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30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/14 Você sabe por que as tecnologias existem e evoluem? Para responder a esse questionamento inicial, iremos abordar tanto o conceito de tecnologia quanto de informação e de comunicação, passando pelo conceito de Web 1.0, 2.0 e 3.0 para compreender como o acesso à informação foi modi�cado ao longo dos anos – bem como alteraram-se as possibilidades de uso da informação e o comportamento dos usuários da internet (como acessam, como se relacionam e o que fazem com as informações disponíveis). Esses conceitos nos levarão à introdução ao Big Data, à Ciência de Dados e à revolução da Internet of Things (Internet das Coisas), de modo que iremos passar por tópicos bastante abrangentes de aprendizagem, chegando ao Marketing Preditivo e como ele se relaciona com o aprendizado de máquina (Deep Learning). Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você vai: conhecer as TICs – Tecnologias da Informação e da Comunicação; aprender conceitos de tratamento e análise de dados; descobrir novas aplicações tecnológicas da web; estudar o funcionamento da IoT; re�etir sobre o Marketing Preditivo com uso de Inteligência Arti�cial (IA). Vamos encarar juntos esse desa�o? Então, avancemos para a leitura da Introdução! Introdução Tecnologia se resume, basicamente, ao desenvolvimento de qualquer ferramenta ou metodologia que facilite as atividades humanas, seja no âmbito cientí�co, no tecnológico ou no cotidiano. Assim, é comum que as pessoas usem o termo tecnologia para se referir a invenções Comunicação, Ciência de Dados e Internet das Coisas Roteiro deRoteiro de EstudosEstudos Autor: Me. Amanda de Britto Murtinho Revisor: Me. Wagner José Quirici 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/14 mais recentes, mas deve-se tomar cuidado com isso, pois a tecnologia, desde as primeiras ferramentas feitas com pedras pelos homens das cavernas, sempre existiu e foi evoluindo conforme as necessidades da sociedade. O lápis, a caneta, o papel e a lousa, assim, são elementos tecnológicos que predominaram por muitas décadas nas escolas, mas que atualmente estão misturados ao advento de novos formatos tecnológicos, como a lousa eletrônica, tablets, notebooks, smartphones, e assim por diante. Mas iremos, no primeiro tópico, focar as necessidades que levaram ao desenvolvimento das primeiras tecnologias relacionadas ao contexto da nossa disciplina, e que são as tecnologias da informação e da comunicação. A Evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação Ao longo da nossa história, a evolução da ciência e da tecnologia se confunde com a necessidade de recuperação e disponibilização de informações, que precisavam ser armazenadas de alguma forma para poderem ser resgatadas. Imagine como o conhecimento foi ampliado a partir da invenção da escrita e das réplicas de informação no papel – antes disso, o conhecimento era uma tradição oral transmitida pelo boca a boca e que acabava se alterando ou se perdendo ao longo do tempo. Uma vez surgida a imprensa, no entanto, o conhecimento tinha um meio físico e de rápida propagação: os livros. Isso deu início a uma revolução na área da Ciência da Informação, que é chamada de fase documentária, e que depois é seguida pelo desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, também chamadas de TIC (MARCELINO; ALVES; FELISBERTO, 2016). As TICs estão intimamente relacionadas à produção e à disseminação das publicações de todo o conhecimento que já foi documentado, e essa é a fase conhecida como tecnológica. Nos mais diversos setores produtivos da atualidade, é comum encontrar abordagens virtualizadas de seus recursos, sejam eles documentos, protocolos, prontuários, procedimentos, artigos e assim por diante. A virtualização consiste, nesse sentido, em transformar os repositórios físicos, da fase conhecida como documentária, nos repositórios virtuais da fase