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AA FILOSOFIA E ÉTICA Thiago

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ESTUDOS DE REPERCURSO 
ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM - AA 
Nome: Thiago Ruas Lacerda 
Polo: Pedra Azul 
Disciplina: Filosofia e Ética 
Valor: 30,0 pontos 
Data de entrega: 23/07/2020 
O acadêmico deverá responder as questões essenciais à compreensão dos períodos 
históricos da Filosofia e como são abordados os temas: Moral e Ética na perspectiva 
filosófica. 
1. Com base no texto apresentado, qual o motivo prático que levou os gregos 
a inventarem a filosofia, uma forma de saber que pretende ser neutra, objetiva, 
universal, única, distinta religião e do senso comum? 
Resposta - O motivo prático veio a partir do questionamento sobre tudo, discutir o que 
ninguém queria discutir, a busca por respostas e o desenvolvimento lógico, racional e 
consciente. A fim de desenvolver uma reflexão a favor de uma verdade única e universal, 
questionando a sua realidade, assim repassada de geração a geração. 
2. Procure descrever o que se entende por filosofia no senso comum. 
Resposta - é o conhecimento popular transmitido de geração para geração são conceitos 
filosóficos que agregam valores que adquirimos espontaneamente, pela convivência e 
experiência. 
3. Pergunte a algumas pessoas conhecidas, e verifique qual a diferença com o 
conceito que os gregos deram à filosofia. 
Resposta – nós aprendemos a fazer as coisas a partir dos ensinamentos dos povos de 
antigamente, como eles faziam, o que fizemos hoje foi aprimorar e utilizar de ferramentas 
diferentes para isso. 
4. Qual a comparação que podemos fazer entre a filosofia e a ciência moderna, 
que também defende, tantas vezes, a neutralidade e a objetividade? O que é 
Esclarecimento? de Immanuel Kant (1783). 
Resposta - Ambas buscam respostas com o propósito de atingir objetivos, procuram 
chegar ao mesmo destino, porém por caminhos paralelos. Enquanto a filosofia se 
preocupa com o s “porquês”, a ciência moderna com o “como? ”, “qual. Ciência moderna 
e filosofia, ambas se baseiam na razão, porém essa ciência só se assemelha a uma parte 
da filosofia, enquanto a outra parte é baseada na mitologia e na teologia, através da crença 
e da fé. Todo cientista é antes de tudo um filosofo, pois busca a solução de seus problemas 
e as respostas de suas perguntas. Se a filosofia, por um lado, é uma atitude diante dos 
acontecimentos e diante da vida em geral, por outro é também um campo do saber 
humano, ao lado das ciências. Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da 
qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu 
entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa 
menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de 
decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem 
coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. 
5. Identifique as grandes características de cada período histórico da filosofia, 
tendo por base a ideia de que os antigos são fisiocêntricos, os medievais são 
teocêntricos e os modernos são antropocêntricos. 
Resposta - Antigos são Fisiocêntricos: se ocupava num primeiro momento nas 
explicações sobre a origem do documento e as causa das transformações decorrentes da 
natureza. Marcados pela reflexão de Sócrates e Platão, a filosofia volta para o homem na 
sua esfera social e politica. 
Medievais são teocêntricos: Fortaleceu o pensamento cristão com uma visão coletiva e 
mais individual da vida humana, a teologia surge com fruto dessa racionalização cristã, 
a ciência sobre Deus é o meio encontrado de aproximar a filosofia, enquanto ciência, de 
Deus, baseado na reflexão de Platão e num segundo momento, baseado no pensamento 
aristotélico relacionando razão e fé. 
Modernos são Antropocêntricos: Por colocar o homem no centro, o grande objetivo do 
seu estado e parte importante da natureza, trata - se do individuo e não da coletividade. 
