação ou diabetes GLICONEOGÊNESE: consumo de oxaloacetato Ciclo de Krebs: não funciona acetil-CoA é direcionada a produção de corpos cetônicos: acetoacetato, β-hidroxibutirato e acetona. Metabolismo de corpos cetonicos: Corpos cetônicos: transportados pelo sangue para os tecidos nos tecidos eles são convertidos a acetil-CoA Cérebro pode usar corpos cetônicos como fonte de energia. Isso geralmente ocorre em jejum intenso (mais de 1 semana). Lembrar que neurônios possuem mitocôndrias e por isso podem realizar o ciclo de Krebs. Barreira Hematocefalica: GLUT: Transporta glicose / MCT: Transporta corpos cetônicos Resumo estado alimentado Resumo estado de jejum Aula 4- Metabolismo de colesterol Função do colesterol • Componente de membrana celular de mamíferos • Precursor de: -Sais biliares - Hormônios esteróides - Vitamina D • Ingerimos cerca de 500 mg de colesterol/dia, cerca de 70% é absorvido • Uma quantidade semelhante a essa é sintetizado pelo fígado (síntese de novo) Importância do colesterol • Distúrbio no seu metabolismo tem importância na etiologia da cardiopatia • O controle na dieta e a manipulação nos processos de biossíntese e sua metabolização são importates para a prevenção desse distúrbios • Importância na formação dos cálculos biliares Colesterol da dieta • Produto de origem animal, principalmente carnes, ovos e laticínios. • Altamente hidrofóbicos (hidrocarboneto) • Transportados pelas lipoproteínas (quilomicron) • Apenas 30% é transportado na forma livre, a maioria estáesterificado com ácidos graxos Biossíntese de novo • Todas as células são capazes de produzir colesterol • Principal contribuição: Fígado, além do intestino, córtex adrenal e gônadas • A síntese inicia-se a partir da acetil-CoA de diversas fontes possíveis: β-oxidação, glicólise, aminoácidos cetogênicos • As reações de redução utilizam NADPH Biossíntese de novo Produzido a partir de 3 acetil- CoA, formando uma molécula de 6 carbonos, o mevalonato: 2 acetil-CoA = Acetoacetil-CoA 3 acetil-CoA = HMG-CoA O HMG-CoA sofre duas reduções (NADPH) e se transforma em mevalonato A HMG-CoA redutase é uma enzima limitante da síntese de colesterol -Glucagon: ↑cAMP, fosforila a HMG-CoA redutase (inibida) -Insulina:↓ cAMP, desfosforila a HMG-CoA redutase (ativa) Inibidores da HMG-CoA redutase: Inibição competitiva *Fase comum com a cetogênese Produção de isoprenos: A partir de 3 X mevalonato, Gasto de 3 ATP e descarboxilação: produção de 2 X isopentenil pirofosfato e dimetilalil pirofosfato Produção do Geranil pirofosfato: Dimetilalil pirofosfato (5C) + Isopentil pirofosfato (5C) = Geranil pirofosfato (10C) Produção de Farnesil pirofosfato: Isopentil pirofosfato (5C) + Geranil pirofosfato (10C) = Farnesil Pirofosfato (15C) Produção de Escaleno: 2 X farnesil pirofosfato (15C) + NADPH (redução) = Escaleno (30C) Síntese do colesterol: Várias reações de redução (5) até a producão do colesterol (27C) Resumo met do colesterol: Aula 5- metabolismo do etanol · Absorção do etanol -O etanol é uma pequena molécula hidro e lipossolúvel. -É rapidamente absorvido pelo Intestino por difusão passiva. -80-95% será metabolizado do fígado. -O restante será excretado pelos pulmões ou rins Fermentação alcoólica- leveduras Metabolização do etanol: Três maneiras de metabolizar o etanol -Rota principal: oxidação do etanol pela enzima álcool desidrogenase citossólica e oxidação do produto (acetaldeído) pela enzima mitocondrial acetaldeído desidrogenase -Rota alternativa: oxidação pelo sistema