tecnológica, ou seja, livros, cadernetas, anotações e demais registros em papel agora existem paralelamente nos discos rígidos ou HDs e podem ser propagados pela internet, que forma uma rede mundial. A virtualização também produz um movimento que vai da saída dos arquivos guardados na memória dos computadores e demais dispositivos pessoais para os repositórios em nuvem, em 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/14 que a informação permanece on-line e acessível de qualquer lugar. É daí que surgem termos como ubiquidade, que se referem ao estado permanente de disponibilidade e conectividade entre as pessoas e as coisas – ou seja, os aparelhos que também contam com o recurso de conexão com a internet e que fazem parte da IoT – Internet of Things, ou Internet das Coisas. A sociedade atual é conhecida, então, justamente por compartilhar seus recursos e bens pela internet, utilizando essa virtualização como base para a evolução das tecnologias da informação e da comunicação. Abordagens virtualizadas, além da praticidade, permitem economizar recursos e baixam os custos da implementação de sistemas, garantindo a disponibilidade ao compartilhar esses recursos em rede. Na introdução do livro Novos Paradigmas da Indústria 4.0, que reúne diversos artigos na área, o editor Srikanta Patnaik a�rma que: Algumas das tecnologias-chave que estão guiando as novas pesquisas e ganhando terreno na Indústria 4.0 incluem: análise de bases de dados, computação em nuvem, integração horizontal e vertical, sistemas físico-virtuais, robôs autônomos, internet das coisas, cibersegurança, manufatura com impressão 3D, realidade aumentada e simulação de situações e de modelos. (PATNAIK, 2020, p. 1, tradução nossa). Sabendo disso, iremos ver uma série de conceitos relacionados às consideradas novas tecnologias da Indústria 4.0, começando por mineração e Big Data – que veremos no tópico a seguir. LEITURA Tecnologia da Informação e da Comunicação: a busca de uma visão ampla e estruturada Autor: Fátima Bayma de Oliveira (Org.) Editora: Pearson Prentice Hall Ano: 2012 Ao ler o Capítulo 5 – TI & convergência de negócios nas comunicações, das páginas 79 a 95, você ampliará sua visão sobre a relação entre TI e o setor de telecomunicações, como esse cenário evoluiu e como transformou as comunicações empresariais. Disponível na Biblioteca Virtual da Laureate 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/14 Conceitos de Mineração e Big Data Para falarmos de mineração e Big Data, vamos antes compreender como as tecnologias relacionadas à informação e à comunicação alcançaram o patamar atual. De acordo com Bernard Marr (2015), o mundo está �cando mais inteligente. Essa evolução é perceptível em todas as áreas, de modo que nenhum setor ou indústria está imune aos efeitos dessa transformação global. Dentro disso, ainda que o homem tenha pescado desde tempos imemoriais – e que continue fazendo isso, foi somente a partir do século XVI que um pescador conseguiu construir barcos resistentes para enfrentar o alto-mar. Esses pequenos avanços ao longo da história começam por transformar radicalmente a produção, que foi da pequena e da média para a larga escala de produção industrial com os avanços tecnológicos do século XVIII. Depois disso, uma das revoluções tidas como um grande avanço ocorreu na década de 1960: o desenvolvimento dos primeiros chips. Ainda assim, quando comparada a outras áreas, a da Ciência da Computação é muito recente. Isso porque podemos apontar a Segunda Guerra Mundial, que durou até 1945, como um marco inicial dessa revolução, quando efetivamente foram construídos os primeiros computadores digitais, dessa forma, o avanço da computação foi exponencial, abrindo-se um grande leque para o desenvolvimento de tecnologias, conceitos e ideias. A partir do desenvolvimento da Ciênciada Computação, assim, a tecnologia evoluiu para aquilo que chamamos de tecnologias inteligentes. Nesse sentido, Marr (2015) aponta que esse