6. Em que medida poderíamos dizer que hoje em dia há pessoas que vivem 
de modo antigo, de modo medieval, ou de modo moderno? 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sapere_aude
Resposta - De modo antigo as pessoas se preocupam em saber a verdade e a 
origem das coisas ou da natureza, preocupando com o bem espiritual e físico. 
 
7. Há diferença entre o conceito kantiano de modernidade, apresentado ao 
falar de iluminismo, e o conceito que normalmente temos de modernidade? 
Qual é a diferença? 
Resposta – Sim, Segundo Kant “modernidade é a saída do homem na sua menoridade, 
da qual ele mesmo é o responsável”. Para nós, modernidade é está na moda com roupas, 
acessórios e celular de última geração. 
8. Falamos cada vez mais em “crise da modernidade”, ou em “pós 
modernidade”? 
Resposta – pós modernidade 
9. O que se pode entender com essas expressões? De que forma elas mostram 
algo que se percebe como presente na vida prática das pessoas? 
Resposta - A modernidade surgiu para suprir as necessidades básicas da sociedade, 
trazendo maior comodidade mais acredito que estamos vivendo uma época “pós 
moderna”, pois o homem está desprovido de valores éticos e morais, aderindo a 
coisas absurdas como perda de identidade. 
10. Procure descrever a distinção entre o conceito socrático e o platônico de 
filosofia, e indique quais são as consequências práticas de cada um dos conceitos 
na vida de um administrador público. 
Resposta - Sócrates em suas reflexões apresentou o verdadeiro objeto da ciência, que se 
fundamentava a partir do aprofundamento da teoria, procurando determinar a relação 
entre o conceito e a realidade fazendo deste problema o ponto de partida da sua filosofia. 
Diferente de Sócrates, Platão, junto ao conhecimento racional, e científico, fundamenta 
uma base real, que se desenvolve como um objeto próprio, e, assim, as ideias eternas e 
universais, que são os conceitos, conceitos da mente. Por fim, ainda comentando sobre 
Platão, vemos que o autor nos mostra o conhecimento empírico, sensível, que se baseia 
na opinião verdadeira, portanto, não há ciência, no máximo, um conhecimento sensível 
verdadeiro adequado à sua natureza inferior. 
11. O que podemos pensar a respeito da tese de Platão de que o melhor 
governante é quem sabe mais? Qual é, afinal, a relação entre verdade e bem, 
entre saber a verdade e fazer o bem? Quem sabe m ais será necessariamente 
um governante melhor? 
Resposta – penso que Platão está em partes certo, pois em algumas situações um 
governante pode ser um bom administrador, mas acaba pecando na interação com os 
demais. Nem sempre quem tem o conhecimento, a verdade, irá aplicá – lá para o bem, 
muitos usam o seu conhecimento para praticar o mal. Para ser governante é preciso muito 
conhecimento a cerca da área que está entrando, mas de nada servirá ser um bom 
governante se não for humilde e servir de exemplo para outras pessoas. 
12. Platão defende que a sociedade ou instituição perfeita é sempre aquela em 
que vigora e é respeitada uma hierarquia, comandada por aquele que sabe 
mais, enquanto outros defendem maior igualdade e democracia. Quais são os 
argumentos de Platão a favor da hierarquia, e como estes argumentos podem 
e devem ser vistos na administração pública? 
Resposta – Platão pregava que para uma sociedade perfeita seria necessário que cada 
individuo teria que ir ocupar uma função com competência, cabendo a solução dos 
problemas sendo tomada apenas pelos especialistas. Essa tese cabe bem na Administração 
Pública, onde no governo cada função seria ocupadapela pessoa mais preparada e 
qualificada para tal função como por exemplo: presidente, ministros, deputados, 
governadores, secretários, prefeitos, vereadores. 
13. Identifique como se apresenta a “crise ética” no noticiário dos últimos 
tempos. Até que ponto é reconhecida também , nos meios de comunicação, uma 
“crise da ética”? Em que senti do às duas abordagens se chocam? 