microssomal (MEOS) -Metabolização pela catalase Rota principal -1ª reação acontece no citossol -Reação de oxidação -Essa enzima apresenta um ↓Km -A oxidação do etanol pela álcool desidrogenase gera NADH citossólico -Isoenzima álcool desidrogenase (ADH): ADHI→Fígado. Baixo KM(principal depurador do etanol) ADHII→ Fígado e trato GI Relacionadas ADHIV→ Gástrica ao cancer 2ª reação acontece na mitocôndria A maior parte do acetaldeído é oxidado pela ADLH mitocondrial hepática (80%) Rota principal A maior parte do acetato formado é exportado para os tecidos O acetato é convertido em acetil-CoA pela enzima acetil-CoA sintetase (ACS) que entra no C Krebs Portanto, consumo de álcool implica consumo de calorias Sistema alternativo de oxidação do etanol MEOS ( Sistema Microssomal de Oxidação do etanol) Ocorre no Retículo Endoplasmático Formação deATP varia de acordo com quantidade de etanol ingerida Quanto mais álcoolmais CYP2E1 ativamenos energia proporcionalmente obtida Proliferação doRetículo Endoplasmático Emalcóolatrascrônicos,menosenergiaéaproveitada Aumenta depuração do etanol do sangue, mas aumenta acetaldeído Essa enzima apresenta um ↑Km (baixa afinidade) Metabolismo alternativo de oxidação do álcool A reação consome NADPH e O2e não produz NADH Consome entre 10 -20% do etanol ingerido A atividade enzimática é potencializada pelo aumento na ingestão e pelo alcoolismo crônico (↑ produção da enzima) Localizado no Retículo Endoplasmático: Microssomos P450: Apresenta dois componentes →Citocromo P450 redutase: doador de elétron a partir do NADPH → Citocromo P450: contém os sítios de ligação ao O2e ao etanol Em mamíferos existem mais de 100 isoformas de Citocromo P450. A principal é a CYP2E1 Rota da catalase Participacao pequena Etanol + H2O2→ acetaldeído + 2H2O Variação no padrão do metabolismo do etanol Genética: O polimorfismo da ADH e ADLH afeta a velocidade deoxidação do etanol e o acúmulo de acetaldeído A atividade da CYP2E1 pode variar em até 20X na população Sexo: Atividade da ADH gástrica é menor em mulheres. As mulheres são menores e apresentam mais gordura (12%). Isso aumenta o nível sanguíneo de etanol nas mulheres. Quantidade: → Pequenas quantidades de etanol são metabolizados pela ADHI e II. →Grandes quantidades de etanol são metabolizadas principalmente pelo MEOS. Se isso for frequente, ocorre proliferação do MEOS. Efeito tóxico do metabolismo do etanol Efeitos agudos causados pelo aumento da proporção NADH/NAD no fígado -Produção de NADH citossólico e mitocondrial pela rota principal aumenta. -Produzido tanto pela álcool desidrogenase quanto pela MEOS -É altamente reativo Efeito do acúmulo de NADH 2º Cetoacidose ↑[NADH] ↓Oxaloacetato, acumulandoacetil-CoA nos hepatócitos e aumentando a produção de acetoacetato que será exportado Como tem muito acetato,o consumo de corpos cetônicos pelos órgãos é pequeno, acumulando no sangue EfeEfeito do acúmulo de NADHie NADH 3º Acidose láctica, hiperuricemia, hipoglicemia e hiperglicemia Devido ao ↑[NADH], a reação da lactato desidrogenase desloca para o lactato, ↑lactato no sangue (acidose láctica) O aumento do lactato diminui a excreção de ácido úrico pela urina (hiperuricemia) e a acidose aumenta o seu acúmulo nas articulações (gota) ↑[NADH] desloca a reação da lactato desidrogenase para lactato e isso inibe a gliconeogênese e o indivíduo em jejum entra em hipoglicemia ↑[NADH] inibe a gliceraldeído3-Pdesidrogenase (6ªreação da glicólise) e um indivíduo alimentado pode entrar em hiperglicemia