tipo de tecnologia é amplamente usado na atualidade com diversos intuitos – o que inclui até mesmo o recrutamento de novos talentos e o monitoramento de performance nos esportes. Se o uso de sensores permite obter um feedback detalhado de cada partida de basquete ou o rastreamento de uma bola de tênis ao longo de uma partida, imagine o que é possível fazer na área da saúde, da educação e de demais mercados. “Um mundo em que você consegue observar o que está fazendo a si mesmo no dia a dia é uma esperança de que as pessoas irão ter mais responsabilidades sobre seus atos”, a�rma o professor de ciência de computação Larry Smarr (MARR, 2015, p. 3, tradução nossa). Essas novas possibilidades de registro da informação a cada dia, em todos os momentos, acabam gerando enormes bases de dados que, sem um tratamento e uma análise adequados, seriam completamente inúteis para compreender o que esses sensores coletam sobre uma partida de futebol ou sobre um monitoramento cardíaco, sobre preferências pessoais ao comprar em uma loja, sobre os cliques na página de uma rede social, e assim por diante. 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/14 LEITURA Introdução à mineração de dados: conceitos básicos, algoritmos e aplicações. Autor: Leandro Nunes de Castro e Daniel Gomes Ferrari. Editora: Saraiva Ano: 2016 Ao ler o Capítulo 1 – Introdução à mineração de dados, das páginas 1 a 24, você compreenderá o princípio básico de Big Data, que consiste na mineração de dados, bem como as diferentes nomenclaturas associadas a esse campo e diversos exemplos de aplicação de Big Data. Disponível na Biblioteca Virtual da Laureate Agora que você compreendeu o conceito de mineração e Big Data, iremos avançar para outra tecnologia que pode ser usada tanto nessa área quanto em outras: a computação em nuvem. Cloud service e aplicações mobile Como vimos, a cada década que passa, as tecnologias evoluem mais e mais, sendo que foram diversos os fatores que levaram ao surgimento da Computação em Nuvem (do inglês Cloud Computing). De acordo com Vivek Kale (2018), as empresas, como um todo, passaram a exigir serviços que incluem infraestrutura online e uso de aplicativos móveis para melhorar e/ou aprofundar a capacidade e a oferta de serviços, classi�cação de recursos e disponibilidade. Isso porque, de modo geral, a entrega de Tecnologia da Informação (TI) gera custos e é fundamental para a tomada estratégica, exigindo soluções cada vez mais e�cientes. Os problemas, nesse sentido, incluem recursos mal utilizados, provisionamento excessivo ou insu�ciente de recursos, cronogramas de implantação com prazos muito longos e falta de noção dos gastos envolvidos. A virtualização, dentro disso, foi o primeiro passo para enfrentar alguns desses desa�os, permitindo melhor utilização dos recursos por meio da consolidação de servidores, mobilidade e maior independência na execução dos trabalhos em equipe e gerenciamento mais e�ciente da infraestrutura de software e hardware. Veja, no Quadro 1, os elementos que con�guram a Computação em Nuvem, de acordo com Vivak Kale (2018). 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 6/14 Quadro 1 - Atributos principais da Computação em Nuvem Fonte: Adaptado de Kale (2018). A computação em nuvem se baseia na virtualização para criar um modelo de computação orientado a serviços. Isso é feito através da adição de abstrações e controles de recursos para criar conjuntos dinâmicos de recursos que podem ser consumidos pela rede. Os benefícios Atributos Descrição Fornecedor externo ou terceirizado Nas execuções em nuvem, é normal o envolvimento de serviços prestados por terceiros, embora também seja possível realizar serviços em nuvem internamente. Acesso via Internet Os serviços são acessados por meio da rede universal – a Web. Também pode incluir opções de segurança e de qualidade de serviços diferenciados. Envolvimento mínimo de infraestrutura de TI Os requisitos para a execução dos serviços em