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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO CAMILA COSTA DA SILVA INFLUÊNCIA DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL NO DESEMPENHO EM TESTES DE POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES, AGILIDADE E VELOCIDADE DAS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL FEMININO DE CIANORTE-PR CIANORTE 2018 CAMILA COSTA DA SILVA INFLUÊNCIA DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL NO DESEMPENHO EM TESTES DE POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES, AGILIDADE E VELOCIDADE DAS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL FEMININO DE CIANORTE-PR Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Curso de Educação Física da Universidade Paranaense – UNIPAR, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Me. Márcio Aparecido Rinaldo. CIANORTE 2018 CAMILA COSTA DA SILVA INFLUÊNCIA DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL NO DESEMPENHO EM TESTES DE POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES, AGILIDADE E VELOCIDADE DAS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL FEMININO DE CIANORTE-PR Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Educação Física da Universidade Paranaense - UNIPAR, pela seguinte banca examinadora: ________________________________________ Prof. Me. Márcio Aparecido Rinaldo. Universidade Paranaense-Unipar ________________________________________ Prof. Esp. Ellen Rodrigues Barbosa Melo Universidade Paranaense-Unipar ________________________________________ Prof. Me. Vitor Hugo Ramos Machado Universidade Paranaense-Unipar Cianorte, de 6 de dezembro 2018. AGRADECIMENTOS Minha gratidão, em primeiro lugar, a Deus, por estar comigo em todos os momentos, iluminando-me, sendo meu refúgio e fortaleza nos momentos mais difíceis. A Ele, minha eterna gratidão. Agradeço, especialmente, à minha família, pelo apoio em toda a minha trajetória acadêmica, minha mãe e meu pai, que foram incansáveis na emissão de palavras de estímulo e coragem, são um exemplo pra mim. À Júlia Melz, juntamente com sua mãe Lúcia Marx Melz, que durante todos esses meses de construção do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC vem sendo paciente e as maiores incentivadoras, que, com palavras e atitudes me encorajaram e me impulsionaram para a conclusão deste projeto e sonho. Agradeço aos professores e instituições pelas quais passei e tive a oportunidade de conhecer, aprender e fazer parte. Todos me possibilitaram aprendizagens únicas, incentivos e oportunidades que enriqueceram minha caminhada. Por fim, registro meus agradecimentos a todos os que compartilharam o trilhar de mais esse caminho percorrido, contribuindo, direta e indiretamente, para que eu realizasse esta pesquisa, auxiliando-me e dando-me forças nos momentos em que mais precisei. A todos, muito obrigada. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 8 2 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................... 10 2.1 Amostra ................................................................................................. 10 2.2 Instrumentos ......................................................................................... 10 2.3 Procedimentos ..................................................................................... 11 3 RESULTADOS E DISCUÇÃO ............................................................... 12 4 CONCLUSÃO......................................................................................... 19 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 20 ANEXOS............................................................................................................. 