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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I FUNDIÇÃO PROF. DR. FRANCINÉ ALVES DA COSTA * F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 EQUIPAMENTOS DE FUSÃO FORNOS 1- Cubilôs 2- Fornos diretos a combustível 3- Fornos a cadinho 4- Fornos elétricos a arco 5- Fornos de indução F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Seleção do Tipo de Forno 1- Liga fundida 2- Temperaturas de fusão e vazamento 3- Capacidade do forno 4- Custos de investimento, operação e manutenção 5- Considerações sobre poluição ambiental F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Cubilôs Empregado apenas para a fusão de ferros fundidos F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 * F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Cubilôs Empregado apenas para a fusão de ferros fundidos Carga: ferro, coque, fundente e possíveis elementos de liga Ferro → ferro-gusa e sucata (massalotes, canais de descida e demais canais que são removidos de fundidos anteriores). Fundente → composto básico como calcário que forma a escória Função da escória →proteger o metal da reação com o ambiente e das perdas térmicas F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 * F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Fornos Diretos a Combustível Carga metálica → aquecida por queimadores a combustível localizados lateralmente no forno; Combustível típico: gás nutural Utilização → metais não ferrosos – ligas à base de Cu e Al; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Fornos a Cadinho ou Fornos Indiretos a Combustível Fusão do Metal→ não há contato direto do metal com a mistura combustível; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 * F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Forno Cadinho - removível Combustível típico→ óleo, gás ou carvão pulverizado; Utilização →fusão de metais não ferrosos Bronze Latão Ligas de zinco Ligas de alumínio Capacidade →limitada a centenas de kg. F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Forno a Arco Elétrico Fusão da carga→ dois ou três eletrodos; Consumo de energia → elevado; Capacidade de fusão → elevada (25 a 50 ton/h); Utilização principal → fusão de aço; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Forno de Indução Ambiente de Fusão→ pode ser controlado com precisão; Resultado → metais fundidos de alta qualidade e pureza; Capacidade de fusão → elevada (25 a 50 ton/h); Utilizado → praticamente qualquer liga fundida que exija tais requisitos; Aplicação mais comuns → fusão de aço, ferro fundido e ligas de alumínio F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Vazamento e Limpeza F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Etapas após a solidificação e remoção do fundido 1- Rebarbação; 2- Remoção do macho; 3- Limpeza da superfície; 4- Inspeção; 5- Reparo; 6- Tratamento térmico; A extensão de tais etapas depende do processo de fundição e dos metais utilizados F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Qualidade do Fundido 1- Falha de preenchimento; Causas típicas: (a) Fluidez do metal fundido insuficiente; (b) Temperatura de vazamento muito baixa; (c) Vazamento feito de forma muito lenta; (d) Seção transversal do fundido muito fina; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Qualidade do Fundido 2- Delaminação: Ocorre quando duas porções de metal fluem ao mesmo tempo, mas falta fusão das duas frentes por causa da solidificação prematura Causas típicas: idêntica a anterior 3- Gotas frias: Respingos durante o vazamento Solução: procedimentos de vazamento e projeto de sistemas de canais que evite respingos F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Qualidade do Fundido 4- Cavidade de contração: Solução: projeto adequado de um massalote 5- Microporosidade: Causado pela contração do final da solidificação do metal nos espaços entre a estrutura dendrítica. Está relacionado as ligas a larga diferença entre as temperaturas liquidus e solidus. 