nuvem são simpli�cados, envolvendo, basicamente, um computador com acesso à Internet. Provisionamento Inclui solicitação de autoatendimento, implantação em tempo real e escala dinâmica e re�nada. Baixo investimento Os preços são baseados na velocidade de acesso e na necessidade de armazenamento de dados na nuvem. Interface de usuário simples A interface do usuário inclui navegadores compatíveis com uma variedade de dispositivos e com recursos avançados. Interfaces integradas de sistema As interfaces do sistema são baseadas em APIs e serviços da Web, fornecendo uma estrutura padrão para acessar e integrar serviços de nuvem. Compartilhamento de recursos Os recursos dos serviços em nuvem são compartilhados entre usuários / equipes com diversas opções de con�guração. 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 7/14 incluem economias de escala, recursos elásticos, provisionamento de autoatendimento e transparência de custos. O consumo de recursos da nuvem é imposto por meio de modelos de medição e preci�cação de recursos que moldam o comportamento do usuário. Desse modo, os sistemas de virtualização formam a base essencial para o sistema de computação em nuvem. Usar os serviços em nuvem signi�ca que os recursos do computador estão sendo disponibilizados na Web para serem usados em qualquer lugar e a qualquer momento. Ao coordenar, gerenciar e agendar recursos como Unidades de Processamento Central (CPUs), rede, armazenamento e �rewalls de maneira consistente em instalações internas e externas, criamos uma plataforma de infraestrutura de nuvem bastante �exível (KALE, 2018). Essa plataforma em nuvem deverá incluir questões de segurança, automação e gerenciamento, interoperabilidade e abertura, autoatendimento e alocação dinâmica de recursos. Na visão da computação em nuvem, assim, os aplicativos podem ser executados dentro de um provedor externo, nas instalações internas de TI ou em combinação como um sistema híbrido. Nesse sentido, o importante é como os aplicativos são executados, e não de onde estão sendo acessados (KALE, 2018). Os notebooks, smartphones e demais dispositivos móveis, assim, são de grande interesse para a computação em nuvem, pois o uso de recursos online não seria tão bem-aproveitado (nem faria tanto sentido) se os acessos fossem sempre realizados a partir de um computador desktop, que é limitado a um espaço físico sem mobilidade (ou que traria di�culdades maiores para ser transportado). A partir da evolução para a computação em nuvem e seus diversos serviços – como Skype, Dropbox, Google Drive, Onedrive, entre outros –, foi possível ter ganhos de e�ciência, produtividade, diminuição de custos em operações e acesso mais rápido a informações e recursos. Imagine que, antes da computação em nuvem, era muito mais fácil perder seus arquivos (como as fotos que você tira no celular) e que, ao trocar de modelo de celular, era necessário �car copiando os contatos de uma agenda para a outra (o que não era nada prático). Agora, basta logar no e-mail associado à sua conta para realizar um backup automático de todos os seus arquivos e aplicativos que eram utilizados no aparelho antigo. 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 8/14 LEITURA Computação em nuvem: nova arquitetura de TI Autor: Manoel Veras Editora: Brasport Ano: 2019 Para compreender melhor esses conceitos e o funcionamento da computação em nuvem, realize a leitura do Capítulo 1 – Tecnologia da Informação, tópicos 1.5 e 1.6 (páginas 30 a 35) e Capítulo 2 – Visão Geral, dos tópicos 2.1 a 2.3 (páginas 37 a 44) para ampliar suas noções de Arquitetura de TIvoltada ao Cloud Computing (computação em nuvem). Disponível na Biblioteca Virtual da Laureate Principais Tecnologias de IoT – Internet das Coisas Além da Indústria 4.0 e das demais revoluções industriais, há outro formato de divisão da evolução histórica humana conhecido como o ciclo econômico de Schumpeter ou “ondas de inovação” (EKERMAN; ZERKOWSKI, 1984). Dentro disso, em uma divisão simpli�cada, temos que a primeira onda se relaciona à agricultura; a segunda onda, à indústria; e a terceira onda, à tecnologia, sendo a quarta onda condizente com o surgimento da era virtual, em que objetos, seres humanos e ambientes estarão conectados a tudo e a todos. Contudo, há algumas divisões de períodos que são mais detalhadas, como a exposta na Figura 1, que traz um exemplo dessa divisão de ondas que marcam as revoluções tecnológicas. Figura 1 – Da Primeira à Quinta Onda de Inovação de Schumpeter Fonte: Mota (2016). 