22 INFLUÊNCIA DO PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL NO DESEMPENHO EM TESTES DE POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES, AGILIDADE E VELOCIDADE DAS ATLETAS DA EQUIPE DE FUTSAL FEMININO DE CIANORTE-PR Camila Costa da Silva 1 Márcio Aparecido Rinaldo2 RESUMO: O tema desta pesquisa retrata a influência do percentual de gordura corporal no desempenho em testes de potência de membros inferiores, agilidade e velocidade das atletas da equipe de futsal feminino de Cianorte, PR. O objetivo elencado almejou identificar qual a influência do percentual de gordura corporal no desempenho das atletas de futsal em testes de potência de membros inferiores, agilidade e velocidade. Utilizou-se uma metodologia de abordagem quantitativa de natureza documental, como delineamento da pesquisa foi utilizado os resultados da avaliação do percentual de gordura e dos testes de potência de membros inferiores, velocidade e agilidade das atletas. Os dados foram analisados a partir da interpretação de tabelas, verificando a influência do percentual de gordura no desempenho nos testes físicos propostos. Conclui-se que, o percentual de gordura não foi determinante para o desempenho nos testes, pois atletas com percentual de gordura excelente não obtiveram os melhores resultados nos testes, e ainda em alguns casos, seus resultados foram inferiores quando comparados a outras atletas com percentual de gordura mais alto. Palavras-chaves: Futsal, Percentual de gordura, Testes físicos. INFLUENCE OF THE PERCENTAGE OF BODY FAT IN THE PERFORMANCE IN LOWER MEMBER POWER TESTS, AGILITY AND SPEED OF THE ATHLETES OF THE FEMALE FUTSAL TEAM OF CIANORTE-PR ABSTRACT: The subject of this research portrays the influence of body fat percentage on performance in lower limbs power, agility and speed of athletes of the women's futsal team in Cianorte, PR. The aim of this study was to identify the influence of the percentage of body fat on the performance of futsal athletes in tests of power of lower limbs, agility and speed. A methodology was used for quantitative approach of documentary nature, as the research design was used the results of the evaluation of the percentage of fat and the tests of power of lower limbs, speed and agility of the athletes. The data were analyzed from the interpretation of tables, verifying the influence of the percentage of fat in the performance in the proposed physical tests. It was concluded that the percentage of fat was not determinant for performance in the tests, since athletes with excellent fat percentage did not obtain the best results in the tests, and in some cases, their results were inferior when compared to other athletes with percentage of higher fat. Keywords: Futsal, Fat percentage, Physical tests. ________________________ 1Acadêmico do Curso de Graduação em Educação Física Bacharelado da UNIPAR – Campus Cianorte. E-mail: camila.silva.92@edu.unipar.br 2 Docente do Curso de Educação Física da UNIPAR – Campus Cianorte. E-mail: marcio@prof.unipar.br 8 1 INTRODUÇÃO O futsal é um esporte praticado em todo território nacional. Para sua prática utiliza-se as capacidades aeróbicas e anaeróbicas, já que durante o jogo o esforço é contínuo, sem interrupções, com periodicidade aleatória (CYRINO, E.S. et al. 2002). São ações motoras específicas do futsal: aceleração e desaceleração, deslocamentos variados, com trocas de direção, paradas bruscas, saídas rápidas, sprints constantes, ataques e contra-ataques e movimentações rápidas. Assim, algumas das características indispensáveis do futsal são, velocidade, agilidade, potência muscular, endurance e resistência muscular (LEITE, L.R. et al. 2012). Para Leite et al. (2012), a velocidade e agilidade são variáveis neuromotoras, que têm grande influência na performance do atleta. Sendo que, a velocidadeconsiste em realizar uma ação em menor tempo possível, e a agilidade incide em executar rápidas trocas de direções, sentidos e deslocamentos. A quadra do futsal é um espaço reduzido, favorecendo atletas com maior agilidade por exigir mudanças rápidas de direção constantemente. O autor, ainda cita que, a velocidade é de extrema importância para o perfil de exigência motora da modalidade, o sucesso nas jogadas de forma geral, está ligado à capacidade de realizar movimentos o mais rápido