Resposta - Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta 
humana na sociedade. A crise ética é uma dúvida do que o indivíduo pode ou não realizar. 
Os noticiários nos mostram os incontáveis casos de corrupção e demonstram a falta de 
compromisso do interesse coletivo e cristaliza a crise moral. 
14. Tendo em conta a situação em que vivemos, seja na família, seja no 
trabalho ou nas relações sociais em geral, qual a moral que predomina na 
vida prática? Antiga, medieval ou moderna? Que mostras você encontra na 
vida cotidiana de que há um conflito entre éticas diferentes? 
Resposta - Moderna pois estamos em uma eterna evolução de novas tecnologias de 
informação, comunicação entre outras que vieram operacionalizar a atividade humana 
com isso o capitalismo. 
15. Tome como exemplo um fato recente da vida política nacional ou estadual 
em que se assinalou a “falta de ética”, e analise o para mostrar a diferença 
entre uma abordagem do fato a parti r da “ética de responsabilidade” e a 
partir da “ética da convicção”. Verifique também sob qual perspectiva ética 
os meios de comunicação social abordaram ou abordam o fato analisado. 
Resposta - A lava jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que 
o Brasil já teve e o fato abordado pode ser visto como ética de responsabilidade, 
pois os mesmos visaram seus próprios benefícios não se importando com a conduta 
moral e nem com a ética. 
16. Leia e analise o texto em que se fala da relação entre ética e política, e, 
tendo em conta a situação atual, discuta as possibilidades e as dificuldades de 
combinar a ética com a política. 
Resposta – hoje em dia a ética na política está muito complicada e difícil, pois achar um 
governante com ética profissional para gerir uma cidade ou estado é muito complicado. 
17. Tendo em consideração as duas concepções de poder (aquela que considera 
o poder como algo que alguém possui como se fosse uma propriedade privada, 
e aquela que compreende o poder como relação entre pessoas livres), observe 
seu local de trabalho, e escolha algum exemplo ou acontecimento normal da 
vida cotidiana do local em que trabalha ou de uma instituição pública que 
você conhece. 
Resposta – Observando algumas formas de poder existentes em nossa sociedade, que 
envolve tanto a mentalidade de propriedade privada, quanto a interação de colegas de 
trabalho, como mencionadas acima. Dessa forma, o poder pode ser do tipo: formal, 
coercitivo, de recompensa ou de competência. O poder formal se refere às autoridades, 
como governantes, juízes, presidente. Já o poder coercitivo implica nas relações de 
violência, ameaças, que invade os direitos e a dignidade dos outros. O poder de 
recompensa está relacionado ao poder de se definir uma recompensa por um interesse 
individual, podendo ser dinheiro, recursos, etc. Por fim, temos o poder de competência, o 
qual é o mais encontrado no ambiente de trabalho, que se define como o poder advindo 
das habilidades, especializações de um indivíduo, gerando um domínio. 
18. Verifique como se dão as relações de poder. Faça um texto de, pelo menos, 
uma página digitada, indicando os seguintes aspectos: 
a) Descreva brevemente as duas concepções de poder, tendo em comentários 
sobre ele. conta o texto de Foucault e os 
b) Apresente em poucas palavras o fato escolhido por você para identificar o 
tema do poder. 
c) Assinale alguns indícios de que, neste caso, há uma relação de poder, e 
não violência ou repressão. 
d) Indique, no fato escolhido para análise, algumas formas de resistência entre 
quem manda e quem obedece. 
e) Verifique e diga se os colegas de trabalho concebem o poder como algo 
ruim (ou bom), ou se o veem como uma relação entre pessoas livres. 
f) Finalmente, assinale o que muda em você mesmo se passar a ver o poder 
como algo que acontece entre as pessoas, e não como algo que alguém tem. 