transitória O acetaldeído produzido após altas doses de etanol acumula-se no fígado e é liberado na corrente sanguínea É altamente reativo, podendo ligar-se covalentemente com aminas, sulfidrilas, nucleotídeos e fosfolipídeos, formando aductos (complexos) Toxicidade do acetaldeído 1ºHepatite induzida por acetaldeído e álcool Atrapalha a síntese e secreção de proteínas plasmáticas (ligação aos microtúbulos). Isso resulta na entrada de água no fígado(inchaço), levando a hipertensão portal e distorção do órgão Toxicidade do acetaldeído 2ºAcetaldeído e danos por radicais livres Acetaldeído liga-se aglutationa e outras enzima que protegem contra a peroxidação lipídica feita por EROs. Aumenta os danos mitocondriais, diminuindo a eliminação de acetaldeído pela ALDH, prejudicando a CTE. A oxidação de ác.graxo será diminuída (acúmulo de lipídeo) Etanol e formação de EROs Estresse oxidativo no fígado durante intoxicação crônica por etanol Produção de radical hidroxietila partir do etanol Produção de outros EROs a partir do metabolismo de drogas, toxinas e carcinogênicos Slide 32 Cirrose e perda de função hepática Alesão hepática é irreversível Fígado aumentado,preenchido por gordura, cruza do com fibras de colágeno, nódulos etc Metabolismo prejudicado,incluindo rotas de biossíntese e detoxicação Ex:↓síntese de proteínas séricas e da eliminação de amina(tóxica) como uréia(hiperamonemia) Cirrose e perda de função hepática Decréscimoda conjugação e eliminação da bilirrubina (produtoda degradação do heme). Bilirrubina acumulano sangue e tecidos(pele e esclera do olho) dandoa coloração amarelada,chamado de icterícia. Resumo Ingestão constante de etanol: conteúdo calórico não é aproveitado -> aciona sistema de oxidação do etanol (utilizando O2) localizado no retículo endoplasmático Oxidação etanol: aumenta[NADH] citossólico -> ativa fermentação: piruvato ->lactato para reoxidar NADH -> impede gliconeogênese e leva à acidose metabólica Ingestão de álcool não acompanhada da ingestão de nutrientes: diminui[glicogênio] : hipoglicemia -> inibe a gliconeogênese ->acetil-CoA: leva a cetose levando ao coma alcoólico-> aumenta[acetaldeído]: Ressaca / Cirrose hepática Aula 6- METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS Todos os tecidos têm alguma capacidade de síntese de aminoácidos não essenciais, remolde, e conversão de esqueletos carbônicos. Proteínas como substrato energético Fígado: principal local de metabolismo do nitrogênio.• dietas com excesso de proteínas: nitrogênio potencialmente tóxico dos aminaácidos é eliminado via transaminação, desaminação e formação de uréia. Os esqueletos de carbono geralmente são conservados como carboidratos (via gliconeogênese) ou em ácido graxo (via síntese de ácidos graxos). Os aminoácidos são classificados em 3 categorias: •glicogênicos: dão origem a piruvato ou intermediário do Ciclo de Krebs, como o α-cetoglutarato e o oxaloacetato; que são precursores da glicose via gliconeogênese • cetogênicos: lisina e leucina dão origem somente a acetil-CoA ou acetoacetil-CoA, que não podem dar origem a glicose • Glico e cetogênicos: isoleucina, fenilalanina, treonina, triptofano e tirosina dão origem tanto a glicose quanto a precursores de ácidos graxos. Situações fisiológicas em que a proteólise é importante Ingestão de proteínas em excesso Exercício intenso, de longa duração Degradação normal das proteínas endógenas CATABOLISMO DE AMINOÁCIDOS Não há uma via catabólica comum a todos os 20 aminoácidos; grupos de