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Resenha Crítica Pedagogia

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Resenha Crítica:
O texto analisado criticamente trata da METODOLOGIA DOCENTE ALINHADA ÀS NECESSIDADES EDUCACIONAIS DO ALUNO CONTEMPORÂNEO, escrita por Elza Moreno de Santana, professora de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental - séries finais – e Ensino Médio, experiência docente na Educação Básica do Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Educação deste Estado. Especialista em Educação a Distância (EAD). Especialização em Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Em síntese o texto aborda as estratégias que o professor deve apropriar em seu trabalho pedagógico de modo alinhado às novas tendências pedagógicas e dialogar com a realidade dos alunos da modernidade. A autora expõe que um novo marco para a renovação dessas metodologia foi a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada em 2017 e incorporada aos currículos escolares no ano de 2020, como exemplo o Estado do Paraná por meio da Secretaria Estadual de Educação do Paraná está implementando o CREP – Currículo da Rede Estadual Paranaense. Esses direitos de aprendizagem dispostos na BNCC foram repassados aos estados e municípios com o objetivo de efetivá-los em todo o território nacional. 
A autora destaca o desafio de estabelecer o processo de ensino e aprendizagem em meio as tecnologias e ao grande volume informações do contexto atual. Para vencer esse desafio a evidencia-se o crescimento de pesquisas voltadas para saberes e práticas docentes em vista da necessidade de uma revisão das práticas pedagógicas dos professores e também a própria valorização dessas práticas. Nesse sentido, o docente de maneira ativa precisa constantemente reavaliar e reestruturar sua prática pedagógica a fim de influenciar no desenvolvimento psicológico do aluno, trabalhando junto ao conhecimento específico, valores, crenças, comportamento e tomada de decisões para a formação de um cidadão crítico perante a sociedade. 
Na perspectiva de modificações da prática, o currículo é destacado pela autora como essencial para nortear essas mudanças já no contexto de formação inicial dos professores, isso junto com projetos pedagógicos institucionais e os planos de ações docentes em sala de aula, as alterações segundo o texto visão favorecer um processo dialético de construção do conhecimento. Dessa maneira, a filosofia da instituição escolar deve estar no currículo da instituição, pois este pressuposto embasará disciplinas, conteúdos, atividades e o próprio processo de ensino e aprendizagem.
Vários autores no texto destacam o papel do professor frente ao aluno e como as tecnologias incentivaram esses profissionais a se reinventar a partir dessas novas ferramentas. A mais tempo os pensamentos cartesianos e tradicionais de ensinar vêm sendo abandonados pela sua ineficiência frente a nova sociedade. 
Para discutir as orientações de pensamento que se concretizam em linhas de ações, ou seja em métodos, são utilizados autores para salientar o que a autora entende por método algo individual e social, devendo como caminho do equilíbrio e integração de todos os envolvidos na atividade educativa seria o sócio-individualizado, que soma as experiências individuais dos envolvidos no processo. Em outra visão de método do ensino é destacado a importância do objetivo da técnica empregada na ação, para Nérice (1987), autora citada no texto, o método de ensino é ““conjunto de procedimentos lógica e psicologicamente ordenados” utilizados pelo professor a fim de “levar o educando a elaborar conhecimentos, adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes e ideais”” (LIVRO TEXTO MODULO 1, p. 53). Com base nessa mesma autora são apresentadas oito orientações metodológicas para ao processo de ensino e aprendizagem: Tradicional; Construtivismo; Socio-interacionistas; Comportamentalista; Montessoriano; Waldorf; Democrático; e Dialético; todos em uma perspectiva abrangente podem ser complementares, enquanto outros acabam sendo incompatíveis. 
A definição dessas diferentes interpretações do papel do professor e de alunos, assim como da escola, integram a discussão de que uma das competências necessárias ao futuro profissional docente é a compreensão dessas metodologias paras suas escolhas individuais e sociais no contexto da escola para suas atividades e ações pedagógicas em sala de aula. Essas funções do professor são elencadas: organização e incentivo das situações da aprendizagem; administração e progressão dessa aprendizagem, diferenciação em seu trabalho, trabalho em equipe, gestão escolar, orientar pais, dominas as tecnologias para o ensino, preocupar-se com dilemas éticos da profissão e além disso administrar a sua própria carreira e formação continuada. Além de todas essas competências precisa ponderar e tece autoanálise e crítica ao seu próprio trabalho. 
Ao final, a autora destaca duas possibilidades de desenvolver essas habilidades dos professores no processo de ensino e aprendizagem por meio da formulação de projetos de pesquisa na escola, assim como a estratégia de estímulo pelo professor a um ensino voltado ao ensino pela pesquisa. 
Para discutir criticamente as ideias do texto ressaltamos a fala de Freire (1996) que defende que apenas revisando a prática criticamente de modo permanente formamo-nos reflexivamente, para aplicar a pedagogia crítica. Nessa vertente, o autor vê o docente como um pesquisador contínuo de seu ofício.
No mesmo sentido as ideias de Stenhouse, estudioso que cunhou o termo professor-pesquisador, e, empreendeu projetos que estimulavam o desenvolvimento profissional dos professores, os mobilizando e envolvendo em investigações da própria prática (ALARCÃO, 2001). As propostas de Stenhouse, relativas ao “modelo investigativo”, seguiam três implicações de trabalho, segundo Alarcão (2001, p. 22): 
Primeiro, a de que a observação e a compreensão do que vai acontecendo são fundamentais no desenvolvimento dos projectos curriculares. Mas também a de que os professores em grupo adquirem dinâmicas muito próprias. E ainda a de que os professores se encontram, também eles, em processos de aprendizagem para os quais a investigação contribui.
Todas essas contribuições incluem e realçam a importância da experiência prática dentro do processo de ensino e aprendizagem, além do desafio de romper com a ideia de que a teoria é uma fonte privilegiada de conhecimento, para defender também a pesquisa-ação e observação das ações pedagógicas, como atitudes que permitem ao professor desenvolver sua prática. Esses são instrumentos de autoaprendizado para alunos (ensino reflexivo) e professores (prática reflexiva) diminuindo o problema teórico-prático, pois ambos integram no intuito de enriquecer o processo de ensino e aprendizagem, a valorização da prática, rompendo com a ideia de que a teoria, ou seja, o ensino meramente transmissor é caminho único. Dessa maneira, é possível promover a transformação entre ensinar e fazer, pesquisa e prática, escola e vida, ressaltando o papel do professor. 
Contudo, é importante destacar que as competências citadas no texto analisado, já são realizadas por alguns professores no dia-a-dia das escolas, sem muito reconhecimento dessas práticas pedagógicas e sem qualquer estimulo para que essas habilidades sejam realmente desenvolvidas e utilizadas de maneira mais fácil por estes profissionais e é por isso que alguns autores alertam para a sobrecarga dos profissionais, pois é preciso contrapartida das instituições e politicas públicas que fomentem o docente a realizar melhor o seu trabalho em sala de aula, assim sem dúvida ele irá se reinventar e modificar a realidade de seus alunos (PIMENTA; GHEDIN, 2002; ZEICHNER, 2008).