Resposta - As relações no cotidiano na administração pública envolvem muitos 
aspectos pessoais, envolvem seres livres, hierarquicamente dispostos (ou não), 
podendo haver conflitos de interesses , resistências, acordos, discórdias, etc. Trata-
se de um âmbito no qual há de fato uma rede de micro poderes entre todos os 
membros de cada instituição pública. É possível perceber o quanto é difícil mudar 
estas relações, mas também que tais mudanças são possíveis dependendo das 
relações que se costuram no ambiente de trabalho. O poder não é propriedade de 
alguém, adquirido por esforço próprio , herdado de família, nem algo que pode ser 
imposto a alguém por se achar esse alguém inferior a quem detém o poder. Ao 
contrário, só existe poder onde há liberdade entre os seres humanos, pois o poder 
é algo que acontece entre as pessoas. Vamos analisar as relações de poder que 
ocorrem dentro de uma unidade educacional: 
A relação do diretor de uma unidade de ensino com os seus professores e 
funcionários (sob a ótica da administração pública , sua maioria são servidores 
concursados, que possuem estabilidade e tornam essa relação de poder bem mais 
difícil! ) é explicitada em reuniões de planejamento, reuniões de equipe, 
aconselhamento e instrução, onde há liberdade para falar e a responsabilidade para 
ouvir e pôr em prática as orientações que foram passadas. Nessa relação de poder, 
todos podem se manifestar e discutir as ideias, além de apresentar soluções para as 
necessidades destacadas. Contudo, há resistências em alguns casos, pois sempre há 
opiniões divergentes sobre determinados temas. Quando essas divergências 
aprofundam-se um pouco mais, tende -se a criar resistências para se acatar algumas 
decisões colocadas pela direção. Saber se essa resistência se tornará ou não um 
problema para a instituição, dependerá da maturidade e do comprometimento dos 
envolvidos com o projeto político pedagógico empreendido pela direção e o corpo 
docente, pois podemos divergir e colocar nossas opiniões para serem discutidas, 
mas devemos acatar decisões tomadas pelo corpo docente e pela direção da 
instituição de ensino, comprometendo- nos em realizar o nosso trabalho com 
envolvimento e profissionalismo para que o objetivo final do projeto seja alcançado. 
Quando isso ocorre, é natural enxergarmos no processo decisório a liberdade que 
há dentro da comunidade escolar, pois ela só existe quando estamos envolvidos em 
uma relação de poder com outras pessoas, seja com conflitos ou não. Ele existe 
em toda atividade considerada moral e podemos perceber que o exercício do poder 
nos ajuda a manter ou até mesmo mudar as relações humanas existentes e nas 
quais estamos diretamente envolvidos, tanto na vida privada , quanto na vida pública 
e na vida profissional. Vivenciando o poder pela ótica de uma ética de 
responsabilidade (e nãopelo prisma de que ter poder é ter propriedade sobre 
alguém ou alguma coisa, ser opressor, repressor, tirano , etc ) vemos que o ato de 
mandar na conduta dos outros e o ato d e obedecer ao comando de alguém têm 
como único objetivo o resultado de uma ação que visa o bem comum , mantendo 
sempre aberta a possibilidade de sermos mais livres do que já somos. 
19. Como se pode conciliar o exercício do poder com a liberdade? Como pode 
ser livre quem obedece, e não só quem manda? 
Resposta - Poder e liberdade não são incompatíveis. Pelo contrário , sempre 
caminham juntos. Só existe poder onde há liberdade , ou seja, onde há pessoas 
livres o suficiente para aceitar ou rejeitar essa ação de poder sobre suas vidas. Tanto 
somos livres quando mandamos (desde que a obediência não seja imposta ao 
outro) quando obedecemos ou não a quem manda. O poder não é mau ou bom, 
mas a maneira como ele é exercido nas pessoas é que o torna bom ou mal . 
Isso é o que precisa mudar: a maneira como o poder é exercido sobre as pessoas. 