possível (LEITE, L.R. et al. 2012). Mendonça et al. (2017), ressalta a potência muscular como um dos aspectos importantes para atletas de futsal, pela realização de movimentos variados, ações defensivas e ofensivas de forma simultânea, acelerações e desacelerações, bruscas mudanças de direções, com deslocamentos contínuos, precisando assim, da força explosiva. Os esforços físicos para o futsal são provenientes da velocidade, agilidade e potência muscular (LEITE, L.R. et al. 2012). Para Mendonça et al. (2017), o futsal é considerado uma modalidade esportiva que exige dos atletas um alto rendimento, requerendo capacidades físicas de resistência, força, velocidade, agilidade, potência e flexibilidade. Fatores importantes a serem considerados na preparação do atleta. De acordo com Teixeira et al. (2014), para praticar a modalidade de futsal de alto rendimento é importante que os atletas possuam um percentual de gordura corporal reduzido. Esse esporte, requer que o atleta se desloque constantemente 9 suportando seu peso corporal, podendo prejudicar seu desempenho, caso o mesmo não esteja no índice ideal. Para Piucco e Santos (2009), a avaliação corporal para o desempenho de atletas, o índice recomendado e mais fiel a se utilizar é o percentual de gordura corporal. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo identificar qual a influência do percentual de gordura no desempenho das atletas do Cianorte Futsal em testes de potência de membros inferiores, agilidade e velocidade. 10 2 METODOLOGIA O presente estudo aborda uma metodologia descritiva do tipo quantitativa, na qual, segundo Fonseca (2002), tem seu foco principal a objetividade, buscando a análise de dados brutos que são coletados através de instrumentos neutros, cada qual com seus padrões estabelecidos. Quanto a natureza da pesquisa, constituiu de forma documental, utilizando como banco de dados o projeto AFIM que está vinculado à secretaria de Esportes de Cianorte, onde coletou-se informações da equipe de futsal feminino de Cianorte. Segundo Lakatos e Marconi (1994), a pesquisa documental tem como característica as fontes de dados serem limitadas a documentos, escritos ou não, formando o que se cognomina fontes primárias. Esse tipo de pesquisa pode ser realizada no momento em que ocorreu o fenômeno ou posteriormente. 2.1 Amostra A amostra deste estudo foi composta por 12 atletas de Futsal Feminino da equipe do Cianorte Futsal do estado do Paraná, com média de 23,09 anos de idade. Participantes do Campeonato Paranaense Série Ouro, Copa do Brasil, Taça Brasil de Clubes Adulto Feminino, Jogos Universitários Paranaense, Jogos Abertos do Paraná. Os critérios de inclusão foram: ser atleta vinculada à equipe envolvida neste estudo e estar em plenas condições físicas para participar dos testes físicos. Os critérios de exclusão foram estar lesionada; fazer uso de recursos ergogênicos ou drogas anti- inflamatórias. 2.2 Instrumentos Os testes físicos realizados foram: Squat jump (SJ), Counter-movemt jump (CMJ), velocidade de 10 e 20 metros e o teste de agilidade do quadrado. Para avaliar o percentual de gordura das atletas, foi utilizado o método de dobras cutâneas, proposto por Jackson e Pollock (1985), de 7 dobras, sendo elas: peito, axilar média, tricipital, subescapular, abdominal, supra ilíaca e coxa, com o adipômetro Cescorf, com amplitude de leitura de 83mm, pressão das molas +-10 g/mm e sensibilidade 0,1mm. 11 Para inferir a potência de membros inferiores foram utilizados os testes Squat jump (SJ) e Counter-movemt jump (CMJ), com uma plataforma de contato. O SJ parte de uma posição de aproximadamente 90º do joelho e quadril, com as mãos na cintura. O CMJ, parte de uma posição em pé com as mãos na cintura, realizando um contra movimento próximo de 90º. O teste de velocidade, compõe-se de uma corrida de 20 metros, no menor tempo possível. Para verificar o tempo de corrida foram utilizadas três fotocélulas, com precisão de 0,001s, posicionada no ponto de partida, no ponto de 10 metros e no final dos 20 m. Todas conectadas a um computador com software específico (MultiSprint), fornecendo resultados da corrida de velocidade de 10 e 20 metros. O teste do quadrado mensurou a agilidade, realizado com cones a quatro metros de distância um do outro, formando um quadrado, iniciando da posição parada, partindo para uma corrida em diagonal, seguida por uma paralela, diagonal e paralela novamente retornando ao ponto de partida, sendo necessário, encostar com uma das mãos nos cones. 