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Trabalho Antropologia

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE CAMPINAS
ADRIELLI DE AGUIAR GROSS
ANA CLARA PAES DE BARROS CORREA
CATHERINE ABREU AMANCIO DOS SANTOS
FLAVIA BAGAROLLO FERREIRA
GABRIELA LACROUX SIQUEIRA
GABRIELLE CRISTINA DA SILVA
INGRID KAZMIERCZAK PAIXÃO
MARINA ELISA SILVA SANTOS
SILVANA COSTA CONEGUNDES SANTARENA
TATIANA GARCIA FERREIRA
QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS: COTAS RACIAIS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR, INCLUSÃO OU FAVORECIMENTO POLITICO?
	
CAMPINAS - SP
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE CAMPINAS
ADRIELLI DE AGUIAR GROSS
ANA CLARA PAES DE BARROS CORREA
CATHERINE ABREU AMANCIO DOS SANTOS
FLAVIA BAGAROLLO FERREIRA
GABRIELA LACROUX SIQUEIRA
GABRIELLE CRISTINA DA SILVA
INGRID KAZMIERCZAK PAIXÃO
MARINA ELISA SILVA SANTOS
SILVANA COSTA CONEGUNDES SANTARENA
TATIANA GARCIA FERREIRA
QUESTÕES ÉTNICO RACIAIS: COTAS RACIAIS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR, INCLUSÃO OU FAVORECIMENTO POLITICO?
Trabalho para atividade universitária apresentado no curso de Medicina Veterinária na Pontifícia Universidade Católica de Campinas para requisito parcial de nota semestral.
	
CAMPINAS - SP
Introdução
Definição de racismo: Conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias; doutrina ou sistema político fundado sobre o direito de uma raça (considerada pura e superior) de dominar outras; preconceito extremado contra indivíduos pertencentes a uma raça ou etnia diferente, geralmente considerada inferior; atitude de hostilidade em relação à determinada categoria de pessoas.
O racismo começa com uma maneira de diferenciar os homens por meio de suas características, o termo vem do latim ratio que significa categoria, sorte ou espécie. Essa distinção racial começou a ser vista de outra maneira por cientistas que começaram a defender que existiam raças “melhores” e “piores”, no século XVIII	as raças já se limitavam em cor de pele dividindo os grupos sociais em negros, brancos e amarelos. Surgiu no Brasil no período colonial, quando os portugueses trouxeram os primeiros negros, vindo principalmente dos países, Nigéria e Angola para servirem de mão-de-obra nos engenhos de cana de açúcar que estava em alta na época. Outras motivações para a escravidão negra foram o convívio com as doenças dos brancos e de seus animais, por terem contatos há séculos com povos brancos e a domesticação dos animais utilizados por eles, e juntamente com a motivação financeira, pois o tráfico negreiro foi à maior fonte de renda do período colonial. 
A cota racial é um modelo de política a fim de garantir uma menor desigualdade socioeconômica e educacional entre os membros pertencentes a uma sociedade, o objetivo é tentar corrigir o que chamam de “injustiça histórica” herdada desde o período da escravidão e que resultou em um péssimo acesso ao ensino superior e futuramente como consequência, ao mercado de trabalho. O sistema de cotas raciais surgiu nos Estados Unidos, no ano de 1961, sob a presidência de John Kennedy, como uma forma de ação afirmativa voltada para combater os danos causados pelas leis segregacionistas que vigoraram entre os anos de 1896 e 1954, as quais impediam que os negros frequentassem a mesma escola que os brancos americanos. Criada para ser uma das principais ferramentas de ampliação das oportunidades sociais e educacionais no Brasil, a Lei nº 12.711 foi sancionada em agosto de 2012 e, desde então, vem lutando para ser precursora de mudanças significativas na democratização do acesso ao ensino superior e na redução da desigualdade social no país. 