Ser livre é ter autonomia; é estabelecer a própria lei, realizá -la e ser responsável 
pelo cumprimento da mesma e pelos resultados que ela pode vir a produzir. Ser 
livre também é ser responsável. A liberdade só existe enquanto estamos envolvidos 
em uma relação de poder com outras pessoas, pois o poder está presente em todo 
lugar em que há relações humana s , sejam elas amorosas, de amizade , de conflito, 
políticas, econômicas ou institucionais. Essas relações são voláteis e reversíveis, 
sofrendo alterações de acordo com a s circunstâncias, ou seja, hoje quem manda 
amanhã pode ser mandado . Ora , ambos, quem manda e quem obedece, são livres 
em uma relação de poder. E , se o poder acontece entre pessoas livres, deixaremos 
de dizer que o mal acontece exclusivamente por culpa de quem manda, mas 
também por culpa de quem obedece. É a maneira de exercermos o poder que 
vai definir se ele é bom ou ruim . São as pessoas e não o poder em si . A 
maneira de exercermos o poder nos mostram se as relações de poder são 
eticamente corretas ou não . 
20. No texto apresentado consta a seguinte afirmação: “Um mundo 
perfeitamente bem administrado pode ser um mundo moralmente mau[...]. O 
inferno pode ser tanto mais inferno quanto mais bem administrado for! A boa 
administração não pode ser, por si só, critério para avaliarmos o que quer 
que seja” . Comente estas afirmações no contexto da administração pública. 
Resposta - Quando se fala que tudo que é perfeitamente bem administrado pode ser 
moralmente mau, se refere que o administrador, em nosso caso público, para alcançar 
bons resultados em sua administração pode praticar ações que sejam imoral e antiética. 
Sem dúvida alguma, não é necessário apenas administrar bem e obter bons resultados, é 
necessário administrar com disciplina, com moral, com ética, com autonomia. Por outro 
lado, administrar bem não significa necessariamente dizer que está sendo politicamente 
correto. Pode está escondendo coisas erradas que futuramente serão descobertas. 
21. De que modo você percebe, na sua experiência pessoal e profissional como 
administrador público, as características apresentadas por Roberto Da Matta à 
respeito da cultura brasileira? Tendo em conta a solução sugerida pelo autor, 
o que você pensa a respeito dela e da possibilidade de vir a ser praticada 
pelo administrador público? 
Resposta - Na cultura brasileira, segundo Da Matta, há duas perspectivas de abordar o 
problema ético no país. Segundo ele, há dois elementos ou grupos de indivíduos com 
relações distintas: o elemento pessoal e elemento abstrato. De acordo com ele o elemento 
pessoal, a relação entre pessoas, que é dominante, frente ao elemento abstrato. O elemento 
abstrato são as leis gerais e da repressão, seguimos sempre o código burocrático ou a 
tendência impessoal. Já o elemento pessoal são as situações concretas, seguimos sempre 
o código das relações e da moralidade pessoal, tornando a vertente do “jeitinho” da 
“malandragem” e da solidariedade como eixo da ação. Num espaço há a relações entre 
indivíduos, noutro, entre pessoas, e nessa perspectiva vivem separados. E de acordo com 
o Antropólogo, devemos mudar todas as relações de poder na sociedade brasileira, e não 
só aquela relativa ao aparato estatal. Por isso, é necessária a interação entre indivíduos e 
pessoas para reverter essa situação. Caso contrário, se continuarmos separados com éticas 
diferentes jamais será possível chegar ao senso comum. 
22. E qual pode ser (e deve ser) a responsabilidade moral do administrador 
público frente às complicadas relações entre ética e política, e tendo em conta 
os limites de toda “ética profissional”? 
Resposta - O administrador pode e deve ter a responsabilidade de administrar com 
disciplina, moral, ética e compromisso social e empresarial de modo que não prejudique 
si mesmo e o cliente; não prejudique a categoria profissional e a sociedade.

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