2.3 Procedimentos Os dados foram coletados pelos responsáveis do projeto AFIM vinculado com a Secretária de Esportes de Cianorte. Assim sendo, foi entregue uma declaração aos responsáveis pelo projeto AFIM, solicitando, autorização para utilizar os dados coletados pelo projeto. Foram utilizados os dados da avaliação do percentual de gordura e dos testes físicos de potência de membros inferiores, agilidade e velocidade, da equipe de futsal feminino Cianorte Futsal. 12 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente estudo trata-se de uma análise comparativa de dados do percentual de gordura e de testes físicos da equipe de futsal feminino de Cianorte-PR. A amostra tem média de 59,54 quilogramas e estatura, 162 centímetros. Os resultados se encontram apresentados por meio de tabelas com o objetivo de uma melhor visualização e uma melhor interpretação. Para preservação da identidade dos indivíduos, os mesmos foram nominados como: A1, A2, A3 e assim sucessivamente. Tabela 1: classificação do percentual de gordura da equipe de acordo com a tabela de Barbieri (p.213, 2009) ATLETAS IDADE POSIÇÃO PER. DE GOR. CLASSIFICAÇÃO A1 21 Ala 22,1 Acima da média A2 20 Ala 11,5 Excelente A3 27 Pivô 22,4 Acima da média A4 25 Ala 13,5 Excelente A5 27 Fixa 19 Bom A6 21 Goleira 23,5 Média A7 21 Ala 31 Ruim A8 29 Goleira 20,5 Bom A9 18 Ala 15 Excelente A10 18 Goleira 21,3 Acima da média A11 27 Ala 18,3 Bom Média 23,09 - 19,83 Bom Desv. Padrão 3,99 - 5,37 - A tabela acima nos mostra a classificação das atletas de acordo com seu percentual de gordura, classificação essa, proposta por Barbieri (2009), de acordo com a faixa etária das atletas. As atletas que participaram desta pesquisa estão classificadas como: Excelente (3), Bom (3), Acima da Média (3) Média (1) e Ruim (1). 13 Tabela 2: influência do percentual de gordura com o desempenho no teste de velocidade ATLETAS POSIÇÃO PER. DE GOR. VELOC. 10M. VELOC. 20M. A1 Ala 22,1 2,23 3,61 A2 Ala 11,5 2,14 3,41 A3 Pivô 22,4 2,04 3,33 A4 Ala 13,5 2,18 3,39 A5 Fixa 19 2,18 3,43 A6 Goleira 23,5 2,13 3,39 A7 Ala 31 2,26 3,64 A8 Goleira 20,5 2,07 3,38 A9 Ala 15 2,09 3,31 A10 Goleira 21,3 2,36 3,92 A11 Ala 18,3 2,02 3,26 Média - 19,83 2,15 3,46 Desv. Padrão - 5,37 0,10 0,19 A tabela 2 nos mostra o percentual de gordura das atletas e seus respectivos resultados no teste de velocidade 10 e 20 metros, a média do grupo e, também, o desvio padrão. É possível analisar que a atleta A2 com o percentual de gordura mais baixo, não obteve os melhores resultados nos testes dessa categoria, possuindo apenas 11,5% de gordura corporal, a atleta teve um desempenho dentro da média, o qual é 2,15 e 3,46, com tempo de 2,14-3,41 segundos, porém, com resultados inferioresa outras atletas com o percentual de gordura mais alto. Ressalta-se que os melhores resultados dos testes de velocidade foram das atletas: A11, (percentual de gordura de 18,3 e tempos de 2,02 e 3,26), seguido pela atleta A3 (percentual de gordura 22,4 e tempo 2,04 no teste de 10m) e A9 (percentual de gordura 15 e tempo 3,31 segundos nos 20m). 