aminoácidos possuem vias de degradação distintas Grupo amina NH4+: tóxico Mamíferos convertem o NH4+ em uréia, antes de excretá-lo Uréia é menos tóxica que o NH4+ Fígado: ciclo da Uréia → amônia é transformada em uréia que é filtrada pelos rins e eliminada na urina As enzimas transaminases transfere amina para o α-cetoglutarato, gerando glutamato que serve de substrato para a glutamato desidrogenase, produzindo NH4+. · Ciclo da ureia Aula 7- metabolismo de nucleotídeos Função de bases nitrogenadas Precursores para a síntese de DNA e RNA Sinalizadores intracelulares (AMPc) Coenzimas transportadoras de elétrons (NAD e FAD) Nucleotídeos Purinas e pirimidinas são produzidas na quantidade adequada pela síntese de novo Podem ser recicladas através de vias de recuperação Não existe necessidade dietética Fonte exógena Digestão dos ácidos nucleicos da dieta Boa parte do metabolismo dos mononucleotídeos ocorre dentro das células da mucosa intestinal Síntese de purinas (síntese de novo) Em humanos, todas as reações são citossólicas As purinas são construídas em cima da molécula de ribose 5 fosfato (desvio das pentoses Síntese de 5-fosforribosil-1-pirofosfato (PRPP) - Pirofosforilação da ribose 5-P Ativado por Pi Inibido por Ribonucleotídeos púricos (A e G) Síntese de fosforribosilamina Adição de um grupo amina ao PRPP pela aminotransferase. Regulação da síntese de purinas: Inibida pelos produtos finais (AMP, GMP e IMP) Altos níveis de PRPP cancelam a inibição pelos produtos finais São 10 passos metabólicos com gasto de ATP O anel purina é produzido a partir de: -Glicina (todo) -Aspartato (N da amina) -Glutamina (N da amida) -CO2 (todo) -Tetrahidrofolato (2C) O produto final= Inosina monofosfato (IMP) / IMP→ AMP ou GMP Sulfonamidas inibem competitivamente a síntese de ácido fólico bacteriano, diminuindo a produção de purinas pela bactéria (antibiótico) Metatrexato inibe a redução do di-hidrofolato a tetra-hidrofolato (quimeoterápico) Primeiramente é sintetizado a inosina monofosfato (IMP), que dará origem ao AMP e ao GMP Recuperação de purinas O metabolismo normal de RNA e DNA produz bases pré-formadas de purinas e pirimidinas As bases livres são transferidas para o 5 fosforribosil 1-pirofosfato (PRPP) pela enzima Adenina fosforribosil transferase (APRT) (adenina) ou pela enzima Hipoxantina-Guanina fosforribosil transferase (HGPRT) – (hipoxantina e guanina) Distúrbios no metabolismo de purinas A deficiência HGPRTase promove o acúmulo de PRPP que acelera a biossíntese de nucleotídeos de purina. Síndrome de Lesch-Nyhan: deficiência da HGPRTase → papel essencial em tecidos não hepáticos, onde a síntese de novo de purinas ocorre em baixas velocidades. Tecidos não hepáticos contêm fosforribosil transferase mas dependem das bases púricas circulantes ou de nucleosídeos provenientes do fígado. Síndrome de LESCH-NYHAN: Recessiva ligada ao X. Deficiência da enzima Hipoxantina-Guanina-Fosforribosil-Transferase (HGPRTase) impede a rota de salvação da hipoxantina e guanina Aumenta o PRPP e diminui o IMP e GMP, ativando a síntese de novo de purinas Produção excessiva de ácido úrico e retardo mental Automutilação e movimentos involuntários Degradação de purinas a ácido úrico As células dispensam purinas que não são utilizadas para a via de recuperação. O produto final da degradação das purinas é o ácido úrico, eliminado pela urina Adenina é convertida em inosina (nucleotídeo) Inosina→ Hipoxantina (base púrica) + ribose 1-P A Hipoxantina e a guanina são transformadas