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 9/14 Descrição da Figura 1: observa-se, no grá�co, uma linha do tempo dividida em cinco períodos ou ondas que vão de 1785 a 2020 com a seguinte descrição: “Para Schumpeter, os negócios vivem ondas de inovação, que surgem e desaparecem. No século XVIII, a primeira leva inovadora veio com a energia hidráulica, a indústria têxtil e o tratamento do aço. Os ciclos eram longos, duravam de 40 a 60 – agora encurtaram”. Na imagem grá�ca, o primeiro período tem duração de 60 anos, entre 1785 e 1845, e refere-se ao surgimento da energia hidráulica, das técnicas de desenvolvimento têxteis e do uso do aço; a seguir, há um período que dura 55 anos, entre 1845 e 1900, referente ao início da era a vapor, com uso ampliado do aço e das estradas de ferro; depois, com 50 anos de duração, entre 1900 e 1950, surgem os recursos da eletricidade, dos produtos químicos e do motor movido à combustão interna; em sequência, de 1950 a 1990, temos a quarta onda, que envolve uso de petroquímicos e eletrônicos; de 1990 em diante, temos a convolução da quinta onda com as redes digitais, os softwares e as novas mídias. Atualmente, já se discute a sexta e a sétima onda, que abarcam desde os conceitos de Big Data e inteligência arti�cial até a ubiquidade e a robótica avançada. Para alcançar um patamar aparentemente tão complexo e ousado quanto o da quarta onda (ou, como previsto em divisões mais detalhadas, o condizente com a sétima onda), seria necessário que os meios de comunicação fossem expandidos e tivessem máxima disponibilidade a qualquer hora e lugar, usando, para tanto, o mínimo de intervenção humana e aproveitando ao máximo os recursos da Internet das Coisas (JAMALI et al., 2020). Uma rede de objetos conectados é constituída, assim, do uso de sensores, identi�cadores, aplicações inteligentes e outros recursos relacionados, sendo conhecida como IoT – a Internet of Things, ou, em português, Internet das Coisas. Essa tecnologia é advinda de outras já existentes anteriormente, como os sistemas de informação, os sensores de rede e as tecnologias embarcadas. Nesse sentido, IoT é considerada como sendo a intersecção de objetos, dados e internet, sendo que as coisas, ou objetos, podem incluir carros, pessoas, aplicativos, animais, plantas, edifícios, roupas, entre outras variedades de opções (JAMALI et al., 2020). O maior objetivo da IoT é monitorar e controlar objetos ou situações a partir de qualquer lugar no mundo, seja esse controle realizado via remota por um ser humano ou por outra máquina. A partir disso, �ca óbvio que os requisitos de segurança são uma das principais preocupações relacionadas ao uso da Internet das Coisas, uma vez que já tivemos diversos exemplos de fraude e de invasão hacker nesses sistemas – exemplos disso são o vazamento de informações particulares das casas que usavam o aspirador de pó automático Roomba (veja mais detalhes no artigo de Murtinho (2017a) e os vários relatos de ciberataques no meio empresarial (MURTINHO, 2017b). A partir da leitura dos artigos indicados a seguir, disponíveis em livro do sistema Minha Biblioteca, você irá integrar seus conhecimentos sobre Big Data e IoT. 