14 Tabela 3: influência do percentual de gordura com o desempenho no teste de agilidade ATLETAS POSIÇÃO PER. DE GOR. AGILIDADE A1 Ala 22,1 6,35 A2 Ala 11,5 5,73 A3 Pivô 22,4 5,96 A4 Ala 13,5 5,76 A5 Fixa 19 6,07 A6 Goleira 23,5 5,89 A7 Ala 31 5,98 A8 Goleira 20,5 5,68 A9 Ala 15 6,23 A10 Goleira 21,3 7,12 A11 Ala 18,3 5,85 Média - 19,83 6,07 Desv. Padrão - 5,37 0,41 A tabela acima detalha o percentual de gordura juntamente com os resultados do teste de agilidade das atletas. Observa-se que o melhor resultado no teste de agilidade é da atleta A8, com o tempo de 5,68 segundos, com percentual de 20,5, sendo a média do grupo o percentual de gordura 19,83 e do teste de velocidade 6,07 segundos. Já a atleta A2, com o percentual de gordura mais baixo, 11,5%, não obteve o melhor resultado no teste de agilidade, porém, dentro da média (5,73 segundos). Ressaltamos ainda, que a atleta A9 com o percentual de gordura de 15%, e, com um tempo no teste de agilidade abaixo da média do grupo (6,23 segundos), assim como a atleta A7 com o maior percentual de gordura do grupo (31%) e com tempo no teste de agilidade dentro da média (5,98 segundos). Tabela 4: influência do percentual de gordura com o desempenho nos testes de potência de membros inferiores por meio da plataforma de contato ATLETAS POSIÇÃO PER. DE GOR. POTÊNC. SJ POTÊNC. CMJ A1 Ala 22,1 25,7 27 A2 Ala 11,5 26,1 28,2 A3 Pivô 22,4 36 36,3 A4 Ala 13,5 30,9 32,6 A5 Fixa 19 25,4 25,3 A6 Goleira 23,5 28,6 29,3 A7 Ala 31 23,1 24,2 A8 Goleira 20,5 30,8 32,1 A9 Ala 15 32,8 32,3 A10 Goleira 21,3 19 20 A11 Ala 18,3 28,5 33,8 MÉDIA - 19,83 27,9 29,19 DESV. PAD. - 5,37 4,74 4,82 15 A tabela acima expõe o percentual de gordura e os respectivos resultados nos testes de potência de membros inferiores, Squat jump (SJ) e Counter-movemt jump (CMJ) Destaca-se que, a atleta A2 com o menor percentual de gordura, teve resultados abaixo da média do grupo nos dois testes, sendo a média 27,9 no salto SJ e 29,19 no CMJ, a atleta obteve um resultado de 26,1 e 28,2 nos respectivos testes. A atleta com o percentual de gordura mais alto, também não obteve bons resultados, ficando abaixo da média, porém com resultados melhores que a atleta A10, que obteve os resultados mais baixos do grupo. Os melhores resultados nos testes foram da atleta A3, com um percentual de gordura de 22,4% com resultados de 36 no salto CJ e 36,3 no CM. A prática esportiva de alto rendimento tem se destacado mundialmente e recebe cada vez mais atenção e incentivo para prosperar. Para que uma atividade esportiva seja implantada com eficiência e obter melhores resultados nas competições, vários meios de avaliação de atletas foram sistematizados. Procedimentos de avaliação de atletas que permitem a realização de testes escolhidos de acordo com as necessidades da equipe e da modalidade esportiva para identificar e caracterizar a condição de saúde e perfil físico do atleta. O futsal é um esporte de alta intensidade, que exige dos atletas movimentação constante, o que demanda uma alta exigência energética. Apesar da literatura ainda ser reduzida, obter valores de gordura corporal baixo pode beneficiar o rendimento na prática do futsal. O esporte de alto rendimento, estabelece situações de treinamento e competições, de acordo com o calendário, que exigem do atleta circunstâncias, na qual, o descanso adequado para um novo estímulo de alta intensidade não é respeitado de acordo com as necessidades do organismo, diante disso, o acumulo de tecido adiposo, pode dificultar o processo de recuperação após o esforço (CYRINO, et al. 2002). A velocidade, a agilidade e a potência muscular são profusamente citadas na literatura como componentes importantes da performance física de um futebolista. Com efeito, num determinado momento do jogo, ser mais rápido permitirá chegar primeiro, ser mais ágil evitará o iminente impacto com um adversário e ser mais potente contribui para o sucesso do jogador em ambas as acções. (REBELO, p.343, 2006). De acordo com isso, o controle do percentual de gordura, permite maior e melhor desempenho dos atletas nos treinamentos e competições de futsal, já que a 16 quadra tem dimensões menores que o campo de futebol, exigindo maior velocidade de deslocamento durante maior tempo, tornando mais difícil para quem possui o percentual de gordura elevado (CYRINO, et al. 2002). Para melhor discussão dos dados coletados, será utilizado a tabela abaixo apresentada por Barbieri (2009), que classifica o percentual de gordura