em xantina e posteriormente em ácido úrico Degradação de purinas a ácido úrico Guanina hipoxantina (xo)–>xantina(xo)->ac urico A xantina oxidase é inibida pelo alopurinol O ácido úrico será excretado pela urina A reação da xantina oxidase também produz peróxido de hidrogênio, eliminado pela catalase Resulta do catabolismo das purinas (adenina e guanina), e é a única via de excreção das mesmas, que se dá pela urina. As purinas ingeridas não são incorporadas a ácidos nucleicos. São convertidas a ácido úrico por enzimas da mucosa intestinal e do fígado e também excretadas na urina. Gota Dietas ricas em purinas aumentam transitoriamente: - Uricemia e uricosúria Dietas ricas em purinas incluem alimentos ricos em núcleos celulares: - carnes, vísceras (p.ex. fígado), crustáceos (camarão) bebidas fermentadas. (Cerveja é rica em purinas porque contém leveduras, usadas na fermentação). Exemplos de alimentos pobres em purinas: queijo, leite, ovos. O alopurinol é convertido em aloxantina pela Xantina Oxidase, que será inibida pelo produto Falha na Adenosina Deaminase (ADA) Imunodeficiência severa combinada Disfunção de linfócitos T e B ↑dATP inibindo ribonucleotídeo redutase ↓ síntese de DNA Falha na Purina Nucleosídeo Fosforilase Disfunção de linfócitos T ↓ na formação de ácido úrico ↑ purinas, inibindo ribonucleotídeo redutase (↓ síntese de DNA) e ↓ UDP e CDP Falha na Purina Nucleosídeo Fosforilase Disfunção de linfócitos T ↓ na formação de ácido úrico ↑ purinas, inibindo ribonucleotídeo redutase (↓ síntese de DNA) e ↓ UDP e CDP Falha na Adenosina Deaminase (ADA) Imunodeficiência severa combinada Disfunção de linfócitos T e B ↑dATP inibindo ribonucleotídeo redutase ↓ síntese de DNA Deficiência da ADA: ↑dATP inibindo a enzima ribonucleotídeo redutase, ↓ síntese de desoxirribonucleotídeo (DNA) Formação de carbamoilaspartato O carbamoilaspartato tem todos os componentes do anel pirimidínico Formado a partir de: Aspartato + carbamoil-P→ carbamoilaspartato O carbamil-P (Formado no citossol) tem como fonte de N a glutamina (diferente do mitocondrial) Após o fechamento do anel, será convertido em UDP →UTP, CTP e TMP A reação catalisada pela aspartato transcarbamoilase é regulada para que purinas e pirimidinas possam ser formadas em concentrações balanceadas na célula Síntese de pirimidinas (síntese de novo): sintetizado a partir de carbamoil fosfato e aspartate Síntese de nucleotídeos Pirimidínicos a partir do Orotato Ocorre o fechamento do anel do carbamoilaspartato, formando o orotato O PRPP é adicionado à estrutura do anel do orato, seguindo uma descarboxilação e formando o uridilato O uridilato sofre fosforilação formando UTP O UTP recebe a amina da glutamina formando o CTP O UDP sofre uma redução (NADPH) formando a desoxi-UMP A timidilato sintase transfere o CH3 do 5,10-metileno tetraidrofolato para formar o TMP A timidilato sintase é inibida pela droga fluorouracil (quimeoterápico) Recuperação de pirimidinas O uracil e a timina podem ser recuperados pela pirimidina fosforribosil transferase, que usa PRPP para formar os respectivos nucleotídeos Degradação de Pirimidinas Os nucleotídeos de pirimidina são desfosforilados, produzindo ribose1-P e bases livres (U, C e T) A citosina é desaminada em Uracil A Uracil é convertida em CO2 NH4 + e alanina A timina é convertidaem CO2 NH4 + e isobutirato Esses produtos são convertidos em CO2, H2O, NH4 + (uréia) eliminada pela urina Carla Pinto Mortatti
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