6- Ruptura a quente ou trinca a quente: Ocorre nos estágios finais da solidificação ou nos primeiros estágios de resfriamento, isto porque a contração do fundente é restringida devido a pequena deformação do molde. F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Qualidade do Fundido Defeitos presentes prioritariamente em fundição em areia: (a) Bolha: Causado: baixa permeabilidade, ventilação insatisfatória e elevada umidade na areia do molde. (b) Microporosidade: Causada pela liberação de gases durante o vazamento. (c) Erosão por lavagem: F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Método de Inspeção 1- Inspeção visual: Falha de preenchimento, delaminação e trincas superficiais de tamanho razoável; 2- Verificação dimensional: para garantir que as tolerâncias foram alcançadas; 3- Testes metalúrgicos, químicos, físicos e outros relacionados à qualidade do metal fundido Testes hidrostáticos: localização de vazamentos no fundido; Métodos radiográficos: partículas magnéticas, uso de líquidos fluorescentes penetrantes e testes supersônicos – detecção de defeitos superficiais ou internos no fundido F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Método de Inspeção (c) Testes mecânicos: determinação das propriedades de resistência à tração e dureza; Salvar o fundido: com soldagem, desbaste (retificação ou esmerilhamento) ou outro método de reparo; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de Fundição Ferrosas: Ferro Fundido mais importante liga fundida; Ferro fundido cinzento; Ferro nodular; Ferro fundido branco; Ferro maleável; Ferro fundido ligado Temperatura típica de vazamento: 1400 oC dependente da composição; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de Fundição Ferrosas: Aço Propriedades mecânicas o tornam um material de engenharia interessante; Dificuldades da fundição do aço: Ponto de fusão; Intervalo de solidificação para aço de baixo-carbono: logo abaixo de 1540 oC → temp. vazamento 1650 oC; Maior reatividade sob alta temperatura; Baixa fluidez – limita o projeto de seções finas de componentes fundidos; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Características dos Fundidos em Aço Resistência mecânica mais elevada (410 MPa); Maior tenacidade; Propriedades isotrópicas – diferente das peças fabricadas por conformação; Facilidade de soldagem sem significante perda de resistência; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de Fundição não Ferrosas Alumínio, magnésio, cobre, estanho, zinco, níquel e titânio; Ligas de alumínio – consideradas de fácil fundição; Ponto de fusão do Al puro: 660 oC; Temperaturas de vazamento para ligas de Al; Propriedades atrativas para fundidos: Baixa massa específica; vasta gama de propriedades alcançadas e fácil usinagem. F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de Fundição não Ferrosas Ligas de magnésio São as mais leves; Resistente à corrosão; Elevada razão resistência-massa específica; e Rigidez-massa específica. F.A.COSTA,DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de cobre: bronze, latão e bronze-alumínio Propriedades relevantes; Resistente à corrosão; Boa aparência; e Boas propriedades como mancais. Alto custo do cobre limita sua utilização; Aplicações: conexões para tubos, pás de hélices marinhas, componentes de bombas e joalheria ornamental. F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas à base de estanho: As mais fáceis de fundir, pois o estanho tem menor ponto de fusão dos metais fundidos; Propriedades relevantes; Boa resistente à corrosão; Baixa resistência mecânica; e F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de zinco: Usadas na fundição sob pressão; Baixo ponto de fusão Boa fluidez Desvantagem Baixa resistência à fluência; O fundido não pode ser submetido a tensões elevadas por longo tempo; F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de níquel: Elevada temperatura de fusão, dificultando sua fusão; Boa resistência a quente e resistência à corrosão Adequadas para aplicações sob alta temperatura: motores a jato e componentes de foguete, proteção térmica e componentes similares F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 Metais para Fundição Ligas de titânio: São resistentes à corrosão; Possuem elevada razão resistência-massa específica; Possui alto ponto de fusão; Baixo fluidez; Propensão a oxidar em temperaturas elevadas; Essas propriedades tornam difícil sua fundição e a de suas ligas F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1 BIBLIOGRAFIA O conteúdo deste material foi extraído dos livros: BALDAM, R. L. “FUNDIÇÃO Processos e Tecnologias Correlatas”, 1ª Ed., Érica, São Paulo, 2013. GROOVER, M. P. Introdução aos PROCESSOS DE FABRICAÇÃO, 1ª ed., LTC, Rio de Janeiro, 2014. F.A.COSTA, DEM-UFRN - 2015.1
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