de acordo com a idade. Tabela 5: classificação do percentual de gordura de acordo com a idade NÍVEL/ IDADE 18 – 25 26 – 35 EXCELENTE 13 a 16% 14 a 16% BOM 17 a 19% 18 a 20% ACIMA DA MÉDIA 20 a 22% 21 a 23% MÉDIA 23 a 25% 24 a 25% ABAIXO DA MÉDIA 26 a 28% 27 a 29% RUIM 29 a 31% 31 a 33% MUITO RUIM 33 a 43% 36 a 49% FONTE: BARBIERI, p. 213, 2009. No presente estudo, os resultados apontados na tabela 2, na qual, a atleta com o melhor tempo nos testes de velocidade (2,02-3,26), tem o percentual de gordura 18,3, classificada como bom, e a atleta com o maior percentual de gordura, 31, classificada como ruim, teve desempenho negativo nos testes de velocidade (2,26- 3,64). Atletas classificadas com percentual de gordura excelente, não obtiveram os melhores resultados nos testes de velocidade, porém, Teixeira, et al., (2014), ressalta que atletas da modalidade de futsal devem ter um percentual de gordura reduzido, visto que o jogo acontece em um espaço reduzido, exigindo deslocamentos rápidos, sendo necessário que o atleta desloque sua massa corporal em velocidade, assim, tendo um percentual de gordura acima da média pode prejudicar sua velocidade no deslocamento e consequentemente seu rendimento. Cabe ressaltar, que duas atletas com o percentual de gordura bom e excelente, obtiveram resultados abaixo da média do grupo no teste de velocidade de 10 metros, bem como, a atleta com o menor percentual de gordura, não obteve os melhores resultados. Mantovani, et al. (2008), colocam que, a proporção recomendada de massa gorda e massa magra não está bem definida para atletas de modo geral, porém, 17 ressalta que quantidades exageradas de massa gorda, podem deixar o atleta mais pesado, perdendo capacidades motoras, velocidade, resistência aeróbica e agilidade. Diante do que foi abordado sobre o percentual de gordura e velocidade, o presente estudo, se enquadra em partes na literatura exposta. Na qual, a atleta com o maior percentual de gordura obteve desempenho negativo no teste de velocidade, porém, atletas com o percentual de gordura classificadas como excelente e bom, também obtiveram resultados negativos no teste de velocidade de 10 metros. Mantovani (2008), ressalta que na maioria das modalidades o mau condicionamento físico e queda de rendimento estão relacionados ao índice elevado da gordura corporal. Confirmando o que diz o autor citado anteriormente, Peixoto et al. (2016), em seu estudo, destaca que as atletas com o maior percentual de gordura tiveram menor desempenho, tanto no teste de agilidade quanto no teste de potência, relacionando alguns fatores da aplicação do teste com baixo desempenho esportivo. Já, Cyrino et al. (2002), em seu estudo, avaliou 8 atletas de futsal masculino, na composição corporal e testes de desempenho motor, antes e depois da intervenção de 24 semanas com treinos específicos da modalidade, na qual, não encontrou valores significativosque pudessem ser levados em consideração nos testes de agilidade e potência muscular, que poderiam ter sido gerados pelo aumento da massa magra e tendência de redução na gordura corporal relativa depois das 24 semana de treinamentos específicos do futsal. Diante dos dados desta pesquisa, o percentual de gordura não foi um fator para um mau desempenho no teste de agilidade. Ressaltando que a atleta A9 com o percentual de gordura 15, classificada como excelente, obteve um resultado abaixo da média do grupo no teste de agilidade, e a atleta A7 com percentual de gordura 31, classificada como ruim, obteve resultado dentro da média do grupo no teste de agilidade. Pode-se destacar ainda que a atleta com o melhor tempo no teste realizado foi a atleta A8, a mesma possui percentual de gordura 20,5, classificada como bom. Com o acima exposto, podemos afirmar que, para esse grupo o percentual de gordura não interferiu no desempenho das atletas no teste de agilidade proposto. Segundo Nascente (2009), o percentual de gordura é um fator de extrema importância quando se refere a melhor performance atlética, o futsal