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ELETRORRECUPERAÇÃO DE COBRE Escola de Química – Eletroquímica Aplicada Professor Robinson Manfro Daniel E. Estevez Pedro Henrique S. Pessoa Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2016 ELETRORRECUPERAÇÃO DE METAIS 1. INTRODUÇÃO A técnica de eletrorrecuperação de metais é aquela que se caracteriza, dentre os mecanismos de eletrodeposição, devido a ter: · No anodo um material distinto daquele que será depositado; · Alimentando a célula, uma solução que contém o metal que se deseja recuperar dissolvido; e · No catodo, o metal em forma recuperável, podendo ser utilizado ou refinado. Tem como requisitos fundamentais, a obtenção de um depósito metálico anódico com considerável pureza e aderência no eletrodo, para que as características obtidas ao longo do processo sejam positivas, no sentido de produzir um depósito recuperável, de alta pureza e com menor consumo possível de energia e insumos. Outra variável importante é o solvente utilizado para a recuperação de metais, sendo a água utilizada apenas no caso de metais menos reativos que o zinco ou o manganês, tais como o ouro, o cobre, o níquel e o cromo, por exemplo. No caso de metais como sódio, boro, alumínio e magnésio, é mais frequente o uso de sais fundidos como solvente. Não são raras as oportunidades em que os processos de eletrorrecuperação de metais são aplicáveis a nível industrial, principalmente nos exemplos de tratamento de efluentes industriais (inclusive do cobre). 2. OBJETIVO Avaliar a eficiência de deposição de cobre II dissolvido, em catodo de cobre usando célula eletrolítica, processo conhecido como eletrorrecuperação de metais. 3. MATERIAIS E PROCEDIMENTO 3.1. Materiais · Bécher de 400 mL; · Balança analítica com precisão de 0,1mg; · Solução aquosa de sulfato de cobre 10%; · Eletrodos de cobre e grafite (inerte); · Fonte de corrente elétrica; e · Lixa. FALTA ALGO? 3.2. Procedimento: 3.2.1. Preparo dos eletrodos: O eletrodo de cobre foi inicialmente lixado com o objetivo de remover eventual película de produtos de corrosão superficial a que o material está naturalmente suscetível. Ao eletrodo de grafite, inerte, não foi necessário o mesmo tratamento a fim de não promover sua erosão estrutural e também porque o material não sofre corrosão. 3.2.2. Montagem da Célula: Em bécher de 400mL, a célula eletrolítica foi montada conectando-se o eletrodo de cobre (catodo) ao polo positivo da fonte, o eletrodo inerte de grafite ao polo negativo da fonte, e imergindo ambos na solução de sulfato de cobre 10% (m/v). O sistema foi submetido a corrente fixa de 0,1 A por 30 minutos, efetuando a pesagem do eletrodo de cobre a cada 10 minutos (grupo 2). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Abaixo são dispostos os resultados obtidos no procedimento. Tempo (min) Massa do Catodo (g) Recuperação Total (g) Recuperação/10minutos (g) 0 8,6357 0 0 10 8,6571 0,0214 0,0214 20 8,6781 0,0424 0,0210 30 8,6994 0,0637 0,0213 A curva abaixo representa a recuperação acumulada de cobre do catodo de cobre ao longo do tempo: A fim de verificar a aplicação da lei de Faraday para a deposição de material via processo eletrolítico, as condições padrão do experimento foram fixadas na expressão da lei, obtendo-se os seguintes resultados (a cada ciclo de 10 minutos): dt (min) Q (Coulomb) n (moles) m (g) Erro (%) 10 60 0,0003109 0,0197 8,40 20 120 0,0006218 0,0395 7,39 30 180 0,0009326 0,0592 7,56 Os valores de massa depositada expostos na tabela foram processados tomando como fixas as importâncias: Corrente (A), z (número de elétrons envolvidos) e F (constante de Faraday) para as reações da célula eletrolítica montada. A expressão fixa que Q (i x dt) = n x Z x F; onde n = m (g) / M (g/mol). Catodo: Cu2+ + 2 e- → Cu0 Anodo: H2O → 1/2 O2 + 2 H+ + 2 e- 5. CONCLUSÃO A partir do cruzamento dos dados obtidos no experimento com os valores teóricos para a deposição eletrolítica de cobre sobre catodo do mesmo material, conclui-se que a metodologia é aplicável e que seus resultados são concordantes. Uma fração do erro experimental encontrado pode ser relacionada, entre outros fatores, à secagem completa e eficiente da placa do catodo (refletindo assim, a massa real depositada a cada ciclo de 10 minutos). Na medida em que, apesar de não completamente coincidentes, os resultados experimentais e teóricos seguiram a mesma tendência (linear) de comportamento no tempo, os dados demonstram a eficácia do procedimento adotado. FALTA ALGO? 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS · GENTIL, V. Corrosão. 3ª Edição. LTC · SOBRAl, Luis Gonzaga dos Santos Sobral “ELETRORRECUPERAÇÃO DE COBRE E OXIDAÇÃO DE CIANETO DE EFLUENTES AQUOSOS DILUÍDOS” Disponível em: http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-007-00.pdf. Acesso em: 20 de novembro de 2016. · “Fundamentos da Eletrodeposição – Introdução”. Professor Dr. Haroldo de Araújo Ponte, UFPR. Tempo de Operação X Massa Total Recuperada y = 0,0021x + 6E-05 R² = 1 0 10 20 30 0 2.1399999999999864E-2 4.2400000000000659E-2 6.3700000000000756E-2 Tempo (min) Massa Total de Cobre Recuperado (g)
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