No Brasil o sistema de cotas começou em 2000 pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no qual disponibilizava 50% das vagas dos cursos de graduação por meio de uma lei estadual para alunos egressos de escolas publicas cariocas. Desde então as outras universidades foram aderindo aos poucos o sistema de cotas, incluindo negros, indígenas pardos e membros de comunidades quilombolas, também para deficientes e alunos de baixa renda provenientes de escolas publicas. No inicio as cotas eram consideradas como uma medida provisória que duraria pouco tempo, porém, acabou de tornando fixo depois das universidades perceberem que para uma melhora efetiva o processo seria lento e acompanhado de muita luta.
Regulamentada pelo Decreto nº 7.824/2012, a Lei propõe 25% das vagas para estudantes oriundos da rede pública com renda igual ou inferior a 1,5 salários mínimo, 25% para candidatos que estudaram integralmente no ensino médio e que possuem renda igual ou superior a 1,5 salário mínimo e, ainda, um percentual para negros, pardos e indígenas, conforme o último Censo Demográfico do IBGE na região. 
Conforme previsto na Lei, nas universidades e institutos que contam com apenas um processo seletivo por ano, a Lei de Cotas foi aderida no fim de 2012, contudo de forma parcial, a porcentagem de vagas designada para a Lei de Cotas, anualmente, fica a critério de cada instituição, desde que, no mínimo, 12,5% sejam instituídos a cada ano. 
Enquanto isso, a medida continua dividindo opiniões. De um lado, existe a defesa de que a Lei fere a autonomia universitária e o princípio de igualdade, além de desconsiderar a necessidade de melhorar a educação básica, e sim um ato político de vantagens. Do outro, estão os que acreditam na medida como ferramenta de integração social, étnica e racial e retratação histórica. 
Desenvolvimento
Os negros são historicamente desfavorecidos em relação aos brancos, então criou-se o sistema de cotas com o objetivo de diminuir essa desigualdade entre negros e brancos nas universidades, aumentando as oportunidades. 
De acordo com Peixoto (2008), pode-se pensar que políticas de cunho universalista que reduzam a pobreza contribuem para diminuir a desigualdade racial, e na recíproca, políticas que favoreçam a igualdade racial diminuem a desigualdade social.
A medida mais eficaz seria fortalecer o estudo nas escolas públicas para quê todos os alunos independente das questões raciais conseguissem as mesmas oportunidades de ingressarem em uma boa universidade.
Segundo dados do site Agência Brasil, 2016 - o percentual de negros no nível superior deu um salto e quase dobrou entre 2005 e 2015.  Após implementação das cotas em 2005, apenas 5,5% dos jovens negros segundo IBGE frequentavam a faculdade, já em 2015 esse percentual subiu para 12,8% de negros jovens estudantes, informação divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse percentual ainda baixo segundo o IGBE é que ainda há alta repetência no ensino fundamental que vem prejudicando uma geração, os jovens ficam desestimulados de estudar, em 2009 o Brasil era o país com maior taxa de repetência no ensino fundamental, isso nos mostra que é preciso fortalecer o ensino desde o ensino fundamental. 
Na Universidade Federal de Minas Gerais defendem as cotas: SIM ÀS COTAS RACIAIS, porque eles não acreditam no mito da democracia racial. “Sem dúvida, que a discriminação racial ou étnica, ocorre em conjunção com a discriminação de classe, mas não pode ser reduzida a esta, e de ser objeto de medidas especificas”. (SANTOS, p.50, 2004). 
Em entrevista para o Jornal Nexo em fevereiro de 2017, Naércio Menezes, professor da USP, defende as cotas porque o Brasil é um dos países com oportunidades desiguais, quem teve sorte de nascer em uma família rica tem uma vida bem mais fácil do que quem nasceu em famílias mais pobres. 
Sendo mais a sorte e não tanto o mérito que define o sucesso na vida no Brasil. O esforço e a variação do conhecimento entre os jovens cotistas é maior do que entre os não-cotistas que ficaram logo acima da nota do corte. 
Promover os jovens que fizeram o ensino médio em escolas públicas por meio das cotas é uma questão de mérito e não de favorecimento, e quem é controverso ao tema é porque a elite tenta preservar privilégios, e que grande parte dos alunos que estudam nos cursos mais concorridos fez ensino básico inteiro em escolas privadas e após frequentam o públicos sem pagar nada, às custas do Estado. 