envolve capacidades de deslocamentos rápidos, saltos, onde qualquer excesso de peso corporal de massa gorda pode causar prejuízos no rendimento. (...) atletas que 18 possuem excesso de gordura corporal tem a velocidade e a potência prejudicadas durante a partida (NUNES, J. et al. 2009, p.71). Ainda de acordo com o mesmo autor, para uma melhor performance na modalidade esportiva que exige saltos e sprints, é considerado adequado um percentual de gordura baixo. Considerando isso, a atleta A3 que teve o melhor resultado nos testes de potência de membros inferiores, encontra-se também com um percentual de gordura classificado como bom. Em contrapartida, encontramos um dado que não é comum na literatura, na qual, a atleta com o percentual de gordura excelente obteve resultados negativos nos testes de potência SJ e CMJ, de acordo com a média do grupo. Por outro lado, a atleta A7 com percentual de gordura ruim, também obteve resultados negativos nos testes de potência SJ e CMJ, de acordo com a média do grupo. Queiroga (2008), afirma que o excesso de gordura corporal pode influenciar no mau desempenho nos saltos. As implicações do excesso de gordura para a performance são importantes, uma vez que este tecido atua como peso morto, limitando a realização de ações rápidas quando o corpo é projetado horizontalmente ou verticalmente em corridas e saltos, respectivamente (QUEIROGA, et al. 2008 p. 59). Dessa maneira, a amostra coletada se apresenta heterogênia, com dados bem distintos quando confrontados com a literatura encontrada. 19 4 CONCLUSÃO Com os resultados obtidos e analisados nesta pesquisa, é possível observar que, o percentual de gordura das atletas não teve influência para o desempenho nos testes físicos propostos. Considerando que, atletas com o percentual de gordura classificados como excelente não obtiveram os melhores resultados, tendo resultados negativos em relação à média do grupo, como a atleta A2 nos testes de potência, a atleta A4 no teste de velocidade dos 10 metros e a atleta A9 no teste de agilidade. Como também, a atleta A7 com percentual de gordura classificado como ruim, não teve os piores resultados do grupo nos testes físicos. Ainda podemos ressaltar que os melhores resultados em cada teste foram de atletas distintas, exceto no teste de velocidade, onde a atleta A11 obteve os melhores resultados nos 10 e 20 metros, e no teste de potência de membros inferiores, onde a atleta A3, no SJ e CMJ obteve os melhores resultados, portanto, a relação entre os três testes nesta pesquisa foi negativa. Ressaltando que os testes foram realizados em um período em que as atletas estavam retornando de férias para início da pré-temporada, o que pode ser um fator que implica na melhor forma física das mesmas. Assim, abre-se portas para realização de novos trabalhos abordando essa temática, com uma amostra maior e com avaliação em um período diferente do realizado nesta pesquisa. 20 REFERÊNCIAS BARBIERI, F. A. Futsal conhecimento teórico-práticos para o ensino e o treinamento. Jundiai, 2009. 232 p. CYRINO, E.S.; ALTIMARI, L.R.; OKANO, A.H.; COELHO C.F. Efeitos do treinamento de futsal sobre a composição corporal e o desempenho motor de jovens atletas. Rev. Bras. Cienc. e Mov. Brasília, v.10, n.1, p.41-46, janeiro, 2002. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283529887_Efeitos_do_treinamento_de_fut sal_sobre_a_composicao_corporal_e_o_desempenho_motor_de_jovens_atletas_Ind iv'iduos_e_metodos_Sujeitos. Acesso em 11 jun. 2018. FONSECA, J. J. S. 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Sendo eles, percentual de gordura corporal, potência de membros inferiores, agilidade e velocidade. Como responsável pelo projeto AFIM vinculado a Secretária de Esportes de Cianorte, autorizo a acadêmica Camila Costa da Silva, utilizar os dados, do banco de dados do projeto AFIM, vinculados a Equipe de Futsal Feminino de Cianorte. _______________________________________ Assinatura do responsável
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