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 10/14 LEITURA Introdução a Big Data e Internet das Coisas (IoT) Autor: Izabelly Soares de Morais (Org.) Editora: SAGAH Ano: 2018 Leia os dois primeiros artigos do livro Big Data e Internet das Coisas (IoT), de Ramiro Sebastião Córdova Junior, e Integrando Big Data e IoT, de Izabelly Soares de Morais, das páginas 13 a 32, para entender como as tecnologias de Big Data se integram à Internet das Coisas e quais os cenários favoráveis para uso desses recursos. Deep learning voltado à análise de sentimentos e ao Marketing Preditivo Compreender a evolução do marketing, diante das novas tecnologias, implica entender, também, como os usuários tiveram seus per�s transformados ao longo do surgimento e da evolução da Web – que já está na fase 3.0. A Web 1.0, assim, se refere ao período inicial da internet, quando as informações que estavam nas memórias de computadores isolados começaram a ser transferidas para sites e as pessoas podiam usar o computador para trocar mensagens eletrônicas por e-mail ou para consultar essas informações nos sites. Nesse período, a internet cumpria, basicamente, a função de uma enciclopédia virtual e de um correio eletrônico, sendo que a velocidade de acesso era lenta e o número de informações era reduzido, e se restringia, principalmente, a textos e imagens em resolução não tão alta (MAJER, 2019). Aos poucos, as capacidades de armazenamento aumentaram e foram �cando mais baratas, e a velocidade de acesso à internet aumentou, de modo que a internet foi se transformando em um grande repositório de textos e documentos dos mais variados formatos, imagens, músicas 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 11/14 e vídeos de todas as resoluções. Foi então que os chats evoluíram para as primeiras redes sociais, e as pessoas começaram a interagir mais e a compartilhar suas emoções, pensamentos, arquivos e fotos. Logo surgiram as wikis, os blogs e os fóruns, em que os conteúdos são baseados na interação e no preenchimento realizado pelos próprios internautas. Esse uso mais ativo e interativo da rede gerou a transição da Web 1.0 para a 2.0, que foi aumentando de intensidade e proporção até os dias atuais. Contudo, o volume gigantesco de informações tem gerado inúmeras preocupações com os formatos de organização e indexação desses conteúdos nos repositórios; a�nal, pense que você está entrando em uma biblioteca que contém todo o conhecimento do mundo e que esse conteúdo está distribuído por diversas estantes, muitas salas e mais de cem andares – como você faria para localizar exatamente a informação, o livro ou o conjunto de conhecimento que você busca? Certamente, iria contar com uma organização em ordem alfabética, mas, com tantas salas e andares, �ca difícil chegar rapidamente aonde você quer olhando de estante em estante – é necessário um método mais rápido e prático. Você pode, então, consultar os bibliotecários para saber em qual andar está a informação que você busca, e eles certamente precisarão localizar a sua busca em um catálogo, pois é impossível ter todas essas categorias e endereços de informação na memória humana. Da mesma forma, a internet conta com diferentes técnicas para a busca e a organização das informações, ou seria impossível localizar qualquer coisa na Web. A mudança de entendimento de como essa ligação e busca entre as informações deve ocorrer é o que dá origem à nossa entrada na Web 3.0, em que as informações são catalogadas por meio da relação entre elas, e não simplesmente por um link que vai de A a B. Acompanhando essa evolução dos usuários e aproveitando a irrupção da inteligência arti�cial e do aprendizado de máquina (Deep Learning),surge, assim, o marketing preditivo. Em linhas gerais, o marketing preditivo é uma nova forma de pensar as relações que são estabelecidas com o consumidor, usando as novas tecnologias e o Big Data a favor disso. A análise de dados preditiva se tornou, assim, uma oportunidade desde que a internet alcançou seu auge – cerca de duas décadas atrás. Ainda que algumas marcas já venham usando a análise preditiva há anos, entretanto, esse modelo de marketing está em seus estágios iniciais de adoção, sendo um excelente momento para se adotar essa prática. De acordo com Omer e Levin (2015), essa adoção está sendo acelerada por diversos motivos, entre eles: a) A demanda de consumo está cada vez mais atrelada ao relacionamento com as marcas; b) Usuários precoces ou early adopters (ou seja, aqueles que testam ou usam um serviço e/ou um produto antes dos demais) são prova de como o marketing preditivo pode agregar valor; c) Há diversas novas tecnologias disponíveis que facilitam a execução das técnicas de análise de dados necessárias ao marketing preditivo. 