Segundo artigo publicado na revista veja em agostode 2017, após uma década e meia, 102 das 103 universidades de ensino superior estaduais e federais do país aderiram à política de cotas. Neste momento, nas federais, 430 000 pessoas estudam nelas graças à reserva de vagas, senão fosse dessa forma, não conseguiriam se manter em um curso superior, como exemplo Marcus Vinicius Lopes, aos 26 anos psicólogo, conseguiu realizar seu sonho graças às cotas.
Marcus Vinícius Lopes, psicólogo, 26 anos.</strong (Marcos Michel/VEJA) 	
Racismo não se refere apenas em ofensas, injúrias e sim de um sistema de opressão que privilegia um grupo racial em detrimento de outro.
No pós-abolição, no processo de industrialização do Brasil, incentivou-se a vinda dos imigrantes europeus, muitos receberam terras do Estado brasileiro, acesso a trabalho remunerado e se hoje seus descendentes desfrutam de uma realidade confortável foi porque foram ajudados pelo governo. 
Já a população negra não houve mecanismos de inclusão, das senzalas foram para as favelas. Se hoje a maioria da população negra é pobre é por conta dessa herança escravocrata e por falta da criação desses mecanismos. Certas medidas, são justas e necessárias porque a sociedade é excludente e injusta com a população negra. Mesmo sendo a maioria no Brasil, a população negra é muito pequena na academia, porque o racismo institucional impede a mobilidade social e o acesso da população negra a esses espaços.
Se o Estado brasileiro racista priva a população negra dessas oportunidades é dever desse mesmo Estado construir mecanismos para mudar isso. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), demoraria por volta de 50 anos para que a educação de base fosse de qualidade, ou seja, é necessário o sistema de cotas raciais. 
Em relação a pessoas brancas pobres, existem as cotas para quem é oriundo de escolas públicas, as cotas sociais. Mas as raciais também são necessárias, porque pessoas brancas possuem mais possibilidades de mobilidade social, pois não enfrentam o racismo. Dizer-se anti-racista e ser contra as cotas é, no mínimo, uma contradição cognitiva e, no máximo, racismo.
Conclusão
Concluímos que ser a favor das cotas é o caminho mais viável para reparar (em longo prazo) a exclusão de uma geração que foi sucumbida à escravidão, porque ainda vemos nos dias de hoje que a população negra está entre os piores índices de pobreza e vulnerabilidade social. As cotas têm por objetivo inserir o negro em uma sociedade que o excluiu, portanto, tratando-se de uma política legítima, as cotas sócio raciais são de fato necessárias, ao menos por enquanto, para corrigir parcialmente injustiças promovidas pela sociedade e pelo Estado.
O art. 3º da Constituição é bem explícito ao dispor que: “construir uma sociedade livre, justa e solidária” e “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.  De modo geral, as cotas servem como contrapeso às desigualdades entre as oportunidades sociais.
Comprovadamente, melhor educação traz desenvolvimento social e econômico em um contexto macro, além de melhorar a capacidade produtiva, interpessoal e social de um indivíduo. “A educação é o grande motor do desenvolvimento pessoal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais pode chegar a presidente de uma grande nação” (Nelson Mandela).
Referências Bibliográfica
Portal Jus disponível em : https://jus.com.br/artigos/21863/o-racismo-das-cotas-raciais
PEIXOTO, Maria do Carmo de Lacerda, ARANHA, Antônia Vitória. Universidade pública e inclusão social: experiência e imaginação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
Portal Agencia Brasil - Disponível em : http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-de-brancos
Portal UFMG disponível em : https://www.ufmg.br/inclusaosocial
Portal Nexo Jornal disponível em : https://www.nexojornal.com.br
Portal Veja : disponível em : https://veja.abril.com.br/revista-veja/cotas-melhor-te-las-2/
https://www.cartacapital.com.br/sociedade/ser-contra-cotas-raciais-e-concordar-com-a-perpetuacao-do-racismo-1359.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_racismo
http://www.iamg.org.br/lerpublicacao.php?publicacao=509
2005	2015	5.5000000000000014E-2	0.128

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