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 12/14 Para compreender melhor de que maneira a análise de dados se relaciona ao Marketing Preditivo, leia o texto sugerido a seguir. LEITURA Marketing preditivo: exemplo de uma campanha de crédito pessoal Autor: Nuno Ricardo de Araújo Gil Ano: 2018 Leia o capítulo 2 da dissertação – Estado da Arte, das páginas 5 a 40, para ter uma noção maior de marketing preditivo e de como funciona a integração entre os serviços de marketing e a análise de dados. A C E S S A R Conclusão Como foi possível conferir pelos tópicos abordados, falar de Comunicação, de Ciência de Dados e de Internet das Coisas exige muitos conceitos de diferentes campos, pois cada uma dessas áreas envolve um conhecimento à parte. Como a intenção da disciplina foi mostrar a integração entre esses campos, observou-se como a evolução das tecnologias da informação e da comunicação culminaram no grande volume de informações, hoje conhecido como Big Data, e como a análise e o tratamento desses dados (na área de Ciência de Dados) permitem transformar os dados captados de diversas maneiras (como por meio da Internet das Coisas) em informações úteis às tomadas de decisão estratégicas, com serventia para os vários mercados existentes – e, entre as estratégias, a adoção da análise de dados para o Marketing Preditivo, que permite prever e estabelecer melhores relações de consumo. A leitura dos materiais indicados também trouxe os principais conceitos de cada uma dessas áreas, de modo a aprofundar e integrar seus conhecimentos sobre Comunicação, Ciência de Dados e Internet das Coisas. https://run.unl.pt/bitstream/10362/28325/1/TGI0114.pdf 30/06/2020 Roteiro de Estudos https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 13/14 Referências Bibliográ�cas CASTRO, L. N.; FERRARI, D. G. Introdução à mineração de dados: conceitos básicos, algoritmos e aplicações. São Paulo: Saraiva, 2016. EKERMAN, R.; ZERKOWSKI, R. M. A análise teórica schumpeteriana do ciclo econômico. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 38, n. 3, p. 205-228, jul 1984. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/325. Acesso em: 12 jan. 2020. GIL, N. R. A. Marketing preditivo: exemplo de uma campanha de crédito pessoal. 2017. Dissertação (Mestrado em Gestão da Informação) – Universidade Nova de Lisboa. Lisboa: Nova Information Management School, 2017. Disponível em: https://run.unl.pt/bitstream/10362/28325/1/TGI0114.pdf. Acesso em: 12 jan. 2020. JAMALI, M. A. J.; BAHRAMI, B.; HEIDARI, A.; ALLAHVERDIZADEH, P.; NOROUZI, F. Towards the Internet of Things: architectures, security and applications. Switzerland: Springer, 2020. KALE, V. Creating Smart Enterprises: leveraging Cloud, Big Data, Web, Social MEdia, Mobile and IoT Technologies. New York: Taylor & Francis, 2018. MAJER, C. Introdução ao Desenvolvimento Web. São Paulo: D&M Educacional, 2009. MARCELINO, R.; ALVES, J. B. M.; FELISBERTO, P. M. As TICs aplicadas na Ciência da Informação: elaboração de referências bibliográ�cas. In: SILVA, J. B.; BILESSIMO, S. M. S.; MENDONÇA, G. L. Tecnologias da Informação e Comunicação: pesquisa e inovação. Araranguá: UFSC, 2016. MARR, B. Big data: using smart big data, analytics and metrics to make better decisions and improve performance. United Kingdom: John Wiley & Sons, 2015. MORAIS, I. S. 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